"Antes de fazer tudo por uma pessoa, descubra se ela faria tudo por você.”

Três anos depois...

– Horário de almoço! – Gritou alguém. No mesmo momento três mulheres abandonaram o que estavam fazendo e saíram do prédio, Anastasia foi à última a sair, pois atendia uma senhora.

– Sim senhora, o Dr. Harper poderá atender a partir das seis. – Disse desanimadamente.

– Obrigada! – Disse a velhinha. Assim que a senhora se sentou em uma das muitas cadeiras ali presentes, Anastasia pegou sua bolsa e saiu do prédio. Sua vida agora estava agitada. Ela fugira de casa fazia três anos, não mantinha contato com nenhum de seus parentes, conseguira arrumar um emprego trouxa como recepcionista em um consultório médico e depois de todo esse tempo, ela finalmente havia sentido saudades. Caminhando pela rua completamente lotada de Nova York, para onde a garota havia se mudado há algum tempo, olhou seu reflexo numa das vitrines de uma loja. A antiga Anastasia desapareceu completamente, até sua aparência mudara. Os cabelos loiros agora eram curtos um pouco acima dos ombros, seu corpo ganhara mais curvas do que antes, e ela estava um pouco mais alta. As perguntas que mais se faziam no coração da Riddle, eram: Será que Alvo também mudara? Fisicamente e emocionalmente? Sentando em uma mesa, Anastasia pedira um café e pegara o Jornal que era deixado ali perto do restaurante.

– Revele seus segredos! – Pronunciou Anastasia colocando o Jornal trouxa por debaixo da mesa e apontando sua varinha á ele. Rapidamente as folhas já conhecidas por ela foram se transformando em imagens que se mexiam e manchetes diferentes do Jornal anterior. Basicamente o Ministério havia investido em novos projetos para os Jornais, em vez de gastarem dinheiro com Jornais apenas para os bruxos, eles disfarçadamente enfeitiçavam as bancas de jornal trouxa para que quando os jornais bruxos fossem colocados lá, ambos se fundissem, se tornando apenas um. Agora todos liam o mesmo Jornal, isso também era uma forma de dizimar o preconceito que apesar da modernidade ainda existia, assim, era só um bruxo pegar o jornal trouxa, apontar sua varinha para o mesmo, dizer qualquer feitiço que o jornal revelava as matérias escondidas, já um trouxa não podia fazer isso, fazendo com que a magia ainda continuasse preservada. Percorrendo rapidamente a vista pelo papel, Anastasia notou a manchete da capa: “Família Potter e Weasley de férias”. A Riddle leu o conteúdo da matéria que relatava a recente viagem das famílias para Bournemouth, uma cidade em Dorset, condado da Inglaterra. Pelo que parecia eles aproveitavam as recentes “férias” que o Ministério dera para os dois mais importantes Aurores: Harry Potter e Ronald Weasley, além de que não era o período de aulas em Hogwarts, ou seja, toda turma estava liberada para passeios. Anastasia se lembrara de uma conversa com Alvo sobre o lugar, Harry parecia ter comprado uma casa no litoral para passar as férias, e como Anastasia sempre quis conhecer a praia, Alvo prometera levá-la nas férias, mas isso nunca ocorreu de fato, e embora a garota soubesse a localização exata da casa onde os Potter e os demais estavam, ela não tinha coragem o suficiente para ir visitá-los. Passou para a página seguinte onde continha uma lista de criminosos que o Ministério havia levado para Askaban apenas esse mês, a lista não era tão grande, mas devido aos maus tempos, havia evoluído. Pensando sobre o Ministério, uma preocupação instalou-se na mente da Riddle. O Ministério nunca havia procurado-a depois que ela fugira da Mansão Malfoy, e devido às circunstâncias, ela havia cometido vários crimes. Ela tinha duas suposições, ou o Ministério não conseguira encontrá-la depois do acontecido, o que revelava que eles eram realmente muito burros e incompetentes, ou eles haviam decidido que ela era um caso resolvido, sem importância para a vida dos outros bruxos. Mas ela preferia acreditar na primeira suposição e por isso mantinha as devidas precauções. Passando para a próxima página, ela avistou um rosto que não esperava por ali. Os olhos incrivelmente brilhantes e azuis de Alvo nunca passaram despercebidos, mesmo naquela foto que deixava o que desejar, a fotografia era velha, Alvo parecia ter uns 15 anos e estava um tanto magrelo. A manchete dizia: “Filho dos Potter, solteiro ou namorando?”. Uma súbita sensação de ciúmes passou pelo seu peito, aprofundando as batidas do coração da loira. Decidiu que ler a matéria esclareceria tudo, mas o que sentiu apenas fez com que as saudades voltassem.

“O famoso filho de Harry Potter pode estar namorando? Mas calma meninas, ainda não temos provas concretas. Alvo Severo Potter chegou a declarar na Convenção de Quadribol do ano passado que estava completamente solteiro, mas recentemente preferimos fazer uma investigação minuciosa sobre este fato. Recentemente começamos a reparar que de fato ele ia para a maioria dos eventos sozinho, acompanhado apenas por seus familiares. Mas prestem atenção nessa foto, podemos ver que Alvo usa um colar, onde uma aliança está pendurado no mesmo, e se ampliarmos as fotos, notamos que há duas iniciais lá. Dois “A”s gravados no metal. E então, Alvo está solteiro ou em algum relacionamento sério com alguma garota tímida o suficiente para não se mostrar para as câmeras? Fica a dica!”

Abaixo da nota havia uma foto um pouco mais recente, mas não tanto, em que Alvo aparecia com uma camisa de gola V, mostrando realmente um colar com uma aliança pendurada nele. “Malditos repórteres, eles até ampliaram a foto!”, pensou Anastasia pondo a mão por dentro da blusa e retirando de lá o colar que continuava a usar por debaixo das vestes desde que os dois terminaram. Uma vontade incontrolável surgiu dentro de seu peito, ela precisava encontrá-lo, precisava revê-lo, e queria tanto isso, Oh como queria!

– Oh! Esse cara é um gato! – Disse a garçonete chegando com o café da garota. – Seja lá quem ele for, é magnífico. E nossa, olha os olhos deles, são hipnóticos, você não acha? Se ele fosse meu, haha, garanto que eu não o deixava sair sozinho. – Riu a garçonete lhe entregando a xícara de café. Anastasia assentiu sorridente. Levantou-se da mesa, pegou sua carteira, retirou o dinheiro trouxa que pagava o café e olhou para a garçonete.

– Pois é. E é por isso que vou agora mesmo fazer companhia á ele. – Piscando para a garçonete, ela saiu dali determinada a encontrar o Potter. Caminhando para um local mais afastado, a garota parou em um beco deserto e concentrando-se na casa de praia, aparatou. Assim que abriu os olhos, não estava mais no caos de Nova York, e sim em um local deserto e com uma vista incrivelmente linda. Tirando seus saltos e sentindo a areia abaixo dos seus pés, a garota aproveitou o momento de paz, até seus sentimentos reascenderem com tudo quando ela avistou uma casa, digna das famílias Potter e Weasley. Parada de frente para á casa de praia, sem conseguir concentrar seus sentimentos direito, Anastasia andou mais um pouco até chegar à frente da porta de entrada. A casa tinha dois andares, era repleta de vidro para todos os lados, dando um toque mais chique á residência, mesmo assim, transmitia um pouco do conforto acolhedor daquelas famílias. Antes que sua mão tocasse a campainha, algo lhe chamou subitamente a atenção. Além da casa, havia alguém sentado na areia. Nervosismo tomou conta do corpo da loira, seus pés travaram, seus dentes cerraram, suas mãos começaram a suar. Depois de 3 anos longe de todos, aquela era a pessoa que Anastasia mais sentia falta, mesmo de costas, ela notou Alvo observando o mar. Antes que alguém aparecesse por ali e a visse, relutantemente Anastasia foi se aproximando de Alvo, não sabendo se aquilo era certo. Fazia anos que ela não via o garoto, e se ele não queria mais vê-la? E se o Ministério a encontrasse por aqui? E se eles só estavam esperando ela aparecer para prendê-la por seus crimes do passado? E se Alvo a mandasse embora? E se... Não teve tempo de refletir direito, assim que percebeu, já estava muito próximo do garoto, colocando a mão em seu ombro, o fazendo virar assustado. No momento que Alvo a encarou, fitando aqueles olhos azuis brilhantes de que tanto sentira falta, o maior sorriso que ela já dera na vida, se formara em seus lábios e consequentemente nos dele também, em questão de segundos o garoto já estava a abraçando, entorpecendo-a com o seu aroma doce, e sua calma reconfortante. Depois do que pareceram horas, Alvo a soltou a encarando por mais alguns segundos que pareciam durar a eternidade, mas para Ana aquilo não a incomodava. Após o abraço de Alvo, ela percebera que o garoto sentira falta dela tanto quanto ela sentira dele, e tudo valeu á pena. Valeu a pena ela ter vindo, ter arriscado possivelmente ser pega pelo Ministério, ou gerar mais brigas com as famílias Potter e Weasley sobre o que havia acontecido há 3 anos. Tudo valera á pena agora, apenas porque ela estava vendo-o e sorrindo para ele e o mais importante, seu sorriso sendo retribuido pelos lábios dele.

– Annie! – Soltara Alvo ainda sorrindo. – Eu não consigo acreditar que você está aqui, bem na minha frente. Por Merlin, é você mesmo? Está tão... Diferente... – Alvo a abraçara de novo.

– Sim, Alvo sou eu. Diferente é? Espero que isso seja bom. – Ela riu assim que o soltou, o garoto mexeu nos cabelos nervosamente, depois sorriu entrando no jogo.

– Cabelos curtos definitivamente combinam com você. – Sorridente ele passou suas mãos levemente pelos cabelos da loira.

– Pelo visto, eu não fui a única a mudar, em? – Anastasia retribuiu o toque dele, passando suas mãos pelos cabelos loiros na cabeça de Alvo, o garoto adotara mechas loiras na parte da frente de seu cabelo, além de sua cabeleira estar mais arrepiada do que o normal, Alvo também tinha a barba por fazer e havia ganhado alguns músculos que podiam ser notados já que o garoto usava uma camisa regata azul. (http://topdecuriosidades.com/wp-content/uploads/2013/12/Logan-Lerma.jpg)

– Então... – Alvo conduziu Anastasia para se sentar na areia, um de frente para o outro. – Nossa, não imagina o quanto estou feliz por você ter aparecido. Tenho sonhado com esse momento desde que você partiu. Eu sabia que o Ministério estava errado. Eu sabia que você algum dia iria aparecer novamente. – O garoto era só alegria.

– O Ministério sempre está errado. – Compartilhou Anastasia, piscando os olhos para Alvo. – Mas... No que eles erraram dessa vez?

– Bem, eles... – Assumindo um tom mais sério, Anastasia soube que chegara a hora da verdade, a hora em que eles iriam voltar ao passado e os questionamentos começariam. – Eles disseram que você não iria voltar, que era melhor desistirmos de procurá-la e que se acaso aparecesse era para nos abandonar novamente... – Desviando o olhar, Anastasia sentiu uma lágrima querendo descer pelo seu rosto. Não conseguia encarar Alvo, afinal, ela nem deveria estar ali, e agora que estava, não podia demorar muito, não podia voltar assim, como se nada tivesse acontecido. Como se ela não tivesse no passado tentando matar o pai de quem agora a encarava buscando respostas. – Eles não estavam errados, não é?

– Dessa vez eles acertaram. – Um silêncio pavoroso se instalou entre eles.

– Então porque voltou? Porque fez isso comigo? Só fez com que eu te esperasse por todo esse tempo para depois ir embora assim, sem mais nem menos? – Alvo começara a chorar demonstrando o quanto estava abalado com aquela situação.

– Alvo, acalme-se. Não quer parecer desequilibrado no primeiro encontro, não é? – Anastasia tentou fazer piada, mas o garoto continuava a chorar. – Tudo bem, me desculpe! Desculpe-me, mas eu não sei o que fazer, juro que não sei, nem ao menos sei por que vim para cá.

– Você veio para cá porque se importa, não entende isso? – Já vermelho o garoto a confrontava.

– Mas você não entende que posso ser presa pelo Ministério a qualquer momento? – Perguntando aquilo com um tom extremamente sério algo inusitado aconteceu. Alvo que antes chorava, agora a encarava sorridente.

– Então você fugiu por medo? Por medo que te levassem a Askaban? – Perguntou e Anastasia finalmente entendeu o motivo daquele sorriso, ele tinha esperanças de que ela tivera deixado-o por medo do Ministério, mas não era apenas aquilo.

– Não! Eu fugi por que tive medo de você! – Declarou sinceramente.

– De mim? Você nunca teve medo de mim! – Anastasia não conseguia entender como o comportamento de Alvo era de certo modo uma surpresa para ela. Ele tratava aquilo tudo como algo simples, enquanto ela não conseguia esquecer as cosias terríveis que ela fez com a família dele.

– Mas eu tive, tá legal? Não foi fácil para mim olhar nos seus olhos depois do que eu fiz, ou tentei fazer com seu pai! – A loira disse com a voz profundamente rouca devido às lágrimas que agora lavavam seu rosto descontroladamente. Alvo a abraçou, afundando o rosto dela na sua camisa azul.

– Você ainda não percebeu que eu já te perdoei? Depois que você passa 3 anos longe de uma pessoa, você começa a ver pelos olhos dela. Eu levantava da cama todos os dias tentando entender o motivo pelo qual você tentou assassinar meu pai, e não foi fácil, mas sabe de uma coisa? Eu entendi! E talvez eu tivesse feito o mesmo se tivesse tido a criação que você teve, se tivesse sido completamente abandonado por meus próprios pais e possuísse um padrasto que tentava me controlar o tempo todo. Sei que isso também não resume o porquê de você ter criado essa “vingança” contra a minha família, mas em parte, eu entendo pelo que você passou. E aceito isso, e mais do que isso, eu perdoo você. Agora, por favor, pare de chorar, isso tá me matando! – Anastasia podia sentir a agonia na voz dele. Enxugando as lágrimas dela, Alvo a olhara firmemente e sorrira tentando acalmá-la, o que funcionou. – Agora me conte, porque todo esse medo do Ministério?

– Por quê? Você ficou louco ou só burro mesmo? Eu tentei matar um dos Aurores mais importantes de toda história. Você acha que isso não é nada?

– Escute, preciso te contar uma história. – Anastasia prendeu toda sua atenção nas palavras do garoto. – Depois de você ter ido, a Mansão Malfoy, ficou um completo caos. Todos nós ficamos desesperados só de pensar em nunca mais ver você. Após nos acalmarmos novamente, Draco foi fazer uma visita ao Ministério, pedindo que a localizassem, mas eles já estavam fazendo isso. Depois que o Ministério perguntou a nossa família se algum de nós gostaria de prestar queixa sobre você, todos nós negamos. E embora não acabasse por ai, afinal, você matou Lúcio, o Ministério alegou que aquilo fora um crime de legitima defesa, já que ele vinha ameaçando sua família. Ou seja, sem inquérito para você, sua fixa estava mais ou menos limpa. Bom, sobre os alunos que você fez com que fossem expulsos de Hogwarts, Minerva os ofereceu uma bolsa de estudos para cada um deles, e nenhum reclamou. Embora o que você tenha feito é ilegal, o mínimo que você pegaria, era serviço comunitário, que o Ministério nos explicou, você teria que trabalhar para trouxas, mas quando eles foram atrás de você, à única coisa que disseram era que você já estava fazendo isso. – Alvo apontou para a camisa de Anastasia, que continha o símbolo da empresa onde ela agora trabalhava. Resolveu tirar aquilo, ficando apenas com uma camisa branca regata. – Então... Com base nas sugestões totalmente esclarecedoras que você deu á eles quando estavam atrás do Lúcio, o Ministério nos disse que se você voltasse, eles te ofereceriam um emprego lá de investigadora, o que acha?

– Isso seria ótimo! – Anastasia estava gostando de cada palavra que ouvia.

– Posso te perguntar algo? – Ela assentiu. – Valeu á pena matar Lúcio?

– Bem, a vingança não muda o passado, não vai trazer minha mãe de volta, mas a sensação é boa demais. – Disse Anastasia pensativamente.

– Nossa! Ás vezes você me dá medo, sabia? Mas eu gosto da sua sinceridade.

– Então... Vai me contar as novidades? – Perguntou à loira.

– Como quiser. Bom, pra começar o James está morrendo de saudades de você, sabia? Assim como todos nós sentimos. – Anastasia ficou surpresa com aquilo. James e Dominique foram os que pareceram guardar mais rancor dela, por terem sido torturados pela garota. – O James sente falta da ex-Malfoy gostosa, é como ele te chama pra fazer ciúmes a Dominique. Antes ela caía nessa, mas agora sem você por perto, por mais que ele fique te chamando dessas coisas, ele não consegue fazer com que ela fique irritada. Isso está pesando para ele... – Os dois começaram a rir.

– Isso parece ser mesmo coisa do James. Mas e os outros estão bem? O que mais anda acontecendo? – Perguntou curiosa e morrendo de saudades de seus amigos.

– Bom, todos continuam namorando. Draco ficou enfurecido com você no inicio por ter fugido...

– Eu sinto muito!

– Mas ele agora está cheio de esperança que você volte. O Ministério não quis dividir sua localização com a gente, o Draco ficou enfurecido e recentemente até abriu um processo contra o Ministério... Bem, mesmo assim ficamos sem noticias. Parece que eles precisam de alguém como você para começarem a ter mais eficiência. - Anastasia riu novamente. – A Claire bem...

– O que aconteceu com ela? – Anastasia quase gritou em preocupação quando ouviu o tom de voz de Alvo.

– Bem, ela... Fugiu com um cara da rua dela. Um trouxa... Os pais delas estão furiosos... Mas ela anda mandando cartas para eles, e de vez em quando vem nos visitar. Eu não a julgo, estamos felizes por ela estar feliz... – Anastasia sorriu satisfeita, até que enfim Claire tomou a decisão correta. – AHH, e a maior das novidades é sobre o noivado Weasley Malfoy!

– O que? O Scorpius e a Rose vão se casar? – Perguntou de maneira exasperada, Alvo sorriu sentindo seu peito encher de saudades de tocá-la como fazia antes.

– Sim, Draco criticou de inicio, e Ronald jogou toda irresponsabilidade para Scorpius dizendo que esperava coisas rebeldes vindas de alguém como o James, mas não dele. Daí o James disse que seria solteiro para sempre e ele e a Dominique discutiram, mas tudo está bem. Pra terminar, o meu pai se meteu defendendo o James e também o Scorpius e eles finalmente aceitaram. – Concluiu Alvo.

– Mas eles são muito novos, os dois têm apenas 19 anos. – Disse Anastasia ainda surpresa querendo parabenizar o casal mesmo assim.

– Ei! Eu tenho 19 anos. – Disse Alvo fingindo estar magoado. - Ah, aliás... Feliz aniversário. – Realmente, hoje era um dia especial para a loira, ela fazia 20 anos, embora o dia tivesse começado monótono, ela sentia uma grande felicidade de estar sentada ao lado do homem que ama. Alvo lhe dera um beijo na bochecha, afastando delicadamente o cabelo do rosto da Riddle. O coração da garota bateu aceleradamente em seu peito enquanto ele se afastava, seu corpo ansiava por mais do que o simples toque dele, ela o queria para si. – Annie... – O garoto ainda tinha os olhos fechados mesmo depois que voltara para seu lugar ao lado dela. Os dois não conseguiam mais aguentar de tantas saudades. – Senti sua falta!

– Eu também senti a sua. – Confessou tristemente, relembrando o tempo em que havia terminado o namoro com o Potter.

– As coisas mudaram, Annie. Você mudou... Mas ainda continua sendo a mesma para mim, e sempre será. Eu nunca me esquecerei das palavras que você me disse antes de, bem... Antes de ser possuída pelo seu pai. – Alvo alisava o rosto da garota delicadamente, fazendo com que ela permanecesse com os olhos fechados esperando o contato que ambos desejavam, mas o Potter precisava se segurar, ambos precisavam esclarecer algumas cosias. – Mesmo que você não diga aquelas palavras novamente, eu sei que se você disse, é porque era verdade. E nunca, nunca mesmo eu vou te largar, porque aquelas palavras fizeram com que criássemos um laço ainda maior do que tínhamos... É por isso que nunca fiquei com garota nenhuma depois que você se foi, nem sequer pensei em outras garotas, só em você, todo momento, pensando em você e no que eu iria fazer quando te encontrasse. Isso se chama amor, Annie. E é esse sentimento que faz com que pessoas como eu, façam qualquer coisa para estar perto de pessoas como você... É porque eu te amo.

– Alvo... Você sabe, eu sinto... Eu sinto o mesmo. – Declarando aquilo, ela sentiu como se o mundo voltasse a ser ele mesmo. Tudo que mais temia era que Alvo não a aceitasse de volta e consequentemente seus familiares. Mas até agora tudo estava as mil maravilhas e a partir do momento que ela se abriu para ele, tudo mudou. Toda sensação de medo deixou seu corpo, ela estava livre, livre pra viver onde quisesse. Sem fugas, sem empregos trouxas... Ela agora poderia aproveitar para viver de verdade. Pois antes achava que viver, era apenas ter liberdade, agora ela viu que o melhor da vida é ter liberdade tanto para ir, como para ficar, ficar perto de pessoas tão importantes que a deixassem mais forte, e era isso que o homem á sua frente fazia com ela. Sentiu seu rosto ser puxado com força pra mais perto do rosto á sua frente, ainda com os olhos fechados, ela sentiu a respiração pesada de Alvo, podia sentir o modo como ele se controlava perto dela, pois era o mesmo que ela sentia em relação á ele. A torturando gentilmente, Alvo beijou o pescoço da garota, descendo pelo seu ombro e voltando, percorrendo o mesmo caminho.

– Annie, minha Annie. – Dizendo isso, ele invadiu a boca da garota com total rapidez e eficiência que a deixou surpresamente incapaz de se mover no inicio. Ele havia mudado mesmo, tornara-se mais forte, mas pretensioso, mais capaz de lhe causar prazer, não que ele não tenha causado antes, mas a sensação era bem diferente agora, talvez pela saudade, mas primeiramente pela presença que o homem agora emanava. Mordendo o lábio de Anastasia com força, Alvo subiu em cima dela, esperando que ela se recuperasse da surpresa e começasse os movimentos. Rolando o corpo, Anastasia ficara por cima do Potter, ambos sorrindo com os lábios colados, foi então que a loira deu inicio a dança sensual que fazia com seus lábios. Agarrando o garoto pelos cabelos e o trazendo para mais perto, ela conseguia agora captar todo e qualquer sentimento que dele emanava. Sentindo o calor percorrer o seu corpo, e a pressão de seu pulmão diminuindo pela falta de ar que já se fazia presente, para ambos, Anastasia relutantemente descolou seus lábios do Potter e o olhou sorridente, ela saiu de cima dele, ficando deitada na areia ao seu lado. Os dois sorrindo um para o outro, ambos desejando poder fazer mais do que só se beijarem, mas eles tinham muito que fazer. Anunciar a chegada de Anastasia era uma das coisas na lista.

– Eu tenho uma pergunta. – Anunciou respirando pesadamente.

– Manda!

– Você realmente me perdoa? Sabe... Por tudo... Até por... – Perguntou relutantemente apontando para sua barriga. O filho que Ana havia mantido em sua barriga, tivera sido morto no confronto com Voldemort, e mesmo antes disso, a garota sentia culpa por pensar em cosias tão terríveis em relação ao bebê, mesmo estando sendo influenciada por seu pai.

– O nosso filho... Bom... Parece que alguém lá em cima, gosta de nós, e nos deu uma oportunidade melhor de criarmos uma criança. Praticamente estou quase me tornando Auror, você pode crescer nessa carreira também, nosso pais irão aceitar, e quem sabe poderemos fazer com que você seja uma mãe melhor do que antes. E claro, eu posso avançar na posição “pai preocupado”. Sempre há chances de tentar de novo. – “Quando ele amadureceu tanto?”, pensou alegremente.

– Então isso é um sim? Você me perdoa? – Estava claro que aquela era uma questão extremamente importante para a garota.

– De verdade? – Anastasia assentiu apreensiva. – Não! Digamos que eu quero assassinar você. Quero aniquilar qualquer parte de você que já tenha existido. – Anastasia não esperava por aquilo.

– O que?! – Perguntou confusa se levantando da areia exasperadamente.

– A garota que eu conheci, chamava-se Anastasia Malfoy, não vejo essa garota na minha frente agora. Erros podem ser reparados se dois corações estiverem dispostos a cooperar. O meu está, mas não para perdoar, ou reparar seu erro, e sim para recomeçar. Recomeçar do zero... – Alvo também se levantou ficando de frente para ela, encarando os olhos incrivelmente verdes da loira.

– Você quer recomeçar? – Perguntou aliviada por Alvo ter se explicado melhor. Ás vezes o lado Sonserino dele a assustava. – Então... Como isso funciona?

– Simples... – Ele virou de costas, esperou alguns segundos e virou de novo, a encarando. – Olá! Meu nome é Alvo. Alvo Severo Potter, sim, tenho o sobrenome do homem mais famoso da história, mas sabe... Não ligo tanto para isso. E você quem é? – Anastasia gargalhou alto com aquilo. O homem sabia realmente como alegrá-la.

– Oh, encantada Senhor. – Ela fez uma reverência com um vestido imaginário.

– Anastasia... Estamos recomeçando, e não voltando aos anos 1500. – Sussurrou o garoto fazendo com que ela risse novamente.

– Ah, ok. Então... Muito prazer, Alvo. Meu nome é Anastasia Malfoy e...

– Não, não, não! – A interrompera sem aviso prévio. – Recomeço... Significa sem mentiras, sem falsidade, sem nomes falsos. Qual é seu verdadeiro nome?

– Meu nome é Anastasia Riddle, e eu estou encantada em conhecê-lo. – Alvo lhe dera um enorme sorriso, mostrando os dentes incrivelmente brancos dele. A abraçara de lado e lhe dera um beijo na bochecha fazendo com que a eletricidade passasse pelo corpo dos dois. – Pronta? – Anastasia assentiu determinada. Os dois andaram até a porta da casa de praia, Alvo a abriu. A Riddle finalmente poderia viver daqui pra frente, sem segredos, sem mentiras. Apenas livre para amar quem quisesse e para ficar perto das pessoas que mais importavam para ela. Ela agora poderia ser realmente ela mesma. Uma garota cujo nome despertaria a curiosidade de muita gente daqui pra frente, mas ela não ligava, pois agora não tinha mais medo. Seu nome? Anastasia Riddle, a herdeira dos Riddle.

– Pessoal, olha quem está por aqui!

Fim!

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Hello meus Divos, o que acharam do ultimo capitulo? Pois é, mais grandinho né? Mas é isso ai, o ultimo é sempre o fechamento de tudo. Espero que tenham gostado do retorno dela e embora eu não tenha colocado para dialogar com os outros personagens (se não ficaria maior do que já é), eu a coloquei pra dialogar com o mais importante, correto? Além de que prefiro vocês usando suas imaginações para elaborarem a ultima parte, que tal? Se sou malvada? Sim, mas não foi por preguiça que não fiz a continuação okay? Só que senti que as cosias encerraram de vez a partir daquele momento e nada do que continuasse aquela cena iria valer para Anastasia, ela já tinha encontrado o que e quem ela precisava ;) Então, está aberta a fila de xingamentos ou de elogios (eu prefiro essa kkk), mas enfim... Acabou.

E eu tenho tanto pelo que agradecer a vocês, sério mesmo. Cada um mesmo, mas são tantos, cara. aahh!

Primeiro quero agradecer ás 4 pessoas que me deram as DIVAS recomendações (espero que venham mais *--*), mas OBRIGADA MUITISSIMO A Blonde que sempre me chama de Tia e eu a chamo de sobrinha >< haha! Obrigada a Draddie que é mt mt fofa, gente. Obrigada á Carla Weasley que também me acompanhou desde o comecinho e é fofissima :) e Obrigada á Bruna Black que também acompanhava outras fanfics minhas e eu fiquei extremamente feliz quando ela apareceu por aqui.

MAS OBRIGADA á todos e todas vocês, porque se essa fic chegou á 268 reviews até agora, foi por conta de vocês e eu nem sabia que iria ter tudo isso. Por isso OBRIGADA mesmo, eu nem esperava que tivesse todo esses comentários e recomendações, e é claro que sei que há fics por ai que recebem muito mais, mas sabe, eu estou totalmente hum... digamos saciada com todo esse carinho que não vem apenas dessa fic, mas de outras que vocês já acompanharam, e é incrivel como vocês sempre aparecem DO NADA e me dão o presente que é ter vocês por perto, sempre batendo papo, até mesmo nas MPs ><, então é isso. E obrigada também aos que chegaram agora e que podem acompanhar meus próximos passos, ou rever minhas outras fics, e também se não quiserem, obrigada apenas por participarem dessa aqui. Eu não vou esquecer vocês e ainda não há planos para outra fic de HP por enquanto, porque quero tentar escrever sobre outras coisas e se algum de vocês tiver interesse em series como Victorious ou Sunny entre Estrelas, etc... Podem dizer pelos comentários ou MPs, que eu aviso quando postar alguma fic sobre o assunto :) Mas por enquanto é isso... Obrigada de novo e vocês são MUITO DIVOS mesmo...

Como sempre digo em algumas fics minhas, isso não é um ADEUS, é apenas um Até Logo, amo vocês, bjus :D ♥

~Tia Vic :)