Love Child escrita por Yuki_Kitsune


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

desculpem a demora!! Estou tendo muits trabalho para fazer!!!
Agradeço aos reviews q me deram... fiquei muito feliz!! ^^

entao ai vai...



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O sol acabara de nascer no horizonte fazendo com que os primeiros raios de luz banhassem o quarto feminino da Grifinória, no berço recém-colocado no local estava o pequeno Malfoy que aos poucos despertava. O menino levara alguns minutos para despertar completamente até assimilar onde estava, e lembrando-se dos acontecimentos do dia anterior. Ainda não estava acreditando que estava em Hogwarts, sua mãe sempre lhe falava dela deixando o menino sempre curioso e ansioso quando chegasse sua carta.
Olhou ao seu redor notando que todos no quarto estavam dormindo e que eram todas meninas, ele franziu a testa, por que estava no quarto das meninas? Ele era um menino. Foi tirado dos pensamentos quando sentiu o colchão de seu berço afundar com um peso extra, o loirinho sentou na cama e ficou surpreso quando se deparou com um gato laranja que tinha a cara amassada e o olhava com curiosidade. Ele também ficou curioso e pensando onde aquele gato havia surgido.
- De onde você veio, gatinho? Como entrou aqui? Está perdido? perguntou Draco eufórico, como se o felino fosse responder. O gato laranja continuou a fitar o menino loiro e sentou nas patas traseiras. O loirinho logo imaginou que ele pertencia a uma das garotas. então uma delas é sua dona, não é?
Draco hesitou, nunca pode se aproximar muito de animais, ninguém da sua casa e nem seu padrinho gostava deles, a não ser corujas que eram muito úteis e não lhes davam muito trabalho. Draco estava tentado em mexer nele, mas não sabia se o animal era perigoso ou não, então ficou olhando o gato por longos minutos analisando-o. Até o bichano espreguiçar-se de forma preguiçosa e manhosa, em seguida andar em direção a Draco que paralisou no lugar esperando a ação do gato, mas viu o animal laranja passar por ele e aconchegar-se ao lado de seu travesseiro e se enrolando como uma bolinha de pelos. O loirinho continuou analisando por mais algum tempo, até criar coragem em levar sua mão em direção a bola de pelos laranja, estava temeroso, nunca tinha tocado em um.
- Será que eu posso? perguntou-se o loirinho mentalmente. Você me deixa? dessa vez perguntou ao gato que continuou deitado sem fazer menção que sairia dali tão cedo.
Foi devagar até tocar de leve na cabecinha do gato e deu uma leve carícia, logo ouviu um ronronar vindo do gatinho que fez Draco dar um pequeno sorriso por saber que o felino estava gostando. O menino deitou de bruços na cama e continuou a acariciar a cabeça dele, mas foram apenas alguns minutos até ele cair no sono de novo.
--//--
- Hermione...
Estava tendo um sonho estranho, onde Malfoy tinha sido transformado em uma criança de quatro anos e foi obrigada junto com Harry e Rony a cuidarem dele, seria uma grande dor de cabeça, mas o loiro estava diferente do normal, era uma criança fofa e muito inteligente, uma coisa surreal e estranha. Hermione sentiu algo cutucar sua bochecha e se mexeu incomodada, logo ouvindo risadas baixinhas e discretas de garotas, pensou que era alguma outra fofoca delas dos alunos de Hogwarts, mas Hermione só queria continuar a dormir, mesmo com aquele sonho estranho, mas não pode continuar já que começou a ouvir alguém lhe chamar novamente.
- Hermione... diz a voz baixinha, ela conhecia aquela voz. acorde... continuou a voz.
- hum... a castanha resmungou e ouvindo mais risinhos, aquilo a estava irritante, quem a estava perturbando? Sentiu alguém sacudi-la mais forte, resmungou novamente.
- O que é, Gina? Me deixe dormir!!! resmunga Hermione, sabia muito bem que era a amiga lhe perturbando novamente.
- Não! Você tem que ver isso!!! Rápido! fala Gina, rapidamente, mas ainda era em tom baixo, como se fosse atrapalhar alguém.
- o que é? Fale logo e me deixe dormir! puxa a coberta pra cima de si, mas Gina puxou fortemente.
- Se eu fosse você, não iria querer perder isso! Você não iria acreditar! fala Gina, com mistério.
- Anda logo! Quero voltar a dormir! reclama Hermione, ainda morrendo de sono.
- Ta bom... é o Malfoy, ele... foi interrompida quando vê Hermione levantar rapidamente da cama.
- Ai, meu Merlin! O que foi que houve? Ele aprontou? Se machucou? Cadê ele? fala Hermione, exasperada. Tinha esquecido completamente mesmo com o sonho, bem, pensou realmente que aquilo tinha sido um sonho. Lembrou-se que tinha que arrumar o menino, além de arrumar a si mesma, ou iria levar bronca de Snape.
- Calma, garota! Não houve nada com ele! fala Gina, observando atentamente as reações da amiga tão preocupada com o pequeno Malfoy. Mas eu tive que te acordar e...
- E? Incentivando Gina a falar logo. A ruiva revirou os olhos e apontou para um local.
Hermione virou o rosto e viu, onde estava o berço de Malfoy, todas as garotas do dormitório dando risinhos e gritinhos mudos como se tivessem vendo a melhor coisa do mundo.
-Mas o q...? interrompida pela amiga ruiva.
- Não pra explicar, você tem que ver! Vai lá... Empurrou a castanha da cama e ir em direção ao berço do loirinho.
Hermione andou hesitante até o berço do menino, as garotas viram ela se aproximar e deram passagem aos risinhos ainda. Deu uma espiada no berço e a cena que Hermione presenciou ali, com certeza ficaria em sua memória pro resto de sua vida. Seus olhos brilharam intensamente com aquilo.
No berço, Draco estava dormindo como um anjinho e tão inocente, mas não era somente isso. Viu outro ser que Hermione adorava dormindo ali. Era Bichento, mesmo não sabendo como ele tinha ido parar ali, com os acontecimentos tinha se esquecido complemente do bichano, porém a cena era tão linda, que ela e as outras garotas suspiraram quase apaixonadas. O gato da castanha estava dormindo bem ao lado de Draco bem relaxado, enquanto o menino estava virado para o felino o abraçando com os bracinhos, ambos totalmente confortáveis um com o outro. A castanha desejou do fundo de seu coração qualquer tipo de câmera para captar toda aquela fofura.
Não souberam quanto tempo ficaram ali, até ouvirem alguém gritar do lado de fora despertando todas do transe daquela cena. Tinham até esquecido do café da manhã que começaria dali alguns minutos. As garotas do dormitório logo despacharam restando apenas Hermione e Gina, que olharam uma para a outra.
- Esse garoto é um sinal de perigo, Hermione! fala Gina, imaginando que se as coisas continuasse acontecerem assim, todas as garotas na escola estariam nas mãozinhas do Sonserino. E com certeza, ela iria cair, talvez até os garotos.
Hermione nada disse, apenas assentiu concordando com a amiga. Chegou mais perto do berço, estava com pena de acordar Draco, mas era necessário, não seria isso o suficiente para fazê-la perder as aulas. Chacoalhou levemente o menino que resmungou.
- Draco, acorde!! fala a castanha, de modo suave e balançou ele novamente. Acorde!
- Hum... resmunga e abre levemente os olhos. Mamãe... mais um pouco fala o loiro baixinho.
- Não é sua mãe, Draco! Hora de acorda! tinha que se controlar de suspirar, mesmo que ele seja uma graça. Vamos, senão perderemos o café da manhã!
O menino fechou os olhos fortemente até os abrir, levou alguns minutos para assimilar o lugar novamente. Olhou pra cima vendo Hermione e a amiga ruiva dela, era Gina se não estava enganado. Levantou de forma automática esquecendo do gato que se largou mais na cama após ser solto do menino. Assim que Draco ficou de pé na cama, estendeu os bracinhos da direção da menina que prontamente o pegou. Ele deu um bom dia preguiçoso a elas sem esperar por uma resposta deitando a cabeça no ombro da mais velha.
Gina já estava pronta, então ela só ficou esperando no quarto. Enquanto Hermione fazia a higiene de Draco que estava ainda com sono, mas não reclamava, era até um menino obediente, o que a deixou aliviada. Assim que terminou de arrumar Draco, ela foi fazer sua higiene que não demorou muito tempo. Pegou seu material e desceram até o salão comunal.
Encontraram Harry e Rony conversando junto com os gêmeos, os outros já tinham descido para o café, logo que notaram suas presenças, viram Rony fechando a cara assim que o ruivo viu Malfoy, já os outros ruivos e Harry deram bom dia com um pequeno sorriso. Draco estava em pouco atrás de Hermione, assim que viu Harry foi até ele parando em sua frente, o moreno ficou curioso esperando a ação do loirinho que estava mais desperto.
- Harry, bom dia! fala Draco sentando-se ao lado do moreno, que estava meio surpreso.
- Bom dia, Draco! respondeu Harry, o mais velho estava meio que gostando desse Draco, só esperava não se apegar tanto ao menino que ele voltasse ao normal, mas sabia que essa tarefa estava era impossível de cumprir. Malfoy estava muito diferente. Ou quase, assim que viu o olhar de desgosto que ele dava quando via Rony, que tinha um sentimento recíproco.
- Bom dia, cabeça de cenoura! fala Draco cruzando os bracinhos, mas ele tinha educação, mesmo com quem não gostava.
O ruivo não respondeu, o que causou desgosto maior no menino que ficou emburrado.
- Que sem educação, cabeça de cenoura! Não lhe ensinaram a responder quando lhe dessem bom dia! fala Draco, rispidamente ao ruivo, que o olhou com raiva. Se olhar matasse, Malfoy estaria o pó.
- Não preciso dar bom dia para alguém como você!! E não me chame de cabeça de cenoura, pirralho aguado!! retruca Rony, não queria começar o dia olhando para aquela doninha irritante.
Draco ficou indignado, nunca na sua pequena existência viu alguém tão mal-educado. Ele se perguntou como aquele ruivo idiota era irmão de Gina, que foi legal com ele desde o começo. Pensou que não valeria a pena discutir com alguém assim, como seu padrinho falou, um homem muito sábio em sua opinião. Desviou o olhar de Rony até cair nos outros ruivos da sala, e se surpreendeu vendo que eram idênticos e mais ruivos, ele se perguntou também quantos ruivos tinha em Hogwarts, eles eram muitos.
- Gêmeos!! fala Draco, muito surpreso, o que fez eles derem risadas pela cara do menino. Mas quantos ruivos ainda tem em Hogwarts? Aqui está cheio deles! fala ainda espantado, isso fez os outros darem risadas, menos Rony.
- Eles são irmãos de Rony e Gina, são Fred e George! explica Harry, calmamente.
- Mais?? fala Draco ainda mais espantado. quantos irmãos vocês tem???
- Somos em sete!! fala Gina ao lado de Rony. Sou a caçula!!
- Sete??? fica mais espantado ainda. Isso é muito! estava literalmente de boca aberta, a expressão era cômica, os gêmeos puderam deixar de dar risadas, mas não estavam nem ligando se ele iria achar ruim.
- Meninos, vamos descer logo! Senão, não teremos muito tempo de comer! fala Hermione preocupada com o horário.
- Finalmente, pensei que não ia falar! Estava morrendo de fome! fala Rony, levantando-se do sofá, sua barriga estava roncando faz tempo.
- E quando você não tem fome, Rony??? fala os gêmeos ao mesmo tempo debochando do irmão, que bufou. O jeito irritado que o ruivo ficou, fez Draco gostar dos irmãos gêmeos, mas não disse nada disso.
- Vamos, Draco! fala Harry estendendo a mão para o loirinho, que prontamente pegou saindo do sofá enquanto todos começavam a passar pelo quadro. O que faz Rony bufar de raiva, não estava acreditando que seus melhores amigos estavam tratando Malfoy tão bem, ele deveria era sofrer por tudo. Era um Sonserino, ruim e podre, manipulando a todos e estava conseguindo, não podia deixar isso acontecer.
--//--
O café da manhã dessa vez tinha sido tranqüilo, mesmo com a hostilidade da mesa da Sonserina que ainda não se conformava com Draco sendo cuidado e sentando-se na mesa dos Grifinórios, era um ultraje e absurdo. Viam Pansy quase sempre entortar o garfo quando via Draco sendo tocado por algum deles, como se o estivesse sujando, só não tinha feito nada por ordem de Snape e Dumbledore, mas estava chegando em seu limite. As outras mesas somente olhavam e cochichavam sobre eles, o que não agradava nenhum pouco Hermione que odiava atenção, mas percebeu que Draco sequer notava, ou ignorava todas aquelas pessoas, como se tivesse feito isso a vida toda. E por incrível que possa parecer, o loirinho tinha feito uma amizade estranha com os gêmeos dando respostas atravessadas, mas que divertiam os dois Weasleys, às vezes, dando algumas idéias para as Gemialidades Weasley que somente a cabecinha de uma criança poderia dar, mas sendo encarado por Hermione que tinha um olhar de desagrado com a conversa deles.
O horário do café acabou sem nenhum caos, os alunos levantaram-se para suas salas de aula, sendo logo seguidos pelos professores. Gina e os gêmeos se despediram dos amigos em um dos corredores, já que estavam em anos diferentes. Eles seguiram até as masmorras onde seria outra aula de poções, o único animado do grupo era Draco quando soube para onde iriam, já que era aula de seu querido padrinho, os outros nada disseram, apenas seguiram em frente silenciosamente. Levaram poucos minutos até o local, assim que entraram foram novamente sendo observados, ou melhor, fuzilados, já que eles teriam aula junto com os Sonserinos. Hermione viu Parkison nas mesas da esquerda sentada no meio das fileiras a olhando com ódio, muito ódio, sentiu um leve arrepio na espinha.
- Ignore, Hermione! sussurra Harry, sem deixar ninguém além dela ouvir. A castanha apenas assente com a cabeça concordando.
Fizeram a mesma coisa com os outros e sentaram-se nos lugares de sempre. Não demorando muito para Snape aparecer na sala com a expressão séria como sempre, mesmo tantos anos tendo aula com ele, ainda não tinham se acostumado com o homem, todos menos Draco.
- Bom dia, padin! - diz o menino sorrindo levemente, assim que o mais velho passou ao lado da carteira onde estava, no meio de Hermione e Harry.
- Bom dia! respondeu Snape, mas antes que ele fosse para frente da sala, virou-se em direção a mesa deles. Draco, venha comigo! Você tem lições para fazer também! e sem esperar resposta do menino, ele virasse até sua mesa.
O loiro fez uma leve careta, mas disfarçou bem, já sabia que não ficaria sem fazer nada naquele castelo se dependesse de seu padrinho, além de mais, seu padrinho tinha conversado com ele no dia anterior, então não estava surpreso com isso. Diferente Hermione e Harry que não sabiam que Snape daria tarefas para o menino, acharam um pouco injusto, já que Draco era somente uma criança, que tipo de lições o professor poderia dar a ele.
Draco sem pronunciar nada aos dois, levantou-se de sua cadeira e seguiu Snape, que já estava na frente da sala esperando o menino, sem dizer nada, o mais velho somente indicou para o loiro sentar-se na mesa dele que foi obedecido. Então virou-se para a sala com ar sério de sempre.
- Abram na página 238 e 380! Quero que façam essas duas poções para o final da aula! faz um gesto com a varinha fazendo aparecerem letras no quadro. Viu que alguns iriam reclamar por terem que fazer duas poções no mesmo dia, mas o olhar mortal de Snape os calou totalmente. Agora andem! Só estão perdendo tempo!
Teve alguns resmungos, mas o mais velho ignorou totalmente. Ele dirigiu-se até sua mesa onde Draco estava sentado lhe esperando, pegou um caderno e entregou ao menino, que pegou e folheou rapidamente para em seguida olhar seu padrinho.
- Termine esses exercícios até o final de semana! diz Snape, em tom para não ser questionado e entregando sua pena e tinta ao menino.
- Sim, senhor! foi somente o que Draco disse, antes que pegar a pena e começar a fazer sua tarefa. Ao longe, Harry e Hermione se perguntaram se Draco sabia realmente ler e escrever com tão pouca idade, mas deixaram os pensamentos para mais tarde, tinham que se concentrar em suas poções senão perderiam novamente pontos para Grifinória.
A maior parte do tempo foi um completo silêncio e para satisfação de Snape que o apreciava e muito. O que não durou muito tempo, quando alguns caldeirões dos alunos começaram a dar errado, como sempre acontecia. Neville derreteu um pedaço de seu caldeirão causando um cheiro forte que fez todos taparem os narizes, professor Snape furioso e dando bronca no garoto que ficou branco e apavorado com isso. Os que estavam errado, o mais velho fez eles começarem do zero, o que deixou eles mais nervosos, pois não teriam tanto tempo assim.
Enquanto estavam distraídos com os alunos desastrados, Hermione sentiu algo cair em seu colo, olhou para baixo vendo um pedaço de pergaminho dobrado. Ela olhou para onde estava Snape, que ainda dava bronca nos alunos da Grifinória, abrir discretamente o pedaço de pergaminho e ler seu conteúdo, e o que viu ali lhe deixou um pouco atordoada.
Muita coragem sua humilhar Draco dessa forma, sangue-ruim!
Você vai pagar muito caro por isso. Muito caro.
Apenas aguarde.
Ela teve um arrepio com aquilo, olhou para o lado encontrando imediatamente os olhos de Parkison, que tinha um olhar maldoso, extremamente malicioso, além de ódio, e quase sorrindo percebendo o pavor que tomou conta da castanha. Hermione se virou para frente rápido tremendo um pouco, não gostara nenhum pouco daquilo, sentira medo e olhou ao seu lado onde estava Harry. O garoto tinha visto e encarava de canto para a cena, deu um sorriso caloroso para a amiga que ficou mais aliviada e confortada, seu amigo sempre conseguia acalmá-la. Deram mais alguns minutos e outro pedaço de pergaminho pousasse nas mãos de Hermione que abriu relutante. Logo sentiu lágrimas encherem seus olhos.
Não deveria estar aqui, sangue-ruim. Seria melhor se estivesse morta.
Sangue-ruim nojenta. Todos tem nojo de você.
Hermione tremeu mais uma vez, amassou com força o pergaminho e jogou rápido dentro do bolso do sobretudo. Respirou fundo duas vezes, aquilo não poderia afetá-la de jeito nenhum, já estava acostumada. Mesmo tremendo um pouco, ela terminou suas poções junto com Harry e entregaram ao professor que estava perto onde Draco estava. O menino fazia sua lição tranquilamente e com uma concentração incrível como se não tivesse a menor dificuldade de fazê-las, isso a deixou curiosa. Via ele a encarar por um breve momento, mas pensou que fosse sua imaginação. O menino, as vezes, não agia como se tivesse quatro anos. Harry a cutucou levemente para voltarem as carteiras antes que Snape reclamasse e tirasse os pontos deles, a garota assentiu seguindo o amigo.
- Relaxa, Hermione! Você está muito tensa esses dias! Está tudo bem e nada acontecerá! pensou a castanha enquanto voltava a sentar-se na carteira.
A aula acabou, os alunos rapidamente saiam da sala, não gostavam nenhum pouco daquele lugar, principalmente de quem estava lá. Hermione e Harry falaram que estariam do lado de fora da sala esperando, já que Snape o chamou para conversar um instante. Os dois saíram da sala, mas não esperavam encontrar com Parkison encostada na parede ao lado, junto com ela, estava Zabini. A sonserina os encarava com superioridade e puro nojo, principalmente para Hermione. Ela desencostou da parede e cruzou os braços quase rindo da grifinória.
- Gostou do meu recado, sangue-ruim? Fala Pansy sorrindo.
Hermione respirou fundo novamente, agora queria era esganar aquela sonserina dos infernos. Ficou mais séria e olhou desafiadoramente para a morena a sua frente.
- Recado? Me desculpe, Parkison! Não consigo entender o vocabulário de vacas! sorri Hermione, quando viu o sorriso de Parkison sumir e olhá-la furiosamente. Pansy deu um passo a frente como se fosse intimidá-la, mas não faria.
- Olhe aqui, sangue-ruim! Acha que deixaremos barato o que fizeram com meu Draco? Ainda sendo cuidado por vocês, grifinórios nojentos e o obrigando a dormir no salão comunal e na mesa impregnados de sujeira como o de vocês! fala Pansy, cerrando os punhos. Botando essas mãos sujas nele!
- Por que não reclama com Dumbledore, Parkison? Afinal, foi ele que deu a ordem de cuidarmos de Malfoy! fala Harry ao lado, estava pronto para começar um duelo com eles. Não deixaria eles insultarem ninguém de sua casa assim, ainda mais com Hermione, sua melhor amiga, era como uma irmã para ele.
- Ele nos proibiu de reclamar a guarda dele! Mas faremos ele ver o quanto vocês não são dignos de cuidar de um Malfoy! fala Pansy, histérica.
- Se fizerem alguma coisa para machucá-lo! responde Hermione, entendendo que eles fariam de tudo que pegarem Draco para eles.
- Você se apegou a ele, sangue-ruim? fala com desdém. é claro! A sangue-ruim iria querer tentar aproveitar a oportunidade de tirar uma casquinha do meu Draco, mas fique sabendo Granger que você está a muitos níveis abaixo de nós! Já não te basta o Potter, agora quer o Malfoy, uma linda criança agora! Não sabia que era tão baixa! fala, jogando ainda mais veneno em suas palavras. Você deveria morrer, Granger!
E isso afetou Hermione, ela jamais se aproveitaria de alguém, em qualquer tipo de situação. Ela sentiu as lágrimas chegarem mais rapidamente aos seus olhos, sentia-se extremamente triste com aquelas palavras.
- Cale a boca, Parkison! Não fale de Hermione dessa maneira! Fala Harry, com raiva pelo estado que sua amiga estava, odiava que a fizesse chorar.
- Vai fazer o que, Potter? Estamos em frente a sala do professor Snape se você não se lembra!! Vai ter coragem? fala Pansy com mais desdém e com sua voz de gralha.
Harry estava pronto para perder a cabeça com aquela garota, tinha a mão direita do lado de sua varinha esperando o momento para estuporar a sonserina insuportável. Hermione viu Zabini com a varinha em mãos, mas sem fazer movimentos bruscos para atacá-los de surpresa, mas a castanha já estava pronta para contra-atacar. Isso até eles ouvirem a porta abrir e de lá, saírem Snape e Draco, o professor estava com a testa franzida e olhando-os seriamente.
- O que está acontecendo aqui? fala Snape, com a voz rouca e esperando uma explicação para aquele grupo ainda estar parado em sua porta. Por que ainda estão aqui? Vão logo para suas aulas!
- Mas, professor... diz Pansy, querendo seus direitos. Ela olha para Draco que estava ao lado observando a cena, e da um sorriso apaixonado para o menino que arqueia a sobrancelha. Meu Draco! ela Pansy dando um passo em direção ao loirinho, que franziu ainda mais a testa e involuntariamente segurou na capa de Snape.
- Eu não sou seu! responde Draco, não entendendo aquela garota. Ele não pertencia a ninguém. Quem é você para falar algo assim? fala de forma aristocrática, não querendo dar brechas para a garota se aproximar.
Os grifinórios deram leves risadas que foram ignoradas pela garota, que ainda o olhava apaixonada. Ela somente sorri sem ligar para o tom do menino.
- Draco, você não lembra? Sou eu... A Pansy! Pansy Parkison! fala a garota sorrindo.
- Pan... sy??? gagueja o menino, arregalando os olhos. Ficou muito confuso.
Snape quis se bater com aquilo, esqueceu que Draco poderia conhecer alguns sonserinos, já que foram criados desde crianças. Como pode esquecer de algo tão importante? Draco poderia ficar desconfiado. Harry e Hermione ficaram confusos com a situação, mas sentiram que algo estava errado.
- Sim, sou a Pansy! Não se lembra? Eu fui na sua casa! fala Pansy calmamente, como nenhum dos outros tinha ouvido antes, menos Zabini, que sabia o quanto a morena era louca por Draco. O menino ficou sério.
- É mentira!! Pansy é uma criança, você não é ela! conclui Draco, ele se lembrava direitinho como Pansy era, uma menina que veio com amigos de seu pai.
- Deve estar confuso, não é? Tudo bem! - fala gentilmente. Vou deixar isso por hora! Tenha um bom dia, meu Draco! ela da um beijo na testa dele e sai com Zabini.
Todos estavam surpresos com aquilo, Parkison sendo gentil com alguém, mesmo que estivesse sempre colada com Malfoy, quando ele ainda era adolescente. Já o loiro estava era surpreso com tamanha ousadia daquela garota, primeiro só gritava e era estranha, depois falava que era Pansy e agora tinha a petulância de lhe beijar na testa, somente sua mão podia fazer isso. Ele limitou-se a esfregar a testa com a manga, o que fez os outros rirem discretamente, menos Snape que olhava seus alunos com seriedade.
- O que estão esperando? Andem logo, antes que tire mais pontos de vocês! ele fala e entra em sua sala em seguida, deixando todos no corredor.
- Bom, vamos? perguntou Harry aos dois.
- Sim! ambos responderam juntos.
--//--
O resto das aulas foram normais, Draco sempre ficava fazendo suas lições no caderno que Snape havia lhe dado sentado na mesa dos professores para ele não atrapalhar ninguém, o menino nem tinha reclamado, parecia já saber da situação. No almoço, o loiro tinha sentado com os gêmeos que puxaram Draco antes que ele pudesse protestar, mas depois cedeu deixando Harry e Hermione um pouco mais livres e conversar melhor com Rony, já que o ruivo não queria ver a criança nem pintada de ouro.
O foi dessa forma que passaram o dia até a hora do jantar, Draco se livrou dos gêmeos e sentou-se com Hermione e Harry ficando no meio deles. Os dois estavam curiosos em saber o que Draco tanto fazia nas aulas e Gina que estava na frente deles, não pode deixar que sua curiosidade não fosse saciada depois de saber por Hermione o que ele fazia nas aulas.
- Draco... chama a atenção do menino. que caderno é esse que o professor Snape deu a você? Você já saber ler e escrever? pergunta Gina, fazendo alguns na mesa prestarem atenção neles, até Rony que também quis saber, mas sem admitir, é claro. Ela viu ele franzir a testa.
- Lógico que sei ler e escrever, aprendi quando estava com quase três anos! Você não? fala Draco, como se tudo aquilo for normal. Para ele, todo mundo aprendia a ler e escrever na sua idade.
- Não, Draco! Normalmente as crianças aprendem isso quando estão um pouco mais velhas, nem tanto, mas três anos ainda é muito novo! explica Hermione, estava surpresa com a revelação do menino. A educação dele, com certeza, fora bem diferentes de todos eles.
- Hum... o loirinho ficou pensativo. Que estranho! se limitar a falar.
- Mas então... o que Snape lhe deu pra fazer? repete Gina, estava realmente curiosa. Hermione tinha feito tanto mistério para ela só por causa do caderno.
- Ah... ele pega o caderno e entrega a ruiva que logo pegou. É somente a continuação das lições que fazia em casa!
- Você estudava só em casa? pergunta Harry.
- Sim! Papai sempre contratava professores para me ensinar! responde Draco, calmo.
- Ma... mas isso... gagueja Gina enquanto lia seu caderno, totalmente incrédula com aquilo. como é possível?
- o que foi, Gina? pergunta Hermione, curiosa. Também queria ler o caderno, então ela pega das mãos da amiga que ainda estava espantada. E também fica surpresa quando lê, ou melhor, o que estava tentando ler. mas o que é isso que você ta aprendendo, Draco? mostrando uma página aberta cheia de coisa escrita, mas não era o idioma deles.
- Não sabe? pergunta Draco sem entender. Isso é russo! fala sem importância.
- Russo??? Mas você ta aprendendo russo??? E já está em um nível desses! fala Hermione mais do que surpresa. Tinha um texto grande com a letra um pouco infantil e torta de Draco, tudo em russo. O garoto era tão inteligente assim? Perguntou-se a garota.
- Não está em um nível bom! Papai me faz estudar o dia todo desde que aprendi a ler! pega o livro e vira as páginas para outro local do caderno. Ainda tem francês, depois vou começar com latim mais tarde! mostra as últimas páginas. Como algo normal.
Todos que ouviram aquilo estavam realmente espantados, o garoto mal saiu das fraudas e já sabia tudo aquilo. Notaram que Snape tinha pego pesado com a criança e muitos olharam discretamente ao professor, que notou e franziu muito a testa fazendo todos olharem para outro lado.
A cabeça de Hermione borbulhava com a informação, nunca imaginou que Malfoy poderia ser inteligente a esse ponto, russo? Francês? Além do inglês? Já era quase um poliglota, não estava acreditando. Notou que não sabia praticamente nada do garoto. Bom, o garoto não era nada fácil, por que estava pensando nisso? Nunca quis chegar perto daquele garoto insuportável, arrogante e imbecil. E...
- O que é isso saindo do seu bolso, Hermione? a voz de Draco a despertou do transe. Antes que pudesse notar, Draco já estava com o papel na mão.
Ela por algum motivo sentiu a alma gelar quando lembrou que papel era aquele, o que Parkison tinha escrito para ela. O garoto já estava lendo e ficando com os olhos arregalados enquanto lia as linhas que estavam naquele pedaço de pergaminho. A garota tirou rapidamente das mãozinhas dele, que olhou para ela sem reação. Com os outros em volta sem entender.
- Hermione... você... fala Draco sem reação.
- Eu... diz Hermione baixinho, não sabia por que. Estava tremendo, com medo. Com muito medo da reação do garotinho. Por que isso? Sabia que ele saberia uma hora, mas... por que estava tremendo?
- Hermione... você é uma trouxa?! termina Draco, ainda sem reação. Sem notar que agora o salão inteiro estava prestando atenção, todos mudos. E uma certa sonserina com um sorriso grande do rosto.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado!!! Reviews??? Criticas??? elogios???
sugestoes??? alguma recomendação... rsrsrs...

agradeço a todos!! quando der eu vou responder os reviews de vcs.

ateh lah.
bjuss