Soba Ni Iru Né... escrita por JúhChan


Capítulo 16
Capitulo dezesseis – Bater na mesma tecla


Notas iniciais do capítulo

Oii... *esconde-se* Eu sei que demorei para chuchu com a atualização da fic.... vejamos... um mês e pouquinho sem postar a continuação de Soba ni Iru Né... Desculpem de coração.... últimas semanas de aulas, últimas provas, e também avaliações externas da escola de língua japonesa... e ainda organizar os últimos detalhes do dia especial que a minha queria foi estressante deixando-me apenas com tempo de entrar na conta, ler os novos capítulos das fics que acompanho e sair... Nem para comentar eu tive tempo.... Desculpa mesmo leitoras e leitores...
Esse capítulo dedico à Crazy Little Monster... Sem sua recomendação e suas MP's esse capítulo não sairia... Obrigada flor!
Sem mais delongas, espero que gostem, já vou avisando que esse não tem SasuSaku... Eu vi nos reviews que vocês estão loucas para saber o motivo do abandono, Itachi vai resolver esse problemas...
Até lá em baixo...



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A sala em que os irmãos Uchiha se encontravam estava coberta com uma tensão palpável. Não trocavam olhares e muito menos palavras, ainda. O silencio era tão pesado que os ombros de ambos ficaram rígidos.

–Não se faça de desentendido Sasuke. – rompeu o silencio.

Algo dentro do Uchiha mais novo explodiu e virou-se para o irmão irritado, encarando-o. Já havia tentado conversar com a rosada sobre o seu sumiço quando se encontraram no hospital alguns dias atrás, mas tudo que recebeu foram respostas evasivas, e agora, perguntando ao seu irmão que era o único mais próximo da rosada que ele ainda conseguia conversar de alguma forma, Itachi falava que ele sabia o motivo. Isso foi o seu limite!

–Não estou se fazendo de desentendido coisa nenhuma Itachi! Se eu estou perguntando é porque não sei o que aconteceu! – falou com a voz alterada.

Os ônix se encontraram e Itachi pode ver a confusão estampada nos olhos de Sasuke.

Será mesmo que ele não sabe? – perguntou-se mentalmente.

–Vou perguntar mais uma vez, por que ela desapareceu? – seu irmão permanecia em silencio e isso o estava deixando impaciente.

–Você mais que ninguém deve saber o motivo dela tê-lo abandonado. Afinal o Sasuke Júnior não se contenta com apenas uma mulher né. – lançou-lhe um olhar raivoso, Sasuke apenas o encarava em silencio sem demonstrar nenhuma reação. –Se aproxime da Sakura mais uma vez, garanto que no outro dia uma ordem judicial aparecerá em sua mão obrigando você a manter distância dela. – ameaçou com a voz carregada de decepção. Colocou a mão sobre o ombro do irmão e sorriu em desafio.

As palavras de Itachi ficaram gravadas em sua cabeça e todo momento ele apertava o botão de replay para acreditar no que havia acabado de ouvir. Os passos pesados se distanciando despertou Sasuke do transe e quando se deu conta a porta estava sendo fechada. De repente uma sensação desconfortável passou pelo seu corpo deixando arrepios.

~~*~~*~~*~~

–Okada-san eu quero voltar, ainda não disse boa noite ao tio Sasuke. – protestou a menina em tom choroso.

Às vezes esquecia-se que Tsukimi se apegava rápido demais as pessoas e quando era tirada de um jeito tão brusco de perto das mesmas a menina ficava muito sensível.

–Desculpe Tsukimi-chan. Mas hoje não. – falou Namie sorrindo fracamente.

–Desculpe nada! Eu quero voltar! – parou abruptamente, virou-se sobre os calcanhares e encarou a Okada. –Não é justo que tenho que sair em quanto o Uchiha-san fica lá. – bateu o pé e inflou as bochechas com oxigênio, claramente fazendo manha.

–Não seja difícil Tsukimi-chan, aqueles dois precisam ter uma conversa de adultos. – acariciou os cabelos loiros da menina.

–Não é justo! – reclamou enquanto cruzava os braços. –A Nakamura-san falou que a tia Sakura estava aqui no hospital, mas ela não está. Conheci o tio Sasuke e quando estávamos nos dando bem, você e o Uchiha-san me tira de lá. Isso não é justo! – elevou a voz na última frase deixando Namie sem saber o que fazer, mas logo a preocupação tomou conta da mulher de cabelos brancos, pois a meninas agachou-se com as mãos apertando a cabeça, aparentava sentir muita dor naquela região pelas lágrimas que se acumulavam em seus olhos.

–Tsukimi-chan! – agachou-se também para socorrê-la e quando checou sua temperatura desesperou-se.

–Eu quero a tia Sakura. – pediu com a voz chorosa.

–Vou te levar até a tia Sakura, mas primeiro se acalme. – viu a menina assentir levemente com a cabeça e sem pensar duas vezes a pegou no colo e começou a correr procurando o quarto de Tsukimi. –Por favor, alguém pode me ajudar? A Tsukimi está passando mal. – gritou no corredor que se encontrava, mas parecia que nenhum médico ou enfermeiro aparecia.

Apertou os olhos e tentou lembrar o número do quarto da loira, ou até, algum momento em que a Haruno poderia ter falado, porém nada vinha em sua mente. Olhou para a menina em seus braços e seu coração se apertou ao ver que a dor de cabeça da loirinha era grande e insuportável.

O que eu faço? – perguntava-se mentalmente.

Os seus passos ecoavam por todo o extenso corredor.

–Tsukimi-chan aguente só mais um pouquinho, eu vou achar a tia Sakura. – murmurou encarando o rosto infantil contorcido em dor.

De repente ela parou e ficou surpresa quando os cabelos rosados tão conhecidos apareceram em seu campo de visão, porém alarmou-se ao ver que a Haruno parecia estar passando mal.

–Sakura. – a chamou preocupada.

Sem nenhuma resposta por parte da rosada, a Okada deu os sete passos que faltavam para ficar de frente com a Haruno. Tsukimi, ao escutar o nome da médica favorita sendo chamado, virou a cabeça e sorriu fracamente quando enxergou os fios cor de rosa.

–Tia Sakura. – a chamou manhosa.

Estava perdida em seu próprio mundo. Um mundo em que ninguém exceto ela existia. Ela e a mágoa. Para Sakura nada importava, sentia-se suja e machucada. Quantas vezes ela ensaiou em frente ao espelho o que diria ao moreno quando o reencontrasse? Uma? Duas? Cinco? Oito? Nem ela sabia direito.

Algo quente e molhado escorreu pelas suas bochechas e para constatar o obvio ela levou a mão até lá. Chorava como uma garotinha com medo do bicho papão. Quando tudo estava entrando em seus eixos e seu coração já estava parcialmente recuperado, a raiz de todo o seu sofrimento simplesmente aparece fazendo-se de desentendido. Com certeza as pessoas que vivem no céu não gostam dela.

–Sakura! – ouvia vozes a chamando, mas ignorou. Não queria voltar ao mundo real, não queria falar, e muito menos queria que alguém a visse em pranto.

Mas as vozes insistiam em chamá-la. E ela desejava que cessassem. De repente a mão calorosa de alguém foi depositada no topo de sua cabeça fazendo um leve afago.

–Seja forte Sakura, a Tsukimi está precisando de seus cuidados, só depois disso você pode voltar a sua casa e chorar. – a voz familiar da Okada a tirou da sua própria bolha e foi aí que, para Sakura havia caído a ficha.

Já Namie não entendia o porquê te der dito tais palavras, ela apenas sabia que precisava dizê-las. Ter visto a loirinha e o Uchiha mais novo conversando amigavelmente na sala da Haruno e depois vê-la chorando como uma criança, algo dentro dela dizia que alguma coisa estava errada.

–Tia Sakura. – Tsukimi a chamava como uma criança que acaba de ver a mãe passando mal.

Contou até três e levantou a cabeça, dando de cara com Namie e Tsukimi. Limpou as últimas lágrimas que escorriam de seu rosto e sorriu carinhosamente.

Assunto Uchiha eu resolvo depois, prioridade é a pequena! – falou em pensamento enquanto se levantava.

Quando se pôs completamente de pé, a menina pulou para o seu colo, a abraçando fortemente.

–Não precisa mais chorar tia Sakura, estou aqui para fazer você sorrir! – disse olhando nos olhos verdes da médica favorita.

A verdade era que Tsukimi nunca tinha visto a médica chorar, e quando reparou nos olhos inchados e avermelhados, nos soluços e nos braços com gotas cristalinas de Sakura, a menina ficou triste por ver a pessoa mais importante de sua vida depois de seus pais triste.

–Obrigada querida. – sorriu, e as lágrimas acumuladas desceram por seu rosto. Rapidamente, as mãos pequenas e fofas limparam.

–Tsukimi-chan, não era você que estava sentindo dores na cabeça até agora pouco? – manifestou-se Namie que até então se mantinha calada, apenas assistindo àquela cena fofa.

–Eu ainda sinto, mas... – deixou a frase pela metade e abraçou mais uma vez a médica, escondendo o seu rosto na curvatura do pescoço da mesma.

–Dores na cabeça é querida? – assentiu. –Vamos resolver esse problema. – e começou a andar para o quarto da menina acompanhada da Okada.

~~*~~*~~*~~

–Está atrasado! – queixou-se mal humorado.

–Desculpe teme, mas só me deixaram sair do hotel depois que as meninas terminaram o interrogatório. – coçou a nuca sorrindo.

–Que seja Naruto! Agora me ajude aqui.

Os olhos azuis do Uzumaki se estreitaram.

Nem um OBRIGADO NARUTO POR TER VINDO, ele não fala! Ótimo amigo eu tenho! – pensou ironicamente.

–Que mau humor é esse teme? Se está bravo porque eu demorei, eu já pedi desculpas! – disse divertido, mas seu sorriso iluminado foi desmanchado ao ver o olhar mortal que recebeu de Sasuke. –Pelo menos um POR FAVOR, não mata ninguém! – reclamou baixo aproximando-se da maca que o moreno estava sentando/deitado há tempos.

Com um pouco de dificuldade Naruto o desceu da maca, e quando o pé engessado de Sasuke entrou em contato com o chão, ele sentiu um leve latejar.

–Se eu encontrar a Sakura-chan, me lembre de perguntar como ela conseguiu quebrar a sua perna. – riu de suas próprias palavras.

Irritado e impaciente, o moreno apenas bufou.

–Tem certeza que você já pode ir? Não seria melhor esperarmos a Sakura-chan ou uma enfermeira? – o Uzumaki perguntou olhando em volta em busca das muletas, porque até onde ele sabia, as muletas eram dadas de graça para pessoas que fraturaram os membros inferiores.

–Fique quieto e me ajude a andar. – resmungou.

Um suspiro escapou dos lábios do loiro e começaram a andar em direção à recepção.

–Senhor Uchiha, a doutora Haruno falou que o senhor já está liberado? – questionou a recepcionista assim que os dois homens entraram em seu campo de visão.

–Apenas quebrei a perna, não entendendo o motivo de ficar aqui quando não preciso. – respondeu azedo.

Naruto o levou até as cadeiras confortáveis da recepção e foi em direção do balcão, onde a mulher parecia sem graça.

–Não ligue para ele, só está mal humorado. – falou com um sorriso de desculpas. –A doutora Haruno não falou nada sobre ele poder ir embora, mas nos deixe passar. – piscou sutilmente para a mulher que devolveu com um sorriso sedutor.

–Tudo bem, mas por prevenção, volte amanhã para uma consulta com o nosso ortopedista de plantão. – recomendou anotando em uma folha o horário da tal consulta.

Entregou o papel ao Uzumaki e piscou logo em seguida.

Sabendo o que a recepcionista queria com ele, Naruto lançou um olhar sério e tirou o cartão com um número de celular debaixo do papel em que estava escrito o horário de Sasuke.

–Desculpe senhorita, mas eu já tenho namorada e sou muito fiel a ela. – falou pondo o cartão sobre o balcão e virou-se sobre os calcanhares andando em direção da porta automática do hospital. –Vou buscar o carro e já volto. – avisou ao Uchiha que parecia alheio a tudo em sua volta. –Quando alguém estiver interessado em você, essa pessoa irá demonstrar e você perceberá, então não confunda uma piscada cúmplice com uma piscada maliciosa. – falou por sobre os ombros encarando a recepcionista que parecia desconcertada.

~~*~~*~~*~~*~~

O outro dia amanheceu quente, como qualquer manhã de verão. O som do ar condicionado era tudo que se ouvia no quarto da rosada, a mesma se encontrava deitada, aproveitando os últimos minutos de seu merecido sono.

Uma onde de arrepios passou pelo seu corpo por causa do frio que fazia dentro do cômodo e automaticamente o braço foi esticado em busca do lençol, porém nada de encontrá-lo. De olhos fechados a Haruno virou o corpo duas vezes e um baque a despertou.

–Ai. – gemeu sonolenta. Olhou em volta de seu quarto e suspirou cansada. –Ótimo jeito de acordar. – ironizou.

Esticou o braço mais uma vez, agora tentando encontrar o controle do ar condicionado e quando sua mão o pegou rapidamente desligou o aparelho que estava deixando o seu quarto semelhante a um freezer.

Respirando calmamente Sakura levantou-se e foi andando em direção de seu banheiro planejando tomar um banho para despertar completamente e depois descer para comer algo, pois desde ontem seu estômago não tinha nada para digerir. Parou em frente do espelho e se assustou com a imagem que refletia nele.

Essa sou eu? – perguntou-se encarando o seu próprio reflexo, mas não acreditando que a mulher de olhos verdes avermelhados, com o rosto amassado e com rastros de lágrimas pelo mesmo era ela. Pegou uma mexa de seu cabelo entre os dedos e reparou o quanto eles estavam bagunçados.

Isso que dá chorar a maior parte da noite.

Sentindo o corpo pesado e um aperto repentino em seu coração, abaixou a cabeça e sem perceber os momentos da noite passada vieram como flashes em sua mente. O momento intenso que compartilhou com Sasuke, as palavras maldosas dele, o seu desespero e raiva por ser uma fraca, e a confusão que estava sua cabeça desde ontem a noite. Porque Sakura sabia que uma parte dela havia gostado e a outra parte se condenava por aquilo.

A vontade de chorar subiu pela garganta, mas iria se segurar e apenas quando estiver tomando banho se permitira chorar, para terminar de se limpar.

~~*~~*~~*~~

O décimo suspiro escapou de seus lábios. Desviou o olhar para o relógio digital posto no criado mudo ao lado da cama, ainda era muito cedo para pensar em seu trabalho que só começaria as 14h00min. Sakura tinha tempo para tomar um café da manhã delicioso. Sentou-se na beirada da cama e começou a pentear as madeixas úmidas.

Depois do banho ela se sentia ótima de certa forma, toda sujeira havia ido para o ralo.

(...) Eu tenho que voltar para Tóquio daqui a quatro dias! – ao se lembrar das palavras do moreno um sorriso de satisfação formou-se em seus lábios. Só de saber que o moreno iria embora logo e, provavelmente, nunca o veria mais certo alivio passou pelo seu corpo.

Espero que isso aconteça mesmo. – pediu em pensamento enquanto se levantava da cama jogando a escova de cabelo em cima da mesma. Na mesma hora sua barriga roncou, em claro sinal que estava na hora de tomar a refeição mais importante do dia. Ainda com um sorriso no rosto a Haruno abriu a porta e desapareceu entre o lance de escadas.

Já no andar de baixo alguns ruídos que antes não era possível ouvir do segundo andar, pegou Sakura de surpresa. Assustada com aqueles ruídos, cautelosamente foi andando até a cozinha e paralisou na entrada da mesma e quatro pares de olhares foram desviados a ela.

–A bela adormecida finalmente acordou é? – uma voz familiar soou.

O arrepio na espinha passou e Sakura pode soltar o ar, quem seria e pessoa de consciência limpa que se atreveria a entrar em sua casa em uma tentativa de furto, sabendo que ela tinha como amigo o advogado mais temido da cidade? Ninguém faria uma coisa dessas.

–Suigetsu! – exclamou pulando em seus braços.

–Calma aí rosinha! Não tenho a vitalidade de antes para você ficar pulando em cima de mim desse jeito. – disse brincalhão correspondendo o abraço da amiga.

Finalmente estava com as quatro pessoas que não a deixarão desabar quando estava preste a fazê-lo. Um sorriso alegre tomou conta de suas feições.

Hoje ninguém irá me fazer chorar!

Mesmo usando um vestido leve, o calor corporal compartilhada com Suigetsu começou a incomodá-la e desajeitada Sakura desfez o abraço.

–O que pensam que estão fazendo em minha cozinha às oito da manhã? – pôs a mão em se cintura e fingiu estar irritada.

–Hoje é o dia da folga! – falou Itachi enquanto comia uma torrada com geléia de morango.

–Hoje eu não trabalho, Namie não tem nada para fazer, Itachi pediu uma folga e o Suigetsu está esperando a resposta do possível novo trabalho dele. – a ruiva completou.

–Mas eu tenho que trabalhar depois do almoço. – contrapôs Sakura.

–Isso nós deixamos de lado. Agora vem comer Sakura! – disse Namie batendo na cadeira que estava vaga ao seu lado.

Dando de ombros foi andando até lá rapidamente. Sua barriga roncou mais uma vez quando se sentou à mesa e a viu coberta de pães, salgados, frutas e sucos. A manhã compensou o que houve na noite passada, porém a pequena camada de tensão ainda estava presente entre eles.

~~*~~*~~*~~

–Temos que achar a casa dela, não importa como! – falava a morena de coques enquanto levava uma colher de salada de frutas à boca.

–Não seja precipitada Ten!

–Precipitada com o quê Ino?

–E se ela não quiser falar conosco? Você aguentaria essa decepção?

–O problemas dela é com o Sasuke, nós não temos nada a ver com isso, se ela ainda nos considera amigas irá nos receber. – respondeu.

A Yamanaka parou e encarou surpresa os olhos chocolates da amiga. Depois da noite passada sua cabeça estava menos confusa e ela conseguiu organizar algumas coisas, mas ao ouvir que Sakura ainda é uma amiga delas deixou-a com o pé atrás.

–Até onde eu sei, amiga não some de uma hora para a outra sem ao menos dizer um VOLTO LOGO. – falou séria devolvendo o olhar desafiador que a Hyuuga lhe direcionou.

–Já basta Ino-chan! – todos ali presente encararam a Hyuuga que se levantou abruptamente e pôs as mãos espalmadas em cima da mesa. –Tenha mais respeito com a Ten-chan! Se acha tão ruim o que a Sakura-chan fez porque não falou isso antes quando a encontrou no hospital dois dias atrás? Condená-la como você está fazendo é a mesma coisa que julgar o livro pela capa! – falou tudo o que estava preso em sua garganta. –Acho que essa cara abatida que você apareceu agora pouco era para termos pena de você não era? Você não era assim Ino-chan! – gritou a última frase e saiu de lá com lágrimas escorrendo pelo seu rosto angelical.

–Hina-chan! – o loiro que até agora se mantinha calado se levantou apressado e foi atrás da amada.

Surpresa com as palavras da Hyuuga, Ino sentou-se se qualquer jeito na cadeira e abaixou a cabeça para evitar os olhares dos amigos e outros hóspedes que estavam tomando o desejum da manhã, suspiros cansados escapavam de seus lábios.

–E lá se foi a calma! Que problemático! – comentou Shikamaru tomando aos poucos o suco de maracujá.

~~*~~*~~*~~

Encarava a panela de fazer Jingisukan* com uma expressão de poucos amigos, aquilo com certeza faria uma lambança no chão de seu cozinha tão adorada.

–Vocês pretendem fazer isso aqui dentro? – virou-se sobre os calcanhares e pôs a mão em seu cintura apontando para a panela que estava em cima da pia.

–Se você quiser que se faça aqui. - respondeu Suigetsu fazendo pouco caso.

–Nem pensar! – contrapôs irritada.

–Não se preocupe Sáh, depois nós limpamos tudo. – garantiu Namie, distraída cortando as berinjelas.

–Mas...

–Sem mas dona Sakura! Sinta-se a madame por estarmos fazendo as coisas hoje. – interrompeu olhando-a ameaçadoramente.

–Eu só queria dizer que...

–Não reclama! – falaram todos em uni som deixando a Haruno irritada.

Suspirou pesadamente, contando até dez para acalmar os hormônios.

–Ótimo! Se virem então! – puxou o ar e saiu da cozinha pisando fundo. Não queria voltar ao quarto e ficar lá até a hora do almoço, e muito menos pensar em suas confusões internas. Olhou para o relógio pregado na parede da escada e a passos lentos foi andando até a sala. –O que vou fazer até a hora do almoço? Ainda tenho duas horas até lá. – jogou-se no sofá com a intenção de assistir tevê, mas quando fez menção de alcançar o controle remoto, um arrepio passou pelo seu corpo, a fazendo recuar e encolher-se na posição fetal em cima do sofá.

–O que foi Sakura? Tudo isso é a emoção de sido beijada e tocada por mim?

–Eu prefiro a Sakura entregue a essa que está bem na minha frente.

As palavras cruéis ditas pelo moreno na noite passaram em sua mente como um filme. O aperto em seu peito voltou e desejou esquecê-las, enterrá-las para nunca mais lembrar-se delas. Mesmo mostrando que nada havia acontecido ontem, mesmo dizendo para si mesma que estava tudo bem, sabia que nas horas mais inoportunas sua cabeça planejava mostrar os momentos que passou ao lado de Sasuke, assombrando-a como um fantasma.

Eu, definitivamente, odeio você e tudo que é relacionado a você! – disse mentalmente enquanto se encolhia mais ainda em busca de alguma proteção.

Como se protegendo por fora adiantará alguma coisa!

–Dona Sakura quanto tempo planeja ficar aí, olhando para o nada? – a voz da amiga ruiva a despertou de sua linha de raciocínio.

–Karin... Eu... – palavras disconexas soltaram de sua boca.

–Vem logo dona Sakura, o jingisukan está pronto. - aproximou-se da rosada que apenas a encarava, mas parecia que sua mente estava em outro lugar. –Sakura? Você está bem? – perguntou preocupada quando reparou no estado de morta-viva da rosada. –Sakura! – a chamou elevando sua voz a uma oitava.

–O quê? – respondeu com outra pergunta, realmente encarando os olhos da ruiva.

–Eu é que pergunto. Você está bem?

–Estou sim. – sorriu e abraçou a amiga. –Obrigada pela preocupação, mas estou bem.

Assustada com o abraço repentino vindo por parte da Haruno, Karin soltou o ar de seus pulmões em derrota e a abraçou de volta.

–Não sei o que deu em você durante essas duas horas que esteve aqui, mas se não se apressar Itachi e Suigetsu comerão tudo. – avisou encarando-a fraternalmente.

Um som estranho soou e as duas riram.

–Vamos lá, porque não é só você que está com fome, tem um homenzinho que quer comer também. – estendeu a mão à Haruno.


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Notas finais do capítulo

Espero muitos reviews e tudo mais.... Leitoras que favoritaram a fic, um review de vocês não destruiria o mundo, nem acontecerá o apocalipse zumbi... Quero saber a opinião de vocês lindas!! Espero hein. ;)
Até lá! Beijos....