POV: Narrador

Os Thompson, junto de Jessica e assim como a maioria das pessoas ali presente no estacionamento tinham sua atenção no carro de Bella.

Quando a porta do passageiro se abriu e dela saiu uma Davina sexy com o cabelo liso e uma meia franja e leves ao vento, usando uma blusa de frio branca com detalhes pretos e que parecia uma jaqueta, usando uma calça jeans azul escuro e botas de salto preta, como estava acontecendo já algumas semanas atrás, ela chamou a atenção de muitos homens e muitos olhares invejosos, incluindo os Thompson.

Davina estava prestes a fechar a porta quando a outra porta foi aberta e por ela saiu Bella com seu cabelo solto e meio liso. Tanto Peter Thompson quanto Edgar Thompson faltaram babar ao testemunhar Bella sorrir como se tivesse acabado de ouvir algo engraçado de Davina e a bruxinha também sorriu.

Davina deu a volta no carro e logo já estava ao lado de Bella. Ao dar o primeiro passo, tudo pareceu ficar em câmera lenta. As duas caminhavam como se estivessem em uma passarela. O vento contribuía jogando levemente o cabelo das duas para trás as deixando sexy.

Os Thompson, uma família rica e poderosa, se sentiram meio intimidados ao testemunharem que mesmo sendo novos na cidade, não chamavam a atenção como as duas Swan, ou melhor, a família Swan, Mason e Cullen.

As duas Swan se aproximaram dos Thompson e de Jéssica Stanley. As duas iriam passar direto.

– Será que eu já conheço você de algum lugar? – disse Peter todo galanteador e com um sorriso malicioso nos lábios.

Bella parou e se virou pra ele e deu seu sorriso colgate.

– Claro... – ela respondeu ainda sorrindo. Bella notou que Kristin, a irmã de Peter, revirou os olhos, o pai dele, Edgar, faltou come-la pelos olhos, e o sorriso de víbora da mãe dele, Trisha, e Jessica Stanley a fulminar pelos olhos. – Sou a recepcionista da clínica de doenças venéreas que você visitou. Não se lembra?

Davina segurou o riso, assim como todos os Swan, Cullen e Mason. Kristin também segurou o riso. O sorriso malicioso de Peter desapareceu. Jessica esbugalhou os olhos. Edgar ficou sem jeito, assim como Trisha.

Bella ainda mantinha o sorriso colgate no rosto.

– Prazer... – disse Bella estendendo a mão para Kristin que a segurou. – Isabella Swan.

– Kristin Thompson. – respondeu a morena timidamente.

Bella soltou a mão dela e se virou para Jessica.

– Jessica, você não disse que era apenas 1 aluno novo? – Bella perguntou inocentemente.

– Er... eu... – disse Jessica sem saber o que dizer enquanto Kristin segurava o riso, assim como todos os Swan, Cullen e Mason, já que Bella tinha criado uma rede neural para aqueles que não tinham super audição ouvir. – Tenho que ir...

E assim, a loira saiu com o rabo entre as pernas.

– Desculpe por isso... – disse Bella. – Como você já deve ter percebido, ela é a maior fofoqueira da escola e a segunda maior da cidade.

– Quem é a primeira? – perguntou Kristin.

– A mãe dela. – respondeu Bella com cara de paisana.

Kristin dessa vez riu abertamente.

– Bella, pare de ficar falando mal das pessoas. – disse Davina e em seguida ela se virou para a família Thompson. – Desculpem, ela não tem travas na língua. A proposito, sou Davina Swan.

– Edgar Thompson, pai de Kristin e Peter. – ele indicou. – E essa é minha mulher, Trisha Thompson.

Bella mantinha o olhar em direção de Nessie que as vezes brigava com Jacob. Bella sentiu o celular que estava na mochila vibrar.

Edgar não gostou de ver Bella lhe dar um gelo. Seu ego não suportava ser ignorado, ainda mais agora que ela abriu a mochila e pegou o celular.

Bella atendeu.

– Alô? Alô...? – mas ninguém respondeu.

– Quem é? – perguntou Davina.

– Não sei, acho que foi engano... – respondeu Bella intrigada. – O numero é desconhecido... – ela se virou para Kristin. – Bom, nos vemos por aí...

E assim, as duas foram em direção a família e os amigos.

– Gostei dela... – comentou Kristin.

– Que bom... – disse Peter. – Pois ela será a sua futura cunhada...

Bella quase estacou no lugar e se virou e amostrou o dedo do meio, mas decidiu continuar e ignorar. Mas ao mesmo tempo, foi ouvido três rosnados. Edward, Damon e Klaus. Bella simplesmente revirou os olhos para esses rosnados, mas algumas pessoas ali tinham sorrisos travessos no rosto.

– Nem comecem... – disse Bella empurrando Remy pra longe de sua namorada e dando um meio abraço em Anna (Vampira).

Nessie queria dizer algo mas ao ver o olhar mortal de Bella, se calou.

– O que vocês acharam? – perguntou Davina.

– São gostoso, mas são canalhas igual ao Damon. – comentou Nessie.

– Obrigado... – Damon piscou para Nessie.

– Disponha... – respondeu a ruiva.

– O professor disse que eles são mutantes, os dois irmãos. – respondeu Kitty (Lince Negra) que estava ao lado de Kurt e Nessie. Jacob estava do outro lado de Nessie.

– E que não fazem ideia disso. – continuou Kurt (Noturno).

– Os poderes deles são escudos. – disse Elijah.

– O da menina é um escudo mental e futuramente expansível. O do menino é um escudo sólido e um mental que protege apenas seu cérebro. Teoricamente, nada pode atingi-lo. O da menina a protege contra poderes telepatas e telecineticos e ameniza o efeito de poderes como os de Nessie e os de Ororo... – disse Klaus.

– Mas eles não fazem ideia disso. – respondeu Rosalie abraçada em Emmett. – Nem mesmo o professor conseguiu entrar na cabeça deles. Ele apenas conseguiu descobrir os poderes deles.

– Em outras palavras... – disse Bella ainda abraçada de lado de Anna. – Os poderes de Kristin são iguais aos da protagonista daquele livro, A Saga Molusco.

– Basicamente, sim. – disse Alice abraçada em Jasper.

O sinal tocou indicando que as aulas já estavam começando.

Já dentro da escola, Bella e Davina se separaram da turma e foram para a aula de história com o professor Xavier.

Kristin Thompson andou por alguns corredores ate encontrar a sala de aula. Ainda tinha traços de rizadas em seu olhar graças a Isabella Swan. Ela nunca tinha visto o irmão, Peter, levar um fora tão radical quanto o de Isabella, pra falar a verdade, ele nunca tinha levado um fora. Ela definitivamente gostou de Isabella.

Kristin também percebeu que sua mãe, Trisha, não gostou de ver seu filhinho levar uma patada. Kristin nunca teve um bom relacionamento com sua mãe, ela se da melhor com o pai, Edgar.

Sua família só era perfeita para quem visse de fora, pois de dentro eram uma família superficial. Trisha era a mãe controladora que não gosta de nenhuma namorada do filho, que vive querendo fazer Kristin usar vestidos de dama e se juntar ao clube do chá e todas essas coisas ridículas. Edgar era o pai que vivia trabalhando e que fazia vista grossa para os problemas causados por Peter, como bater um carro esportivo, dirigir bêbado, atropelar pessoas, engravidar ficantes e pagar para fazer aborto. Peter era o típico filhinho de papai mimado e que acha estar acima da lei e que nunca recebeu um não. Já Kristin, se pudesse, entraria num carro e iria cair na estrada. Ela faz o tipo nerd, mas que de certa forma se da bem com quase todos. É sarcástica com quem não merece seu respeito, não se importa com dinheiro, é a única que acha errado as coisas que acontecem em sua casa.

Ela também gosta de ler e por isso decidiu fazer faculdade de letras e o mais longe possível de sua família.

Ela entrou na sala e viu que o professor ainda não tinha chegado. Havia três lugares vagos. Os três estavam um pouco mais no fundo da sala. Dois estavam lado a lado mais no meio da sala e o outro estava ao lado da janela. Ela se dirigiu ao que estava no meio. Prestes a se sentar, a menina do lado lhe disse:

– Sem querer ser chata e nem nada, mas esses dois lugares já são ocupados, o único lugar vago é aquele próximo a janela. – seu tom de voz era envergonhado. A menina era morena e usava óculos.

Vendo que a menina não estava sendo maldosa, apenas uma colega de classe, Kristin achou melhor não responder que não estava vendo nome de ninguém no lugar.

– Tudo bem... – respondeu Kristin e se dirigiu ao lugar vago próximo a janela e se sentou.

Logo, duas pessoas entraram na sala, eram Isabella e Davina Swan.

– Eu odeio ele, aquele idiota... – reclamou Davina andando ao lado de Isabella. A sala toda ouvia o que as duas estavam conversando.

– Você sabe que ele só faz isso por que gosta de irritar as pessoas... – disse Isabella.

As duas caminharam ate os dois lugar vagos e se sentaram. Isabella se sentou no lugar mais próximo da menina morena e de óculos.

– Ah, oi Angela... – disse Isabella para a menina de óculos.

– Oi Bella... – sorriu Angela. – Damon? – ela perguntou.

– Sim, como sempre... – respondeu Bella fazendo pouco caso.

– Você fala isso por que você é igual a ele... – reclamou Davina. – E quando você se junta a ele e o Klaus, aja paciência...

Angela riu.

– Que isso mana? Todo esse estresse vai te deixar com pés de galinha... – disse Bella.

Davina a fulminou com o olhar antes de tomar um folego enorme e se acalmar.

– O professor esta demorando... – comentou Angela.

Kristin, por falta de coisa melhor pra fazer, decidiu ficar ouvindo conversa alheia.

– Reunião de professores de ultima hora... – disse Davina.

– Mas então, Angela, você vai ao baile? – perguntou Bella para a amiga.

– Não sei... – ela comentou.

Bella ergueu as sobrancelhas.

– Ele vai te convidar... – ela sorriu ao dizer isso.

– Não sei... – disse Angela meio tristonha.

– Então convide ele... – opinou Davina.

Angela só não engasgou por que não tinha nada na boca

– É verdade. – disse Bella. – Você passou o ano esperando que ele desse o primeiro passo, esta na hora e você tomar as rédeas e tentar ser feliz.

Angela ficou meio pensativa.

– Acho que vocês tem razão... – ela se deu por vencida.

Na hora o professor Charles Xavier entrou na sala com sua cadeira de rodas motorizada.

– Bom dia. – ele disse.

– Bom dia. – todos responderam.

Kristin se surpreendeu ao ver que o professor era um deficiente, mas não se abalou e nem teve nenhum pensamento maldoso a respeito.

A aula se passou como sempre, infeliz.

Assim que o sinal tocou, Bella e Davina arrumaram suas coisas e caminharam para fora da sala. Kristin andava logo atrás delas.

– Você tem aula de artes agora, certo? – perguntou Davina.

– Sim... – respondeu Bella. – E você...

– Álgebra... – disse ela com um entusiasmo nada normal.

– Só você mesmo para se animar por uma aula, ainda mas álgebra... – comentou Bella.

Kristin seguia Bella pois ouviu que ela teria aula de artes, assim como ela. Logo, Bella e Davina se separaram

A caminho da segunda aula, Bella se encontrou com Rebekah, Kitty (Lince Negra), Alice e Anna (Vampira).

– Não vejo a hora de chegar as férias... – comentou Kitty praticamente sendo arrastada por Rebekah.

– 100% apoiado... – Bella.

Anna ria da idiotice das amigas.

– E onde vamos passar as férias? – perguntou Alice.

– Em um lugar bem longe de Forks... – respondeu Anna.

Kristin, que andava atrás delas, segurou o riso. Todas sabiam que ela estava seguindo elas.

– Apoiado... – disse Bella. – Temos mesmo que ir pra aula?

– Concordo... – disse Alice. – Klaus deve estar insuportável, ainda mais depois de ter a primeira aula da semana e do dia com Nessie e Jacob...

Todas riram.

– Gente, eu tenho dó do Jake... – comentou Rebekah.

– Eu te entendo amiga... – disse Kitty. – Ele leva cada patada da ruivinha dele.

– Deixe ela te ouvir dizendo... – avisou Anna.

Todas riram mais uma vez. Logo chegaram na sala de aula. As seis entraram. Hiro já estava sentado em seu lugar. Bella, Rebekah, Kitty, Alice e Anna se sentaram próximas uma a outra e próximas a Hiro Nagol.

Kristin se sentou do outro lado, quase próxima a parede. Logo mais um aluno entrou, era Peter Thompson e ele se sentou próximo a irmã.

– Então, Bella... – começou Rebekah com um sorriso safado. – Com quem você vai ao baile?

– Não faço ideia... – respondeu Bella. Mas por alguma razão, ela quis ir junto com qualquer um entre cinco nomes que lhe veio a cabeça.

Santa misericórdia, de onde isso surgiu? Pensou Bella se recriminando.

– E você, Rebekah? – perguntou Bella mudando o assunto para outra.

Rebekah hesitou, mordeu o lábio inferior.

– Desembucha safada, quem te convidou? – indagou Alice.

Ela olhou para o lado, as outras quatro também olharam e viram um par de olhos castanhos claros quase verde e com um sorriso malicioso nos lábios as encarando. Hiro Nagol era o jovem que as encaravam e que convidou Rebekah para ir ao baile.

– Você... c-como... Hiro? – gaguejou Bella.

Na mesma hora Klaus entrou na sala. Bella estava chocada, afinal, Rebekah nunca demonstrou ter interesse algum para Hiro, e agora, do nada, a outra esta ate mesmo mordendo o lábio inferior e quase corando? Alice estava na mesma situação que Bella, assim como Kitty e Anna.

Pela primeira vez, a aula de Klaus se passou normal. Foi uma surpresa pra ele que Bella e Rebekah não o infernizaram.

Quando chegou a hora do intervalo, Kristin se juntou ao irmão, mesmo que contra a sua vontade. Os dois caminhavam pelo corredor em direção ao refeitório. Kristin sempre revirava os olhos quando as meninas davam aquele risinho.

– Piriguetes... – murmurou ela.

– O que posso fazer se sou um colírio para os olhos... – disse Peter.

Kristin o olhou e se desatou a rir. Mas não era uma risada de divertimento, se bem que ate poderia se dizer isso, mas em si, era uma risada de deboche.

– Irmãozinho do meu coração... – disse Kristin tentado se recuperar das risadas. – Você por acaso já viu os homens das famílias Swan, Cullen e Mason? Eu sei que você não é gay, mas sei também que não é cego. Perto deles, você é simplesmente... normal. Você só esta chamando atenção por ser novo na cidade, apenas isso. E sim, eu sei que não sou nenhuma Afrodite, mas sei admitir.

E assim, ela aumentou o passo e entrou no refeitório sem dar chance para seu irmão retrucar. Ela logo viu uma enorme mesa por assim dizer, já que eram várias mesas juntas. As outras eram normais. Ela achou que era ali que se sentavam os professores, mas logo essa ideia se desfez ao avistar os professores sentados em outra mesa e com varias mesas juntas, mas menor.

Os dois irmãos entraram na fila e logo foram servidos. Eles se sentaram junto a Jessica Stanley – Kristin meio contrariada – e Angela Weber, Mike, Erik, Hiro e outros colegas deles.

A porta se abriu e por ela passou Nessie seguida por Jacob e o resto dos Swan, Cullen e Mason.

– PRA VOCÊ É SWAN, BLACK! – exclamou Nessie furiosa. Todo o refeitório ouviu. Todos ignoraram.

– O que esta acontecendo? – perguntou Kristin para Angela.

– É só o Jacob tentando convencer a Nessie a sair com ele. – disse Angela com um sorriso.

– Já nos acostumamos com isso. – disse Jessica.

– E NÃO, EU NÃO VOU AO BAILE COM VOCÊ! – ela ouviu novamente o grito de Nessie.

Kristin olhou por cima do ombro. Todos eles entraram na fila. Bella e Damon estavam abraçados como dois amigos marotos e cantavam:

– Com quem será, Com quem será, Com quem será que a Nessie vai casar? – Damon cantava.

– É com o Jake, É com o Jake, É com o Jake que ela vai casar... – Bella respondia cantando. Os outros ao redor deles riam.

– Damon e Isabella, eu vou matar vocês! – exclamou Nessie furiosa. Ela teve que ser segurada por Klaus e Elijah enquanto Damon e Bella riam e se escondiam atrás de Rosalie e Emmett que gargalhavam da cena.

– Gente, é sério... – disse Anna rindo. – Vocês só me fazem passar vergonha...

– Sei... mas você não para de rir também... – disse Alice com um sorriso nos lábios.

– O que eu posso fazer se vocês são perturbados? – perguntou Anna.

– HEY!!! – reclamou Bella, Nessie, Rebekah, Kitty, Rosalie, Amara, Davina e Alice.

– Achei ofensivo, apaga! – disse Bella.

Kurt gargalhava junto de Emmett. Jasper ria discretamente junto de Klaus, Elijah, Edward e Damon. Remy (Gambit) e Bobby (Homem de Gelo) faziam um esforço desumano para segurar a gargalhada que queriam dar.

Anna ergueu as sobrancelhas para as meninas.

– Não me venham com esse drama barato pra cima de mim não, suas barraqueiras! – ela disse.

– Eu, barraqueira? Assim você me ofende... – disse Nessie se fazendo de vitima.

E assim continuou, todos eles fazendo brincadeiras e logo se sentaram na enorme mesa.

Kristin riu.

– Eles são sempre assim? – ela perguntou para Angela.

– Sim... – Angela sorriu verdadeiramente. – Nessie é a mais louca de todas, ela te faz passar cada mico... – ela riu. – Damon, esse tira qualquer um do sério, ainda mais quando se junta com Bella, e pelo o que eu já testemunhei, quando não estão em aula, o professor Klaus também consegue tirar muitos do sério. Mas em geral, eles são legais...

Kristin viu Jessica revirar os olhos. Kristin não foi com a cara da fofoqueira numero 2 da cidade.

Kristin olhou por cima do ombro. Bella estava sentada entre Klaus e Damon, e os três estavam rindo marotamente. Não foi difícil para Kristin imaginar que os três estavam tirando os irmãos e amigos do sério.

– Mas então, Isabella Swan tem namorado? – perguntou Peter e Kristin revirou os olhos.

Ela olhou pelo ombro e teve uma leve impressão de que a mesa toda em que estavam os Swan, Cullen e Mason, estavam meio atentos.

Ela virou a cabeça ao ouvir Angela rir abertamente. Ela notou um olhar nada amigável vindo de Hiro Nagol, um dos meninos mais bonitos que ela já viu. Será que aquele olhar é ciúmes?

– Não... – disse Angela ainda sorrindo. – Bella não tem paciência pra isso...

– E como você sabe disso? – perguntou Jessica com veneno na língua. – Por acaso vocês são amigas para ficar sabendo da vida dela?

Angela a olhou e com um sorriso nos lábios disse:

– Sim.

Foi uma resposta simples que teve um efeito em Jessica. Kristin viu que a loira se remoinha de inveja. Kristin comprimiu os lábios segurando o sorriso que teimava em querer sair.

Logo o sinal tocou indicando que o intervalo havia terminado. Kristin e Peter se levantaram e foram juntos para a aula pois teriam a mesma aula naquele horário. Os dois foram ao lado de Angela, Jessica e Mike. Todos eles teriam a mesma aula agora.

– Então, tem dois lugares vagos... – comentou Angela enquanto caminhavam pelo corredor. – Um ao lado de Jessica e o outro ao lado de Mike.

Kristin soube na hora que Angela estava avisando que qualquer outro lugar que parecesse vago, não estaria.

– Deixa eu adivinhar... – disse Kristin com um sorriso de divertimento. – Algum dos Swan, Cullen ou Mason sempre se atrasam...

Angela a olhou e riu.

– Viu? – perguntou Angela com um sorriso. – Já esta se acostumando.

Ao entrar na sala, Kristin viu que o professor havia acabado de chegar.

Essa cidade é uma perdição de tanto homem bonito, pensou Kristin dando uma olhada discreta em Elijah, o professor de biologia.

– Por favor Sr. Newton, sente-se junto da Sra. Stanley. – disse Elijah sem dar tempo para alguém retrucar. – Sr. e Sra. Thompson, sentem-se no lugar em que o Sr. Newton esta.

E assim, Jessica comemorou por dentro por estar fazendo dupla com sua paixonite, e Kristin comemorou por não precisar se sentar junto com nenhum dos dois.

O lugar em que os Thompson se sentaram ficava a um bancada atrás do lugar vago logo afrente e a esquerda deles.

Kristin olhou pra frente e viu o professor Elijah abotoar o terno logo após se levantar.

É impressão minha, ou esquentou por aqui? Pensou ela.

Ele olhou para o lugar vago e suspirou.

– Como sempre... – ele murmurou mas todos na sala ouviram.

O som de salto alto vindo do corredor foi ouvido e logo por ela se passou Isabella Swan e Edward Cullen rindo.

– Desculpe querido professor... – disse Bella e logo se sentou no lugar ao lado de Edward Cullen.

Peter não gostou nada de ver a sua futura namorada rindo com aquele topetudo esquisito.

Elijah deu um sorriso falso e logo começou a aula.

– Cullen, devo confessar... – disse Bella discretamente enquanto todos faziam a tarefa que Elijah passou. – Nunca achei que você fosse doido... sério, de onde você tirou coragem para dizer aquilo para a Nessie?

Um sorriso brincava nos lábios dos dois.

– Sinceramente... não faço ideia... – ele respondeu.

Bella fazia questão de ignorar os olhos vermelhos de Edward que no momento usava lentes de contato verdes.

– Esse seu lado brincalhão eu não conhecia... – disse Bella.

– Existe muita coisa que você não conhece sobre mim. – ele disse olhando diretamente nos olhos dela. Seu tom de voz tinha uma intensidade devastadora. Bella sentiu um formigamento dentro dela.

– Estou vendo... – ela disse sem desviar o olhar, mesmo que por alguma razão desconhecida por ela, ela tinha uma vontade enorme de desviar o olhar e de certa forma corar, mas Isabella Swan não fazia esse tipo, então ela usou todo seu auto controle e não se deixou abalar. – Mas então... – disse Bella mudando de assunto. – Já convidou o seu par para o baile?

– Não... – ele respondeu meio constrangido pois Isabella Swan o olhava nos olhos e não se abalava de jeito nenhum, pelo contrario, era ele que estava começando a se abalar.

Bella riu.

– Não acredito, o todo poderoso Edward-Eu-Sou-Gostoso-E-A-Ultima-Bolacha-do-Pacote-Cullen não tem um par para o baile? – ela zombou.

– Rá Rá... muito engraçado... – ele disse. – E você, tem um par? – ele rebateu.

O sorriso sumiu do rosto de Bella, pois os cinco nomes que por alguma razão bizarra ela queria que fosse um deles a leva-la, surgiu em sua cabeça.

Edward riu ao ver o sorriso dela sumir.

– Eu te odeio... – ela fez uma careta. – Não, não tenho nenhum par, o que é um pecado... – ela disse apontando para o corpo. Edward riu. – Sei lá... uns carinhas aí me convidaram, mas eu não estou muito afim de ir...

– Ah, qual é... – disse ele aparentado estar revoltado. – Aproveite enquanto pode, afinal, quantas chances você terá de ir a um baile novamente?

Bella fez uma cara de terror, logo em seguida os dois riram, afinal, eles era imortais e praticamente iria viver toda a imortalidade indo para a escola.

– Ok... – disse Edward se endireitando e fingindo limpar a voz. Ele se virou para Bella e perguntou honestamente, mas com um ar de divertimento. – Isabella Swan, você me daria a honra de ir ao Baile de Primavera comigo? – ele perguntou todo galante.

Bella riu. Ela ponderou os fatos. Era fato que ela odiava os olhos vermelhos dele, mas enquanto ele usasse lente de contato, ela não via problema algum em se divertir com Edward Cullen, afinal, de certa forma, a companhia dele ate que era agradável.

– Ok... – ela disse dando de ombros.

– Sério? – ele perguntou confuso.

Ela riu.

– Sério, Edward, eu vou ao bale com você... – ela disse sorrindo, mas logo fechou a cara e o olhou mortalmente. – Mas já vou avisando, nada de gracinhas e mão boba para o meu lado, que eu te juto, eu te capo.

Edward engoliu seco, pois sabia que ela estava falando sério.

– Como quiser, madame. – ele disse e ela sorriu.

Peter ouviu a conversa dos dois e um sentimento forte se apoderou dele. Quem esse tal de Edward pensa que é para lhe roubar a sua Isabella?

Elijah, que ouvia toda a conversa riu com a ameaça de Bella, mas logo ficou pensativo. Uma preocupação tomou conta dele. O que os dois pais dela iriam pensar sobre isso e o que dois certos alguém iriam fazer em relação a isso?

E as aulas assim se passaram e logo o sinal tocou indicando que era hora de ir embora. Kristin e Peter foram juntos para o estacionamento esperar que o pai ou a mãe fossem lhe buscar, afinal, estavam sem carro por enquanto.

Os Swan, os Cullen e os Mason andavam pelo estacionamento rumo aos carros de Klaus e Elijah que eram duas Mercedes pretas esportivas. Logo atrás, saindo pela porta passou Renesmee e logo atrás dela Jacob.

– EDWARD CULLEN, EU VOU TE MATAR SEU VIADO! – berrou Nessie furiosa.

Todos se viraram para trás.

– Acho que ela não se esqueceu te que você a chamou de ruiva psicopata e disse para o Jacob dar um jeito da ruivinha dele... – avisou Bella quase rindo.

O grupo riu.

– Corre... – disse Rebekah. – Por que se ela te pegar, ela te mata mesmo...

Edward começou a correr e felizmente a Nessie foi segurada por Elijah e Bobby.

– Nessie... – disse Bella gargalhando. – Você não pôde matar ele...

– E POR QUE NÃO? – a ruiva estava possessa de raiva.

– Por que se você fizer isso, vou ficar sem um par para o baile... – Isabella respondeu.

Nessie parou de se debater na hora. Exceto Elijah, todos encaram Bella sem acreditar no que ouviram.

– Ai gente, eu só vou ao baile com ele, não vou me casar ele... – disse Bella.

Alice comprimiu os lábios segurando o sorriso, assim como Rosalie. Damon e Klaus não gostaram não do que ouviram.

– Oh my God.. – exclamou Nessie. – Isso quer dizer que todas vamos ao baile...

– Ué Nessie, com quem você vai? – perguntou Alice.

– Com essa praga aqui atrás... – ela disse com cara de limão azedo apontando para Jacob logo atrás.

Mas Jacob, atrás dela, tinha um sorriso colgate estampado no rosto. As meninas riram com a cena.

– Em todo caso, podemos ir todas comprar nossos vestidos... – disse Nessie.

Logo a ruiva e Alice estavam saltitando.

– Ninguém merece... – resmungou Anna.

Nessie se virou para ela e disse:

– Pode tirar essa cara de limão azedo agora por que tu vai usar vestido sim! – ela disse como uma ordem e não deixou espaço para retrucar.

Anna apenas revirou os olhos.

Depois de conversarem mais um pouco, cada um foi para o seu carro ou carona e se foram para casa. Os Cullen foram para a mansão Swan, assim como Noturno e Amara que pegaram carona com Bella e Davina.

Segunda terminou, assim como terça e logo chegou quarta-feira. O sinal tocou indicando o fim das aulas.

Kristin já tinha conversando mais um pouco durante esses três dias com os Swan, os Cullen e os Mason.

Kurt convidou Davina para ir com ele ao baile. Damon, por insistência de Bella, convidou Amara para ir ao baile.

– Tudo bem... – disse Amara. – Mas já vou avisando, tente alguma gracinha comigo que tu vira cinzas... – disse ela mostrando a mão feita de magma vulcânica.

Damon apenas deu um sorriso cínico.

Quando Wolverine soube que Edward iria levar para Bella ao baile, ele o chamou para um canto afastado de todos.

James "Logan" Howlett imprensou Edward contra a parede.

– Escute aqui rapaz, ouse fazer alguma gracinha com a minha filha que eu te faço em picadinhos. – disse Logan ao mesmo tempo em que fazia suas garras de adamantium se aproximarem do rosto de Edward.

Edward engoliu em seco.

– Não se preocupe, Bella já deixou bem claro que iria me destruir se eu passasse da linha... – ele disse.

Logan recolheu as garras ao mesmo tempo em que um sorriso de orgulho surgiu em seus lábios.

– Essa é a minha filha. – ele disse enquanto soltava Edward e se afastava.

Kristin foi convidada por Eric Yorkie para ir ao baile, e acabou aceitando apenas para irritar Peter que estava tendo uma crise de ciúmes de irmão.

Angela decidiu aceitar o conselho de Davina e Bella e ela mesmo convidou Ben Cheney para ir ao baile e ele aceitou.

Mike Newton, vendo que não tinha chance alguma de convidar nenhuma das Swan, das Cullen, das Mason e da aluna nova, acabou convidando Jessica Stanley que aceitou na hora.

Peter Thompson vendo que a sua Bella já tinha um parceiro para ir ao baile, acabou convidando uma garota qualquer da escola que era ate que bonitinha. Mandy Wilson. Ela era do segundo ano e tinha o cabelo moreno olhos castanhos claros, pele clara e uma pinta um dedo acima da boca no lado esquerdo.

As meninas, incluindo Angela e Kristin, iriam ate Port Angeles comprar os vestidos.

Klaus e Elijah emprestaram os carros para as meninas pois tinham mais espaço que o de Bella, Nessie, Rosalie e qualquer uma delas. Charlie também emprestou o carro. Elas foram em três carros. Quatro em cada carro. Hayley também iria, pois mesmo Elijah sendo professor e ter que supervisionar o baile assim com Klaus, a convidou.

Bella, Kristin, Davina e Amara foram juntas em um carro com Bella dirigindo.

Nessie, Anna, Angela e Alice foram juntas em outro carro com Alice dirigindo.

Rosalie, Rebekah, Kitty e Hayley foram juntas no outro carro com Rebekah dirigindo.

Foram ate o shopping e lá ficaram ate o sol se por. Quando finalmente cada uma achou o vestido que adoraram, elas foram comer algo.

– Gente, eu encontro vocês mais tarde... – disse Bella se levantando da mesa sem comer nada. – Davina, tome... – disse ela entregando a chave do carro. – Eu ligo pra dizer onde estou...

E sem dar tempo para nenhuma delas retrucar, Bella saiu rapidamente de vista. Ela saiu do shopping e logo estava andando pelas calçadas de Port Angeles.

O motivo dela ter se afastado do grupo era por que não queria que as outras vissem o seu enorme apetite.

– Onde esta aquele lugar? – ela se perguntou. – Eu sei que é por perto...

Já estava escuro. Andando mais um pouco ela parou enfrente a um estabelecimento.

– Livraria Port Book & News... – Bella leu a placa e se arrepiou como se visse uma assombração. – Mas nem morta que eu entro nesse lugar...

E continuou andando. Virou algumas ruas ate perceber, enquanto cruzava outra rua, que estava indo na direção errada. Os poucos pedestres que ela estava vendo, estavam se dirigindo para o norte, e parecia que a maioria dos prédios eram depósitos. Bella decidiu virar pro leste na próxima esquina, e então dobrar de novo e tentar a sorte em outra rua no caminho de volta pro calçadão.

– Droga de cidade... – praguejou ela. – Pode ate ser maior que Forks e ate ter um shopping decente, mas ainda continua sendo um fim de mundo dos inferno. Que labirinto de ruas são essas?

Um grupo de quatro homens virou na esquina que ela ia entrar, vestidos casualmente demais pra estarem vindo do trabalho, mas eles também não pareciam ser turistas. Enquanto eles se aproximavam dela, ela percebeu que eles não eram muito mais velhos do que ela. Eles estavam fazendo piadas uns com os outros em voz alta, rindo estridentemente e esmurrando os braços uns dos outros. Ela foi pra tão longe quanto a calçada lhe permitiu para dar espaço a eles, andando rapidamente, olhando além deles, na direção da esquina, agindo como se eles não existissem.

– Ei, você! – um deles chamou quando eles passaram, e eles tinham que estar falando com ela já que não havia mais ninguém por perto.

– Aja paciência... – Bella murmurou pra si mesma. A fome estava começando a deixar irritada e estar perdida naquele labirinto de ruas também não estava contribuindo para deixa-la mais calma.

Ela olhou pra cima. Dois deles haviam parado, os outros dois estavam parando. O mais próximo, um homem grande, com cabelos escuros, na casa dos vinte, parecia ter sido o que chamou. Ele estava usando uma camisa de flanela em cima de uma camiseta suja, jeans cortados, e sandálias. Ele deu meio passo na direção dela.

– Sim? – Bella perguntou tentando ser gentil, mas ela estava com fome, perdida e irritada, então ela desviou o olhar e começou a andar para a esquina o mais rápido que conseguia. Ela podia ouvi-los rindo muito alto atrás dela.

– Ei, espere! – um deles a chamou. Bella sabia que eles estavam procurando confusão, mas como não estava afim disso, decidiu agir como uma simples humana indefesa e fugir para não fazer nada que se arrependesse.

Ela deu a volta na esquina com um suspiro de alívio. Ela ainda podia os ouvir rindo. Bella se viu numa calçada que levava para os fundos de vários armazéns, cada um deles com portas enormes para os caminhões que viessem descarregar, todos fechados porque estava anoitecendo. O lado sul da rua não tinha calçada, só uma cerca de ferro com arame farpado por cima protegendo algum tipo de depósito de partes mecânicas.

Uma única van passou por ela, e então a rua estava deserta. Sua barriga roncou. A fome estava aumentando, pois ela não tinha comido nada desde o café da manhã. Ela olhou pra trás ao perceber que seus instintos indicavam perigo, com um falso choque ela percebeu que estava sendo seguida por dois homens andando silenciosamente andando a menos de vinte passos de distância dela.

Eles eram do mesmo grupo que tinha passado por ela na esquina, mas nenhum deles era o de cabelo escuro que tinha falado com ela.

– Calma Bella, nada de matar esses vagabundos... – ela disse pra si mesmo e se virou apressando os passos.

Um arrepio que não tinha nada a ver com o frio ou medo passou pelo o corpo dela. uma vontade enorme de pegar eles e rasgar o corpo deles surgiu em seu ser. Seu instinto mais selvagem tomou conta de seu corpo, um extinto que mesclava o instinto da mutação herdado de Wolverine, de sua parte vampira e de seu lado mais negro, a Fênix Negra. Esses três instintos tomaram conta de cada célula de seu corpo. Todo o que ela queria era matar e sentir o sangue deles. Sua boca salivou com esse pensamento. Pensamento que despertou Bella de seu transe.

– MASOQUÊ diabos de pensamento foi esse? – exclamou pra si mesma. – Sai de mim espirito ruim que esse corpo não te pertence...

Ao mesmo tempo ela ouvia atentamente os passos deles logo atrás dela, que eram muito mais quietos quando comparados ao tumulto que eles estavam fazendo alguns minutos atrás, e não parecia que eles estavam andando mais rápido, ou se aproximando dela.

Logo Bella estava andando o mais rápido o possível dentro das habilidades humanas. Agora ela estava fugindo, mas não de medo daqueles homens e sim de si mesma, de seus instintos. Sua cabeça estava tão concentrada em fugir deles que ela simplesmente se esqueceu de usar seus poderes e logo estava parecendo apenas mais uma humana frágil e indefesa que estava sendo seguida por dois homens.

Ela podia ouvi-los, tão longe quanto antes. Um carro azul virou na esquina, passando rapidamente por ela. Ela alcançou a esquina, mas lhe bastou uma olhada rápida para que ela percebesse que era apenas mais uma entrada de carros nos fundos de um dos armazéns.

Ela teve que se ajeitar e correr pela rua, de volta para a calçada. A rua acabava na próxima esquina, onde havia uma placa de "pare". Eu se concentrou nos passos fracos atrás dela, decidindo se devia correr ou não. Eles, porém, não pareciam estar muito atrás, e eles poderiam lhe alcançar muito facilmente de qualquer jeito enquanto ela estivesse assustada demais com seus instintos assassinos. Os passos definitivamente pareciam estar mais pra trás. Ela deu uma rápida olhadinha por cima do ombro, e eles estavam seguramente a uns quarenta passos atrás dela agora. Ambos a estavam encarando.

Pareceu que se passaram horas antes que ela alcançasse a esquina. Ela manteve o passo firme, os homens atrás dela ficando mais pra trás a cada passo. Bella viu dois carros indo na direção norte na rua pra onde ela estava indo, ela respirou aliviada. Haveriam mais pessoas por perto assim que ela saísse daquela rua deserta. Ela virou na esquina com um suspiro agradecido.

E quase escorregou quando teve que parar.

A rua estava alinhada dos dois lados com paredes vazias, sem portas ou janelas. Ela podia ver à distância, duas ruas abaixo, ruas iluminadas, carros e mais pedestres, mas eles estavam muito longe. Porque saindo de um prédio no lado oeste, no meio da rua, estavam os outros dois homens do grupo, a observando com sorrisos excitados enquanto ela ficava paralisada na calçada. Foi quando ela percebeu que não estava sendo seguida.

Ela estava sendo guiada.

Ela pausou por um segundo, mas pareceu um longo tempo. Ela se virou e tentou voltar pelo outro lado da rua. Ela sabia que era uma tentativa inútil.

Os passos atrás dela estavam mais altos agora.

– Aí está você! – a voz estrondosa do homem grande, de cabelo escuro quebrou o silêncio intenso. Na escuridão, parecia que ele estava olhando por cima dela.

– É... – uma voz respondeu alto atrás de Bella, a fazendo tentar correr pela rua. – Nós fizemos um pequeno desvio.

Seus passos tiveram que desacelerar. Bella estava diminuindo a distância entre ela e o par de homens muito rápido. Ela tinha um bom grito, alto, e ela inspirou, se preparando para usá-lo, mas sua garganta estava tão seca que ela não tinha muita certeza em relação ao volume que ele sairia. Com um movimento rápido, ela tirei a bolsa pela cabeça, segurando-a com uma mão, se preparando para entregá-la ou usá-la como arma se fosse necessário.

Mas... um pensamento passou pela cabeça de Bella. Um momento de lucidez no meio daquele emaranhado de pensamentos infelizes e caóticos que ela estava tendo.

O homem enorme se desencostou da parede e começou a avançar vagarosamente pela rua.

– Fique longe de mim! – Bella avisou numa voz que continha medo e uma pitada de ameaça.

– Não seja assim, docinho. – ele falou e as risadas recomeçaram atrás dela.

Mas Bella se recompôs, afastou um pouco os pés, enquanto uma fúria tomava o lugar do medo.

– Mas quem você pensa que é para me chamar de docinho? – exasperou. Seus pensamentos finalmente entraram em ordem. Isabella Swan estava de volta. – Olha aqui seu cachorro depravado dos inferno, agora tu me irritou. E eu aqui fugindo com medo de matar vocês, mas quer saber? Eu estaria é fazendo um favor a sociedade, mas como fui criada em uma família de respeito, eu vou é meter a surra em vocês!

Eles abriram a boca para gargalharem, mas não deu tempo, pois cinco segundos depois, todos estavam caídos no chão com os olhos roxos, costelas quebradas, sangue escorrendo pelo nariz, mãos nas partes baixas pois levaram joelhadas e quase inconscientes.

– Alô? – disse Bella ao celular. – É da policia? Eu gostaria de fazer uma denuncia... quatro cafajestes tentaram me roubar e estuprar, mas eu dei uma surra neles, agora estão caídos aqui...

Bella usou seu poder telepata para descobrir aonde estava e deu o endereço para a policia e os esperou chegar, logo fez um teatro básico dizendo que só conseguiu se salvar pois seu pai, que é o prefeito de Forks, fez ela ter aulas de artes marciais para quando acontecesse isso. Ela atuou tão bem, que os policiais a chamaram de heroína. Os quatro homens foram presos.

Ela pegou carona com uma viatura e logo o policial a deixou aonde ela queria. Bella desceu do carro e olhou a placa do restaurante. A viatura logo partiu. Bella entrou no restaurante.

O restaurante não estava lotado – era a baixa-estação em Port Angeles. A maître era uma mulher vários centímetros mais alta que Bella, e loira não-natural. Vendo a beleza de Bella, a mulher fechou a cara e deu um sorriso falso.

Recalcada dos infernos, não me provoque por que hoje eu estou fula da vida... pensou Bella.

– Mesa pra um... – disse Bella.

Ela a guiou ate uma mesa no centro da área mais cheia do restaurante.

– Algo mais particular. – disse Bella não se importando em usar um tom de voz superior.

– Claro. – ela disse em um tom de surpresa e irritação. Ela se virou e a guiou até umas cabines – todas vazias. – Que tal isto?

– Esta bom. – disse Bella tentando ser um pouco mais educada enquanto se sentava.

– Seu garçom virá em um instante. – ela disse e foi embora.

Passou-se uns dois minutos ate que a garçonete apareceu, o rosto cheio de uma falsa boa vontade. A maître definitivamente havia falado sobre Bella, e essa nova garota parecia ter confirmado o que a outra havia dito. Bella era simplesmente linda e as duas mulheres simplesmente a odiou.

Ela colocou uma mecha curta de cabelo preto atrás da orelha e sorriu falsamente pra ela.

– Olá, meu nome é Amber, e eu vou servi-la essa noite. O que você deseja beber?

– Um suco de laranja com gelo e açúcar. – Bella respondeu um pouco mais gentil e com um sorriso amigável. Ela não estava afim de ter seu suco e comida cuspida.

A garçonete se mostrou surpresa por um segundo, aparentemente a maître havia lhe dito que além de linda, Bella também era hostil, insuportável, mas Bella acabou de quebrar esse tabu agindo amigavelmente e ainda sorrindo. A garçonete se sentiu meio culpada por julgar a linda mulher a sua frente.

– Eu volto logo pra trazer. – ela assegurou com um sorriso verdadeiro dessa vez.

Bella ficou batucando na mesa enquanto esperava o retorno da garçonete. Se passou mais uns três minutos e logo ela estava de volta com a bebida e uma cestinha de pães de alho. Ela colocou as coisas em cima da mesa.

– Você esta pronta para fazer o pedido? – ela perguntou.

Bella pegou o cardápio sob a mesa e antes de abri-lo, viu o nome do restaurante escrito na capa: Bella Italia.

Ela o abriu e a primeira coisa que viu no cardápio lhe chamou a atenção e disse e logo em seguida fez mais pedidos logo abaixo da primeira opção.

– Umm...eu vou querer o ravióli de cogumelos...