Soba Ni Iru Né... escrita por JúhChan


Capítulo 44
Capítulo quarenta e quatro – A alegria e o pesar


Notas iniciais do capítulo

Ahhhh! Olha quem trouxe um capítulo novo depois de um ano sumida... Tudo bem, gente??
POR FAVOR, LEIAM ESSE TEXTO ANTES DE COMEÇAR A LEITURA.
Parece que virou mania sumir de fevereiro a novembro e só aparecer em dezembro e janeiro... Sei que estou devendo muitas explicações e pedidos de desculpas... Por favor, me desculpem...
Comecei a faculdade e precisava de tempo para me adaptar à nova rotina, à nova fase... Então me desculpem. Estou de férias desde o começo de dezembro, mas só nesse final de mês e de ano eu consegui parar para escrever...
Me segurei enquanto estava em aula para escrever somente nas férias, pois sabia que deixaria os estudos de lado, mas quando as férias chegaram só peguei o embalo agora... Desculpem!! E enjoy o capítulo, até lá em baixo. :*



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A temperatura foi se elevando com o passar dos dias e, quando março chegou, tanto o clima fora quanto dentro da casa da Haruno, estava ameno. O Uchiha marcou sua presença em Konoha, nos dois últimos finais de semana, a pedido de Sakura, pois sua ida até Tóquio estava barrada, ainda mais por dizer que desejava ir sozinha.

Porém, a rosada não tinha muito tempo para reclamar deste pequeno empecilho, pois de segunda à sexta sua casa permanecia movimentada com as visitas de Karin e Yuuta, de seus pais que vinham em dias intercalados, de Itachi e Namie, mas principalmente de Tsukimi, que passava as tardes em que o casal Haruno não vinha para Konoha e os finais de semana.

Além disso, havia as conversas com os amigos que aconteciam pelo aplicativo de mensagens instantâneas. Quase faltava tempo para Sakura que mesmo sem nenhuma lembrança recuperada, estava se adaptando com bastante facilidade. Itachi e Suigetsu a provocavam dizendo que a preferiam sem as memórias dos últimos três anos.

E, no lado oposto da balança, estava Sasuke, que não admitia, mas demonstrava em suas feições o contentamento pela relação com Sakura ter tido alguns avanços.

A conversa na praça o fez perceber que bancar o perdido ou o inseguro não resolveria a delicada situação com a rosada, e, muito menos, a ajudaria. Eles ainda tinham muitas roupas sujas para serem lavadas, mas o Uchiha sabia que não era o momento e aguardaria até que a Haruno estivesse totalmente estabilizada.

Aceitar a segunda tentativa de aproximação foi a melhor escolha para sair da confusão mental. Por mais que negasse, era algo que ele ansiava muito tentar, pois já estava farto de tento ressentimento. E, ao invés de condenar a amnésia de Sakura, Sasuke poderia usa-la como um meio de tentar novamente de maneira correta.

Ele via o quanto ela estava disposta a fazer a segunda chance dar certo, as mensagens trocadas eram a prova viva disso. Então, ele também se esforçaria, pois estaria sendo a personificação da imbecilidade se jogasse mais de cinco anos de relacionamento fora.

É por isso e mais um pouco que Sasuke decidiu dar o braço a torcer.

O casal em construção disfrutava da companhia um do outro com Tsukimi entre eles, já que a menina passou a dormir de sábado para domingo na casa da Haruno. Sasuke a trazia consigo, dormia na sala enquanto que a loirinha dormia com Sakura e, no entardecer de domingo, ia embora, levando-a para a casa de Namie.

Mesmo com a menina e os espaços pessoais que estabeleceram, o sofá-cama era dividido pelos três, com Tsukimi deitada no colo de ambos. O que acabava gerando toques ocasionais entre o moreno e a rosada. Iniciava-se com leves roçar de dedos, cotovelos e pernas, para então se encostarem de vez e permanecerem assim até acabar o filme ou seriado que passava na televisão.

Foi assim que o almejado beijo aconteceu.

No sábado que completava uma semana que tiveram a conversa na praça, Sasuke apareceu após o almoço. Eles se acomodaram sobre o bendito sofá cama, Tsukimi dormiu após três episódios de um desenho de pôneis e eles se beijaram.

~~*~~*~~*~~

A algazarra típica de crianças em uma festa de aniversário ecoava pelo salão decorado de lilás, branco e rosa. A pequena Hyuuga se encontrava dentro de um vestido de mangas três quarto da cor rosa e saia rodada, tentando acompanhar a animação de seus convidados mirins, enquanto que seus progenitores passavam de mesa em mesa cumprimentando as familiares e amigos.

Em uma mesa próxima ao “cantinho dos brinquedos”, Tsukimi estava sentada. Seu rosto demonstrava certo receio. Depois de viver quase quatro anos no ambiente hospitalar, que era calmo e quieto, estar num ambiente totalmente oposto a estava deixando inquieta. E, para piorar seu desconforto, a cada cinco minutos uma criança passava ao seu lado a passos apressados e com a voz elevada a três oitavos.

Os pulos que o corpo da loirinha dava não passavam despercebidos pelos adultos sentados ao seu redor.

—Tia Sakura. – chamou chorosa, após um menino passar ao seu lado, agitado pela glicose da pipoca doce servida momentos atrás.

—Fique calma, Tsukimi. Eles não lhe farão nada. – disse Temari, na tentativa de conforta-la.

—É um pouco difícil, Temari-san. – sussurrou, pegando seu copo de água.

—Shikadai, diga a ela que se alguma criança vier incomoda-la, você a protegerá. – e a reação do pequeno, com seus quatro meses de vida, foi agitar as pernas, contagiado pela atmosfera do ambiente. –Então não faça essa cara, Tsukimi. – pediu enquanto sentava o filho sobre suas pernas para que o mesmo apoiasse as costas em seu tronco.

—Ei, que tal irmos à cama elástica? – a Haruno a convidou, acariciando os fios dourado. O desconforto dela a estava preocupando. –Ela está vazia.

—Só se você entrar comigo. – respondeu com um fraco sorriso.

—Acho que não tenho mais idade para pular, mas eu fico pertinho, te assistindo. – e levantou-se, sendo acompanhada pela loirinha. –Já voltamos. – avisou aos amigos, que sorriram em concordância e assistiram as costas das duas se afastarem da mesa.

Sakura apertou levemente a pequena e macia mão de Tsukimi, na tentativa de acalma-la, mas o repuxar dos cantos da boca foi inevitável ao perceber que a situação era, de certa forma, adorável. E, ela já estava ciente de toda a difícil trajetória que a loirinha foi forçada a encarar e sabia como o futuro dela era incerto, mas vê-la tentar se acostumar ao ambiente, que deveria ser o normal para ela, era engraçado, no mínimo.

—Não tem graça! Eu estou assustada de verdade! – os olhos azuis fuzilaram a expressão risonha da Haruno.

—Me desculpe querida. – pediu, condenando-se mentalmente. –Eu deveria te ajudar e não rir, mas você está com uma cara tão fofa. – tentou se justificar.

—Não é fofo!

—Me desculpe de verdade. – e arrumou a franja dourada, sorrindo docemente para o bico que a Yamashita fez.

—Eu te desculpo, porque você está linda nesse vestido. – disse manhosa. –Só por isso mesmo... - cruzou os braços.

Porém, a expressão manhosa foi substituída por olhos azuis arregalados em medo, causado por um menino que passou ao lado da loirinha e gritou empolgado, provavelmente, por ter iniciado a velha brincadeira de “pega-pega” entre o grupo de pequenos grandes homens.

O corpo franzino pulou para frente por conta do susto e em seguida os braços envolveram o quadril da rosada, que apenas correspondeu ao abraço sem achar graça, como antes. Talvez, foi cedo trazê-la para a festa de aniversário.

—Está tudo bem, querida. Foi só um mocinho brincando de “pega-pega”. – acariciou os fios dourados. –A cama elástica continua vazia, ainda quer ir lá?

—Sim.

—Então vamos.

Desfez o abraço e pegou a mão infantil novamente, mas não conseguiu dar sequer o primeiro passo.

—Tia Sakura. – a chamou com os olhos pidões e os braços estendidos.

A primeira reação da Haruno foi xingar Sasuke mentalmente, pois ele sempre a pegava no colo quando demonstrava receio e queria conforta-la, mas relaxou os ombros ao mesmo tempo em que um sorriso conformado se formava em seus lábios, e pegou a Yamashita no colo com certa dificuldade em iça-la. Diferente do Uchiha, que a pegava com apenas um braço sem muito esforço.

Assim que a acomodou em seus braços, seu pescoço foi envolvido e Tsukimi descansou a cabeça em seu ombro esquerdo.

—Não precisa ficar com todo esse medo. Você não ficou assim quando saímos para passear em Konoha.

—Eu sei e me desculpe por isso. Juro que não faço de propósito...

—Sei disso, querida. Agora, vá pular, não lhe trouxe no colo a toa. – disse e beijou a testa da loirinha. –Aliás, você está uma graça nessa jardineira. – e apertou o nariz arrebitado.

—Você viu que estamos usando a mesma cor de cardigã? – perguntou com um sorriso.

—Por que será, né? – sorriu também, vendo que aos poucos o receio abandonava a mente da menina. –Talvez seja porque certa criança com cara de anjo, mas só cara mesmo, encheu a Namie e a mim para comprar o cardigã da mesma cor que o meu. – disse fingindo sarcasmo e cutucou as costelas de Tsukimi, causando cócegas.

~~*~~*~~*~~

O casal Hoozuki e Uchiha havia acabado de atravessar o arco de balões lilás e rosa colocado na entrada, quando uma animada Akemi saltou em direção de Itachi.

—Vocês chegaram! – comemorou. –Cadê os presentes da Akemi? – questionou ao mesmo tempo em que era levantada do chão.

—Olá para você também. – cumprimentou Namie, sorrindo.

—Os nossos presentes estão naquela enorme caixa, junto com os outros. – respondeu Itachi e visualizou uma expressão tristonha no rosto infantil. –Acho que Akemi não poderá andar na bicicleta nova. – e o casal riu ao ver as bochechas cheias de ar da pequena Hyuuga. –Mas pode nos dizer onde a tia Sakura e a Tsukimi estão sentadas?

—Perto do “pula-pula”. – apontou para a cama elástica, onde os quatro pares de olhos visualizaram o topo de uma cabeça cor de rosa ao lado da mesma. –Na mesa da tia Tema. – e o pequeno dedo indicador apontou a mesa mais próxima do brinquedo ocupada por Temari, Shikamaru, Ino e Gaara. –Agora, Akemi precisa ir na mamãe. – depositou um beijo em cada bochecha dos novos tios com a ajuda do Uchiha, desceu do colo e disparou por entre as mesas redondas.

—Não percam nenhum detalhe, daqui uns dias serão vocês dois a planejarem uma festa de aniversário. – a Okada comentou risonha, ao notar que os olhos de diferentes cores de Yuuta encaravam o salão decorado com os olhos brilhando em fascínio. 

—Não sou um arquiteto de renome como o Neji para bancar tudo isso. O nosso garatão terá um bolo, salgadinhos e balões. Ele nem vai lembrar-se do primeiro aniversário. – disse Suigetsu enquanto seguia Itachi e Namie pelo salão.

—Mas não foi para isso que você veio para Tóquio fazer uma entrevista de emprego, no ano passado?

—Pior entrevista que fiz em toda a minha vida. Não me lembre disso, por favor, vou traumatizar o meu filho. – e acomodou melhor o bebê em seus braços.

—Suigetsu ainda não superou a perda da vaga para um recém-formado. – explicou Karin, cutucando as costelas do marido, provocando-o.

—Ruiva, você sabe que eu não revido, porque o Yuuta não deixa, né?

—Só estou me vingando.

—Eu só fiz isso uma vez.

—E quase me fez derrubar o nosso filho. – e alcançaram a mesa desejada.

—Se a Karin e o Suigetsu não discutirem, algo no universo não está certo. Boa tarde, pessoal! – a Nara cumprimentou.

—Estão meio atrasados, porque já serviram salgadinho, crepe e pipoca doce. Mas ficamos felizes por terem vindo. – saudou Gaara.

—Peça ao Itachi para instalar o bebê conforto no carro. – resmungou Namie, após beijar as bochechas da Nara e da Yamanaka.

—Como assim? – a loira mais velha franziu o cenho em confusão.

—Eu perdi no jo-ken-pô que decidiria com qual carro viríamos. – explicou Suigetsu, sentando-se em uma das cadeiras vazias, sendo imitados pelos três.

—Não era mais fácil terem vindo com o do Suigetsu, onde o bebê conforto estava? – questionou Temari, não acreditando que os novos amigos passaram pela situação descrita.

—Era, mas nossos homens gostam de complicar a vida. – respondeu Karin após um suspiro cansado. –A única explicação para isso deve ser o excesso de testosterona na cabeça. Deve ser por isso que a Sakura pediu para a Tenten ir busca-la. – e tirou da bolsa de cor azul-marinho de Yuuta a pequena mamadeira de água.

Gaara e Shikamaru lançaram olhares incrédulos, mas, ao mesmo tempo divertidos a Itachi e Suigetsu, não acreditando que eles realmente fizeram aquilo que suas mulheres contaram.

A onda de riso tomou conta da mesa, deixando-os envergonhados. Porém, o momento foi interrompido pelos dois braços do garçom que depositavam pratos com grandes porções de minicachorro-quentes.

—Mudando de assunto, a Tomoka não vai vir? – questionou Ino, pegando o pequeno cachorro-quente depois que todos fizeram o mesmo.

—Está ai mais um motivo que nos atrasou. – o Uchiha disse e sua namorada soltou um suspiro. –Ela teve que comparecer em uma reunião de última hora.

—Apenas nos disse que teremos uma surpresa no mês que vem e desceu em uma imobiliária aqui perto. Ela disse que pode aparecer para o bolo. – a Okada explicou um pouco confusa.

Os amigos assentiram e voltaram a comer, não havia o que comentar sobre a atitude de Tomoka.

—Vocês reclamaram que nós chagamos atrasados, mas não vejo a cabeça feia do meu irmão, nem Naruto e Hinata. – comentou após passar os olhos por todo o salão.

—Naruto e Hinata estão encarregados de trazer o bolo, devem estar presos no trânsito da avenida. Já o Sasuke... – Gaara deu de ombros. –É de se esperar que se atrase. Afinal, ele é seu irmão. – e riu, pegando o sobrinho no colo.

Itachi somente revirou os olhos e os desviou para o rosto da namorada. A pequena mancha vermelha no canto da boca feminina lhe chamou mais atenção do que a ausência de Sasuke, que devia estar preso no trânsito também.

Sorriu com a ideia que passou por sua mente, e sem pensar duas vezes, capturou o queixo de Namie com os dedos, limpando o molho de hot dog com o indicador. Em seguida, encostou os lábios nos fios brancos.

—Bela tentativa, Ita. Mas eu ainda vou continuar brava pelo jo-ken-pô de mais cedo e por isso me fazer perder o crepe. – disse firme, mas admitia que fora pega de surpresa pelo namorado.

—Finalmente eles chegaram! – Ino comentou e todos os pares de olhos desviaram-se para a entrada por onde o casal Uzumaki passava com o Uchiha mais novo ao lado.

~~*~~*~~*~~

O sorriso não deixava seus lábios nem por um segundo. Assistir a loirinha descer e subir no brinquedo com a expressão livre do receio, totalmente a vontade trazia um alívio que Sakura não conseguia entender.

—Seria mais divertido se você pulasse comigo. – murmurou manhosa, agarrada à tela de proteção.

—Ainda insistindo?

—Vai que uma hora eu consigo convencê-la. Sua cara diz que quer entrar, tia Sakura.

—Na verdade, eu estou feliz em ver que você não está mais com uma careta de choro. Então, que tal irmos chamar a Akemi para pular com você?

—Não, depois a chamamos. – e um sorriso de orelha a orelha se abriu no rosto infantil. -Eu quero pular com tio Sasuke! – exclamou, andando apressada em direção da única abertura na tela de proteção da cama elástica.

A Yamashita desceu a curta escada rapidamente e, a Haruno cogitou em adverti-la, mas a corrida em direção do Uchiha foi mais rápida, e quando se deu conta, a menina já estava no colo do adorado tio.

—Boa tarde, Sasuke. – o cumprimentou com um sorriso contido, decidindo-se internamente se depositava ou não um beijo na bochecha dele.

Decidiu deixar isso para outro momento e se concentrou em como chama-lo sem o sufixo KUN, soava maduro. Em um momento totalmente aleatório do último domingo, ela comentou com ele, enquanto lanchavam em uma cafeteria de Konoha que não usaria mais o sufixo, pois lhe soava infantil, apesar de ser um modo carinhoso e desde que o conheceu chama-lo assim.

Naquele dia, Sasuke deu de ombros e sorriu levemente, apenas. Se Sakura decidiu que isso seria uma forma de amadurecimento, quem era ele para dizer o contrário?

Sorriu de canto em resposta ao cumprimento.

—Tudo bem? – perguntou.

Porém, a Haruno não respondeu de imediato, e sim, passou o olhar pelo Uchiha, vendo o quanto ele estava elegante pela combinação de cores escuras. Principalmente pelo cardigã preto, e não foi combinado.

—É claro que a tia Sakura está bem. Você está aqui! – a loirinha respondeu com a voz um pouco alta, fazendo a rosada corar. -Quero dizer, nós estamos aqui. – corrigiu-se.

—Então quer dizer que ela não estava bem antes de estarmos aqui?

—Não. Ela está bem todos os dias, só algumas dores de cabeça, mas feliz ela só fica quando está com os pais, os montes de tios e tias, você e comigo. Só que ela fica mil vezes mais feliz comigo, é claro. – falou com convicção, ao mesmo tempo em que balançava a cabeça em concordância.

—Mas você não acabou de falar que ela fica mais feliz quando está comigo? – questionou, divertindo-se com o diálogo.

Colocou-a de volta para a cama elástica.

—Não! – balançou a cabeça de um lado para o outro.

—Falou sim.

—Não! Jamais eu diria isso, porque a tia Sakura gosta mais de mim. - cruzou os braços. –Você pode beijar ela, mas sou eu quem dorme abraçada nela.

Os dois adultos não puderam conter as risadas.

—Diga ao tio Sasuke que você é mil vezes mais feliz comigo, que gosta mais de mim do que dele. – exigiu entre risos, esquecendo-se de tentar convencer Sasuke pular consigo na cama elástica.

Esse tipo de discussão havia se tornado característico entre os três. O mais comum era entre a loirinha e o moreno para saber quem era o preferido da rosada, mas a vez de saber quem era a preferida do moreno ou da loirinha acontecia em momentos inesperados também.

—Você sabe que não consigo decidir quem mais me faz feliz, então digo que todos me fazem feliz. – disse com um sorriso doce nos lábios. –Vamos comer um cachorro-quente e tomar alguma coisa? – ofereceu, após ver pela sua visão periférica que sua mesa estava com todos os amigos ao redor.

—Suco de morango, por favor. – pediu animada e esticou os braços para Sasuke, que a pegou e a aconchegou no braço direito.

—Você a está acostumando mal. – comentou, envolvendo o outro braço masculino com o seu. –Ela me pediu colo para vir até aqui e quase não consigo erguê-la.

Começaram a andar.

—Tsukimi. – repreendeu a menina no segundo seguinte. –O que nós conversamos semana passada?

—Não pedir muito colo para a tia Sakura, porque ela ainda não recuperou toda a força por causa do coma. – disse em voz baixa, envergonhada. –Mas eu estava com medo... – tentou se justificar ao receber um olhar indagador.

—Não precisa brigar com ela. Eu só comentei, porque a Tsukimi está ganhando todo o peso que ela perdeu na quimioterapia mais rápido que o previsto. – veio em socorro da loirinha. –Isso é bom, mas não para minhas costas, e agora ela sabe disso. – deu uma piscadela para os dois.

O restante do curto trajeto foi feito com a Yamashita explicando o medo que sentiu desde que havia posto os pés no salão de festa. O Uchiha reagiu da mesma forma que a Haruno.

—Não tem graça! – exclamou e fez bico, após visualizar um sorriso nos lábios de Sasuke. –No começo, essa festa me assustou de verdade.

Os dez pares de olhos se desviaram para o trio que se aproximava e tinham que admitir que a interação entre eles era algo bom de se ver.

—Oi, pessoal. – Sakura saudou ao alcançar a mesa em que estava sentada antes, percebendo que estava cheia.

O primeiro a responder ao cumprimento foi o pequeno Yuuta, que abriu um sorriso banguela e se agitou no colo do pai.

—Ele estava quase dormindo.

—É uma festa infantil, como você traz o seu filho para dormir? – contrapôs Ino, trazendo o bebê para seu colo. Ação que despertou o pedacinho de gente completamente. –Vamos brincar com o Shikadai, Yuuta. Seu pai é um chato. – e o colocou em pé sobre suas pernas para tentar uma interação com o outro no colo de Gaara.

—Não sou chato. Você que não sabe o quanto é importante essa soneca que ele não tirou. – resmungou para em seguida levar mais um salgado à boca.

—Eu não disse? Chato... – cantarolou. –Nem a Karin, que é a mãe, está reclamando.

O Hoozuki apenas suspirou derrotado, discutir com a Yamanaka era pior que com a esposa, então levou mais alguns salgados à boca e começou a prestar a atenção na conversa que os irmãos Uchiha e o Uzumaki estavam tendo. Porém um aperto em sua coxa, o fez fixar o olhar na expressão divertida da adorada esposa.

—Não sei quando você se tornou um papai babão.

—Eu sempre fui.

—Verdade, então agora se tornou um papai chato mesmo. – disse apenas para o marido ouvir e riu logo em seguida.

—Até você? – passou o braço pelos ombros femininos e sentiu-a encostar a cabeça na curvatura de seu pescoço.

—Não posso perder a oportunidade de tirar uma com você. – e fechou os olhos ao sentir um sutil beijo na lateral de sua cabeça.

No outro lado da mesa, Tsukimi sorria em contentamento por estar sentada sobre as pernas de Sasuke, segurava um crepe suíço na mão esquerda e uma caixinha de suco de morango na direita, o último cachorro-quente tinha sido pego por Itachi no momento em que ela estava se acomodando.  

—Ela está mais a vontade. O que vocês fizeram? – perguntou Ino.

—Nada, só estava precisando conhecer o novo ambiente e pular na cama elástica.

—Que cena inédita. Ino e Gaara segurando os babies da turma. – a voz de Tenten as interrompeu. –Alguém chama o fotografo. – pediu, iniciando os abraços em cumprimento e agradecimento. -Neji e eu estamos muito felizes que todos tenham vindo! – falou abraçada ao marido após o fim dos cumprimentos. –Principalmente você, Tsukimi. Akemi está louca para ir ao tobogã com você. – apontou o grande brinquedo inflado de ar, onde a maioria das crianças estava.

—Aproveitem a festa. – falou após tomar um gole de sua água. -Daqui a pouco o buffet vai servir minissanduíches. – e saiu de mãos dadas com a Hyuuga para cumprimentos mais algumas pessoas.

—Eu vou comer um monte! – comemorou Tsukimi de boca cheia e recebeu um olhar de censura de Sakura e de Namie no segundo seguinte.

Para disfarçar, a menina sugou o suco de morango para engolir, mas acabou se engasgando.

—Coma devagar, querida. – a Haruno brigou, entregando um guardanapo à menina enquanto que o Uchiha afagava as suas costas pelas sucessivas tosses.

—Isso que acontece quando tentar ser gulosa. – comentou Sasuke.

Sorrisos e risos tomaram conta da mesa pela cena do trio.

Após as tosses cessarem, a loirinha passou para o colo da rosada, para que o moreno pudesse comer. Ela se enroscou como pôde no tronco da médica predileta, descansou a cabeça sobre o ombro direito dela e assim ficou até o moreno começar a entretê-la com conversas e cutucadas nas costelas, arrancando risos infantis.

E aquela cena foi assistida por todos que estavam à mesa.

~~*~~*~~*~~

O momento de cantar o tradicional canto de parabéns se aproximava, o casal Hyuuga instruía e inspecionava o pessoal da organização da festa para que nada ficasse fora do lugar. E por isso, a madrinha da pequena Hyuuga ficou encarregada de vigia-la e arruma-la.

Porém, o clima animado no salão decorado estava maior que o esperado pelos gritos e a euforia das crianças que com muito esforço, Hinata conseguiu pôr o vestido da Princesa Sofia e a tiara na cabeça da afilhada. O problema agora era segura-la até Tenten chama-la.

Suspirou ao vê-la passar em sua frente, correndo em direção à pisciana de bolinhas, onde Tsukimi e mais duas meninas estavam.

—Akemi! – a chamou no intuito de fazê-la parar de correr.

—Akemi vai pular! – exclamou de volta, mas antes que alcançasse a entrada do brinquedo, foi ao chão.

—Kami-sama! – e andou até a afilhada rapidamente. –Você está bem? – perguntou preocupada e colocou-a de pé, passando os olhos pela menina, a procura de algum ralado.

Sorriu aliviada por não achar nenhum machucado, mas ele logo se desfez ao reparar na expressão chorosa no rosto infantil.

—Foi só um susto. – disse docemente, enquanto passava a mão pela saia do vestido longo, fingindo que o limpava e o desamassava.

—Mas caí. – disse manhosa.

—Porque correu quando não precisava. Tem que tomar cuidado. – explicou. –Dói algum lugar?

Akemi apenas negou com a cabeça.

—Que bom, agora vamos tomar água. Está na hora do parabéns. – e endireitou a pequena tiara prateada entre os fios marrons da menina, para então afaga-los. –Mas não corra! – pediu ao vê-la correr em direção de um garçom.

Sentiu braços fortes a abraçarem por trás e não pôde evitar um sorriso.

—Sabia que você fica muito linda cuidando da Akemi-chan? – ouviu a voz do noivo bem próxima ao sua orelha.

—A parte da linda eu não sabia, Naruto-kun. – respondeu e virou-se para encarar os amados olhos azuis. –Mas sei que como madrinha da Akemi-chan, eu tenho o dever de cuidar dela. – completou com um sorriso, afastando-se um pouco, pois estavam em público.

Porém, não impediu de o loiro aproximar-se e depositar um beijo em sua testa e, em seguida, descer os dedos pelos braços femininos e envolver as mãos macias com as deles.

—E eu só sei que cada dia que passa mais certeza eu tenho de que você cuidará muito bem dos nossos filhos, lógico que com a minha ajuda. – e lhe direcionou uma piscadela.

A Hyuuga só pôde sorrir com as bochechas coradas.

~~*~~*~~*~~

O tradicional canto de aniversário já havia sido cantado por todos os presentes no salão de festa, o bolo foi cortado e distribuído também, quando os fotógrafos passavam pelas mesas filmando e capturando o momento em que a aniversariante entregava a lembrança de sua festa.

E, foi nesse meio tempo em que as duas mesas repletas de doces - dos mais variados tipos - foram liberadas, o que resultou em um acúmulo de pessoas em volta delas.

Entre a multidão, o Sabaku saiu com três pratos descartáveis cheios em mãos.

—Eu não devia ter rido do jo-ken-pô. – comentou ao sentar-se à mesa.

Tsukimi não perdeu tempo e pegou dois docinhos de uma vez, agradecendo.

—Como vocês podem se considerar adultos? – a Nara indagou, pegando a tacinha de mousse de morango. –Aliás, como você conseguiu convencer o meu irmão e marido, Itachi?

Um dar de ombros foi a resposta.

—Homens. – suspirou cansada, levando a primeira porção do mousse à boca.

—Se eu fosse você agradeceria, ou então você que teria que ir buscar.

—Calado Shika! – bronqueou, mas deixou escapar uma risada. Afinal, ela havia ficado tentada a participar do jo-ken-pô para decidir quem iria buscar os doces.

—Gaara. – a rosada o chamou. –Por que você trouxe três pratos?

—Porque um é só para Ino. É o meu apoio.

—Ele acha que me dando montes de comida, de qualquer tipo, vai me ajudar. – explicou Ino. –Já disse a ele que está sendo exagerado, mas não me escuta. Até parece que quer me engordar para ficar me apertando. – fez uma expressão cansada.

—Finalmente você me entendeu! – comemorou e, o restante dos rapazes riu.

—Engraçadinhos. Hoje vocês estão cheio das graças.

—Estamos mesmo. – disse Gaara, depositando um beijo na lateral da cabeça loira.

Do lado oposto da mesa, Temari e Shikamaru levantaram-se.

—Hora do descanso. – informou a loira, entregando o filho adormecido a Sasuke sentado do seu lado. –Aliás, ele está sujo. – deu dois tapas no ombro masculino, em sinal de encorajamento. –Ou vocês decidem no jo-ken-pô, mas as meninas não podem, só supervisionem, não quero que matem o meu filho. – e deu as costas, abraçada ao marido.

Os olhos escuros do Uchiha mais novo passaram pelos amigos, questionando quem faria as honras em trocar o pequeno Shikadai, mas nenhum olhar se cruzou com o seu naquele momento. Bufou em irritação, dando-se conta de que teria de encarar a fralda suja.

Tsukimi lhe acenando foi a última coisa que viu antes de dar as costas e andar em direção ao banheiro de trocar a fralda, com a bolsa do pequeno Nara nos ombros.

~~*~~*~~*~~

A comemoração de Akemi perdurou até o sol se pôr, e apenas quando já estava escuro que o grande grupo de amigos começou a se despedir.

O cansaço era visível nas expressões faciais do casal Hyuuga, mas a felicidade brilhava nos olhos pelos três anos de vida de sua filha, que lutava contra o sono no colo do pai. Os dois bebês da turma dormiam confortavelmente nos calorosos braços das mamães. E todos se preparavam para ir embora.

—Boa noite! – uma voz feminina os cumprimentou. –Desculpe pelo atraso, mas tive um compromisso de última hora.

—Tomoka, a festa já acabou. – disse Namie. –Você não devia ter aparecido mais cedo?

—A reunião com Taguti-san da imobiliária foi longa demais, mas eu deixei o presente na caixa que tem na entrada. – explicou, passando os olhos vermelhos pelos quatorzes rostos. –Parabéns Neji-san, Tenten-san. Que a Akemi-chan tenha muitos anos de vida. Só me desculpem chegar a essa hora.

—Sem problemas. Ainda tem salgadinhos, você quer? Ou um doce. – Tenten ofereceu.

—Não, obrigada. Eu só vim cumprimenta-los.... – sorriu sapeca. –E ver o Naruto! – disse, atirando-se em direção ao loiro.

Hinata arregalou os olhos e o seu rosto avermelhou-se em pura indignação ao assistir os braços de uma desconhecida envolver o tronco do noivo, em um abraço apertado.

—Tomoka! – a irmã mais velha repreendeu, envergonhada pela atitude infantil da caçula em provocar a morena.

O sorriso sapeca da Okada mais nova apenas se intensificou quando ouviu o bufar irritado da Hyuuga seguido de um olhar fuzilante da mesma, enquanto que o Uzumaki pedia para ser solto.

—É só um abraço, onee-chan. – fez se desentendida, lançando um olhar inocente aos novos amigos da irmã que a encarava de volta tortamente. Agradeceu mentalmente por estar em um ambiente público, ou já teria iniciado uma discussão pela expressão de Hinata.

Se bem que vou ouvir um sermão daqueles da Namie.— lamentou-se.

 –Ino, preciso da sua ajuda! – se preocuparia com a irmã mais velha mais tarde.

—Ajuda o escambau, nós vamos embora.

~~*~~*~~*~~

Não sabiam há quanto tempo estavam acompanhando o ritmo da respiração da pequena Hyuuga, que se encontrava em seu quinto sono. Eles somente estavam cientes da sensação leve de dever comprido.

Apesar de ter sido cansativo organizar uma festa, o sorriso brilhante que Akemi exibiu durante a tarde inteira daquele sábado, fez valer o esforço dos progenitores.

—Ela está crescendo rápido demais. – disse Tenten, enrolando uma mecha do cabelo do marido no indicador. –Parece que foi ontem que a peguei pela primeira vez.

—Não acha melhor deixar essa conversa para quando ela estiver formada? – e apertou levemente a cintura feminina. –Ela acabou de fazer três anos.

—Me lembre disso quando a adolescência chegar, porque será você que dirá o que acabei de dizer. – sentiu os lábios masculinos roçarem em seu pescoço. –Neji! – exclamou surpresa, ao sentir que os braços do marido passando por baixo de seu corpo.  

—Ainda tenho dez anos para me preocupar com a adolescência da Akemi, mas o pedido por um irmão não... – disse sacana.

—Quer dizer que não dormirei essa noite?

—Exato. – e saíram do quarto da filha.

~~*~~*~~*~~

O domingo para o casal em construção foi como os outros: entre encostar de pernas, braços e lábios no sofá-cama, com a loirinha dormindo após assistir o seu desenho de pôneis coloridos, e trocas de palavras amenas.

Os três fizeram até uma brincadeira para o preparo do almoço daquele dia, que se consistiu em Tsukimi sendo a chef da cozinha, dando ordens que eram ouvidas por Sasuke e Sakura. Após espiar molho nas roupas deles e molha-las ao lavar os ingredientes, o almoço foi servido.

Porém, agora já se passava das dezesseis horas e o Uchiha e a Haruno se encontravam acomodados em cima do sofá-cama com a Yamashita entre eles, ressonando.

—Sasuke. – o chamou, virando-se de lado para encara-lo, e apoiou a lateral do rosto no antebraço masculino. O rosto mexendo para sua direção com uma expressão relaxada estampada foi sua resposta. -Tem algo que vem me deixando preocupada. – pegou a mão direta dele, que estava livre, entre as suas ao mesmo tempo em que, lançava um olhar apreensivo.

Sasuke entrelaçou seus dedos nos delas e apertou levemente, pedindo, com este ato, dizer o que era. Seu coração deu uma batida mais forte.

—Fala. – a incentivou.

—É sobre Tsukimi. – disse, pondo-se sentada na posição de lótus, mas sem desfazer as mãos dadas. –Por enquanto, ela está conosco. Mas isso vai até quando? – perguntou e fixou os olhos verdes nos cachos dourados. –Ela é órfã, os parentes que a assistente social não a querem, a qualquer momento ela pode ser tirada de nós pelo pedido forçado que seu irmão e Namie fizeram... – iniciou um carinho no cabelo loiro. –Eu não quero que isso aconteça, porque sinto meu coração dizer que ela é importante, muito importante. – respirou fundo para controlar a voz que começou a soar chorosa.

O moreno levou a mão esquerda para a bochecha corada da rosada, afagou a pele macia e a fez levantar o olhar, cruzando os olhos.  

—Tsukimi não será tirada de nós, Sakura.  

—Você sabe que é questão de tempo para que ela seja levada para um orfanato.

—Eu não deixarei. – e apertou a mão dela.

—Mas...

—Mas nada, Sakura. – a impediu de falar. –Meu irmão, Namie, você e eu nos responsabilizamos pela Tsukimi e isso vai não vai mudar.

—Namie disse que é temporário, até a Watanabe conseguir uma vaga no orfanato daqui e, a Tsukimi estar totalmente recuperada.

—Ela não será tirada de nós. – tornou a dizer convicto, ainda a encarando profundamente. –Acredite. – pediu ao encostar as testas.

—Promete?

Ele sabia que não podia prometer algo daquela gravidade e impedir que a loirinha fosse jogada num orfanato, pois as chances de ela traçar o mesmo caminho do progenitor eram muito grandes, em contrapartida, as chances de adoção eram pequenas.

Porém, tanto ele quanto Sakura sabiam que ela merecia ser feliz no meio de uma família e que esse era o sonho da menina. E, se Sakura estava prestes a desabar em lágrimas pela situação atual de Tsukimi, fazendo com que ele ficasse mais preocupado do que já estava, apenas por pensar sobre o assunto, iria arriscar.

A loirinha vale a pena.  

—Prometo.

Os lábios da Haruno tremerem ao se abrirem em um pequeno sorriso.

—Obrigada. – disse antes de beijar os lábios finos de Sasuke. -Eu amo você.

~~*~~*~~*~~

Após morder as bochechas de Tsukimi, enche-las de beijos e abraços, despediu-se dela e de Sasuke, encerrando o sagrado final de semana dos três.

Agora, Sakura estava deitada no lado em que Sasuke havia deitado no sofá-cama, abraçado à almofada que ele descansou a cabeça. O cheiro único dele fazia com que os beijos intensos que trocaram na cozinha, enquanto lavavam a louça, vinham em sua mente como flashes.

De repente, sua campainha soou por toda a sua casa, despertando das lembranças. Levantou-se em um pulo e andou a passos apressados até a porta de entrada.

No entanto, seus olhos se arregalaram em assombro ao acompanhar um envelope branco cair no chão. Ela levou o bilhete misterioso do mês passado como uma brincadeira de um vizinho que possuía um senso de humor muito pendido para o lado negro, e por isso, não disse sobre ele para ninguém. Além de ter recebido apenas um e no mês passado.

Abriu o envelope, puxando o pedaço de papel rosa dobrado ao meio, prendeu a respiração ao desdobra-lo e o leu.

Vejo que ignorou o recado.

Mas lembre-se: quem avisa, amigo é.

Porque logo, logo você perceberá que a realidade é mais cruel do que pode imaginar.

O nó se formou em sua garganta ao sentir um pavor se alastrar pelo corpo.

Não era brincadeira coisa nenhuma.


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Notas finais do capítulo

hehehe' E foi isso que consegui escrever.... Espero que tenham gostado, quem apareço com um post-duplo em janeiro.... Desculpem de novo...
Feliz Natal atrasado!! E Feliz 2018, que ele seja repleto de realizações para nós... E que seja o ano que Soba ni Iru né ganhará seu fim.... Muito obrigada, se você não perdeu a esperança em Soba ni Iru né...
Beijos, até as reviews!! ;D



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