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–Eu disse pra ficar longe dele! –disse Renesmeé.

–E quem disse que você manda em mim? –disse a garota.

–Você ta pedindo pra morrer. –disse Nessie.

–Ah é? Tenta então! –disse a desconhecida.

–Com todo o prazer. –disse Renesmeé e como em um piscar de olhos, ela estava com a cabeça decepada da desconhecida nas mãos.

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–Aaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhh. –gritou Renesmeé ao acordar do pesadelo.

–Hey, hey. Tudo bem, tudo bem. –disse Alec tentando conforta-la.

–Eu. Eu... –ela não conseguia assimilar o acontecido.

–Calma. Foi só um pesadelo. Calma. –dizia ele.

–Eu preciso falar com Aro. –disse ela.

–Tem certeza? –perguntou o garoto. Ela apenas assentiu. Em um segundo ele não estava mais ali. E em três outros seguintes, voltou com Aro. Ela estava tão assustada que nem achou estranho Aro ir até os aposentos de Alec, agora também de Nessie.

–O que aconteceu, querida Nessie? –perguntou Aro chegando perto dela. Renesmeé colocou a mão em seu rosto e mostrou-lhe o que aconteceu.

–Oh minha cara Nessie, não se preocupe com isso... Não passa de um pesadelo. Tente dormir novamente. Vamos deixa-la sozinha. –disse Aro. E de repente seu medo voltou.

–Não! –exclamou ela. –Eu não quero ficar sozinha!

–Tudo bem. Alec fique com ela então... –disse Aro e o garoto assentiu.

Aro saiu do quarto e Alec se aproximou da garota.

–Você está bem? –perguntou ele. Ela assentiu. Não era mentira, mas também não era totalmente verdade.

–Okay, agora a verdade... –disse ele já sabendo que ela não estava sendo totalmente sincera.

Renesmeé não estava bem o suficiente para uma conversa verbal então pôs a mão no rosto do garoto. Só estou um pouco assustada ainda. Eu matei ela. Eu vi. Então ela o mostrou o sonho. Ela o percebeu enrijecer. Eu não sei quem é ela nem o porque de eu mata-la. Só sei que não foi só um sonho.

–Acho melhor você dormir. Prometo ficar aqui. –disse ele e ela assentiu.

Depois de algum tempo, lá estava ela a dormir novamente. Alec viu que ela estava a dormir profundamente e foi em busca de Aro, o encontrando na sala dos tronos, como sempre.

–Aro. –disse ele entrando.

–Sim, Alec querido? –perguntou Aro.

–Porque não contou-me? –perguntou o garoto.

–Não contei o que? –perguntou Aro confuso, ou fazendo-se de confuso.

–Alexa. Ela vai mata-la não é? A Cullen vai mata-la. –disse Alec.

–Ainda não sei ao certo, meu caro. –disse Aro calmamente. –Aparentemente ela tem mais talentos do que imaginamos. Mais do que ela própria imaginava. No entanto... não posso afirmar se aquilo foi apenas um sonho ou uma visão. –disse Aro.

–Tem certeza de que não está me escondendo nada? –perguntou o garoto.

–E por que eu faria isso? Eu prometo a você, meu caro Alec, que quando eu souber de algo sobre o assunto, eu contarei a você. –disse Aro e o garoto assentiu, saindo dali.

Quando voltou ao quarto Renesmeé continuava a dormir. E isso o confortou de alguma forma. Saber que ela estava segura... Ele só ainda não concordava com tais pensamentos. E por um milésimo de segundo, lembrou-se de Alexa.

Uma menina meiga, fofa e simpática por fora. Mas totalmente o contrario por dentro. Amargurada. Usando tudo e todos para conseguir o que quer. Ele se sentia mal por um dia ter se relacionado com ela. Ela o fazia bem quando estavam juntos, mas ele nunca a amou. ele nunca encontrou sua Julieta. Ele riu com o pensamento.

Aro lhe contava, quando ele entrou para a guarda sobre Romeu e Julieta. E disse que um dia ele encontraria sua Julieta. E já se passaram 1200 anos e nada de ela aparecer... ao menos era isso que ele pensava. E ele cansou de ouvir aquela história. Romeu e Julieta. Famílias rivais. Um amor proibido. Um amor maior que tudo e todos. Essa era a historia que os humanos conheciam. Mas a versão de Aro era diferente.

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Romeu e Julieta eram amigos. Amigos que se amavam secretamente. Mas havia alguém chamado Paris na história. O que poucos sabiam é que Paris não era como os outros. Mas Paris não era um vampiro. Pelo contrario. Ele não era imortal. Mas ele vinha de uma família poderosa. Não poderosa de riquezas. Poderosa no sentido literal. Uma família de bruxos. Paris não gostava disso, e não participava de treinamento nenhum. Nem sequer chegava perto dos livros da família. Mas Paris era apaixonado por Julieta. Mas viu que Romeu era um obstáculo. Por isso decidiu mata-lo. Mas não era tão fácil. Romeu sabia se defender, pois vinha de uma família de soldados. Então ele apelou para o dom da família. Um dia roubou um dos livros da família e procurou algo que pudesse conjurar. Então encontrou um. Estava em latim e ele não entendia muito. Mas ele reconheceu a palavra MORTE. Achou que aquele fosse um feitiço para tirar a vida e assim fez. Acendeu velas e conjurou o feitiço. De repente as chamas ficavam altas e baixas e altas novamente. E logo se apagaram. Paris achou que havia conseguido fazer o que queria. Na manha seguinte Romeu foi encontrado morto em seu quarto. Ele ficou feliz com a noticia. Mas tudo mudou ao saber que Julieta também fora encontrada morta em seu quarto. Paris voltou pra casa desesperado e folheou o livro. E então sua avó entrou no aposento perguntando o que ele fez. Ele disse o feitiço que conjurou e sua avó pôs a mão em frente a boca. Paris havia conjurado o feitiço proibido. Ele não só tinha matado os dois como havia jogado duas maldições. A primeira, ele havia criado demônios da noite sugadores de sangue, os Vampiros. A segunda: Romeu e Julieta morreram nesta encarnação, mas estariam destinados a voltar um dia. E quando esse dia chegasse, ninguém conseguiria separa-los. Paris ficou ainda pior quando soube que o primeiro vampiro que ele criara foi ninguém menos do que ele. E tudo isso por causa da sua amada.

Foi a partir de Paris que a Raça Vampira começou. Paris foi morto mil anos depois de ter virado imortal. Mas a lenda diz que em uma de suas aventuras juvenis, ele teve um filho. Um filho do qual ele nem sabia da existência. E então, algum dia, os três se encontrarão e então poderemos presenciar o encontro dos três mais poderosos seres deste mundo... Por hoje chega criança. Vou para meus aposentos, e enquanto isso descanse...

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Era assim que Aro sempre lhe contava a historia. Ele só não entendia a obsessão de Aro por essa história. Mal ele sabia que esse fora o motivo de Carlisle um dia ter sido um volturi. Romeu e Julieta era uma de suas pesquisas. Ele e Aro eram, e ainda são, obcecados por esse assunto. Alec voltou a si e foi até a janela de seu quarto. Ele gostava de sentar-se lá. Dava pra ver a cachoeira que ficava a alguns quilômetros dali. Ele amava aquele lugar. Ele ficara ali até a nascer do sol, quando saíra para buscar o café de Nessie.