Soba Ni Iru Né... escrita por JúhChan


Capítulo 21
Capitulo vinte e um – O bom e o ruim


Notas iniciais do capítulo

Yoo! ô/
Uma atualização para não perder o costume... xD Foi demorada... só que adorei escrevê-lo....
Admito que a metade do capítulo é enrolação... (sabe como eu faço isso muito bem né? ) xD
Boa leitura!! ô/ Até lá embaixo...



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Conferiu as horas em seu relógio de pulso após estacionar o carro na garagem. 00h30min marcava o objeto brilhante. Respirou profundamente e soltou o ar lentamente enquanto saia do veículo.

Sua cabeça latejava. O moreno se condenava por pensar que agir como um namorado normal faria a loira mudar o seu lado ‘’barraqueira’’, ela tinha algum problema para entender o que as pessoas diziam? Se Sasuke disse que não era bom em dançar, por que ela não acreditou? Ele começava a achar que a Shiroki fazia suas cenas ridículas só para conseguir atenção dele e dos que estão em volta.

Balançou a cabeça de um lado para o outro espantando qualquer pensamento que envolvesse Kohana, pois só de pensar nesse nome, Sasuke sentia que sua irritação crescia junto com estresse daquela noite e não faria nada bem a ele.

Quando chegou a seu quarto, o Uchiha despiu-se e apenas de cueca boxer foi em direção ao banheiro, um banho quente relaxaria seus músculos rígidos.

~~*~~*~~*~~

O salão de festas se encontrava quase vazio, apenas o ruivo e a loira estavam ali, apreciando a companhia um do outro, sem se importar com mais nada. Mesmo com aquele clima tenso que às vezes pairava sobre os dois, o amor que nutriam falava mais alto e encerravam a dia deles com beijos e caricias.

–Estou preocupada com a Ko. – falou Ino, depois de um suspiro cansado.

As imagens da amiga correndo para a saída do salão com as mãos no rosto na tentativa de esconder as lágrimas que caiam em abundancia ainda estavam frescas em sua memória, o jeito como ela havia se desvencilhado de seu abraço e corrido com o restante de sua dignidade foi muito preocupante.

–Sempre preocupada com ela. Kohana vai superar essa, ela sempre supera. – aconselhou Garra.

–Fico preocupada por ela ser minha amiga! – contrapôs, o encarando indignada.

–Por ora deixe-a esfriar a cabeça e pensar com calma. – falou com a voz mansa. Não queria discutir com a Yamanaka, não agora que entre eles o clima está ótimo para namorar. Porém Gaara franziu o cenho ao ver a expressão indignada da namorada dirigida a ele.

–Está tentando dizer que não devo me preocupar com a minha amiga? – questionou estreitando o olhar.

–Não misture as coisas Ino. Só estou dizendo que é melhor deixar Kohana descansar para não decidir nada que a faça se arrepender no futuro.

–E a melhor forma dela fazer isso é deixando-a sozinha? Gaara ela é minha amiga! Ou melhor, nossa amiga! E são nesses momentos que devemos demonstrar que nos importamos.

–Você realmente quer ir à casa da Kohana a essa hora da noite? Não podemos deixar para amanhã? – perguntou após encarar os olhos azuis da Yamanka e ver claramente que ela queria muito ir dar apoio, que na opinião de Gaara era desnecessária, mas a expressão mista de preocupação e pidona que Ino fazia o convenceu.

–Hoje já é amanhã! – respondeu levantando-se em um pulo.

E era assim que a namorada conseguia convencê-lo a fazer algo.

–Vamos logo sobrancelhas invisíveis! – o puxou pelo braço falando em tom brincalhão.

Sem alternativa, o ruivo levantou-se contra sua vontade com o cenho franzido e começou a andar em direção a saída de mãos dadas com a loira. Sua noite que já estava planejada com momentos prazerosos seria substituída por uma recheada de suspiros cansados e bocejos enquanto Ino consolava Kohana.

~~*~~*~~*~~

Seus pés doíam e seus olhos piscavam tentando se fechar para dormir, mas não conseguia pelo simples fato de estar recebendo uma massagem deliciosa em suas costas. Massagem essa feita pelo noivo.

–Hime? – a chamou com carinho.

–Hum?

–Quer tomar um banho morno comigo antes de dormir?

–Pode ser. – respondeu dopada de sono. Dançar uma série de músicas com salto de quinze centímetros não foi uma coisa boa, seus pés estavam doloridos demais, nem podia fica de pé que eles reclamavam.

O que Hinata não havia notado eram as segundas intenções que Naruto tinha com o banho morno. Seu sono era tanto que se perguntassem se ela uma extraterrestre responderia que sim.

–Então vamos lá. – pôs-se de pé e em seguida a pegou no colo, depois de tê-la virado de barriga para cima, passou um braço por detrás dos joelhos e o outro foi para o meio de suas costas. O loiro a ergue com facilidade e foi andando com uma Hinata quase adormecida nos braços.

Banhá-la quase adormecida era uma de suas fantasias. Não poderia fazer isso com ela acordada, pois a personalidade tímida da Hyuuga a deixaria tão vermelha que em um instante vestiria um conjunto de moletom dois números maiores que o seu, fazendo de tudo para que ele não se aproximasse dela.

Com esses pensamentos, Naruto enchia a banheira com um sorriso travesso, mas ao mesmo tempo terno. Despiu-se e logo em seguida fez a mesma coisa com a morena ‘’pescando’’ de sono. Entraram na banheira com água morna e Naruto fez com que Hinata ficasse entre suas pernas e apoiada em seu peito.

A Hyuuga apenas abriu os olhos para conferir o que estava acontecendo ao seu redor para logo relaxar e voltar ao seu estado de ‘’dopada de sono’’. Ela só sentia as mãos do amado passando por seu pescoço, ombros, braços, barriga, costas e pernas, sempre massageando. A sensação de seus músculos estarem relaxando era tão boa que Hinata acabou adormecendo ali mesmo, dentro da banheira.

Já a um bom tempo o Uzumaki havia percebido que o peito da amada subia e descia de forma lenta, e a respiração dela não estava diferente.

–Hime? – a chamou parando com a massagem nos ombros. –Hina-chan? Está acordada? – sem respostas por parte dela, Naruto decidiu que estava na hora de sair. Mesmo não sendo como imaginava, banhá-la quase adormecida foi uma experiência ótima.

~~*~~*~~*~~

Os braços protetores do marido a envolvia como se nunca mais fosse soltá-la. Sentia-se exausta pela noite que teve, estava acostumada a dançar duas ou três músicas, porém aquela noite ela deixou-se levar pelas batidas dançantes e a nostalgia de se balançar junto ao amado, resultando em dores em seus pés pelo salto da sandália. Mesmo assim, a morena de coques adorou desfrutar aquelas danças.

E quando se acomodou no banco ao lado do motorista pronta para ir embora, deixou que suas pálpebras se fechassem enquanto inalava a colônia do marido que estava no terno que a cobria. Tenten nem sentiu quando foi carregada até o quarto pelo Hyuuga, só se deu conta daquilo quando o amado se deitava ao seu lado a abraçando por trás, na famosa posição de ‘’conchinha’’.

Agora ela o sentia respirar lentamente contra a nuca, eriçando os pelos daquela região. O sorriso foi tomando conta de seus lábios ao sentir um beijo terno em seu pescoço.

–Pensei que estivesse dormindo. – murmurou sonolenta.

–Eu também achei o mesmo de você.

–Para quê? Se aproveitar de mim enquanto estiver dormindo é? – perguntou virando-se com preguiça para poder ficar de frente para o moreno.

–Até que seria uma boa ideia, mas a menina que está andando pelo corredor, vindo para o nosso quarto não vai deixar. – respondeu divertido. –Já volto. – deu um selinho rápido na amada e levantou-se.

Abriu a porta e se deparou com a pequena Hyuuga abraçada a um coelho branco quase maior que ela, dando os últimos passos para alcançar o quarto dos pais.

Neji se abaixou e abriu os braços, convidando a filha para um abraço de urso. Akemi que antes estava com os olhos baixos e tristes, por ter tido um pesadelo, correu em direção do pai atrapalhada como uma criança de dois anos e se jogou nos braços protetores e calorosos. O moreno a pegou no colo e voltou para a cama.

Depositou a pequena Hyuuga entre ele e a amada, e ambos a abraçaram.

–O que aconteceu? – perguntou Tente com a voz suave.

A expressão tristonha não era comum em Akemi, e só de imaginar que algo aconteceu para deixar a filha sem o brilho dos olhos afligia a morena de coques. Neji se socou mentalmente por não ter percebido a falta de sorrisos e exclamações alegres da filha.

–Está triste por que filha? – a preocupação era evidente nos olhos do Hyuuga.

Uma careta de choro se formou no rosto da pequena Hyuuga e logo as primeiras lágrimas escorriam pelas suas bochechas. Assustados pelo choro repentino da filha, o casal apenas a abraçou mais forte no intuito de acalmá-la. Porém aquilo a fez intensificar o choro, deixando soluços balançarem seu pequeno corpo.

–Dói algum lugar? Você está machucada? Filha? – Neji soltava uma pergunta atrás da outra sem saber o que fazer exatamente.

–Não vão embora... – falou Akemi toda enrolada entre os soluços.

Por aquilo eles não esperavam. Seu coração parecia que a casa soluço solto pela filha se apertava mais ainda, Tenten pensava que a filha começou a chorar por estar machucada e quando a abraçaram o machucado ardeu, ou então que estava feliz por finalmente estarem juntos como família, pois a pequena Hyuuga era muito apegada aos pais. Mas depois daquele pedido tão dolorido que saiu pela boca de sua filha, ela começou a imaginar algo pior.

Seu instinto de mãe sempre apitava quando via Akemi triste. Sem alternativa, a morena de coques apoiou-se na cabeceira da cama e aninhou a menina em seu colo.

–Ninguém vai embora filha. – falou mansamente. –O papai e a mamãe estão aqui e vão ficar aqui com você para sempre. – a abraçou forte.

–É uma promessa filha. – completou Neji envolvendo as duas em um abraço ainda mais carinhoso.

Um silêncio se instalou no cômodo do casal, onde apenas o choro que aos poucos se acalmava era ouvido. E os três continuavam abraçados, compartilhando o calor corporal, desfrutando do momento em família que estavam tendo.

–Akemi teve um pesadelo. – começou com a voz chorosa. –Papai e mamãe deixaram Akemi na rua sozinha e com medo. Akemi pedia para papai e mamãe não irem embora, mas parecia que ninguém ouvia. – um soluço balançou o pequeno corpo mais uma vez.

–Não precisa chorar filha, estamos aqui e não vamos deixar você. – garantiu afagando os cabelos da filha.

–É uma promessa papai. – falou com a voz chorosa.

Em sincronia, Neji e Tenten secavam as últimas lágrimas que manchavam o rosto redondo e gordinho da filha com toques delicados e por fim deram um beijo um em cada bochecha desejando que a pequena Hyuuga nunca mais tivesse um sonho daquele. Depois de quinze minutos a família Hyuug já iniciava o segundo sono daquela noite.

~~*~~*~~*~~

Os primeiros raios de sol apareciam, avisando que o domingo teria uma temperatura agradável. A porta da casa da Haruno foi aberta pela própria que fazia um esforço sobre humano para se manter em pé

Ela teve que sair às pressas de casa por culpa de um enfermeiro que acabou trombando em uma maca onde um paciente era transportado para o quarto depois de uma estadia na UTI, a agulha que injetava o soro no braço do paciente partiu-se quando a maca recebeu o impacto e uma parte do objeto metálico ficou no braço do pobre homem.

–Da próxima vez que acontecer algo parecido faço questão de usar a cara do causador como pano de chão. – resmungou mal humorada enquanto se jogava de qualquer jeito no sofá e deixou um longo suspiro escapar de seus lábios.

Vencida pelo sono que sentia desde a noite passada, deixou que suas pálpebras se fechassem, dormiria ali na sala mesmo, se decidisse subir as escadas, ela tinha a total certeza de que poderia despencar então se ajeitou melhor no sofá.

Já estava com o corpo totalmente relaxada e pronta para esvazia a mente quando o toque do seu celular rompeu o momento, fazendo Sakura abrir os olhos assustada. Quem seria a sã consciência que ligava a 05h30min da manhã? Enfiou a mão em sua bolsa depositada no chão ao lado do sofá e pegou o aparelho, sem olhar quem era, deslizou sobre a tela, aceitando a chamada.

–Quem quer que seja do outro lado da linha, eu quero dormir! – reclamou com a voz elevada a uma oitava.

E eu quero que você venha aqui. – falou a voz feminina em ritmo.

–Nem pensar, hoje é apenas eu, minha cama e o sono.

–Fala sério, dona Sakura. Você dorme mais do que um bicho preguiça.

–Dá um tempo Karin. Faz três dias que não durmo direito, pelo menos no domingo me deixe descansar. – falou irritada.

Bufou em puro desgosto quando percebeu que não estava confortável deitada no sofá. Levantou-se tacando a primeira almofada que avistou com toda força na parede e com o cenho franzido foi em direção das escadas.

–Por favor, Sakura. Estou querendo conversar com alguém que não seja o meu marido que a cada cinco minutos traz um suco de laranja ou um sanduíche. – pediu manhosa.

–Então vem você aqui dona Karin. – falou com a voz mais amena.

–Mas estou grávida! – protestou.

–Peça uma carona ao Suigetsu, ele é seu marido que faz tudo, já que você está com esse barrigão.

–Quero você aqui! – exigiu irredutível.

Suspirou pesadamente, sua insônia obrigatória já estava fazendo efeito, a paciência se esgotava, e se encontrava mal humorada. Sakura jurava que se a amiga ruiva falasse algo com manha evidente na voz ela a mandaria incomodar outro.

–Karin, eu estou fazendo um esforço quase impossível para não ser rude. Não tenho uma boa noite de sono há três dias, quero dormir. Toda vez era bipada para uma emergência. Era obrigada a ficar até o amanhecer no hospital por causa do problema. – respirou fundo, controlando para que não começasse a gritar, descontando seu estresse na amiga que ligou com boas intenções. –Agora, a única coisa que quero é descansar. Porque se você não percebeu, eu estou estressada e muito mal humorada, e tudo isso é culpa das emergências. – o silêncio foi a resposta da ruiva.

Não era sua intenção deixar Karin chateada, e sabendo que a qualquer momento a ruiva desligaria pelo jeito que acabara de falar com a mesma, uma pequena culpa pesou em seus ombros. Afinal a temperamental era a amiga ruiva e não ela. Poucas coisas a tirava do sério, porém a amiga também podia entender que descansar para voltar ao normal era preciso.

–Desculpa. Não foi a intenção te magoar. – desculpou-se.

Um suspiro foi ouvido do outro da linha.

–Tudo bem, eu entendo você Sáh, desculpe se te irritei. Deveria ter imaginado que você estaria esgotada.

–À noite eu passo aí para jantarmos.

–Ok. Agora vá dormir antes que apareço aí. – ameaçou brincalhona.

–Sim mamãe. – respondeu sarcástica, para logo em seguida rirem. –Até mais tarde dona Karin.

–Beijos dona Sakura. O neném também lhe mandou um.

–Outro para ele. – e desligaram.

Quando chegou ao topo da escada, bocejou, deixando algumas lágrimas escorreram. Sakura não estava realmente chorando. Lágrimas apareciam depois de um bocejo, pois os músculos pressionavam as glândulas lacrimais e sem permissão elas escorriam. Por causa disso, no ensino médio sempre lhe perguntavam o porquê se estar chorando na aula de literatura, mas a verdade era que a aula era tão calma que a fazia bocejar a cada dois minutos.

Chegou ao quarto e sem pensar duas vezes desabou em sua cama. Fechou os olhos, esvaziando sua mente e relaxando os músculos. Já estava respirando lentamente, mas antes de deixar o cansaço tomar conta de seu corpo, um arrepio passou pela espinha a deixando assustada.

A rosada sentia que algo aconteceria, não sabia dizer se era bom ou ruim.

~~*~~*~~*~~

–Diga a ela para ir embora. – falou pela décima vez com a voz alterada.

–Mas Uchiha-san, ela insiste em vê-lo.

–Não me interessa Matsumoto, só a mande sair daqui. – massageou as têmporas.

–Sim senhor. – concordou rapidamente, temendo que o patrão descontasse a irritação em si.

–Se Kohana não sair em dez minutos, chame os seguranças. – ordenou irritado, dando fim a conversa.

Colocou o telefone no gancho com uma força desnecessária e bufou. Aquilo já estava ficando cansativo. Desde o começo daquela semana, a loira aparecia na empresa atrapalhando sua secretária e o deixando com dor de cabeça. Ele conseguia ouvir as exigências de Kohana da sua sala, e querendo evitar possíveis discussões nada agradáveis, o Uchiha ordenava com a pouca paciência que possuí para que a pobre da secretária se livrasse do pequeno incomodo que sua namorada se tornou.

Namorada essa que já estava com seus dias contados, esse lembrete passava pela sua mente. Ele já tinha marcando com a loira uma conversa na sexta, só não foi falar com ela nesses últimos três dias, pois sua agenda estava lotada com reuniões, leituras de documentos e cobranças de projetos.

O som estridente do telefone ecoou por toda a sala, e com cara de poucos amigos, tirou o fone do gancho.

–O que é?

–A Shiroki-san já foi. Sua próxima reunião começará em dez minutos. – Matsumoto avisou.

–Ok. – e recolocou o fone sem a força desnecessária.

Se a Shiroki aparecesse de novo naquele dia ou no próximo, enfim dando o ar de sua graça antes de sexta, Sasuke poderia deixar sua calma e paciência quase inexistente e antecipar suas falas. O Uchiha só não fez isso ainda por estar em seu local de trabalho.

Com um suspiro pôs-se de pé e ajeitando a camisa vermelha, foi em direção da porta. Pelo lado bom sua cabeça estaria cheia com assuntos do trabalho, nada de Kohana para deixá-lo de cabelos em pé.

~~*~~*~~*~~

O som dos talheres batendo nos pratos era tudo que se podia ouvir vindo daquela mesa, enquanto das outras se ouvia vários assuntos. Desde que sentaram à mesa, trocando apenas cumprimentos e alguns olhares, os sessenta minutos que se passaram ali foi de total silêncio, tirando é claro, o momento em que fizeram os pedidos.

Já tinha em mente o quê a loira diria, as mesmas desculpas, as mesmas manhas, tudo exatamente igual quando o relacionamento deles caía. Ela sempre vinha se desculpar e, ele aceitava como se nada tivesse acontecido, mas Sasuke sabia que lá no fundo ele pedia para que Kohana mudasse, deixando de ser essa mulher chata que era. Pedido esse que nunca foi atendido. E quando decidiu tentar algo novo no intuito de agradar a namorada para ver se algo mudava, acabou se decepcionando com o resultado. As chatices de Kohana era uma coisa séria. Assim, o Uchiha concluiu que só havia um único jeito deles não se estressarem.

Um suspiro cansado foi solto pela Shiroki. Ela imaginava que depois de tanta insistência dela naquela semana para conversar, Sasuke não a deixaria nem se acomodar em sua cadeira e já descontaria sua irritação, no mínimo. Mas acabou se enganando, ele estava sério sem nenhuma veia pulsando na testa. Receosa com que possivelmente aconteceria, manteve-se quieta, aguardando as palavras do moreno. Deixou escapar outro suspirou para logo após engolir em seco.

Se ele não falar, eu falo. – pensou decidida.

–O que aconteceu na festa do Gaara foi vergonhoso, me desculpe Sasuke. – sua voz foi ficando cada vez mais baixa à medida que sentia os olhos negros fixando-se nos seus verdes. Kohana não enxergava nada dentro dos ônix era neutro, e por isso que a deixava com medo, pois não sabia o quê o moreno estava sentindo. –Estou arrependida pelo o que te fiz passar. – desviou o olhar para a sua taça de vinho.

A falta de uma resposta por parte do Uchiha a estava deixando apreensiva. Ela sentia os olhos, agora analíticos, passando por si a procura de alguma expressão ou gestos que demonstrasse o contrário do arrependimento. Durante cinco minutos, Kohana não sabia se deixava a impaciência tomar contar de si. Não aguentando mais, deixou se levar.

–Fala alguma coisa Sasuke! – exigiu com a voz firme.

Uma arqueada de sobrancelha foi resposta. Ele entendia aquela impaciência da Shiroki, mas depois de pedir desculpas e exigir alguma coisa dava a impressão de que ela a desculpou, não?

–Alguma coisa. – falou cínico, deixando a loira de coração disparado. –Estamos namorando por que mesmo? – perguntou cansado, pegando-a de surpresa. -Até quatro meses atrás eu sabia, nós estávamos namorando porque apreciávamos a companhia um do outro e nos entendíamos. Mas agora, eu não sei! – levantou-se depois de deixar algumas notas sobre a mesa. –Prefiro ficar sozinho a ter uma namorada que só pensa no bem de si mesma!

Seus olhos se arregalaram surpreendida pelas palavras proferidas pelo moreno. A ficha foi caindo lentamente e quando entendeu a mensagem ficou estática, não acreditando no que estava acontecendo.

Com um último olhar, Sasuke virou sobre os calcanhares e deu o primeiro passo. Sentia que algo dentro de si se libertava, o fazendo soltar o ar com certo alivio.

Isso era impossível! Só podia ser um sonho, depois de muito esforço para conquistar o Uchiha, ele a dispensava, sem pensar nos sentimentos dela. Uma fúria tomou conta de si, deixando-a com as bochechas coradas. Levantou-se bruscamente, o barulho da cadeira sendo arrastada chamou a atenção dos clientes que estavam ali perto.

–Nem pense em dar as costas a mim, Sasuke! – elevou a voz a uma oitava, deixando que suas mãos fechadas em punhos acertassem a mesa com uma força considerável. –Ainda não terminamos a conversa e muito menos o nosso relacionamento! – exclamou histérica.

Sasuke franziu o cenho e contou até dez, tentando controlar a vontade de mandá-la fazer uma viagem ao submundo. Respirou profundamente e a encarou por cima do ombro, lançando um olhar desgostoso à Shiroki que deixou uma lágrima escapar.

–Para mim já acabou. – e voltou a andar deixando uma Kohana sem saber o quê fazer.

A onda de murmúrios tomou conta do restaurante, fazendo a loira sentir-se a pessoa mais humilhada do mundo. Sacou celular da bolsa e discou o número da loira. Kohana sabia que Ino a ouviria. No primeiro toque, a Yamanaka atendeu.

–Oi.

–Posso ir aí? – perguntou com a voz chorosa.

–O que houve? – respondeu com outra pergunta ao perceber o estado da amiga.

–Sasuke terminou comigo.

–Ah Ko. Eu nem sei o que dizer.

–Só preciso de um abraço.

–Ok, me falando onde você...

–Não Ino! – a interrompeu com um grito. –Eu vou aí. – falou normalmente. –Está no seu apartamento né?

–Não, na casa do Gaara. Mas pode vir, aviso que é para deixarem você entrar.

–Ok. – e desligou.

Respirou fundo e pegou sua bolsa, saindo do estabelecimento de cabeça erguida.

Ele irá pagar caro por tudo! – pensou com as lágrimas escorrendo em abundância, porém o sorriso que se formou foi um claro sinal de que ela daria a volta por cima, não importando quem seria afetado, pois sua felicidade era prioridade. Por ora deixaria o aperto em seu peito falar mais alto e chorar no ombro da amiga.

~~*~~*~~*~~

–Todos comentem erros, mas pedir desculpas é um bom começo para reconhecê-lo. Pode chorar o tanto que quiser Ko, depois é só levantar a cabeça.

–Chegará um tempo que todos os homens irão admirá-la por sua beleza. Ame a si mesma acima de qualquer coisa!

~~*~~*~~*~~

E com isso uma semana se passou. Sasuke mantinha sua rotina de acordar, trabalhar, comer, trabalhar e dormir. Sem a Shiroki para encher sua paciência sua preocupação era apenas para o trabalho, e lembrando-se da loira, seu cenho franzia-se, pois na manhã seguinte do dia em que o moreno rompeu com a loira, foi acordado por gritos estridente de Ino o chamado. Quando foi ver o que a Yamanaka queria, recebeu vários xingamentos e cutucadas de dedo indicador em seu peito e um bônus, ameaças furiosas. Ele deduziu que Kohana havia contado que terminaram e Ino sendo a amiga que é, foi ‘’expressar sua opinião, coisa que deixara Sasuke irritado, e sem pensar duas vezes disse um NÃO SE META EM ASSUNTOS QUE NÃO LHE DIZ RESPEITO, para fechar a porta na cara da loira.

Desde então, Ino não dirigia a palavra a ele, e a Shiroki e a Yamanaka vivam grudadas. O resto do grupo quando souberam do fim entre ele e a loira, não demonstraram surpresa, aquilo de certa forma já era esperado pelos sete.

O toque do telefone o despertou de seus devaneios.

Uchiha-san, sua próxima reunião começará em alguns minutos. – informou Matsumoto.

–Ok, já estou indo. – colocou o fone no gancho e levantou-se.


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Notas finais do capítulo

E o que todas pediam, imploravam aconteceu!! finalmente Sasukito terminou um relacionamento nada saudável... ushaushu'
O capítulo ficou assim, porque antes eu não sabia o que escrever, então para ganhar tempo fui colocando alguns momentos de outros casais ali e aqui...
Queria ter colocado mais coisa, só que ficaria muito cumprido, então deixei para o próximo.... (sei muito bem que vocês são pervertidas tá!? u.u Querem ler as cenas onde o Sasukito brinca de boneca né? kkkkk' também estou ansiosa... xD )
Enfim, espero que tenham gostado do capítulo e espero muitos comentários que nem o capítulo anterior... (só tô carente por causa da TPM... isso é temporário tá...) até mais! Beijos! ;D