Quando chegaram a Volterra, William e Renesmeé dirigiram-se a sala dos tronos, onde se encontravam Aro, Caius, Marcus e a guarda.

–Nessie, minha querida. Como foi a viagem? –Aro perguntou indo até a garota com um grande sorriso.

Renesmeé levou sua mão até o rosto e mostrou-o o quão entediante a viagem fora.

–Percebe-se que não há nada de interessante em viajar sozinha. Quem sabe possa trazer Alice com você... –disse ele tentando fazer, novamente, que a garota convencesse Alice a ir a Volterra com ela.

–Sim... Só é uma pena que ela não goste muito daqui. –disse a garota com sinceridade. Diferente dos outros membros de sua família, ela gostava dali. Não era como uma obrigação, pra ela, ir a Volterra a todo ano. Enquanto estava em casa, sentia falta do lugar.

–Quem sabe você a convença, não é? –perguntou ele.

–Claro. –eu disse sorrindo.

–Mas vamos ao que interessa. Quem será o seu mentor este ano? Todos aqui já foram pelo menos duas vezes. Menos... –ele pausou e olhou para os gêmeos. Era verdade. Nenhum dos dois havia sido mentor de Renesmeé. –Qual dos dois? –ele perguntava mais para si mesmo do que para os outros.

–Jane vai.

–Alec vai. –disseram os dois ao mesmo tempo

–Você! –disseram os dois encarando um ao outro.

–Renesmeé? –perguntou ele a garota.

–Desculpe-me Aro, mas do jeito que eles estão se olhando, prefiro que você ou eles escolham... –ela disse querendo rir.

–Jane? –perguntou.

–Alec vai.

–Querida irmã. Porque você não faz isso? Suponho que tenha mais assuntos para conversar com ela do que eu. –disse ele. Ele começou a encará-la e logo estava se abaixando, quase se contorcendo de dor.

Naquele momento Renesmeé sentiu como se fosse nela aquela dor. Como se ao invés de Alec, fosse ela ao lado de Jane.

–Pare! –disse Renesmeé. Jane não a deu ouvidos. Renesmeé sem ao menos pensar, correu e colocou Jane contra a parede em um piscar de olhos. –Eu. Disse. Pra. Parar! –disse ela.

–Solte-a, querida. –disse Aro. Nessie olhou para ele e fé o que ele pediu.

–Desculpe-me Aro, agi por instinto. –disse a garota.

–Nunca havia feito isso antes... –disse Aro.

–Eu sei. Mas é que... –Nessie não conseguiu terminar a frase. De repente, seus olhos ficaram vagos e ela viu. Como se fosse um filme, a historia que Aro lhe contava quando Renesmeé começou a ir pra Volterra ainda pequena. Romeu e Julieta. A historia que ela sempre achava que eles eram idiotas. Acabar com suas vidas por outra pessoa... é totalmente estúpido! Pensava a garota. Logo ela voltou ao mundo real. –Desculpe. Acho que estou ficando meio louca. –ela disse rindo.

–Pode mostrar-me? –disse Aro.

–Não é nada de importante. É só coisa da minha cabeça. –disse ela.

–Se não há nada de importante não tem porque não me mostrar certo? –ele perguntou e ela assentiu.

Sua mão foi para o rosto de Aro e os olhos do mesmo ficaram vagos. Tanto quanto os da garota a dois minutos atrás. Quando ela tirou a mão de seu rosto, ele sorriu.

–Deve estar cansada. Lhe contei essa historia milhões de vezes. Deve ser por isso. –ele disse. –Alec. Você será o mentor dela. –disse ao garoto que fez careta ao ouvir isso. –Aposto que se ela e Jane ficarem no mesmo lugar vão acabar demolindo toda Volterra. Leve-a aos seus aposentos, ela precisa descansar.

–Aro? –chamou a garota.

–Sim? –ele perguntou.

–Acho que Alec é mesmo uma boa idéia. Mas não por esse motivo.

–Por que diz isso? –ele perguntou.

–Ultimamente eu ando um pouco, estressada. As vezes, eu saio um pouco do controle. Carlisle diz que é devido ao fato de eu estar quase no final da minha fase de crescimento e em breve serei uma imortal, permanentemente. O dom de Alec me ajudaria de alguma forma a parar. Como um calmante. –ela disse olhando para o garoto.

–Pode esclarecer um pouco mais? –ele perguntou.

–Da ultima vez que perdi o controle, quase matei o Tio Emmett. –ela disse. Era verdade. Uma vez ela ficou com tanta raiva que quase arrancou a cabeça de Emmett. Mas por sorte, Kate estava por perto.

–E como se mantinha “sob controle” enquanto estava com os Cullens? –perguntou Caius.

–Kate! –disse a garota. Eles fizeram cara de que entenderam.

–Tudo bem. Agora, vá com Alec. Você precisa descansar. Podemos conversar outra hora.

–Sem problemas. –ela disse e seguiu até a porta, onde Alec já se encontrava.

Ao sair do lugar, Alec dirigiu-se até uma porta. Renesmeé conhecia ali. Era a porta que dava ao corredor onde os mestres, ou preferidos ficavam.

–Onde estamos indo? –ela perguntou curiosa.

–Ao meu quarto. Você ficará lá este ano. –disse ele sem ao menos olha-la.

–Porque? –perguntou novamente.

–Não pergunte a mim. Antes de você chegar Aro disse que seria ou eu, ou Jane a ser sua babá esse ano. E ordenou que você ficasse no quarto do responsável. Se quiser reclamar, reclame com ele. Agora só me siga e fique quieta. –disse ele.

–Grosso! –disse ela baixinho. Inaudível para um humano. Mas Alec não era humano. E ao ouvir o comentário dela, deu um sorriso de canto sem que ela percebesse. Após andar um pouco pelo longo corredor Alec parou em frente a uma porta. Nela havia uma pequena placa dourada com o nome Alexander.

–Alexander? –a garota perguntou.

–Não pensou que meu nome fosse Alec mesmo, pensou? –ele perguntou dando um sorriso de canto e ela riu.

–Na verdade sim. Já que ninguém te chama de algo que não seja Alec. –a garota disse.

–Vem, vamos. Aro disse que você tem que descansar. –disse ele abrindo a porta e a deixando entrar primeiro. Ela riu e entrou. Logo ficou deslumbrada com o quarto.

–Nossa! –disse ela ao ver como era o quarto. –Pensei que fosse mais...

–Pensou que fosse mais...? –ele disse induzindo-a a continuar.

–Não sei... antigo... velho... chato... –dizia ela. Ele riu. –Mas, muito pelo contrario... é bonito, arrumado, legal, bem adolescente.

–Eu sou adolescente. –disse ele.

–Aham... Você é adolescente a mais de mil e duzentos anos. –disse a garota rindo. (Alec e Jane nasceram por volta de 800 d.C, tendo sido transformado aos 13 anos, este ano de 2013 eles tem exatos mil e duzentos anos.)

–Suas roupas estão no guarda roupa. Você pode tomar banho e dormir se quiser. –disse Alec.

–Acho que eu vou tomar um banho e dormir um pouco. –disse Renesmeé. Ele assentiu e ela foi em direção ao guarda roupa.

Ao abri-lo ela deparou-se com roupas que nunca vira Alec usar antes. Mas não comentou nada. Pegou sua roupa, que provavelmente havia sido colocada ali pela guarda, e dirigiu-se ao banheiro. Ao sair do chuveiro, colocou seu pijama e foi deitar um pouco.

O quarto estava vazio e ela dormiu durante algumas horas.