Eu, Você E Nossa Vida A Dois escrita por Mnndys


Capítulo 18
Pegando o jeito




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“Você vai ficar olhando para ele ou vai trocá-lo?” Mia pergunta. “Eu posso fazer se você quiser.”

É claro que eu não quero, ela está mais exausta que eu, merecia um descanso, se Joseph deixasse. É só a nossa primeira semana e está sendo bem difícil.

“Ele é tão lindo.” Comento enquanto troco a fralda suja pela limpa.

Provavelmente eu sou o pai mais babão que existe. Mas é impossível não me encantar por esse garotinho que sem esforço nenhum me faz amá-lo de maneira tão intensa.

“Pronto mamãe, estou limpinho, cheirosinho e quieto com um anjo.” Digo quando termino.

“Dá para acreditar que ele está mesmo quieto?” Mia fala.

Eu também nem acredito. Joseph quer ficar no colo o tempo todo, e temos que ficar de pé, e por fim, ele é um guloso.

“Mimadinho igual a mamãe.” Brinco.

Mia cerra um pouco os olhos em minha direção.

“A mimada ficou oito horas sofrendo feito uma égua para parir seu filho.” Ela despeja.

Tão sensível. Se ofende com tudo.

“A mimada é o amor da minha vida.” Digo para me consertar. Em seguida olho para Joseph que está tão quietinho nos meus braços. “Ou melhor, é o amor da minha vida junto com esse garotão aqui.”

Ela sorri.

“Acha que dá conta de ficar com ele só o tempo de eu tomar banho?” Pergunta.

“Claro, e come também, você não comeu nada hoje.”

Mia faz uma careta, ela não está conseguindo comer. Se continuar assim terá que ir ao médico e pedir algumas vitaminas. Ela devia estar repondo suas energias.

Fico sozinho com Joseph.

“Obrigado por dar uma folga para a mamãe.” Agradeço.

A boca dele se move como em um sorriso, como se soubesse o que estou dizendo. Sento-me na poltrona e Joseph começa a resmungar.

“Ok pequeno, o papai fica de pé.” Falo.

Rodeio o quarto enquanto o embalo ao som de algumas canções de ninar e em alguns minutos ele adormece.

Coloco-o no berço e deixo o quarto.

No outro quarto, a porta do banheiro está aberta e posso ouvir o chuveiro ainda ligado.

“Mia” Chamo.

“Não entra!” Ela grita.

Toda vez que ela faz isso é porque algo está errado, portanto, eu preciso entrar.

“Qual parte de não entra não ficou claro para você?” Diz irritada ao me ver dentro do banheiro.

“Tem alguma coisa errada.” Afirmo.

“Eu só estou sangrando, e é horrível, você não tem que ver isso.” Ela fala.

Ando mais um pouco e constato que ela está mesmo tendo sangramento. Mas outra coisa me chama a atenção, os seios dela estão inchados demais.

“Me deixa ver uma coisa.” Falo e me aproximo.

Toco os seios dela devagar e ela faz uma careta.

“Não faz isso, está doendo.” Diz. “Estão duros.”

Tenho vontade de soltar um palavrão e xingá-la por sua irresponsabilidade em não se alimentar direito, mas não era hora para isso.

“Você vai ter que fazer um esforço para se alimentar bem, faz bem para o leite, e vai evitar que isso aconteça.” Explico.

Ela assente com a cabeça.

“Agora pode sair para eu me trocar.” Ela pede.

Deixo o banheiro e a espero no quarto.

“Joseph não vai conseguir mamar assim.” Mia diz quando entra no quarto com a mão em seus seios.

“Vem aqui.” Chamo.

Ela me olha meio desconfiada, mas me sinto no dever de ajudá-la.

“Deita.” Mando.

Mia obedece. Eu adoro quando ela simplesmente obedece.

Ergo a blusa dela acima de seus seios.

“O que vai fazer?” Ela pergunta.

“Vai doer um pouco, mas é por você e pelo Joseph.” Aviso.

Com a palma de minhas mãos massageio e espremo seus seios desde o alto até o bico.

Ela se contrai, não sei se pela dor ou pelo toque.

“Doeu?” Pergunto.

“Um pouco, mas é suportável.” Responde.

“Posso continuar?”

“Pode. Mesmo que doa é bom ser tocada por você, é a única coisa que vai poder fazer pelas próximas semanas.”

Dou um sorriso torto para ela. A simples menção do fato faz minha cabeça ferver.

Volto a fazer a massagem e em algum tempo já está bem menos duro do que antes. Faço uma comida para Mia também e ela come tudo.

“Boa garota.” Digo quando ela termina seu copo de suco depois do jantar.

“Que tal uma recompensa agora?” Ela diz com um sorriso malicioso que eu conheço muito bem.

“Não posso fazer nada com você por pelo menos um mês.” Lembro.

Ela se levanta da sua cadeira e vai a minha direção.

“Infelizmente.” Mia diz. “Mas a recompensa que estou falando é pra você e eu posso dar.”

E aquela história que o apetite sexual diminui após o parto? Olhando Mia agora caminhando feito uma leoa prestes a dar o bote eu diria o contrario.

Mia se agacha em minha frente e desabotoa o botão de minha calça, e por fim desce o zíper.

Desde o oitavo mês eu e Mia cortamos as relações sexuais, pois ela já não se sentia disposta. Era mais de um mês sem fazer nada e aquele mínimo contato me fez enrijecer, meu pau estava duro só esperando que Mia o chupasse com tanta vontade quanto seus olhos demonstravam.

Estava prestes a erguer meus quadris para abaixar a calça quando ela se levantou rapidamente.

“Joseph está chorando.” Ela diz.

Eu estava tão entretido que não consegui escutar, mas agora que ela disse vejo que ele realmente está chorando.

“Sino muito senhor Kavanagh, a brincadeira acabou antes de começar.” Mia fala.

Ela deixa a sala e vai para o quarto de Joseph tranquilamente, pronta para amamentar e cuidar dele.

Para mim é mais difícil. Fico sentado com as pernas abertas esperando abaixar, mas não demoro a perceber que ele não vai, talvez banho frio seja a solução.

Antes de ir para nosso quarto dou uma breve olhada em Mia e Joseph, ela faz careta toda vez que ele suga um pouco mais forte, mas depois ri e conversa com ele.

“Hey, tem bastante, não precisa puxar tanto.”

Ela está se saindo bem, ou melhor, nós estamos. É bom ver que definitivamente tenho uma família, só minha.


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