Soba Ni Iru Né... escrita por JúhChan


Capítulo 42
Capítulo quarenta e dois – As possíveis possibilidades e as indagações


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente!! ô/
Aqui está o segundo capítulo do post-triplo do dia..
Espero que gostem!! Enjoy!



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O trajeto de volta a Tóquio foi silencioso dentro do carro do loiro. Este, enquanto dirigia, pensava na conversa que teria com a noiva ao chegar ao apartamento que dividiam, chegando a planejar a explicação de uma revelação, que ele tinha suas dúvidas se era verdadeira ou uma história inventada por uma stalker.

A segunda opção beirava o absurdo, mas ele sabia que havia gente para tudo, ser vitima de perseguição não era novidade no mundo atual.

Por outro lado, Hinata mantinha a atenção no céu acinzentado através da janelo do automóvel. O dia havia começado tão bem para acontecer aquilo.

Não estava brava com o noivo, muito menos decepcionada, poderia ser uma brincadeira de muito mau gosto, como aconteceu com Sakura e Sasuke, alguém de má índole desejando que ela rompesse com Naruto novamente. Sentiu-se mal por cogitar tal possibilidade da irmã de Namie, mas era a única explicação que lhe parecia mais cabível.

Ou então, Tomoka poderia ser uma fã fanática do ensino médio ou da faculdade, que viveu no próprio mundo desde o dia em que o noivo a ajudou de alguma forma, seja pegando um livro que estava em uma alta prateleira na biblioteca ou impedindo-a de cair quando trombaram acidentalmente no corredor. A Hyuuga sabia o quanto o noivo poderia encantar o sexo feminino com esses pequenos atos.

Suspirou em cansaço. A morena tinha certeza de só uma coisa: não consideraria as palavras da Okada mais nova como uma verdade, muito menos se acanharia perto dela. Naruto era seu noivo e eles se amavam muito.

O carro parou e ambos desceram perdidos em devaneios. Porém, o loiro não hesitou em colocar o seu paletó sobre os ombros femininos, um costume que adquiriu naquele inverno. Afinal o subsolo era mais frio que os andares do grande prédio.

Os olhares se cruzaram no momento em que adentravam o elevador. A feição em ambos os rostos se suavizaram no segundo seguinte.

—Eu não queria que no Valntine’s Day deste ano acontecesse isso. – lamentou Hinata, desfazendo o espaço entre eles.

—Eu também não, hime. – murmurou e o silêncio de antes retornou ao redor deles. –Está calma agora? – perguntou ao senti-la apoiar a cabeça em seu tórax.

—Sim. E você? – e envolveu a cintura masculina.

—A maioria das minhas lembranças de quando eu era criança é junto do nosso grupo. Mas eu sinto que o sobrenome ‘’Okada’’ é muito familiar para mim, só não consigo me lembrar do por que. – desabafou e deus alguns passos para trás enquanto correspondia ao abraço da morena.

Encostou as costas na parede espelhada do elevador, trazendo-a junto e apoiou o queixo no topo da cabeça dela.

—Eu não posso te explicar exatamente o que foi aquilo, desculpe Hina-chan. Nosso casamento está se aproximando e...

—Não precisa se justificar, Naruto-kun. – interrompeu. –A menos que você queira terminar comigo, porque acreditou nas palavras da irmã da Namie-san.

—É claro que não, eu jamais terminaria com você. Isso já aconteceu uma vez é foi um inferno. – falou prontamente, estreitando-a ente seus braços.

—Então não se preocupe. Nosso casamento vai acontecer como estamos planejando. Nada, nem ninguém vai separar a gente! – disse confiante, sorrindo docemente, como o loiro estava habituado a ver.

—Eu te amo, hime.

—Eu te amo mais. – e fechou os olhos quando os lábios masculinos tocaram nos seus.

~~*~~*~~*~~

Trouxe o edredom para mais perto do rosto enquanto se encolhia e os lábios avermelhados tremiam. Mas não era por culpa do inverno, e sim para conter as lágrimas que ela vinha contendo desde que Sasuke foi embora sem, ao menos, beijá-la ou desejar boa noite.

A forma fria e distante que o moreno a tratou por todo aquele dia, machucou mais do que no dia em que despertou do coma. Nas vezes em que seus olhares se cruzaram, durante o restante da tarde, mostrou que o brilho de adoração que ela sempre visualizava se apagou. E o motivo disso, havia se esquecido.

O que conseguiu deduzir é que a briga deles foi muito feia e muito tensa. Só havia um motivo plausível para que eles tenham se desentendido desta forma. Apertou o cobertor ao imaginar que a relação deles esfriou.

Sakura sabia que inúmeros casais terminavam um compromisso de longos anos por terem caído na rotina, e no seu caso, era bem provável que a distância e os escassos dias em que podiam se ver desencadearam discussões e desconfiança.

Ou então aconteceu apenas um desentendimento. Quantas vezes eles não brigaram, ficando dias sem se falarem?

Balançou a cabeça de um lado para o outro no intuito de espantar o último devaneio. Sasuke podia ser reservado e até meio calado, mas passava longe de ser imatura ou extremamente orgulhosos para ‘’virar a cara’’ por causa de uma rotineira briga.

Fechou os olhos com força, tentando acreditar na hipótese que formulou naquela manhã, assim explicaria o porquê de ele estar distante e, a possível briga que tiveram se encaixaria no contexto.

Puxou o ar para dentro dos pulmões lentamente, se concentrando em conter o choro que lhe subia a garganta com força. Entregar-se ao pranto não fará sua memória voltar.

Por falar em memória. – falou em pensamento após conseguir se acalmar.

A sua amnésia parcial era o que mais pesava dentro de si. Saber que teria de se lembrar de tudo sozinha complicava suas tentativas dedutivas, deixando-a desanimada e muito confusa.

Uma linha de raciocínio levava a outra, que levava a outra, até que ela ficasse com mais de dois possíveis acontecimentos que a levaram para determinada situação, como estava acontecendo em sua reflexão sobre seu relacionamento.

E mesmo que estivesse em meio a um mar de dúvidas, ela decidiu acreditar que: o relacionamento deles vinha decaindo pela distante e a falta de tempo, assim eles passaram a se desentenderem mais do que o normal; na última discussão, ela foi vitima de bala perdida, acabou em coma e como nenhum dos dois se sentem bem quando brigam, Sasuke ficou com remorso por ter falhando em protegê-la; e é por isso está frio e distante, pois se culpa de alguma forma.

 Organizou sua mente deste jeito, pedindo aos deuses que sua suposição estivesse certa. Decidida a pensar assim até seu próximo encontro com o moreno, onde tiraria a limpo toda aquela confusa história, a rosada suspirou em alívio, mesmo que estivesse ‘’resolvido’’ apenas a ponta do iceberg.

 O som da porta sendo aberta a tirou de seus devaneios e a luz do corredor adentrou pela pequena fresta, Sakura permaneceu em silêncio quando a sombra de baixa estatura apareceu em seu campo de visão.

Por mais se forçasse a lembrar-se de Tsukimi era em vão, e saber que a magoava por tê-la esquecido, magoava Sakura também. Além de que, sua relação com a menina seria uma redescoberta, como a com o do noivo.

A porta se fechou, e passos hesitantes se aproximaram da sua cama.

—Você sempre invade o quarto das outras pessoas, ou entrou no quarto errado? – questionou em zombaria.

—Pensei que estava dormindo. Não queria ter acordado você, tia Sakura. Desculpa. – as bochechas coraram.

A Haruno abaixou o cobertor, fixou o olhar na figura infantil, que vestia um pijama de flanela lilás, e sorriu, balançando a cabeça de um lado para o outro.

—É difícil dormir quando fiz isso por três meses. – deslizou o corpo para trás. –Venha. Entra aqui, está quentinho aqui debaixo. – e ergueu o edredom.

Prontamente, a loirinha subiu na cama, aceitando o convite. Dormir no colo da rosada era acolhedor e muito confortável, imagine aconchegar-se a ela, como fazia com a mãe.

—Agora me conte o que veio fazer aqui. – disse no momento em que Tsukimi descansou a cabeça sobre o travesseiro.

Em resposta, encolheu os ombros, as bochechas ganharam mais um tom de vermelho e os olhos azuis desviaram dos olhos verdes.

—Eu não vou brigar.

A loirinha sorriu sem jeito, sem coragem para dizer que invadiu o quarto da médica preferida, porque queria um pouco de colo. Saber que a ‘’tia Sakura’’ estava com amnésia, deixava-a receosa quanto a falar tudo o que lhe vinha à mente, como fazia antes.

Encarou o rosto da Haruno, onde uma das sobrancelhas estava arqueada, esperando pela resposta.

—Vim perguntar por que a gente não foi brincar na neve, como você prometeu hoje de manhã. – disse com um sorriso, feliz por conseguir pensar rápido.

—Você dormiu depois que a Akemi foi embora e só acordou para jantar.

—Eu não ligaria se você tivesse me acordado. – fez bico em pura manha.

—E impedir você de recarregar uma parte da energia para que amanhã de manhã a gente brinque lá fora? – sorriu presunçosa. –Além do mais, a Namie queria conversar.

—Sobre o que? – curiosidade estampou o rosto angelical.

—Conversa de gente grande. Nada que você precisa se preocupar Tsukimi. – respondeu e, em seguida, empurrou a curta franja loira para cima.

—Adultos são complicados, principalmente você e o tio Sasuke. – resmungou com uma careta.

—Ah é? E por que nós somos complicados?

—Porque preferem sofrer a pedir desculpas um para o outro. 

—Como assim?

Os olhos azuis se arregalaram levemente quando Tsukimi deu-se conta de que já estava falando de mais. Naquela tarde, foi levada para o seu quarto para tirar uma soneca por Sasuke, que a fez prometer que não contaria como era a relação dele com Sakura antes da mesma perder a memória.

—Deixa eu te contar como a gente se conheceu, tia Sakura? – desconversou, demonstrando um nervosismo repentino pela rapidez em que falou.

A sua suposição de estar se desentendendo com o noivo, mais vezes que gostaria, foi concretizada pelas palavras da loirinha.

—Tudo bem. – rendeu-se. –Mas, depois você vai me contar como conheceu o Sasuke-kun.

A menina concordou com a cabeça.

—Foi mais ou menos assim... – iniciou com um sorriso e os olhos brilhando, empolgada.

Sakura descobriu que teve uma aproximação bem rápida com Tsukimi, assim como aconteceu com Sasuke. Acabou conhecendo-a de um modo semelhante do acontecimento em seu quarto, ela estava no meio de um plantão no setor de pronto atendimento, quando a loirinha o invadiu em mais um passeio noturno não permitido pelo hospital.

Já com o moreno, ela descobriu que se eles conheceram por acaso, pois o primeiro contato foi feito quando a loirinha foi a sua procura em sua sala e acabou se deparando com o ‘’tio Sasuke’’ e a perna engessada.

—Quando eu estou com um de vocês dois, me sinto segura e feliz, porque me lembram dos meus pais. – disse com a voz arrastada.

No mesmo momento, a Haruno parou de brincar com a franja loira. Apesar de não a reconhecer como deveria, a declaração inocente carregada de manha era muito mais que familiar a ela.

O coração deu uma batida mais forte a fazendo se remexer sobre o colchão, sorriu enquanto envolvia o pequeno corpo num abraço apertado. 

~~*~~*~~*~~

Virou-se para o lado da esposa, esperando que o corpo dela se encaixasse no seu, na sincronia de um casal que dormem na mesma cama há muito tempo. Porém só conseguiu abraçar o ar e o choramingo de Shikadai foi transmitido pela babá eletrônica, que ascendeu a pequena tela.

O brilho bateu em seu rosto ao levantar o tronco e encarar o eletrônico.

—Temari? – chamou pela amada, sonolento. Apalpou o lado em que ela dormia e estava vazio. O choro do filho soou pela babá eletrônica. –O Shikadai está com fome. – resmungou.

O silêncio foi a resposta.

—Tema. – tentou uma segunda vez, aumentando a voz um pouco, mas o choro, um tanto quanto desesperado, do filho foi a resposta.

Respirou fundo e saiu da cama. Olhou para a pequena tela em que Shikadai aparecia em meio a um choro intenso com as curtas pernas esticadas pelo esforço que fazia.

Como se o sono estivesse evaporado de si, o Nara correu em direção ao quarto do filho. O choro desesperado era mil vezes mais alto lá dentro, e mesmo que ele não soubesse o motivo do chamado, se aproximou do berço com os braços prontos para acalentar a sua miniatura.

—O que houve, hum? – perguntou, acomodando Shikadai em seus braços. –Está com fome? Cólica? Ou está sujo? – apertou a parte de trás da frauda descartável.

As curtas pernas relaxaram, assim como os bracinhos. Shikadai foi se acalmando conforme ouvia a voz do pai.

—Vamos dar uma volta. – comentou, olhando nos olhos verdes, e o pequeno resmungou, manhoso.

Deu alguns passos até a cômoda, pegou a chupeta de dentro do pote em que era guardada e a deu para o filho.

—Parece que você está bem. Não está com fome, nem com cólica e muito menos sujo. Então quer dizer que algo te assustou? – disse sem esperar por respostas. –Ou você se sentiu sozinho?

Já estava do outro lado do quarto infantil, próximo ao ‘’canto da comida’’ do filho, lugar apelidado carinhosamente - é claro – pela amada esposa, apenas por ter um tapete circular com desenhos de animais da selva com babadores e uma cadeira de balanço no centro dele.

Somente pisou no hipopótamo, uma mania adquirida por não ter gostado do animal, que era o único segurando talhares. Shikamaru sabia que era tolice sua antipatia pelo desenho do hipopótamo, mas quando se dava conta, já havia pisado no pobre bichinho, que não tinha culpa de nada.

Saiu do quarto, andando com o filho nos braços pelo corredor. Desceu as escadas, tomando cuidada a cada degrau.   

—Sabe que não precisa se sentir sozinho, nem ter medo de nada. – voltou a falar quando pisou no chão.

Andou até pisar no tapete felpudo, que cobria toda a sala de estar, e parou ao lado do sofá-cama. As luzes da sala se ascenderam automaticamente.

—Mas se você se sentir assim pode chorar, como fez agora pouca, porque sua mãe e seu pai sempre aparecerão para te proteger. Estaremos sempre com você, filho. – disse e os olhos do Nara se arregalaram.

Um resmungo foi solto pelo pequeno.

—Tema.

Nenhuma explicação passou pela cabeça do Nara quando visualizou a esposa encolhida sobre o sofá aberto, dormindo profundamente. 

O cenho feminino franziu-se, incomodado pela repentina luminosidade. Abriu os olhos, tentando focalizar algo, e tendo a impressão de que ouviu a voz do marido.

—Tema.

—Hum? - sentiu o sofá afundar. –Shika, é você? – perguntou, virou a cabeça para a esquerda e tentou abrir os olhos.

—Sim, sou eu. Por que está dormindo aqui?

—Porque fiquei com preguiça de subir as escadas. – respondeu e virou o corpo para o lado do marido. –Deita aqui comigo, estou tão cansada. – e tornou a fechar os olhos. –Você tinha razão, o jogador era o culpado.

—E tenho mais razão ao dizer que devemos ir para o quarto.

—Está longe, vamos dormir aqui hoje.

O som abafado de algo se chocando contra o estofado do sofá soou para em seguida Shikadai soltar mais um de seus resmungos.

—Nosso bebê está aqui? Coloca ele aqui. – e deu dois leves tapas no estrito espaço entre eles.

Fez o que a Nara pediu a contragosto.

—Você acordou o papai, filho? – apesar de estar dopada de sono, Temari falou com a voz afinada e levou uma das mãos para a barriga do bebê. A risada infantil soou por toda a sala. –Ele brigou com você por isso? – começou a fazer um carinho. –É claro que não, né. O papai não brigaria com você, a preguiça dele não deixaria.

O dedo indicador da mamãe foi capturado pelas pequenas mãos de Shikadai, e o estofado do sofá se afundou mais um pouco.

—Eu ainda acho que devemos subir.

—Não seja chato, você já deitou. – a loira lançou um olhar irônico a ele. -Além do mais, está na hora do Shikadai mamar. – desfez algumas casas de botão do pijama de inverno e pegou o filho no colo. –Vamos papai, sente-se. Eu preciso de um apoio mais confortável do que o encosto do sofá.

Olhou para a esposa, abismado.

—Seu filho está com fome, e nem pensar que vou ficar segurando ele enquanto você conta carneirinhos, deitado.

Querendo evitar discussões no começo da madrugada, Shikamaru levantou o tronco e recostou-se no encosto. Logo em seguida, assistiu Temari se arrastar até sentar-se entre suas pernas, encostando as costas em seu tórax, passou os braços ao redor dela, pegando o filho enquanto ela abria a parte frontal do sutiã.

Mesmo assistindo o momento da amamentação todos os dias, em sua visão, o ato era indescritível, só sentia que era o homem mais feliz do mundo.

Os braços da loira ficaram em cima dos seus, ajudando-o a segurar o filho da forma que não engasgaria enquanto sugava o leite.

—Ainda bem que você está aqui, nos outros dias eu penei para me manter acordada. 

—Por que não me disse nada?

—Você chegava do trabalho tão cansado. Desculpa Shika. – a voz carregada de sono soava arrastada.

—Eu que peço desculpas por não perceber que estava deixando Shikadai só com você.

—Tudo bem. O meu trabalho é cuidar dele agora.

Estreitou-a entre seus braços, trazendo para mais perto de si, a ponto de encaixar o queixo na curvatura do pescoço dela.

—Não, Tema. Esse é o nosso trabalho. – deu ênfase ao pronome possessivo. –E para compensar, amanhã eu cuido de tudo e você só vai descansar. - depositou um beijo o ombro da esposa.

Não estava acreditando que quase chegou a se tornar um pai relapso. Após o feriado do ano novo, ele teve de voltar ao trabalho, pois sua licença era curtíssima comparada ao de Temari. E nos primeiros dias detestou passar mais tempo na delegacia do que em casa.

Porém, era o delegado, tinha a obrigação de se habituar novamente a sua rotina de longos plantões e agitação. Só não percebeu que se esquecia do segundo trabalho, o de ser pai e marido e acabava jogando as necessidades do filho todas para a Nara.

Beijou o ombro feminino novamente ao mesmo tempo em que acariciava a minúscula panturrilha do filho. A partir dali dosaria com mais precisão a sua rotina.

~~*~~*~~*~~

A mão de Tsukimi ainda estava gelada quando desceram do carro.

Naquela manhã de domingo, ela e Sakura brincaram na neve, como a última havia prometido na noite anterior, até próximo das dez, horário no qual foi combinado que iriam à casa da Haruno.

Ao saber do passeio a animação da loirinha se multiplicou, e agora, a rosada tentava não segurar a pequena mão com bastante força, já que Tsukimi observava a casa de cores marrom e pastel saltitando no lugar. Afinal, era a primeira vez que vinha à casa da adorada médica.

—Tsukimi se acalme, ou vai fazer a Sakura pular também. – advertiu Namie, achando graça da súbita agitação da menina.

—Eu acho que a Sakura ligou ela no duzentos e vinte. – Itachi comentou ao observa-la soltar-se e correr em direção da porta da casa.

Uma fina camada de neve cobria o curto caminho da calçada até a entrada da casa, que apesar de ter dois andares era pequena. E como qualquer outro bairro residencial de Konoha, muros, portões e cercas não existiam.

—Eu tenho um carro? – questionou, encarando um carro prateado estacionado ao lado da sua suposta casa.

—Por mais perigoso que seja, sim. – o moreno riu ao vê-la franzir o cenho em irritação.

—Só porque eu consegui minha habilitação depois de reprovar cinco vezes, não quer dizer que pode dizer isso. – resmungou e começou a andar. –Só não tenho muita prática. – murmurou, mas o casal ouviu.  

A Okada exigiu uma explicação com o olhar.

—Ela foi obrigada a tirar a carta pelo Kizashi-san e meu irmão quando fez vinte. Pelo o que Sasuke me contava, Sakura não via a necessidade disso, já que em Tóquio tem trem, metro e ônibus que vai para qualquer canto da cidade.

—Mas quando ela veio para cá...

—Foi a salvação dela, porque em Tóquio era meu irmão que a levava e a buscava do trabalho. O hospital onde Sakura trabalhava, ficava no caminho da empresa, mas tinha vezes que ela usava o transporte público. – abraçou a namorada de lado, começando a andar também. –Apesar disso tudo, Sakura dirigia melhor que muita gente com anos de volante.

A surpresa tomou conta da feição de Namie.

—Ela só reprovava, porque o instrutor tinha uma queda por ela.

—Itachi rápido! Eu quero entrar. – a Yamashita o chamou enquanto empurrava a porta, que estava trancada.

~~*~~*~~*~~

Parada no batente da porta que dava acesso a cozinha, Sakura passava os olhos verdes por cada canto do cômodo, tentando encontrar algo familiar. Porém, como aconteceu em todos os outros cômodos da casa, nenhuma recordação lhe veio à mente.

Pensou que algum flash aparecia em seus olhos quando olhou pela primeira vez a casa ao descer do carro, mas para sua decepção, foi apenas uma dor de cabeça repentina. Algo que ela vinha enfrentando desde que havia despertado e que Nishi-san lhe assegurou que era normal.

As provas de que morava ali foram o armário cheio de roupas brancas e a decoração de toda casa em cores alegres e suaves, mesmo assim não acreditava que viveu ali durante quase três anos. Pois ela tinha a certeza de que encheria a casa com porta-retratos e enfeites que a lembrariam de seus pais, dos amigos e principalmente de Sasuke, para não se sentir solitária, caso fosse morar sozinha.

Para seu espanto, só havia fotografias dos pais, amigos e da loirinha expostas em prateleiras na sala de estar, e nenhuma do noivo. O que aquilo queria dizer?

Quando subiu para o andar de cima, tentou não pensar na ausência de fotos de Sasuke, chegando a imaginar que as guardava no quarto. Afinal, o porta-retratos contendo a foto que tiraram no primeiro encontro como namorados tinha que estar no criado-mudo. Era uma lei.

Contudo, Sakura sentiu que seu coração custou a continuar batendo. O precioso porta-retratos não estava em lugar nenhum do quarto, a fazendo perceber que a relação com Sasuke era mais delicada do que havia deduzido.

A curiosidade brilhando nos olhos azuis de Tsukimi foi o que amenizou o momento, pois a loirinha sorria em empolgação a cada porta aberta, explorava cada novo cômodo apresentado como a típica criança de oito anos, vendo tudo, tocando em tudo.  

—Algum problema, Sakura? – a voz de Namie a fez desviar a atenção ao balcão, onde ela e Itachi estavam sentados. –Sente-se mal?

—Não. Eu estou bem. – respondeu prontamente enquanto que se aproximava do casal.

—Então o que foi?

Relaxou os ombros ao mesmo tempo em que suspirava com pesar. Ainda não havia completado uma semana desde que despertou, mas desejou voltar para o coma só para não enfrentar a situação confusa em que se encontrava.

Fixou os olhos na Okada e o desabafo lhe subiu a garganta. Contar ao casal de namorados o que vinha sentindo desde que abriu os olhos depois de três meses em coma era tentador e, ela sabia que se sentiria melhor, mas em seu estado atual, Namie era uma desconhecida. A Haruno estava insegura quanto a falar de seus problemas com ela.

E Namie percebeu o que se passava com a amiga.

—Não precisa se abrir com a gente, senão se sentir a vontade. – disse com um doce sorriso, após suavizar a expressão preocupada. –Só estamos preocupados com você. Posso não ser uma de suas amigas agora, mas eu ouvia cada desabafo seu quando você precisava ser ouvida nesses últimos anos. – pegou uma das mãos da rosada e a apertou, num sinal de apoio.

~~*~~*~~*~~

—Não fale besteira, você é muito forte Sakura. O sorriso que você tem é a prova disso, além do mais, você é uma flor de cerejeira, enfrenta um inverno lascado para florescer e deixa as pessoas admiradas.

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O gesto carinhoso da Okada trouxe um flash em sua cabeça. Não sabendo distinguir o que ele significou, apertou de volta a mão dela chamando sua atenção.

—Sasuke-kun e eu estávamos passando por problemas depois que vim para Konoha? – questionou.

—Por quê? – o moreno respondeu com outra pergunta. Primeiro descobriria o alcance da curiosidade da rosada para depois formular uma resposta razoável.

—Porque tinha que ter coisas e fotos dele nessa casa e até agora eu não vi nada. Até a foto do nosso primeiro encontro não está no meu quarto. – respondeu exasperada.

E assistir o casal trocar olhares rapidamente a alarmou, disparando seu coração.

—Sakura, quando você falou em problemas, eram de que tipo?

—Discussões, desentendimentos. Eu não sei, mas nosso relacionamento tinha murchado? Ele caiu na rotina? A gente pelo menos se suportava? – aflição tomou conta da feição feminina.

—Como qualquer casal, vocês se desentendiam. Antes mesmo de se mudar para Konoha, aconteciam brigas entre vocês.

—Isso não responde a minha pergunta, Itachi.

—Eu sei, mas se nós contarmos como vocês estavam...

—Eu não estou pedindo os detalhes, apenas as respostas das minhas perguntas! Poxa! Desde que acordei, tudo está uma bagunça na minha cabeça e, vocês sendo evasivos não estão ajudando. – desabafou com os olhos marejados.

A rosada apertou os lábios um sobre o outro, segurando o choro que subia a garganta. Como havia refletido na noite anterior, derramar lágrimas não a levaria a lugar algum.

O casal sentiu o desespero de Sakura nas palavras dela. Não era a intenção de eles negarem ajudar à amiga, que estava em uma situação tão delicada como aquela, pelo contrário, queriam contar toda a verdade, mas sabiam que isso complicaria ainda mais a mente de Sakura.

—O que você acha que acontecia entre vocês? – perguntou Namie.

—Eu só quero as...

—Nós sabemos, mas primeiro precisamos saber o que acha. – interrompeu. –Se acalma e nos conte. Sei que já pensou em algumas possibilidades.

Puxou-a pelo braço, num pedido mudo para que se sentasse no banco vazio na frente deles.

A rosada respirou fundo, tanto para tomar coragem para falar quanto para conter o choro.

—Acho que no dia em que fui baleada, Sasuke-kun e eu discutimos, coisa que acontecia com frequência, porque nosso relacionamento caiu na rotina pela distância e pelos poucos dias em que podíamos nos ver.

Lançou um olhar aflito ao casal que a encaravam fixamente com expressões preocupadas, não queriam mentir novamente como Naruto e os outros fizeram no hospital.

—De certa forma, você está certa. – confirmou Itachi.

Porém, senão fizessem isso, não teriam tempo para pensar numa explicação plausível.

—A relação de vocês deu uma esfriada depois que você começou a residência no hospital de Konoha, não brigavam toda vez que um visitava o outro, mas os desentendimentos ficaram mais constantes.

Os olhos verdes se arregalaram. Então sua suposição estava certa.

~~*~~*~~*~~

—Onde dói?

—Se eu te falar, você não acreditaria.

—Uau! Já começava a pensar que seu lado devassa tinha sumido.

—Pedidos de desculpas? Comece por você então, porque não fui eu que brincou com o amor por sete anos.  

—Errei no que Sakura? Se tudo que fiz foi por você em pedestal, protegendo-a de tudo e de todos como um bom namorado faz. Eu errei em ter te amado?

— (...) Mas você não precisa chorar Sakura.   

—Eu não sei o que deu em você, mas saiba que você estragou tudo como sempre.

~~*~~*~~*~~

Fechou os olhos com força, sentindo pontadas atingir sua cabeça, bem próxima ao machucado com os pontos recém-tirados.

—Sakura? – a Okada a chamou, soando receosa.

—Minha cabeça dói muito. – resmungou.

—Vamos embora. – e o moreno se colou de pé.

Era a segunda vez que flashes apareciam diante de seus olhos naquele dia. As imagens desconexas não faziam sentindo para Sakura, que a cada fala ecoando pela cabeça, esta latejava em pura dor, a única coisa que conseguiu foi reconhecer a voz de Sasuke.

Seriam lembranças?

Respirou fundo no intuito de amenizar a dor na cabeça. 

—Você está bem, tia Sakura? – Tsukimi apareceu em seu campo de visão com preocupação estampada no rosto de traços angelicais.

—Ela vai ficar, só precisamos ir para casa. – respondeu Namie enquanto oferecia um comprimido branco à amiga. –Você já viu tudo?

—Faltou os fundos, mas posso ver outro dia. A tia Sakura precisa descansar. – disse ao assisti-la tomar o remédio para aliviar a dor na cabeça. A loirinha sabia mais que qualquer pessoa a sonolência que aqueles remédios causavam.

—Certo, então vamos. – a Okada disse, colocando a bolsa no ombro.

A Haruno respirou fundo novamente, suportando as pontadas que recebia por todo o lado direito da cabeça. Sua mão foi capturada por uma menor e mais macia.

~~*~~*~~*~~

Na varanda de uma casa próxima, os dois moradores acompanhado de uma visitante, assistiam o carro prateado passar pela rua pouco movimentada, até desaparecer ao virar a esquina.

—Nós deveríamos ter ido lá. – comentou uma dos rapazes. –Nem que fosse para um rápido ‘’oi’’.

—Nem pensar, o Itachi me reconheceria e perguntaria o que estamos fazendo juntos.

—Medrosa! É só falar que não é da conta dele. – e mordeu o biscoito que já estava na metade. –Até parece que ele desconfiaria de algo.

—Ele não desconfiaria. – afirmou uma segunda voz masculina.

—Que seja! Mas vocês perderiam tempo indo lá.

—Por quê?

—Soube que a ‘Bela Adormecida’ acordou com amnésia.

—De onde você consegue essas informações? – perguntou o primeiro, curioso.

—Eu tenho algo que vocês não têm, e se chama contatos. – e sorriu de maneira arrogante.

—Traduzindo: ela transou com algum técnico de enfermagem do hospital.

Os dois rapazes riram.

—Pelo menos eu fiz algo que preste, ao contrário de vocês que não fazem nada! – exclamou enfurecida. –Aposto que se esqueceram do motivo de terem vindo para cá.

—Pela ótima remuneração, é claro. – disse sarcástico ao pegar outro biscoito.

—Como se vocês precisassem de dinheiro! – a mulher exclamou para em seguida bufar, irritada. –O diploma da faculdade já traz isso!

—Queria que você estivesse certa, mas infelizmente o mundo não é assim. – o outro rapaz contrapôs. –E você sabe que Keita e eu sermos chamados para darmos aula aqui ano passado foi pura coincidência, e porque precisávamos de dinheiro.

Um grunhido raivoso escapou da única mulher.

—Odeio quando vocês são cínicos.

—A rodoviária não é longe daqui, se está incomodada nós não vamos impedi-la de ir embora. – comentou maldoso, após engolir o biscoito. O que arrancou uma risada anasalado do outro.

—Chega! – levantou-se num pulo. –Hoje vocês estão impossíveis. – virou sobre os calcanhares, pronta para entrar na casa. –Espero que guardem um pouco dessa animação, porque vamos dar início ao plano B.

~~*~~*~~*~~

Na região mais afastada da agitada Tóquio, um bairro com características americanas foi construído. Eram muitos metros quadradas para cada casa, logo, baixas cercas circundavam o entorno dos lares, deixando somente a parte da frente sem elas. O típico gramado também marcava presença antes das portas de entrada das casas.

O menino de cabelo dourado corria entre risos e gargalhadas atrás de uma menina, três anos mais nova que ele. O peculiar cabelo branco dela fazia com que as pessoas pensassem que era albina, mas era apenas uma rara herança sanguínea.

—Naruto não me pega! – cantarolou a mais nova, já encostando a pequena mão na ameixeira plantada ao lado da grande casa amarela.

Porém, o último passo da menina foi interrompido pela raiz da árvore.

—Ai! - exclamou ao sentir o impacto contra o chão.

—Tomoka! – o loirinho apressou os passos ao olhar para os joelhos avermelhados. –Você está bem?    

—Não. – respondeu chorosa e esticou as mãos com as palmas viradas para cima, mostrando que também estavam vermelhas.

O loirinho agauchou-se na frente dela.

—Você tem que tomar mais cuidado. – disse para em seguida assoprar as os leves machucados das pequenas mãos. –Pararão de doer. – e começou a assoprar os joelhos.

Cair sobre a grama não causava ralado como acontecia no concreto ou na terra, mas para uma criança de cinco anos, qualquer tombo que levasse iria doer e machucar.

—E se não parar? – perguntou depois de olhar os próprios joelhos.

—Eu vou cuidar de você até parar, oras. – e sorriu com toda a inocência de criança.

—Promete? – inqueriu, levantando o dedo mindinho.

—Prometo.

A careta de choro já não estava mais no rosto da menina.

—Tomoka! Naruto! Entrem, os cookies estão prontos. 

====/====/====

Era o primeiro dia das férias de verão. O menino corria animado pela calçada, indo em direção à casa ao lado.

—Namie. – chamou pela irmã mais velha de Tomoka, mesmo estranhando por encontra-la ali naquela hora da manhã, pois a mais velha sempre dormia até a hora do almoço quando entrava de férias.

—Oi, Naruto. – a expressão tristonha da garota chamou sua atenção.

Passou os olhos azuis ao seu redor e se deparou com um caminhão estacionado próximo de onde estavam. Reconheceu a mesa de jantar e o sofá que ele via na casa das Okadas.

—Por que as coisas de vocês estão dentro do caminhão? – perguntou surpreso.  

—Porque vamos nos mudar. – falou com pesar com o olhar fixo na casa amarela.

—Por quê?

—Meu pai foi transferido para Hiroshima.

—Tas ferido? – franziu as sobrancelhas em confusão. –Ele está bem? Se machucou muito? – os olhos do loirinho se arregalaram quando a palavra: FERIDO, fez sentido em sua cabeça. -Vocês vão para Hiroshima com ele ferido?

Namie não conteve a risada.

—Nada aconteceu com meu pai, Naruto. Ele só foi trans-fe-ri-do. – falou pausadamente. –Quer dizer que ele terá de trabalhar em outro lugar.

—Mas vocês vão voltar né?

A expressão tristonha de antes voltou para o rosto de Namie.

—A Tomoka está nos fundos, vai lá. – desconversou após soltar um suspiro. Mudar de cidade era a última coisa que ela queria fazer.

Naruto assentiu com a cabeça. O jantar que a família Okada fez há dois dias, as palavras de despedida e de apoio que os vizinhos dedicavam aos progenitores de Tomoka e a agitação que a casa amarela estava durante os dois dias agora faziam sentindo para ele.

Aproximou-se da menina sentada na espreguiçadeira em posição fetal.

—Naruto. – cumprimentou primeiro com a mesma expressão triste da irmã. –Mamãe falou que não vou poder mais brincar com você. – disse, encostando o queixo nos joelhos.

—Não é fim do mundo Moka-chan. – a chamou pelo apelido carinhoso que ele lhe deu.

Onee-chan e eu não queremos ir. Quero ficar aqui com você. - e fez um bico manhoso.

—O tio e a tia não vão deixar, você tem que ir. – disse, sentindo que a animação de momentos atrás desaparecia.

—Eu não quero. – resmungou e as primeiras lágrimas escorreram pelas bochechas coradas.

Naruto apenas se acomodou de frente para ela na espreguiçadeira.

—Não chora. – pediu. –Quando vocês chegarem lá, meus pais e eu podemos ir visitar vocês, nas outras férias também podemos nos ver. – disse, na tentativa de fazê-la parar de chorar.

—Verdade?

—É claro!

—Você promete?

—Se você não chorar mais, eu prometo.

—E também promete que quando formos grandes vamos ficar juntos para sempre? – os olhos vermelhos o encaravam em expectativa.

No entanto, as sobrancelhas loiras se juntaram em confusão e as bochechas com marcas de nascença fofinhas ficaram da cor de um tomate maduro.

—Moka-chan, você está falando em casamento? Não acha que somos novos demais para falar disso?

—Você não gosta de mim! – exclamou, voltando a chorar.

—Não! Não é isso. Eu gosto muito de você.

—Então promete que vamos ficar juntos para sempre!

O loirinho se questionava se a menina sabia o real significado daquelas palavras.

—Promete Naruto! – exigiu e, no segundo seguinte, ele engoliu em seco.

—A gente vai se ver sempre, Moka-chan.

O bico manhoso de Tomoka era a ameaça de que ela abriria a berreiro.

—Você não gosta de mim! – falou novamente com a voz chorosa.

—Tudo bem! – elevou a voz um pouco. –Eu prometo que vamos ficar junto, mas não chore mais. – disse, soando derrotado.

Levantou o dedo mindinho, que logo Tomoka uniu com o seu, sorrindo.

—Agora vem, vou te ensinar a pular corda. – e estendeu a mão para ela, mas a menina foi mais rápida e se atirou para cima dele, abraçando-o.

—Não se esqueça da nossa promessa, senão você vai beber mil agulhas*.

~~*~~*~~*~~

Despertou em um pulo, passando os olhos ao seu redor, tentando se situar. Contundo a energia luminosa das lâmpadas automáticas lhe dizia que havia pegado no sono até o anoitecer e que poderia se atrasar para o jantar, algo que irritaria a adorável noiva.

Respirou profundamente e pôs-se de pé. Desligou o monitor com uma mão e com a outra puxou o cachecol depositado sobre o descanso de braço de sua poltrona.

Dentro de sua cabeça, a recordação de vinte anos atrás passava novamente.

Vestiu o grosso casado e começou a andar em direção da porta. Estava feliz, agora sabia que a sensação de familiaridade com o sobrenome OKADA não era mais abstrata, e que Tomoka não era uma stalker.


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Notas finais do capítulo

Momento referência: quando a Tomoka falou ''mil agulhas'', ela tirou de uma cantiga japonesa que as crianças fazem ao prometer com o mindinho. Caso você quebre a promessa, terá de tomar mil agulhas. xD Fiz isso muitas vezes com a minha vovó
Então... deixa eu explicar o que eu mudei em NaruHina. Era para eles romperem o noivado com a revelação da Tomoka, mas percebi que isso aconteceria com namoros de adolescentes imaturos. Naruto e Hinata são adultos e maduros o suficiente para enfrentar essa fase sem separação... (e também não aguentaria escrever mais um rompimento.. x.x)
Não tivemos um momento SasuSaku, mas momentos Tsukimi e Sakura tivemos aos montes!! O que acharam??
Fiquei com saudades de ShikaTema, então espero que tenham curtido. *--*
E para compentar, ainda tivemos mais algumas meias verdades de Itachi e Namie, e um flashback... quanto acontecimentos!! Esperando vocês nos reviews.. Beijos... Até mais tarde...



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