Who I Really Am? escrita por CarolBeluzzo, Gii


Capítulo 20
Nova Etapa


Notas iniciais do capítulo

Penultimo capitulo, minhas lindas!! OMG!

Boa leitura!



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Capitulo 19 — Nova etapa.

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Alguns meses depois…

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POV Renesmee.

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Eu estava parada na frente do posto da polícia de Forks, onde nós tínhamos marcado de nos encontrar.

O telefone chamou por uns dois ou três minutos até que, finalmente, ela atendeu.

— Onde você está, Mikaelly? Estou te esperando a umas duas horas. Você disse que estava chegando.

— Eu cheguei, eu que estou esperando a duas horas por você!! — Ela quase gritou do outro lado do telefone — Está nevando!

— Ah. Não me diga, nem percebi. Onde é que você está? — repeti gritando para tentar ser mais alta do que o barulho do vento.

— Estou na frente da Forks High School. — respondeu como se fosse óbvio.

— E o que é que você está fazendo ai? — questionei irritada. — Eu disse posto policial.

— Não disse não. — teimou.

— É claro que não. Eu vim pra frente do posto policial, sabendo que você estava ai, só por que eu queria que me prendessem. — falei irônica. — Olha, fica ai, e não se mecha. Eu já estou chegando.

Eu entrei no carro de papai, onde tia Alice parecia um pouco entediada, batucando no volante. Ela tinha aquele olhar de “Eu disse que era melhor nós irmos procura-la na cidade”

— Ela está na Forks High School — Eu apenas disse.

Ela continuou me olhando, com aquele olhar irritante. Eu fiquei em silencio, fingindo que não era comigo, mas ela pigarreou.

— Não está esquecendo de nada? — ela estreitou os olhos para mim.

— Eu? Não. Vamos logo, ela está esperando na tempestade de neve.

— Renesmee. Você está me devendo um pedido de desculpas. E tem que aprender a parar de teimar com a vidente da família, ok?

— Qual é Alice, vamos superar tudo isso! A vida é feita do presente, não podemos pensar apenas no passado! Você é a prova de que devemos pensar no futuro!!

A boca de Alice caiu alguns centímetros. Eu fiquei com vontade de rir. Eu nunca admitiria meu erro!

— Argh! Incrível como você consegue juntar as coisas mais irritantes do seus pais e deixar duas vezes pior! — Ela tinha uma leve carranca no rosto, que qualquer um acharia meigo, enquanto ligava o carro e acelerava.

— Claro, eu sou a filha deles. Sou uma mistura dos dois.

— Quem foi que deixou uma catástrofe dessas acontecer?

Eu olhei boquiaberta para ela. Ela ergueu as sobrancelhas, me encarando.

— Alice?!

Ela sorriu, e nós duas caímos na gargalhada.

Ela começou a dirigir rapidamente, enquanto eu olhava para a estrada em expectativa. Nunca havia estado na frente da FHS antes, mas dessa vez, não era ela que me importava e sim uma menina estranha, de óculos e com um livro na mão.

E foi exatamente isso que eu encontrei.

Ela estava parada no ponto de ônibus em frente à escola. Não havia cobertura mas, ao invés de colocar o casaco e o capuz, ou a mochila na cabeça, não. Ela enrolou o livro no casaco e colocou a mochila por cima, ficando encharcada com a neve, mas protegendo o livro, que jazia em cima de uma pequena mala que estava ao seu lado.

Eu já estava toda molhada mesmo, então saí do carro e me joguei no colo dela, enrolando minhas pernas em na cintura e abraçando-a fortemente. Ela tremia levemente.

— Mika, que saudade. Me desculpa por tudo. — disse enquanto ainda estávamos agarradas.

— Para de pedir desculpas, você vem fazendo isso a meses, e eu já te perdoei. — disse enquanto eu me colocava no chão.

Quando eu ia falar, tia Alice abriu o vidro do carona e gritou:

— Será que vocês não querem conversar em casa? Está chovendo.

Nós rimos enquanto eu ajudava-a a colocar a mala, a mochila e o bolo, vulgo :livro enrolado, dentro do carro. Quando estávamos enfim sentadas, fiz as apresentações.

— Mika, essa é a Tia Alice, da qual te falei. Tia Alice, essa é a minha melhor amiga estranha, Mika.

— É um prazer te conhecer, Mika. — disse Alice. — Ness falou muito de você.

— O prazer é meu, Alice. — respondeu sorrindo antes de se virar para o embrulho atrás de si abrindo-o em seguida.

Eu fiquei olhando por um tempo enquanto ela checava cuidadosamente todas as páginas, o marcador e a capa, até que ela suspirou aliviada.

— Não molhou.

— Então você ainda prefere os livros a mim? Estou toda molhada. — perguntei com um bico de birra

As duas riram. Naquele momento, Alice virava na estrada de terra.

— Se eu gostasse mais dos livros do que de você, não teria pego um voo da Irlanda para cá em pleno natal. Teria ficado para ver os livros que mamãe vai me dar.

— Está vendo Ness, uma pessoa centrada com respostas prontas para qualquer situação. — comentou Alice. — Você tem que conhecer Carlisle, apesar de que ele deve ter lido um pouco mais que você.

— Carlisle... É o seu avô, certo? — perguntou me olhando.

Eu assenti sorrindo.

Era bom vê-la sorrindo. De alguma maneira, aliviava a culpa por ter 'esquecido' dela.

— Sim, mas não me troque pela biblioteca dele. Nós temos muito o que fazer em apenas três dias. — comentei enquanto Alice assentia.

Mika havia desistido de três dias com a família iria passar o natal com a gente, e depois, no dia 26 pegaria o voo de volta para a Irlanda.

Natal. Mal podia acreditar que já estávamos no natal. O tempo havia passado tão rápido que eu nem havia percebido. Não só por causa dos horríveis acontecimentos recentes, mas também pelos bons momentos.

— A propósito... — comecei quando Alice já parava o carro na frente de casa. — eu tenho um namorado.

Ela parou o processo de tirar a mala do carro e me olhou com os olhos e a boca bem abertos. Eu sorri assentindo e puxando a mala com tudo. Ela saiu fácil, obviamente, mas Mika estava chocada e ocupada com a mochila que prendera no banco demais para perceber. Ri enquanto a puxava pra dentro de casa, onde todos nos esperavam.

Quando enfim chegamos, e quando enfim levantou os olhos da mochila, que se enrolara nos cabelos longos e encharcados dela, Mika arregalou um pouco os olhos por baixo dos óculos e sussurrou lenta e continuamente:

— Uaaaaaau!

Esme sorriu e veio em nossa direção com seu olhar maternal.

— Olá querida, eu sou Esme, teve um bom voo?

— O voo foi ok, obrigada Sra. Cullen, o problema sou eu e o meu medo absurdamente grande de altura.

Obviamente ela já estava vermelha como um tomate. Não como eu normalmente fico, mas bem vermelho. Esme riu e a pegou pela mão.

— Venha conhecer o resto da família.

Ela conheceu a todos, inclusive os Denali — que estavam lá em casa para o natal— e, depois disso, Esme praticamente nos obrigou a tomar um banho quente, alegando que não queria ninguém doente no natal.

***

Estávamos no antigo quarto de papai — que agora era mais meu do que dele — enquanto Mika secava os cabelos com a toalha.

— Então, seus pais...

— O que tem eles?

— São... ham, sei lá... conservados.

Droga!!!

— São, não são? — comentei olhando pela janela tentando disfarçar. Não sabia como continuar, e fiquei aliviada quando Jacob surgiu pela orla da floresta.

— Venha. — comentei arrancando a toalha de sua mão e jogando na cama, enquanto a puxava pela mão até a porta. — Vou te apresentar o meu namorado.

— Você está namorando de verdade? Eu achei que fosse uma piada. Porque não me contou antes?

— Ora, não surgiu o assunto.

Quando enfim chegamos à sala, Jacob — que conversava com Edward, Eleazar e Jasper — se virou, fazendo Mika estacar enquanto eu segurava o riso.

— Rê — sussurrou se virando para mim. — O que o estuprador assassino está fazendo na sala da sua casa?

Eu sorri e ergui as sobrancelhas enquanto esperava sua ficha cair. O que aconteceu, alguns segundos depois, fazendo ela abrir a boca.

— Você está namorando ele? — perguntou e eu assenti.

— É... Um amigo de infância do qual eu não me lembrava. — respondi.

Jacob começou a vir na minha direção, e quando passou por ela, plantou um beijo em sua bochecha, me abraçando por trás, em seguida.

— Oi Mika. — disse quando ela finalmente fechou a boca.

Ela sorriu envergonhada, apesar de não saber que ele tinha escutado.

— Oi, ham...

— Jacob — completou ele.

— Oi, Jacob.

Ela continuou vermelha enquanto nós nos sentávamos nos sofás, de frente para a grande parede de vidro, mas logo entrou em uma conversa animada com tio Emm e tia Kate sobre videogames e ela relaxou um pouco.

Ainda chovia lá fora, mas estava mais fraco.

Eu ajudava Esme e Alice a colocarem os últimos enfeites de natal pela casa, parando de vez em quando para fazer comentários ou deixar minha opinião.

— Pegue. — disse Alice colocando uma estrela prateada em minha mão. — Todos nós já colocamos. Esse ano é a sua vez.

Eu sorri grandiosamente. Eu já havia colocado na casa dos meus outros pais, mas agora era diferente. Mais especial.

Eu não alcançava o topo da árvore — já que Alice havia escolhido a maior da floresta para colocar em casa — e não podia simplesmente pular para alcança-la, então aproveitei que Garret passava por ali e o olhei com o olhar pidão.

Ele riu e me colocou sentada em seus ombros — fazendo uma careta como se estivesse pegando um peso muito grande — e eu consegui coloca-la no lugar.

Aquela era uma coisa meio nova... Digo o meu relacionamento com os Denalli. Eu não sabia que eles viriam até papai anunciar que eles haviam finalmente chegado. Eu lembrava perfeitamente de cada rosto e de como foi nosso relacionamento quando eu era ainda bebê, mas por um momento, me senti tensa. Aquela havia sido outra época, onde as coisas eram muito mais difíceis e eu não sabia se podia contar com aquela simpatia que havíamos desenvolvido a tanto tempo.

Poderia ter mudado algo? Havia tanto tempo e eu havia mudado tanto…

Mas bastou eles aparecerem para eu ser girada no ar e receber sorrisos. Fiquei surpresa quando disseram que sentiram a minha falta. Um pouco triste quando Eleazar comentou que isso marcava o fim dos tempos obscuros da família Cullen.

Quando me colocou no chão outra vez, Bella parou ao meu lado, sorrindo e passando a mão em meus cabelos.

— É o primeiro natal, em quase oito anos, que teremos algo para comemorar. — disse sorrindo enquanto nos direcionava para a cozinha, onde Esme, Carmen e Tânia conversavam.

Eu sorri grande ao ver os olhos brilhando.

Mika Levantou, vindo atrás de nós.

Ela parecia lidar bem com todo aquele festival de beleza perfeita. Não que ela não achasse visivelmente estranho e sentisse aquele — por “configurações padrões” dos humanos — medo não-justificável quando todos os vampiros se reunirão juntos na sala de jantar, mas eu estava de olho nela, por mais que havia me lançado em uma conversa animada com papai, sobre a minha carta de motorista — e uma possível faculdade mais para frente — eu conseguia fazer ela ficar à vontade e continuar achando que minha família biológica era um pouco normal.

Estávamos todos sentados à mesa, fazendo uma bela encenação sobre uma ceia de Natal — porque apenas eu, Mika e Jacob iriamos de fato comer algo, já que Nahuel passaria com a família de Leah e só viria no dia seguinte —, entre risadas e o cheiro irresistível do peru saindo do forno quando Mikaelly puxou ligeiramente a manga da minha blusa e se inclinando na minha direção.

— Seu tio não parece muito em clima de natal — ela sussurrou, tentando ser discreta ao indicar com a cabeça Emmet, que estava sentado ao lado de Jasper, com um sorriso no rosto, conversando.

Eu a observei, ligeiramente espantada. Aos olhos de qualquer humano, nunca teriam notado os olhos tristes dele. Cheguei à conclusão de que Mikaelly era uma ótima leitora, tanto de livros, quanto de estado de espirito.

Fiquei meio sem jeito de falar alguma coisa. Todos da sala podiam ouvir.

— Lembra da minha tia Rosalie, que falei para você? — ela assentiu — Ela era esposa dele.

Ela ficou visivelmente constrangida, soltando um “Ah” antes de se virar novamente para o seu prato. Logo que eu comecei a conversar com ela, eu contei sobre a morte da minha tia. Havia dito que ela havia se perdido na floresta e fora atacada por algum animal e não resistiu, alguns dias antes de eu voltar a vê-los.

A conversa continuou animada até depois do jantar, quando todos nós sentamos nos sofás para esperar a meia noite.

Quando era quase dez horas Mika já estava quase caindo de sono — no meio da conversa!?! —, afinal na Irlanda já eram quase duas da manhã. Mas eu sempre a cutucava fazendo-a despertar.

A hora de entregar presentes chegou — finalmente! —. Mika até havia trazido presentes da loja de decoração da sua família, e um — obviamente — livro pra mim. A capa era interessante, mas não havia um nome gravado e quando a abri para ver a introdução, pude ler:

"Renesmee e Mikaelly, a história de uma amizade."

Caramba!!! Você escreveu? — questionei de boca aberta. E ela assentiu.

Ri me jogando em cima dela, abraçando-a e chorando ao mesmo tempo.

Também dei um livro a ela, que mal agradeceu e já começou a ler.

Depois de meia hora, ela já estava quase na metade do livro enquanto eu e Jacob a observávamos, entediados. Os outros estavam na sala de jantar, conversando distraidamente, e eu até estava com vontade de ir para lá, para ver se eu me animava um pouco, mas achei melhor não desgrudar de Mika.

Eu lutava com um bocejo, quando algo molhado atingiu minha nuca, me fazendo me arrepiar toda. Jacob arregalou os olhos por um instante antes de começar a rir que nem um condenado.

Até mesmo Mikaelly ergueu os olhos para dar um sorrisinho, antes de voltar a espiar pelas páginas.

Eu fiquei de joelhos no sofá, me virando para ver quem fora o infeliz. Eu estava preparada para soltar um monte de gritos e brigas quando o rosto sorridente do tio Emm apareceu no lugar de onde devia ter vindo a bola de neve.


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