Soba Ni Iru Né... escrita por JúhChan


Capítulo 41
Capítulo quarenta e um – Bem-vinda do coma


Notas iniciais do capítulo

Olá?
Será que ainda tem gente aqui?? =P
Bom, a primeira atualização do ano e espero que vocês curtem os três capítulo que serão postados ao longo do dia, é uma forma de me desculpar pela demora. Me perdoem.
Boa leitura!! ô/ Até lá em baixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/402418/chapter/41

—Ainda não entendi o motivo de eu não poder voltar para Tóquio. – resmungou. –Lá têm mais especialistas...

—Foi uma recomendação médica, querida. – Kizashi a interrompeu. –Além do mais, Nishi-san acredita que se você ficar em Konoha, suas memórias podem retornar mais rápido.

—Eu discordo, tenho que ficar perto da minha família, amigos e noivo para isso acontecer mais rápido. – contrapôs, lançando um olhar irritado ao progenitor, que estava atrás do volante.

—Está bancando a chata só por que Sasuke não foi busca-la? – Mebuki assistiu a filha cruzar os braços. –Sério mesmo? – perguntou fingindo incredulidade. –Tudo bem. – suspirou em derrota para em seguida abraça-la. –Nós deixaremos você brigar com ele quando chegarmos, mas fique sabendo que nós pedimos para fazermos isso.

—Precisávamos de um tempo somente com você. – completou o Haruno, direcionando um terno sorriso à filha pelo retrovisor.

—Esses rostos cansados dão a entender que vocês não me viam há tempos. – a rosada comentou, sentindo os braços em volta dela se apertarem.

—Para pais que viram sua única filha em coma por três meses é muito tempo.

—Mas vocês me viram.

—E somente isso enquanto sentíamos tanta coisa. Quando você for mãe, entenderá do que estamos falando, Sakura. – disse Mebuki com a voz embargada. –Nós sentimos tanta a sua falta! – murmurou.

Apesar de pensar que seus progenitores estavam exagerando, as últimas palavras da mãe tocaram o seu íntimo de uma forma tão chocante que Sakura só pôde corresponder ao abraço fortemente.

~~*~~*~~*~~

—Aguente só mais um pouquinho, está bem? Seu pai logo saberá de você e vai ficar muito feliz, assim como eu.

E uma imagem da própria barriga surgiu.

~~*~~*~~*~~

—Filha? – ouviu a voz de sua mãe ao longe. –Sakura.

—O quê? – piscou os olhos consecutivamente, despertando do estranho devaneio.

—Está tudo bem? – perguntou Mebuki já do lado de fora junto de Kizashi.

Sentiu uma pequena pontada na cabeça e respirou profundamente para amenizar a dor. Aquilo não era uma lembrança, era somente seu desejo de ser mãe aparecendo em um momento inoportuno por causa da declaração do pai.

—Filha? – dessa vez foi seu pai que a chamou.

—Estou indo.

—Realmente se sente bem? – questionou, preocupado pela palidez repentina da filha.

—Claro. – respondeu rapidamente para fechar a porta do veículo.

—Se sentir alguma coisa nos diga, ouviu?

—Foi só uma pontada, o que venho sentindo desde que acordei. – deu de ombros.

—Apenas por precaução, filha. – o Haruno pediu.

A rosada não chegou a responder nem mesmo algum gesto, apenas passou os braços entre os dos progenitores e os puxou para andar.

A casa de Namie era grande para acomodar quatro pessoas. Sim quatro, pois Tomoka resolveu viver com a irmã mais velha ao retornar da Europa, Itachi havia sido intimado a morar ali a partir de setembro do ano passo e Tsukimi – a mais nova morada – passou a viver ali após sair do período de isolamento.

O casal se responsabilizou de cuidar da menina até que a assistente social conseguisse convencer algum parente por parte materna dela a aceitar a guarda ou que alguém da parte paterna fosse localizado. Porém, o Uchiha e a Okada acreditavam veemente que o orfanato seria o destino da adorável e manhosa criança, visto que nenhum progresso aconteceu.

A porta foi aberta, fazendo com que os três pares de olhos se desviassem para lá.

—Tia Sakura! – exclamou Tsukimi com um sorriso contido, hesitante.

—Bem-vinda de volta. – a pequena Hyuuga saudou na fala enrolada.

Um sorriso se formou nos lábios da rosada, encantada pela recepção das duas crianças.

—Namie-san disse que depois do almoço pode brincar na neve. Você está convidada. – a loirinha disse e se aproximou da médica, um pouco hesitante.

—Faremos o maior boneco de neve, está bem? – e piscou o olho esquerdo. –Agora vamos entrar. Está frio.

As duas meninas dispararam na frente dos três enquanto que eles andavam calmamente até a porta.

—Sinceramente, eu achei que ela ficaria quieta ou choraria. – comentou Tenten próxima a porta de entrada.

—Ainda bem que você nunca acerta em seus achismos. – e desfez o entrelace dos braços para abraçar a amiga. –Fico muito aliviada em não vê-la chorando. Apesar de não me lembrar dela, a sensação de ter feito algo ruim à Tsukimi me incomoda demais.

—Relaxa, logo você se recorda dela. Mas vamos entrando, o pessoal está com fome. – apressou os recém-chegados a tirarem os sapatos mais de pressa.

Para tirar os casacos também foram apressados, ainda mais quando o estômago da rosada produziu um barulho um tanto quanto alto, deixando-a sem jeito.

Porém o constrangimento sumiu na mesma rapidez em que apareceu, já que Tenten os guiou até a sala de estar, onde todos se encontravam conversando ou cuidando dos filhos sob uma enorme faixa com os dizeres: SAKURAS NÃO DORMEM POR TANTO TEMPO ASSIM, ENTÃO LARGUE DE SER PREGUIÇOSA, com balões coloridos em alguns cantos.

—Que mensagem mais tocante. – comentou sarcástica.

—É que queríamos ser diferentões. – a Yamanaka explicou antes de abraça-la.

—Escrever a mesmice de sempre daria a impressão de algo certinho, até mesmo formal, sabe. – completou Itachi, levando o segundo salgadinho à boca.

—Onde foi que você pegou isso?

—Na cozinha. – deu de ombros.

—Não é para eu comer o primeiro salgado? – questionou, assistindo as sobrancelhas do cunhado se arquearem. –Já que a festa é para mim...

—Não se ache a última bolacha do pacote, dona Sakura.

Aquela voz era muito familiar para a Haruno, que rapidamente passou os olhos por toda a sala, ignorando até mesmo o Uchiha mais novo, que observava as meninas montando um quebra-cabeça, parando-os no cabelo ruivo.

—O que você está fazendo aqui? – estava pasma. –A última vez que nos encontramos foi na formatura da sua turma.

—Eu disse que devíamos ter ido visita-la no hospital. – resmungou Karin e estapeou Suigetsu, que estava sentando logo ao lado.

—Culpe o nosso filho. Ninguém mandou ele ficar resfriado.

O cenho de Sakura se franziu em confusão.

—O mundo é pequeno. Quando você veio para cá, nos encontramos em uma palestra e nos reaproximamos. A propósito, este é Yuuta, meu filho com aquele branquelo ali. – e apontou com o queixo o Hoozuki, após entregar o pequeno nos braços da Haruno.

—Ei! – protestou. –Mas é muito bom vê-la acordada de novo, Sakura.

—Obrigada...

—Hoozuki Suigetsu.

Riu levemente agradecida pela apresentação. Um resmungo chamou sua atenção e abaixou a cabeça, se deparando com um par de olhos de cores distintas.

—Uau. – surpreendeu-se. –É um prazer imenso conhecer você! – disse com um doce sorriso.

Assim como fez com Shikadai, trouxe o embrulho para mais perto de si e inalou o cheiro delicioso de bebê.

—Com certeza você acabou de mamar. – comentou, e soando como uma resposta, Yuuta soltou um agudo grito, fazendo todos dar risada.

As pernas curtas e gorduchas se agitaram quando o pequeno conseguiu capturar uma mecha do cabelo cor de rosa, que a puxou enquanto soltava gostosas gargalhadas.

—Acho que ele te reconheceu.

—Como?

—Durante a minha gravidez, você conversava com ele e chegava a ficar horas alisando a minha barriga. – riu ao recordar-se das caras e bocas que a amiga fazia toda vez que sentia o filho se mexer. –O Suigetsu não foi o segundo a sentir Yuuta chutando, mas sim você. Quando nós íamos visita-la no hospital, eu colocava o Yuuta em cima de você para te incentivar a acordar. – contou emocionada. –Só o monitor cardíaco marcava um pico em seus batimentos, nada mais que isso. – e a abraçou, tomando cuidado para não esmagar o filho entre elas.

—Sério? – perguntou com a visão embaçada.

—Sim. – assentiu. -Nossa! Você não sabe o quanto me preocupou. – falou em um tom apenas para a rosada ouvir. –Francamente! – exclamou, fingindo estar brava.

—Karin, assim nós todos ficaremos com ciúmes. Acho que você pode solta-la. – manifestou-se Namie ao perceber que os olhos da ruiva brilhavam.

—Ah! Me deixa! – desfez a abraço, resmungando.

O barulho constrangedor vindo do estômago de Sakura soou novamente, cortando o clima da sala.

—Vamos comer pessoal. A Sakura não vê a hora de colocar algo mais sólido do que purê de cenoura na boca. – a dona da casa falou.

O que causou uma onda de risos nos adultos, que já se encaminhavam à cozinha entre curtas conversas e sorrisos pela alegria em ver a amiga rosada fora do hospital.

Sasuke, após os chamados insistentes de Tsukimi e Akemi, se levantou e começou a andar, mas ao dar cinco passos, foi impedido de continuar por Sakura, que lançava um olhar intenso a ele.

Por um momento, o Uchiha pode visualizar somente o aborrecimento nos olhos verdes, fazendo-o com que suspirasse, ainda não sabia exatamente como agir ou o que fazer na frente dela.

—Esperei você aparecer no hospital nesses últimos quatro dias e pensei que iria me buscar com os meus pais. – começou. –Mas você... – foi interrompida.

—Desculpe, tive muito trabalho nessa semana. – desculpa que era verdadeira, pois a forma que deixou a empresa no dia em que a rosada despertou, atrasou todo o seu cronograma da semana. –E seus pais pediram.

—Eu sei, eles me falaram. Não queriam que eu ficasse brava com você. – encurtou o espaço entre eles, encarando a expressão séria no rosto masculino.

Fixou o seu olhar no dele e torceu para ver o brilho de adoração que sempre via ali, mas decepcionou-se pela segunda vez naquele dia ao perceber que o brilho havia sumido.

—E eu não estou brava, só estranhei as suas atitudes. O que houve Sasuke-kun?

Assistiu-o desviar o olhar para o chão sem nenhuma resposta. O coração da Haruno falhou uma batida quando sua mente trabalhou numa possível resposta ao seu questionamento. Talvez, no dia em que ela foi baleada, eles haviam se desentendido e por isso Sasuke está tão distante de si; ou ele espera um pedido de desculpas ou se culpa de alguma forma por ela ter sido acertada por uma bala. 

Os ombros levemente tensionados evidenciava a apreensão do moreno.

—Vou respeitar o seu silêncio, mas uma hora você pode me falar o que aconteceu para ter ficado distante? Foi algo que eu fiz antes de entrar em coma? – perguntou nervosa e levou as mãos ao rosto do Uchiha, tocando as laterais.

As dúvidas da rosada possuíam um toque irônico, mesmo que não fosse intencional, e o moreno cogitou em contar tudo a ela. Porém, conteve a vontade ao sentir a respiração quente de Sakura bater em seu queixo.

Sasuke sabia o que viria em seguida. Aquela sutil aproximação era feita toda vez que a rosada queria um beijo ou atenção. Encara-lo fixamente e segurar o seu rosto era uma das táticas que ela sempre usava.

A viu fechar os olhos já com cinco centímetros os separando.

—Se eu te contar, estarei desrespeitando as recomendações do seu médico. – foi evasivo, desvencilhando-se das mãos femininas e continuou o caminho em direção à cozinha.

Provavelmente, o numeroso grupo que estava lá já havia dado a falta de ambos e, também, tinha a total certeza de que havia a magoado.

Entrou no cômodo lotado com a careta de choro de Sakura, a mesma de quatro dias atrás, povoando sua mente e foi com muita culpa que se sentou ao lado de Naruto. Agora, Sasuke sabia que não conseguiria seguir ao conselho do irmão mais velho, não até organizar sua cabeça e descobrir o que queria.

~~*~~*~~*~~

Colocou o último tipo de sushi sobre o prato, pensando se realmente aguentaria comer tudo que tinha ali. Em sua temporada na Europa, Ino decidiu esquecer-se da dieta imposta pelo nutricionista e voltar a pesar normalmente da maneira mais deliciosa: comendo tudo o que gostaria, sem exageros e praticar exercícios físicos.

Porém, ainda era um pouco complicado preencher todo o espaço do prato e comer tudo.

O próprio corpo havia se adaptado a quantidades mínimas de alimento, então ela se sentia cheia, a ponto de sua barriga parecer pesar muito, mas a estranha sensação era ignorada logo em seguida junto com a ideia de forçar um vômito, pois a loira tinha consciência de que todo seu esforço estava valendo a pena e que aos poucos ela superava a bulimia.

Sua pela macia e seu cabelo brilhando como antes eram as provas de que sua decisão estava correta.

Levava o onigiri*- já na metade - à boca quando sua atenção, assim como a de todos sentados à mesa, foi desviada ao Uchiha, que se acomodava ao lado do Uzumaki com uma feição nada agradável.

O cenho franzido e a mandíbula apertada inconscientemente demonstravam o quanto o amigo estava perturbado. A situação dele com a rosada estava longe de ser resolvida, tanto pelo acontecimento de três anos atrás quanto a amnésia parcial dela.

E a entrada da amiga na cozinha minutos depois comprovou o pensamento da loira: Sasuke ainda não sabia lidar com Sakura, o que acaba a magoando pelo modo distante e indiferente que ele a trata. Com toda certeza, a Haruno se encontrava numa condição pior que a sua.

Baixou o olhar para o próprio prato, desanimando-se por pensar em Gaara, já fazia muito tempo desde a última conversa que tentou ter com ele. Em janeiro, logo que retornou da Europa, encorajou-se para mais uma tentativa, mas a coragem sumiu quando estava se arrumando, afinal aparecer no escritório do ruivo e dizer que havia mudado não o traria de volta, terei de provar com atos para assim pedir uma segunda chance.

—Você está levando a sério mesmo hein, Ino. – comentou Temari ao vê-la pegar novamente um sushi de cada sabor.

—Eu falei que a França me mudou. Recuperei boa parte da gordura essencial. – sorriu empolgada, jogando as lamentações envolvendo o Sabaku para longe de sua mente.

—Deu para perceber. – Tenten comentou assistindo-a comer o sushi de ovo.

—Ainda falta muito para voltar ao peso normal, mas até a primavera eu garanto que estarei totalmente recuperada.

—Nós continuaremos apoiando você, né Shikadai? – e balançou o bebê conforto, onde o pequeno dormia o seu quinto sono. –Desculpe, ele só responde quando assisti a tia Ino dançando zumba.

Risadas soaram por toda a mesa.

—Então você está frequentando a academia? –questionou Hinata.

—Cinco vezes por semana, ou com a Tenten ou Temari.

—Por que não me chamaram? – fez uma expressão de tristeza.

—A tia Hina fica até o final da tarde na escola, não tem como a mamãe te chamar. – a pequena Hyuuga respondeu. –Desculpa. – pediu após encara-la.

—Tudo bem Akemi-chan. Eu não estou triste de verdade. – direcionou um doce sorriso à menina.

—A tia Hina pode ir a partir do mês que vem. – completou Tenten, levando um pedaço de peixe à boca da filha.

Os olhos perolados de Akemi brilharam em alegria enquanto que assentia com a cabeça.

—Então você escolhe: três dias fazendo circuitos com a Tenten ou pilates comigo.

—Não se esqueça de que você pode fazer esses dois comigo e ainda a zumba. – falou Ino animada, remexendo os ombros. –Assim você ficará maravilhosa para seu casamento.

—Verdade! – exclamou Tenten. –Acabei de ter uma ideia. Vamos levar todas as mulheres que estão nessa mesa à academia.

—Se você está falando sério, eu vou me animar. Preciso consertar a minha barriga. – disse a ruiva e apalpou o extra de gordura do abdômen, sequela por ter gerado Yuuta.

—Por outro lado, eu prefiro ficar em casa nesse frio, de preferência dormindo na minha cama. Nem sonhando que vou encarar uma academia.

—Não diga isso, Namie. Imagina você ficar gostosa para o moreno aí, eu acho que ele pediria você em casamento. – falou Temari.

—Pior ainda. Daí, a gente casa, eu volto para a minha vida sedentária e ele percebe que só fez o pedido, porque eu estava com tudo no lugar? Não, obrigada. O Itachi tem que me amar na minha forma mais natural possível.

Mais risadas preencheu a mesa.

—Boa sorte em convencer a Namie a subir numa esteira. Se vocês conseguirem, levo todo mundo para o Caribe na próxima temporada de férias. – prometeu, tendo a certeza de que a namorada nunca seria convencida a pisar numa academia.

—Fique sabendo que hoje você vai dormir no sofá. – a Okada esbravejou, e em resposta recebeu um sorriso desafiador do namorado. –Usando o meu sonho de visitar o Caribe desse jeito, faço greve até o verão!

—Não se irrite assim, Namie-san. Leve a promessa de Itachi-san como um incentivo.

—Não dá Hina. Só de pensar em exercícios físicos e suor me cansa. Olha. – apontou para o antebraço esquerdo. –Me arrepiei. – e riu, sendo acompanhada pela maioria dos presentes.

—Tudo bem, a gente deixa a Namie de fora, mas a Sakura não escapa. – falou Tenten, lançando um olhar mortal à amiga, que até aquele momento comia em silêncio sentada ao lado da progenitora, somente ouvindo o diálogo.

—É. Não vá usar a desculpa de que acabou de acordar do coma, porque vamos fazer essa bunda ficar dura de novo. – a Yamanaka decretou empolgadíssima. Sentindo que seu espírito eufórico retornava. 

O que ninguém previa era que Sasuke subitamente começasse a tossir, atraindo a atenção a ele.

—A aprovação do teme vocês já têm! – provocou Naruto, batendo levemente nas costas do amigo. As bochechas de Sakura coraram no mesmo segundo. –Se as garotas estão se cuidando, acho que nós também devemos fazer o mesmo, rapazes. Por exemplo: voltarmos a jogar basquete, agora que temos o Itachi, o Suigetsu e o tio Kizashi.

—Por favor, Naruto, não nos inclua nisso. – pediu o Haruno. –Acho que não tenho mais a disposição para acompanha-los.

—Concordo. A correria do restaurante já está de bom tamanho para nós. – falou Mebuki.

—Então vamos voltar a comer whey e malhar. – lamentou o loiro para em seguida soltar uma risada.

Era claro a brincadeira nas palavras do Uzumaki, já que os homens sentados à mesa estavam em forma. Poderiam ter perdido o costume de se exercitarem regularmente e a culpa estava no dia a dia cansativo que levavam por conta de seus respectivos trabalhos, mas também o período de inverno não era favorável para práticas esportivas.

—Menos Naruto. Vamos nos contentar com a academia, mas, como a partir do mês que vem a temperatura aumenta partidas mistas de vôlei lá em casa podem acontecer. – convidou Gaara, encarando fixamente o cabelo loiro de Ino, que estava sentada a sua frente.

Sua irmã havia lhe contado que a loira retornou da Europa decidida a superar a bulimia, mas na época ele desacreditou, pois pensava que era uma promessa da boca para fora, como todas as outras foram, o que o deixou decepcionado mais ainda. No entanto, ao vê-la saudável naquela semana, a vontade de abraça-la tomou conta de si.

Ele sabia que estava sendo inflexível, beirando ao orgulhoso em não reatar o namoro com a Yamanaka afinal, ambos se amavam e deve ter sido difícil para ela os últimos meses. No início, estava muito bravo com ela, chegando ao ponto de ignorara-la completamente, porém com o passar do tempo foi se acalmando até que só restou a decepção. Que também foi sumindo com o que a irmã lhe dizia sobre a situação de Ino.

De certa forma, Gaara havia a perdoado no momento em que a assistiu, discretamente, comer tudo o que havia posto no prato por duas vezes. Um verdadeiro avança para alguém como a loira.

Para esconder um pequeno sorriso em seus lábios, o Sabaku levou o copo de refrigerante à boca e esticou o outro braço em direção ao prato de salgadinhos posto a sua frente.

O que ele não imaginava era que dedos finos segurassem o lado aposto do mesmo salgadinho em que os seus estavam encostados, e para completar a situação era o último. Desviou o olhar para frente ao mesmo tempo em que depositava o copo de volta a mesa e recolhia o braço.

—Pode ficar. – disse ao cruzar os seus olhos verdes nos azuis de Ino.

Um meio sorriso foi a resposta.

—Obrigada. – e pegou o salgadinho.

Outra ação que não passava pela cabeça de Sabaku era ver a Yamanaka partir o pedaço de massa frita recheada com frango ao meio e estender uma das partes a ele. 

—Não precisava fazer isso, Ino. – falou, mas aceitou.

—Só come, tá legal? – contrapôs. –Sobrancelhas invisíveis. – sussurrou com o olhar fixado no cento do prato enquanto que o meio sorriso de antes crescia nos lábios.

 ~~*~~*~~*~~

Após uma ‘’discussão branca’’ ente Namie e Itachi, os rapazes acabaram ficando com a organização pós-almoço entre suspiros, reclamações e xingamentos ao Uchiha mais velho por ter perdido na famosa disputa de jokenpô *. Somente o senhor Haruno foi dispensado da tarefa e o grupo feminino se acomodou na sala de estar junto das crianças.

Sakura com a curiosidade duplicada pela conversa que ouviu em sua primeira refeição de verdade desde que havia despertado, foi logo perguntando sobre o casamento do casal Uzumaki. Hinata – corada – disse que estava muito feliz, pois finalmente usaria a aliança dourada no anelar esquerdo dentro de alguns meses.

Entretanto, o desabafo de Ino surpreendeu a rosada, que depois de ouvir o planejamento da festa de casamento da morena, desviou o olhar para a loira, já exigindo uma explicação para PESO NORMAL. Algo que ela se arrependeu no minuto seguinte, porque soube do distúrbio alimentar que a Yamanaka desenvolveu, e que ele foi o motivo principal do término do namoro dela.

No meio do relato, lágrimas desciam pelos cantos dos olhos azuis, e não demorou muito para que a Haruno deixasse as suas lágrimas escorrem pelo rosto também. 

—Eu sinto muito. – falou pela quinta vez enquanto fazia um cafuné no cabelo loiro.

Estavam abraçadas por um bom tempo, uma acalmando a outra.

—Você não tem culpa, Sakura. Foi um descuido meu.

—Mas eu sabia? – perguntou.

—Preferi não contar a você, porque não queria preocupa-la com os problemas que eu mesma criei e, porque andei meio distante de você nos últimos meses em que estava acordada.

—A gente tinha brigado? – a possibilidade de ela ter se desentendido com a maioria dos amigos antes do período de coma passou pela sua mente, a deixando temerosa.

—De certa forma sim.

A resposta da loira era a última que queria ouvir.

—Por quê?

—Não quero falar sobre isso, testuda. Foi algo que já passou, não importa mais. Eu já te perdoei. – falou com a voz embargada, mas um sorriso terno apareceu nos lábios da Yamanaka, impedindo-a de chorar novamente.

—Ah Ino! Mesmo assim, me desculpe. – falou apenas para a amiga ouvir e apertou o abraço.

—Já disse que a desculpei há tempos, e eu queria contar o motivo da nossa briga, mas isso você se lembrará com o tempo. – contrapôs no mesmo tom da rosada.

Um suspiro pesaroso foi solto por Sakura.

—Hina-chan inclua máquina de lavar louça na nossa lista de casamento. – e os rapazes adentraram a sala de estar após o Uzumaki.

—Nós pedimos que lavassem a louça e não para tomarem banho. – comentou Temari, sendo a primeira a reparar que todas as camisas estavam molhadas em algum lugar.

—O Itachi é muito desajeitado. – protestou Naruto. –Para enxaguar, ele tem que molhar tudo ao redor. – e mostrou as mangas da camisa úmidas.

—Larga de ser fresco! Logo vai secar. – defendeu-se com uma expressão entediada.

Os seis homens suspiraram, dando de ombros e foram se acomodar ao lado de suas respectivas mulheres, apenas Gaara e Sasuke tiveram que se sentar sobre o tapete felpudo, próximos às duas meninas que brincavam com massinha de modelar.

—Com licença. – pediu Namie, após dar um selinho no namorado.

Um riso infantil soou ao mesmo tempo em que a Okada abria a porta que dava para o corredor.

—Ela vai fazer de novo né? – a loirinha perguntou enquanto ria e movimentava as pequenas mãos para fazer uma bolinha com a mão. Itachi apenas assentiu com a cabeça. –Tampe os ouvidos Akemi-chan. – avisou risonha.

Cenhos se franziram em confusão e olhares indagadores foram lançados ao namorado da dona da casa, mas antes de ele conseguir esclarecer a dúvida um tanto quanto cômica, o grito de Namie soou.

—Tomoka! Saia desse quarto agora ou eu desligo o wifi.

—Desculpem, mas não façam essas caras assustadas, pessoal. A minha namorada é normal na medida do possível.

—Quem é Tomoka? – perguntou Mebuki. –Uma filha? 

—Não! – negou prontamente. -É a irmão mais nova da Namie.

Então o som de passos pesados na escada ecoou fracamente pela sala.

—Eu não sou a mãe e não tenho a obrigação de chama-la toda vez para vir comer. – bronqueou.

—É só não chamar, ou melhor, gritar. Quando me der fome, vou descer, simples assim. – uma nova voz feminina retrucou.

—Você pode fazer isso outro dia. Hoje temos visitas e você prometeu que não se trancaria no quarto.

—Só estava finalizando um conjunto para o desfile de Sapporo.

—Desde que acordou?

—É preciso de muito tempo, cara onee-chan.* – foi sarcástica. –Até o menor defeitinho pode comprometer a roupa inteira. – e bateu uma porta.

—Aproveita e quebra, não é seu mesmo! – exclamou com a voz elevada a uma oitava.

Um minuto depois, Namie volta à sala de estar com um sorriso sem graça nos lábios.

—Desculpe. Eu não queria que vocês ouvissem aquilo, mas às vezes minha imouto* me tira do sério.

—Sem problemas, Namie-san. – respondeu Hinata.

—A gente não liga. Além do mais, eu sei como é isso. Na adolescência, meu pai tinha que tirar o videogame da tomada e gritar com meus irmãos. – contou Temari.

—Mesmo assim, continuávamos jogando. – o Sabaku esboçou um sorriso nostálgico.

—O pior era quando o Shika, Neji, Naruto e Sasuke apareciam lá em casa, ficavam a madrugada inteira gritando e xingando um ao outro. – lamentou-se. 

—Uma vez eles fizeram um campeonato lá em casa, era tanto barulho que eu quase bati com um taco de beisebol a cabeça de cada um. Lembro-me de ter ficado puto da vida, porque naquele dia eu tinha acabado o meu TCC. – contou Itachi. –Espero que todos vocês paguem a bagunça da adolescência com seus filhos. – rogou para em seguida suspirar. –O Neji será o primeiro a sofrer.

—Ele já sofre, principalmente quando a Akemi está enjoadinha ou agitada demais, falta sair fumaça pelas orelhas dele.

Em meio a risadas, a porta por onde os rapazes haviam entrado foi aberta.

—Estou um pouco atrasada, me desculpem. – Tomoka se pronunciou em um tom de voz gentil, diferente dos gritos que deu minutos atrás. –Sou a irmã mais nova da Namie, Tomoka. – apresentou-se e desviou o olhar para a dona de cabelo cor de rosa. –Sakura-san, eu fico feliz em vê-la acordada. Bem-vinda de volta.- saudou a pessoa que era o motivo da confraternização em sua casa.

—Obrigada.

Sorriu em resposta e começou a passar o olhar pelos presentes, observando cada um e devolvendo os cumprimentos vez ou outra, mas o sorriso da Okada só foi ficar maior ao se deparar com o rosto da Yamanaka.

—Ai meu deus! Ino, você está linda! – exclamou maravilhada.

—Depois do que você fez, eu tinha o dever de estar. – disse se aproximando dela. Com uma troca de sorrisos, se abraçaram. –Não é a toa que o nosso país é pequeno. Meninas foi ela que eu conheci quando estava na Europa e que me levou à casa de reabilitação. – explicou após visualizar o cenho franzido em confusão de Temari. –Eu nunca imaginaria que vocês duas seriam irmãs, mesmo com sobrenomes iguais.

—Você deveria ter imaginado afinal nossos cabelos meio que nos entregam, mas eu relevo isso. – e abraçou a loira outra vez.

Porém, logo desfez o abraço. Os olhos vermelhos brilharam em reconhecimento. Conseguira pegar o papel de muita sorte no ano novo, mas pensou que ela só viria junto da primavera, pelos visto estava enganada, pois veio com o dia de São Valentim.

—Kyah! – exclamou para em seguida passar os braços em volta do pescoço masculino. –É você!

—Mas o quê? – Naruto sobressaltou-se, tentando levantar-se.

—Tomoka? – perguntou Ino, não entendo a repentina atitude da mais nova.

—Naruto-kun? – e lançou um olhar enciumando ao noivo.

—Eu sabia que nos veríamos de novo. – disse Tomoka, causando confusão em todos ali presentes. Apenas sua irmã abaixou a fronte, encostando-se ao namorado.

—O quê? – finalmente o loiro conseguiu se soltar. –Do que você está falando? – questionou demonstrando um raro constrangimento ao se colocar de pé.

—Que a promessa está sendo cumprida.

O Uzumaki franziu o cenho, quase concluindo que a Okada mais nova não estava totalmente sã. Será que estava bêbada?

—Acho que você está me confundindo com alguém. Nós nos conhecemos agora.

—Você quer dizer que nos reencontramos. – contrapôs com um fraco sorriso. As palavras do loiro murcharam a expressão alegre dela.

—Ano passado nós a ajudamos com as compras, dobe, aqui em Konoha.

—Isso mesmo! – exclamou Tomoka, desviando o olhar para o dono da voz e reconheceu o moreno de pé ao lado do cunhado, segurando Tsukimi nos braços.

A feição contorcida em confusão de Naruto foi se amenizando ao se lembrar do episódio, onde ajudou uma bela mulher de estranhos cabelos brancos a colocar as compras no porta-malas do carro. O sobrenome OKADA ecoou pela sua cabeça, causando a sensação de conhecê-lo a mais tempo do que seis meses.

—Desculpe. Mas o que você quis dizer com promessa? Não me lembro de ter feito nenhuma naquele dia. – fez uma cara pensativa.

—Acho que Tomoka se expressou mal quando disse isso e você se esqueceu de que nós nos conhecemos há muito tempo. – Namie se manifestou.

Os quinze pares de olhos se arregalaram em surpresa.

—Fomos amigos de infância, erámos vizinhos. – animou-se Tomoka. –Isso faz uns vinte anos atrás. Você sempre brincava comigo depois da escola, e a Namie fazia uns cookies para gente todo sábado.

—Mas nossa família teve que se mudar por conta do trabalho do nosso pai. Então a gente nunca mais se viu. – complementou a outra e tentou encerrar a contagem dos fatos por ali.

—Na despedida você me prometeu que quando nós nos tornássemos adultos, ficaríamos juntos.

No entanto Tomoka soltou a bomba que não deveria ter sido solta.

O silêncio se instalou na sala de estar, mas os muitos olhos arregalados e bocas abertas em pura surpresa mostravam o quanto todos ali não esperavam uma declaração como aquela acontecer naquele dia.

O casal Uzumaki era o mais assustado entre os presentes na sala. Tanto Hinata quanto Naruto não sabia reagir, e quando os olhares se cruzaram, sentiram a cicatriz do primeiro rompimento pulsar em seus corações.

—Hime. – moveu apenas os lábios ao chama-la, a feição confusa da noiva fez com que ele sentisse que precisava explicar, mesmo não sabendo como.

—Quero ir embora. – murmurou em reposta. –Conversamos em casa.

~~*~~*~~*~~

As despedidas foram rápidas num clima tenso, pois temiam por uma nova crise no grupo de amigos. A possibilidade de o casal Uzumaki dar um tempo com o casamento se aproximando passava pelas cabeças de todos, as situações entre Ino e Gaara e, Sakura e Sasuke já eram o suficiente no quesito separação.

—Eu falei algo de errado? – perguntou Tomoka quando a irmã e o cunhado voltaram para sala depois de acompanhar o casal Hyuuga até a porta, os últimos a irem embora.

Mesmo assim, o cômodo permanecia cheio pelos pais da rosada, o casal Hoozuki e os irmãos Uchihas.  

—Não faça perguntas óbvias! – a mais velha repreendeu, lançando um olhar bravo à caçula. –O Naruto está de casamento marcado, a noiva dele era a que estava sentada do lado dele. Tomoka, você acaba de causar uma intriga entre eles.

—Brigar com ela não vai adiantar, anjo.

—O Itachi tem razão, brigar comigo não os fará esquecerem o que eu disse. Além do mais, como eu adivinharia que ele já é noivo.

—Pela grossa aliança que ele usa, sua idiota! Espero que pense em uma forma de resolver essa situação.

—Não tem nada para se resolver. – começou a andar em direção da porta que dava para o corredor. –Porque eu já resolvi, ele vai se lembrar da promessa, terminar com ela e vamos ficar juntos. - elevou a voz a uma oitava, soando vitoriosa.

—Pare de pensar nessa promessa de vinte anos atrás e pensa por um momento que eles podem estar discutindo agora. Você não é mais uma criança, Tomoka!

—Está fazendo uma tempestade num copo d’água, onee-chan. – foram as últimas palavras, que foram gritadas da escada.

Os passos apressados sobre a escadaria de madeira alcançaram os ouvidos de Namie, que se jogou na poltrona, vermelha de raiva.

—Eu juro que a despacho para casa dos nossos pais logo, logo! – exclamou, escondendo o rosto com as mãos.

—Não fique assim, Namie. – consolou Sakura, que até aquele momento permaneceu em silêncio.

—A Hinata e o dobe já passaram por muita coisa.

—Verdade, uma vez, na faculdade, eles tiveram que enfrentar uma onda de boatos sobre um ter traído o outro. No começo, eles não sabiam como reagir, mas bastaram dois dias para que descobrissem como lidar e se acertarem. Então não vai ser um acontecimento do passado que desestruturará o relacionamento deles. - disse Sakura, passando os dedos entre o cabelo branco.

—Mesmo assim, a Tomoka precisa se desculpar com os dois e esclarecer isso. – pôs-se de pé num pulo.

—Não acho uma boa ideia você ir lá agora, primeiro precisa se acalmar. – Itachi a impediu, segurando o seu braço esquerdo.

—Você não tem que achar nada, Ita.

—Não diga isso, anjo.

—Aqui, a camomila vai te ajudar a se acalmar. – Mebuki estendeu uma xícara de chá à Namie.

Com um suspiro em derrota, aceitou a bebida quente. O Uchiha mais velho a trouxe de volta à poltrona, onde se sentou para em seguida puxa-la, acomodando-a em seu colo.

—Quando acabar, nos conte sobre essa tal promessa. – pediu Karin enquanto amamentava o filho no sofá ao lado.

~~*~~*~~*~~

Ainda digeria as palavras de Namie quando um embrulho foi estendido para si.

—Ele já mamou e acabei de limpa-lo. – levantou o olhar, deparando-se com Karin.

O olhar suplicante da ruiva fez com que a rosada pegasse o pacotinho de vida sem pensar duas vezes.

—Brinque um pouco comigo tia. – a mamãe fez a típica voz usada para falar com os bebês. O sorriso banguela de Yuuta foi instantâneo.

A Haruno fez um bico enrugando o nariz e fechando os olhos em uma careta. As mãos pequeninas e gordinhas logo alcançaram a ponta do nariz e uma das bochechas, que receberam apertões acompanhados da deliciosa risada infantil.

Em meio ao desabafo da Okada, Mebuki ou Suigetsu traziam senbeis* e docinhos para serem comidos junto do chá, que foi trocado pelo tradicional chá verde. E após o desabafo ser terminado, os oito permaneceram na sala, conversando amenidades, até aquele momento, pois a cena de Sakura interagindo com o pequeno chamou a atenção de todos ali.

—Não sei se é uma boa hora para perguntar isso, mas onde eu vou dormir? – questionou enquanto tirava uma mecha do próprio cabelo do punho de Yuuta. –Alguém vai me lavar para minha casa?

—O médico Nishi pediu para que você não saísse de Konoha.

—Isso não responde a minha pergunta, mãe. – contrapôs, tentando não soar desrespeitosa.

—Nós conversamos e decidimos que na primeira semana é melhor você ficar aqui na casa da Namie. – disse Kizashi, sentando-se ao lado da filha. –Sinceramente, eu queria que você fosse para Tóquio, assim sua mãe e eu ficaríamos mais tranquilos. – suspirou pesarosamente. -Mas o Nishi-san pediu para você permanecer aqui e a psicóloga Maeda concordou com isso, acreditando que ajudará a recuperar a memória. – o cenho franzido do Haruno era a prova de que estava sendo obrigado a aceitar as recomendações médicas.

—Se é para que a minha recuperação seja mais rápida, acho que vou incomodar vocês. – comentou com um pequeno sorriso nos lábios, olhando diretamente para o suposto cunhado e Namie.

—Seu quarto já está arrumado. – a Okada lançou uma piscadela à rosada. –A Tsukimi ficou superfeliz quando soube que você ficaria aqui.

—E não pense que ficará presa aqui, você poderá sair para caminhadas. Se quiser amanhã podemos fazer uma visita a sua casa, vai que você lembra-se de algo. – propôs Itachi.

—Tudo bem, eu só não quero atrapalhar ninguém. – e encostou a cabeça no ombro do pai, mas desviou os olhos para o rosto de Sasuke, fixando seu olhar lá.

—Atrapalhar é a última coisa que você fará filha. – garantiu Kizashi, iniciando um carinho no topo da cabeça rosada.

—Seu pai tem toda a razão, e nós prometemos que viremos para cá sempre. – disse Mebuki, sentada do outro lado de Sakura.

O abraço materno foi aconchegante, ou melhor, ficar entre o calor dos pais era aconchegante, e era o que ela precisava naquele momento, pois algo em seu coração dizia que havia sentido muita falta daquele contato.

Seus olhos se abriram, fixando-se na expressão séria de Sasuke, que por sua vez desviou o olhar rapidamente quando se cruzaram com os verdes. Sakura suspirou novamente enquanto desviava sua atenção para um ponto invisível sobre o tapete.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Momento dicinário:
Onigiri, acho que a maioria conhece por bolinho de arroz, então é isso mesmo... E eu amo sabe!! xD
Jokenpô é o conhecido ''pedra, papel e tesoura'' - eu sempre perco!!x..x
Imouto e Onee-chan são irmã mais nova e irmã mais velha respectivamente.
Senbei são biscoitos. kkkkkkk' Mas nesse capítulo eu fiz referências a estes biscoitos em específico: https://cdn.awsli.com.br/600x450/107/107896/produto/3439961/8b3fad57ff.jpg É um vício, eu adoro esses biscoitos...
=====
Então, esse foi um dos três capítulos de hoje, o que acharam??
Falei que NaruHina teria uma separação, mas mudei de ideia e vocês vão perceber isso no próximo...
GaaIno está prestes a voltar, como vocês perceberam no momento lá em cima... =P
Agora, SasuSaku está meio complicado, não? kkkkkkkk'
Enfim, esperando reações!! Beijos!! Até os reviews...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Soba Ni Iru Né..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.