Love Child escrita por Yuki_Kitsune


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo ... Bem-vindo leitores novos!! Espero que gostem ainda mais!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/402547/chapter/3

Assim que saíram da enfermaria, os quatro caminhavam até o salão principal, menos Draco que estava no colo de Hermione, cada um estava perdido em seus pensamentos. Rony estava atrás de todos eles, olhando de canto para Draco ainda com raiva e cerrando um pouco os punhos, imaginava o que poderia fazer para vingar-se daquela doninha que sempre os infernizou na escola, tinha que fazê-lo pagar por tudo.

Um pouco mais a frente dele estava Harry que também olhava para a dupla que andava mais a frente, vendo Hermione carregando Malfoy calmamente como se ele não pesasse muito, e o menino ainda deitado no ombro dela enquanto mexia distraidamente nos cachos da castanha. Era uma cena estranha, tinha que admitir, por mais que ele seja uma criança, ainda era um Malfoy, mas Harry imaginou que Draco ainda não soubesse que Hermione era uma nascida-trouxa, não queria imaginar o que aconteceria e qual seria a reação da amiga, só o que podia desejar era que ela ficasse magoada no final.

Já Hermione pensava no que aconteceria dali pra frente, se antes chamava a atenção enquanto estava ao lado de Harry, o menino que sobreviveu, nem queria imaginar o que aconteceria naquela escola quando aparecesse com Malfoy daquele jeito. Com certeza seria um alvoroço e a notícia do ano, especialmente na casa das serpentes, nenhum deles iria gostar da notícia que o “príncipe da Sonserina” iria ficar aos cuidados dos grifinórios e que não seria qualquer grifinório, mas sim o trio que ouro que Draco e todos os outros odiavam até o último fio de cabelo. Ela suspirou levemente e olhou de canto para Draco que ainda estava deitado no seu ombro e mexendo em seu cabelo, mas ele ainda tinha um pequeno brilho nos olhos enquanto olhava de canto para todo o castelo, estava realmente impressionado, mas também, quem não ficaria diante daquilo. Ele parecia tão inocente para ela agora, além de achar que ele era muito bonitinho e fofo. Só esperava que tudo desse certo, sabia que o menino não tinha conhecimento que ela era nascida-trouxa e não queria ser desprezada dessa maneira por uma criança, isso seria algo realmente triste para ela.

Foram apenas alguns minutos até chegarem a grande porta do salão onde estaria praticamente toda a escola, a menina tinha hesitado, não gostava de chamar a atenção. Hermione sentiu uma mão em seu ombro e olhou para trás vendo seu melhor amigo com um sorriso caloroso, isso a deixou um pouco mais calma. O moreno tomou a frente suspirando pesadamente e em seguida abrindo a porta, assim que ele passou pode ver algumas cabeças virando para si, ele também não gostava da atenção, mas estava começando a se acostumar com isso, pelo menos um pouco. Mas assim que Hermione passou a porta sendo seguida por Rony e segurando Draco nos braços, puderam ouvir várias pessoas soltando exclamações de surpresa, principalmente na direção da mesa da Sonserina, enquanto o resto estava simplesmente em choque com o que viam.

O silêncio foi excruciante, foram muitos segundos sem ninguém dizer nada olhando para o trio, em especial para a criança que estava nos braços de Granger e que todos a reconheciam muito bem, já que muitos estavam dando por falta de um certo sonserino no local. Já Draco que antes brincava com os cachos da garota, tinha parado ao sentir muitos, mas muitos olhares em cima de si. Ele soltou a mecha da menina e olhou para o local ainda encostado nela, e estreitou os olhos levemente com a visão, ele não entendia o por que de todos o olharem como se nunca tivessem visto um fantasma, ele sabia que todos já viram, afinal, viu um passando de um corredor para outro atravessando a parede enquanto ficava cantando uma canção, que era muito ruim em sua opinião. O loirinho teve seus pensamentos interrompidos e se sobressaltou quando ouviu um grito estridente de uma garota, ao menos era o que parecia, inicialmente pensou que era uma gralha.

- Mas o que significa isso??? – berrou a garota que todos tinham reconhecido, Pansy Parkison. A garota estava chocada, assim como Blaise, eles conheciam Draco desde que eram crianças e não estavam acreditando no que viam, mas o moreno se conteve, diferente da garota que ficou histérica. – Eu exijo que me expliquem!!! O que fizeram com o meu Draco??? – berra cada vez mais alto e apontando para o trio de ouro.

Draco tinha desencostado a cabeça de Hermione e tampou os ouvidos com suas mãozinhas, aquela garota gritava muito alto e seus ouvidos estavam doendo. Ele não entendeu como ela o conhecia, e não gostou por não saber nada e gostou menos ainda quando ouviu o “meu Draco” que ela disse, ele não a conhecia e a achou muito feia e irritante. Sentiu que a garota irritante iria continuar a falar, mas ouviu o menino de óculos intervir, deu um leve suspiro aliviado por não ter que ouvir a garota novamente, não sabia como não tinha ficado surdo.

- Não fizemos nada, Parkison! – retrucou Harry, ele também não gostou nenhum pouco dos berros dela, via muitas pessoas ao redor dela tampando os ouvidos e inclusive Draco, que fez a típica expressão de desgosto que sempre dava de graça a eles, riu internamente, pois agora era para a sonserina, mesmo ela não prestando atenção nesse detalhe.  

Antes que a garota voltasse a berrar, os professores e Dumbledore entraram no salão em seguida. O diretor imaginou o alvoroço que causaria e conversou rapidamente com os colegas antes que todos falassem demais, ele apenas levantou uma cesta com muitas frutas e guloseimas do café da manhã e entregou a Rony que olhava aquilo como um presente dos deuses, estava com muita fome.

- Senhor Weasley, senhorita Granger e senhor Potter, por que não vão ao jardim e depois mostram um pouco o castelo para o pequeno Malfoy, podem pedir para os elfos levarem a cesta em seguida! Depois dirijam-se as suas salas de aula! – fala calmamente sob o olhar incrédulo de toda a escola.

- Sim, diretor! – foi somente o que disseram antes de deixarem o salão.

--//--

Assim que sentaram-se no chão do jardim, Rony abriu a cesta tirando um monte de comida e logo em seguida devorando a comida. Harry ficou procurando o que comer, notou que tinha um feitiço de extensão e bem grande, podia tirar qualquer coisa que quisesse dali. Hermione sentou-se no chão e colocou Draco em seu colo, mas não sabia o que fazer, tinha que alimentar Draco, mas não fazia ideia do que dar para ele comer, pelo visto era a única que pensou naquilo, já que os amigos estavam mais preocupados na própria barriga, então fez a coisa mais lógica que poderia pensou.

- Ma... –ela parou e pensou que seria estranho chamar uma criança pelo sobrenome - Draco... – chamou o menino e vendo ele se virar para si – o que você comia no café da manhã na sua casa?

O menino olhou mais atentamente para a castanha e assimilando a pergunta, ela sempre agia de modo gentil e via um brilho nos olhos dela, um olhar temeroso, não gostou muito disso, gostava mais do olhar curioso dela. Ele deixou isso de lado, e pensou na resposta da pergunta dela.

- Dobby sempre preparava leite quentinho pra mim e depois me dava algumas bolachas de chocolate! – disse simplesmente.

- está bem! –vira-se para o amigo – Harry, vê se tem uma mamadeira com leite pra mim! E vê algumas bolachas e torradas também!

O menino franziu a testa e fez um bico enorme.

- Eu não quero torradas! –cruza os bracinhos – Dobby só me dava bolachas de chocolate! E eu só quero bolachas! –e bufa um pouco. O gesto irritou Rony profundamente que olhava um pouco distante dos dois, quis muito dar um cascudo no menino, Harry se irritou um pouco, mas nem tanto, sabia que teriam que lidar com um menino mimado, mas Hermione por mais que tivesse um desânimo por Malfoy logo já mostrar o quanto era mimado, tinha achado o gesto até fofinho, ainda mais o bico que Draco tinha feito. Só que tinha um priminho que era bastante mimado também igual a Malfoy e sabia resolver o caso, só torcia para que desse certo com Draco também.

- Só comendo bolachas você não vai crescer, M.. Draco! – Ainda achando estranho chamá-lo pelo primeiro nome – Vai continuar pequeno! – ela cruzou os braços o desafiando olhando-o um pouco mais séria.

Draco olhou incrédulo para aquela garota, ela não podia desafiá-lo e não gostou nenhum pouco do que ela falou. Ele aumentou o bico.

- Eu não sou pequeno! Eu já sou um menino grande! – fala o loirinho um pouco revoltado, não gostava que ninguém o contrariasse.

Hermione riu internamente, sabia que estava funcionando, viu seus amigos observando a pequena discussão dos dois, não sabiam o que ela estava fazendo, pensaram que isso deixaria o menino com mais raiva deles, mas ela não ligou para eles.

- Hum... Se é um menino grande, então já pode comer torradas! – ela sorri pronta para o golpe final – Você não quer deixar seu padrinho orgulhoso? – A garota diz vendo o menino arregalar os olhos.

- Deixar o padin orgulhoso de mim? – pergunta o menino com curiosidade baixando a guarda, queria muito deixar o padrinho orgulhoso de si.

- Sim, ele vai ficar orgulhoso por saber que você começou a comer outras coisas, não somente bolachas de chocolate! O que me diz? – ela estende uma torrada ao menino – Eu passo alguma geléia que você quer pra ficar mais gostoso!

Ela via o menino lutando internamente, a bolacha de chocolate que ele queria ou deixar o padrinho orgulhos, então a segunda opção venceu. Ela sorriu e quase riu quando viu seus amigos olhando-a com as expressões extremamente surpresas, como se tivessem visto uma miragem. Ela deu de ombros.

- Que geléia você quer, Draco? – pergunta mostrando os potinhos para o menino que tinha uma mão no queixo pensativo.

- Quero de uva! – fala o menino mais animado.

A garota passou a geléia e deu para ele, que mordeu e gostou muito pedindo mais a castanha, mas assim que o menino olhou para Rony, fez uma careta de desgosto que os três conheciam muito bem.

- O que foi, Draco? – pergunta a garota, e olha para a direção onde Draco lhe aponta. Seus olhos caem em Rony e compreendeu totalmente, o ruivo comia desesperadamente a comida, algumas sequer engolia, ela também odiava o modo como ele comia.

- Rony, quer comer mais devagar!!! – da bronca ao ruivo que olhou bravo para a amiga.

- Ah, Hermione!! Agora está recebendo ordens do pirralho? Já virou babá dele? – Fala de forma rude enquanto comia. Draco deixou sua torrada de lado e olhou fixamente ao ruivo, não gostou de como ele lhe chamou e nem como o ruivo do modo como ele falou com a garota, e principalmente, não dava pra comer com uma visão grotesca como aquela, nunca viu ninguém comer daquele jeito antes, era nojento.

- Por Merlin, Rony! A comida não irá fugir, eu também não gosto do jeito que come! Mastigue a comida antes de engolir e de boca fechada! Por favor! – fala indignada com o jeito dele.

- Você nunca reclamou! – replica.

- Eu sempre reclamo, mas você nunca me ouve! –levanta um pouco a voz.

- Cale a boca, Hermione! Está falando porque esse pirralho está aqui agora! – deixando a comida e olhando seriamente para a castanha – Se afeiçoou por essa coisa? Eu esperava mais de você! Confraternizando com o inimigo e essa não é a primeira vez que você faz isso! – levanta mais a voz, sem notar os olhos da garota começarem a marejarem, mas Harry e Draco notaram isso e não gostaram nenhum pouco, mesmo o menino não sabendo do que ele estava falando.

- Rony, pare com isso! – fala Harry se preocupando, o amigo estava se descontrolando novamente. Sabia o quanto a amiga gostava de Rony e o mesmo não se tocava disso, ainda falava desse jeito machucando o coração da garota. E essa situação com o Malfoy só pioraria.

- Me deixa, Harry! Hermione tem que saber o que está fazendo, se deixando cair nos encantos desse pirralho!! Eu não vou cair nessa como vocês dois!! – diz Rony ainda falando mais alto que o normal.

- Como pode dizer isso, Rony??? – Fala Hermione indignada vendo seu amigo guardar rancor daquele jeito, e mais ainda daquela época do quarto ano onde foi tratada como uma segunda opção, ou pior, a última opção. Fazia um enorme esforço para não chorar na frente deles. Como Rony podia falar assim com ela? – Você... – foi interrompida pelo ruivo.

- Estou dizendo mentira? Primeiro aquele búlgaro idiota e agora esse pirralho loiro! Você se encanta por muito pouco, Hermione! – fala com desdém deixando os amigos incrédulos com ele.

Não estavam reconhecendo o amigo, agindo com desprezo e tanto rancor, falando tudo aquilo machucando ainda mais Hermione. Harry não sabia o que fazer, via o ódio contido nos olhos do melhor amigo e a dor nos de Hermione que era como sua irmã, não queria a briga deles, não queria ficar dividido entre escolher um ou outro. E antes que pudesse falar qualquer coisa para amenizar o clima tenso que pairava em cima deles. Uma torta praticamente voou na cara de Rony fazendo o garoto inclinar o corpo um pouco para trás pelo impacto, o que deixou os outros dois em estado de choque pela surpresa.

Harry e Hermione viraram imediatamente a cabeça na direção de onde tinha vindo a torta e encontraram Draco de pé com o braço direito para o lado denunciando que ele havia arremessado a torta em Rony, sua expressão era séria, até demais para uma criança de quatro anos. Já Rony que tirava a torta de seu rosto melecado limpando o excesso com a manga, olha para o loirinho com o rosto vermelho de raiva e respirando pesadamente tentando inutilmente ficar calmo. Harry vendo o perigo ficou a postos para conter o amigo que estava quase beirando a loucura.

- Pirralho... – fala Rony entre os dentes, queria matar aquele garoto.

- Não sei do que estava falando, mas entendi que estava me chamando de pirralho! Quem você pensa que é, cabeça de cenoura idiota!? – fala Draco seriamente com sua típica pose de superior olhando Rony com frieza.

- Ora seu... – o ruivo fez menção de levantar e dar um soco naquele loiro arrogante, até quando criança ele era insuportável achando melhor do que os outros, mas foi prontamente segurado por Harry que sentia o perigo, não podia deixar que Rony perdesse a cabeça assim. Ele também sentiu uma pitada de raiva pelo tom de Malfoy lembrando-se do Malfoy super arrogante que conheciam muito bem. Só que tinha que parar o amigo antes que ele fizesse besteira e já basta os problemas que já tinham.

- Rony, pare! – segurando mais forte o braço do amigo. – Está quase na hora da aula, vá no banheiro se limpar, sabe que professora McGonagall não gosta de atrasos! Tente se acalmar um pouco! – fala Harry sério.

Veem o ruivo respirar pesadamente, ele não estava agüentando aquela situação toda, só de ficar perto de Malfoy o sangue subia sua cabeça, não conseguia parar de pensar em quantas formas de se vingar do loiro arrogante. Ele respirou mais algumas vezes até ficar um pouco mais calmo, ele não disse mais nada e apenas confirmou com a cabeça saindo do lugar sem olhar para a castanha que tinha a cabeça baixa quando ele passou ao seu lado.

Depois que o ruivo saiu de vista, os dois olharam para Draco que estava emburrado olhando na direção que Rony tinha ido embora. O loiro definitivamente não gostava de Rony, cabeça de cenoura idiota, era como ele o chamaria dali para frente. Perdeu o foco de seus pensamentos quando Harry chamou sua atenção, viu o moreno analisando-o e a garota ainda com os olhos um pouco perdido para o nada. Ele não gostou disso.

- Draco... – fazendo o menino prender a atenção em si. – Por que fez isso? – vendo o menino o olhar interrogativamente. – Por que jogou a torta em Rony? – fala um pouco nervoso com o ocorrido, mas tentando parecer calmo, vê o loirinho hesitar um pouco até ceder.

- ele... ele mereceu! – fazendo um bico e cruzando os braços – Eu não gosto dele! – fala Draco fazendo uma careta ao lembrar-se do ruivo.

- Draco, não pode ficar jogando as coisas nas pessoas só porque você não gostou delas! – fala Harry mais sério, não podia deixar Draco fazer o que quiser.

- Isso mesmo, Draco! Jogar as coisas nas pessoas é errado! Não faça isso de novo! – fala Hermione um pouco recuperada da discussão, mesmo que no fundo, Rony merecia aquela torta na cara, na verdade, queria era dar um soco no garoto agora.

-Mas... Eu... – O menino gagueja um pouco segurando forte em suas próprias vestes, não queria estar levando bronca, não fez nada de errado. Aquele ruivo merecia. Aperta suas mãozinhas mais forte – Ele mereceu! – falando mais exaltado e sentindo seus olhos começaram a lacrimejar. Não, não iria chorar.

- Draco! – fala Hermione mais séria – Isso é errado! Você vai acabar machucando alguém assim... – foi interrompida.

- Eu não fiz nada de errado! Ele mereceu! Ele é quem estava te machucando!!! – fala bem alto fechando os olhinhos e sentindo as lágrimas escorrerem por seu rosto, sem ver a expressão surpresa dos dois grifinórios a sua frente. – ele estava te machucando... ele quem fez isso... – murmura o menino que ficou amuado pela bronca, sabia que não fez nada de errado.

Harry e Hermione não puderam deixar de ficar surpresos pelo que Malfoy havia dito, tinha feito aquilo pela Hermione? Estava defendendo ela? Era difícil acreditar. Por mais que seja uma criança agora, ainda era um Malfoy. Ficaram sem saber o que dizer somente ouvindo os pequenos soluços que saiam do menino, que começou a esfregar o rosto tentando tirar aquelas lágrimas.

- Não posso chorar... papai disse... – tapou o rosto com os bracinhos.

A fala despertou os dois. Hermione sentiu o coração pesar com a cena, ver Draco chorando a deixava triste, tinha que se desculpar com o menino. Harry ficou em silêncio pensando no que o loirinho falou.

- Draco, não tem problema em chorar... – diz Harry calmamente, já estava imaginando uma coisa na vida de Draco.

- Não! Eu não posso... – fala tentando conter os soluços – Papai falou que Malfoys não choram, eles não podem chorar... Ele vai ficar muito bravo comigo! – abraça a si próprio inconscientemente – Não... - fala choramingando.

Uma pequena luz bateu na consciência dos dois, se perguntaram se Lucius Malfoy batia no próprio filho. O pensamento fez os dois estremecerem, como alguém poderia machucar uma criança tão pequena? Ainda mais seu próprio filho? Isso pesou ainda mais seus corações, nunca iriam imaginar algo assim acontecendo com Draco.

- seu pai... ele bate em você? – pergunta Hermione com a voz um pouco trêmula pela resposta que iria receber.

Vêem o corpinho do menino ficar rígido com a pergunta, o que tinha respondido em partes suas dúvidas.  Imaginaram que não iriam receber uma resposta, no fundo, não queriam ouvir.

- é porque... –hesita – papai disse... que não sou um bom menino... eu sempre faço as coisas errado! – ele abaixa a cabeça, já tinha parado de chorar.

A resposta revoltou um pouco os dois. Harry pensou em seus tios, eles não gostavam dele por causa da sua mãe e principalmente por ser um bruxo, mas ele não tinha escolha com quem morar, seus pais estavam mortos e Sirius não poderia ficar com ele enquanto Pettigrew estivesse escondido em algum lugar. E Draco? Os pais que deveriam protegê-lo, o maltratavam, que tipo de coisas erradas o garoto poderia fazer? Crianças não deveriam brincar ou Draco aprontava demais em casa? A segunda opção não parecia o caso. Não sabia o que falar, mas tinha que fazer alguma coisa.   

- Olha Draco... olha pra mim! – espera até o menino levantar os olhos para si – Não sei o que seu pai fala, mas não tem problema em chorar! – vê o menino confuso – Seu pai não está aqui em Hogwarts, você pode chorar... ele não vai ficar sabendo! – suspira fundo, em pensar que algum dia iria consolar Malfoy, mas ali na sua frente só via uma criança de quatro anos – Se você não quiser que ninguém te veja chorando e nem mesmo seu padrinho, eu e Hermione levamos você em um lugar sem ninguém por perto! Não precisa se segurar com a gente! Você pode chorar!

Terminou seu discurso vendo Hermione afirmar suas falas para Malfoy que olhava-os em choque tentando assimilar o que tinha dito ao garoto. Ele não disse nada, mas viram um pequeno brilho diferente nos olhos do menino, quase como uma pontinha de luz que parece na escuridão. Sabiam que o loirinho tinha entendido, mas também sabiam que Draco não iria se abrir tão fácil quanto nesse dia, porém confiava neles agora. E para quebrar o clima tenso, Hermione se aproximou de Draco e deu um beijo na bochecha do garoto que arregalou muito os olhos extremamente surpreso pela ação da castanha, ela apenas sorriu.    

- Obrigada, Draco! Por ter me defendido! – ela sorri pela expressão dele – mas não fique jogando as coisas nos outros novamente, está bem?

Ele estava em choque arrancando risos, na verdade, gargalhadas internas dos dois. Harry também sorriu um pouco e estendeu a mamadeira ainda aquecida por magia para Draco.

- Aqui, Draco! E você não respondeu a Hermione! – rindo internamente. – quer ajuda pra tomar o leite?

Eles viram Draco ficar com o rosto extremamente vermelho com a mãozinha onde Hermione havia lhe beijado. O loiro simplesmente pegou a mamadeira de forma rude e virou as costas para eles que ainda viam as orelhas vermelhas dele, tentaram segurar os risos ao máximo.

- Eu entendi! E não preciso de sua ajuda! Como são insolentes! – ele foi atrás da árvore onde estavam pra tomar seu leite em paz, e pode ouvir os mais velhos rindo baixinho. Por mais que Harry tenha tentado resistir, não pode deixar de achar Malfoy fofinho pela cena, viu que Hermione olhava na direção de Draco com os olhos brilhando em encantamento esquecendo o episódio de Rony. Imaginou que cuidar de Draco não seria tão ruim, afinal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!

Reviews??? Please, não deixem de comentar, algo a melhorar na historia!! ok????

bjus