It Was Meant To Be escrita por Mi
Notas iniciais do capítulo
Olá, leitores! Bom, eu demorei para postar por dois motivos:
Na semana em que eu iria postar minha avó faleceu. E ela era como se fosse uma mãe para mim. Foi ruim e continua sendo, ainda não caiu a ficha. E bem nessa semana eu mudei de casa. Resultado: Sem internet. Mas nesse meio tempo eu escrevi o capítulo 5 e aqui está ele. Espero que gostem.
E ah! Quero dedicar esse capítulo a Mayara Lopez, pela linda recomendação que ela deixou! Obrigada May!
Capítulo V: Ilha do Pesadelo
Annabeth acordou com os chamados de Percy. Não sabia em que momento havia adormecido e nem quanto tempo havia dormido. Apenas desejou poder dormir mais.
– Annabeth, vem logo! – Chamou o moreno.
– Já vou, Jackson!
Quando se aproximou de Percy e observou a ilha que estava a sua frente desejou com todas as forças estar dormindo e aquilo fazer parte de mais uns de seus pesadelos.
– Q-quando ancoramos aqui? – Ela perguntou.
– Quando acordei já estávamos parados.
Um vento forte e cortante atravessou-os. A ilha parecia ser inabitada. Mesmo sabendo que era de manhã, não dava para se notar ali. Não havia Sol. Tudo estava escuro. Mesmo estando no verão o clima ali era frio. As flores estavam murchas e o único caminho que levava ao centro da ilha era uma trilha enlameada.
Olhando ao centro notava-se um majestoso castelo. Era o único ponto colorido da ilha.
– É esta a ilha? – Perguntou Percy.
– Não tenho certeza. – Annabeth disse mordendo o lábio inferior.
– Então teremos de explorá-la para descobrir. – Afirmou Percy.
– Não me parece uma boa ideia. – Annabeth disse num fio de voz.
– O meio-sangue pode estar ai e pode estar correndo perigo. – Opinou o moreno.
– Você tem razão.
Percy sorriu de canto, sem que a loira percebe-se. Ela havia acabado de concordar com ele.
Desceram do iate. E adentraram a mata.
Os arbustos os fecharam ali dentro.
– Estou começando achar que foi uma péssima ideia. – Disse Annabeth.
– Que isso. Venha. – Percy falou e a puxou pela mão. Annabeth tirou sua mão rapidamente da do moreno e olhou-o feio.
A trilha a estava assustando. Logo que adentraram, tudo estava num completo silêncio. À medida que avançavam os barulhos iam aumentando. Alguns deles Annabeth reconhecia como gritos de socorro, sons de árvores pegando fogo, disparos de armas, disparos de canhões, de pessoas correndo, mas a floresta que os cercavam não dava nenhum sinal de que algo realmente estava acontecendo. As árvores não se mexiam, estavam intactas.
– Talvez o mundo inferior fosse menos assustador. – Comentou Annabeth.
– Você também ouve? – Perguntou Percy.
– Sim, mas parece surreal.
Viram um vulto ao longe que foi se aproximando. Alguém ou algo corria na direção deles.
Percy colocou a mão no bolso, pronto para empunhar Contracorrente. Annabeth estava com o arco em mãos.
Um velho de aparência cansada como se estivesse correndo a séculos de alguma coisa começou a falar quando já estava mais perto dos dois:
– Saiam enquanto podem crianças. – Berrava o senhor sem fôlego.
– Quem é o senhor? – Annabeth perguntou.
– Fujam! É perigoso. Saiam daqui.
– O senhor não a respondeu. – Falou Percy indignado.
– Corram ou o dragão irá pegar vocês.
– Dragão? – Perguntaram os dois em uníssono.
– Sim, aquele ali! – Disse o velho, apontando para o nada e correndo o mais rápido que ainda conseguia.
– Mas não estou vendo dragão algum! – Gritou Percy, mas o homem já estava longe o suficiente para não ouvi-lo.
– Mas que senhor doido! – Exclamou Annabeth.
– Eu que o diga. – Concordou Percy.
Continuaram avançando floresta adentro. Aquela trilha parecia não ter um fim. Quando que por azar...
Annabeth pisou em um chão falso e caiu em um buraco.
– Annabeth? – Gritou Percy, mas não obteve resposta.
– Annabeth? – Tentou mais uma vez. O que faria agora? Começou a ouvir gritos agonizantes de Annabeth vindos da floresta, mas não sabia se era ela realmente ou se era mais um truque da ilha. Por impulso, pulou na armadilha.
[...]
A cabeça de Percy latejava, assim como a de Annabeth. Era como se eles tivessem recebido uma pancada na cabeça e adormecido. Quando acordaram, estavam juntos – para o alívio de Percy – porém não sabiam onde estavam. Não conseguiam enxergar nada. Tudo estava escuro e em um completo silêncio. Apenas sabiam que um estava próximo do outro, pois conseguiam ouvir suas respirações.
Então uma voz estridente de mulher se pronunciou. E embora fosse uma voz sombria, falava calmamente.
– Hum, não estou acostumada a receber casais como visita. – Disse a voz.
– Não somos um casal. – Bradou Annabeth.
– Não é o que parece. Para uma filha da deusa da sabedoria, você deveria ser mais esperta.
– Olha como fala com ela! – Percy retrucou.
– Não são um casal, ein? Mas o Cabeça de Alga aí está defendendo a namoradinha.
Um frio percorreu a espinha de Percy. Aquele era o apelido que Annabeth havia lhe dado.
– Não é? Cabeça de Alga e Sabidinha, que lindos apelidos românticos!
– Você tem que se tratar! – Annabeth berrou.
– Quem é você? – Perguntou Percy.
– Ah, Percy querido. Aqui nesta ilha não é vocês que devem saber sobre mim. Sou eu quem sabe tudo sobre vocês.
– Quem era aquele homem que encontramos hoje mais cedo? – Annabeth perguntou.
– Deixe de ser curiosa, menina! – a voz disse. – Mas não há mal nenhum em contar para vocês. Já já estarão como ele... ou pior.
Annabeth estremeceu.
– Foi tão fácil com ele...
– O que quer dizer? – perguntou Percy.
– Ele se dizia um homem muito corajoso, sabe. Um dia saiu em viagem em alto mar e nunca mais voltou. A família pensa que ele faleceu, bobagem. Ele entrou aqui em minha ilha, por curiosidade, queria encontrar o castelo majestoso que todos vêem da praia. Não se importava como a ilha aparentava ser assustadora. Mal sabia ele que essa era a ilha do pesadelo...
– Ilha do pesadelo? – Annabeth indagou.
– Oh, sim... Não é a Ilha Esquecida que sei que vocês procuram... – a voz deu uma gargalhada – É ilha do pesadelo e esse homem que se dizia tão corajoso agora vive correndo de seu maior pesadelo, um dragão. – Então, outra gargalhada foi ouvida.
– Por isso que não vimos o dragão. Era o pesadelo dele. – Concluiu Annabeth.
– Finalmente você descobriu. Palmas, palmas. – Disse a voz com ironia. – Agora que já sabem, irei me divertir.
E assim começou.
Primeiro com Annabeth.
“- Desculpe Annabeth, mas você não é apta de concluir sua faculdade de arquitetura.”
[...]
“Jornalista: - Perda total?”
“Entrevistada: - Sim. Irei processar aquela arquiteta de quinta que construiu minha casa. Ela desabou toda. Má estruturada. Quase matou minha família e eu.”
[...]
“- Os deuses odiaram o modo como você reformou o Olimpo. – Dizia Atena. – Eu tenho o pesar de ser sua mãe. É vergonhoso, desastroso.”
As lágrimas escorriam pelo rosto de Annabeth. Ser uma arquiteta mal sucedida era um dos pesadelos da loira. O corpo todo doía como se estivessem acertando-a com adagas de gelo. Mal sabia ela que Percy estava sentindo as mesmas dores. Tudo aquilo também se passava na mente do moreno e ele também sentia as dores de Annabeth.
– Pare com isso! – Berrava Percy.
E como resposta só se ouvia uma gargalhada longa e doentia. E então, outro pesadelo da loira veio à tona.
“- Percy! – Dizia a loira em meio a soluços.”
“Percy se viu deitado, com a cabeça no colo de Annabeth. Ele estava desacordado.”
“- Annabeth, eu sinto muito. – Disse uma voz, que ele reconheceu como a de Quíron.”
“- Não, Quíron! Por favor, faça alguma coisa. – Implorou Annabeth.”
“- Não há nada que ressuscite os mortos, você sabe disso.”
O quê? Ele estava morto? E então se lembrou que aquele era apenas mais um dos pesadelos da loira. Era difícil diferenciar, parecia real.
“- Percy! – Dizia Annabeth. – Volte! Para mim, por favor. Fica comigo. – As palavras saiam num fio de voz embargada pelo choro”
E embora viver a morte do Percy fosse um dos pesadelos de Annabeth e a torturasse e como conseqüência, também torturava o moreno, aquilo o reconfortava de certa maneira. Estava descobrindo que Annabeth tinha medo de perdê-lo.
Ao seu lado Annabeth chorava descompassada, gritava e gemia de dor. E então cessou. Annabeth respirava pesadamente, tentando recuperar o fôlego.
E Percy gelou. Sabia que agora seria sua vez de viver seus pesadelos.
Annabeth mal acabara de sentir suas dores e agora teria de sentir as de Percy também.
“Um acidente na estrada que levava ao estreito de Long Island matou uma pessoa e deixou outra ferida. Sally Jackson faleceu, deixando um filho de dezenove anos chamado Percy Jackson...”
E ele sabia que aquele era só o começo. Perder a mãe era uma das coisas que mais o assombrava. Ele a amava tanto e não via seu mundo sem ela. E sentir aquilo, mesmo que não fosse real doía, porque só quem perdeu alguém sabe como realmente é difícil.
E então, outro pesadelo veio à tona.
“Os olhos saltaram das órbitas ao ver aquela cena. Annabeth aos beijos com um cara.”
“- Annabeth, o que você faz com ele?”
“- Ora, isso não é da sua conta, Percy!”
“- Claro que é, você é minha namorada!”
“- Sua namorada? Claro que não. Foi você quem terminou comigo. Ele é quem é meu namorado agora.”
“E assim “Annabeth” puxou o rapaz ao seu lado para um beijo selvagem. Eles se beijavam apaixonadamente, mesmo que ferozmente, como se eles dependessem daquele beijo.”
E mais uma vez seu pesadelo era perder alguém, não para a morte, mas para outra pessoa. E embora a dor o maltratasse, não pode deixar de se sentir constrangido, pois sabia que a loira também havia presenciado aquilo.
E então, parou. Os corpos tomados pelo medo de viverem seus maiores pesadelos. Mal conseguiam raciocinar.
E depois de um longo período, a voz pronunciou-se:
– Fracotes! Nem viveram todos os seus pesadelos e já estão assim... Ah claro, eu selecionei os pesadelos de vocês e um em comum... Talvez tão horrível quanto estes. O acampamento meio-sangue sendo atacado e vocês não poderem fazer nada, tudo sendo destruído e seus amigos morrendo. Estou doida para ver vocês vivenciando isso! – A voz disse com entusiasmo a ultima parte e então parou.
Percy e Annabeth notaram que havia mais alguém ali. Era grande e pesado, mas não conseguiam ver um palmo a sua frente.
– Mas o que...? – a voz disse.
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Gostaram? Não revisei por isso os erros, desculpe!
Beijos!