“Garotas podem parecer frágeis, mas não somos bobas. Hoje, choro, amanhã me vingo.”

Logo em seguida Anastasia soltou uma forte gargalhada enquanto examinava o garoto a sua frente.

– O que foi? Fiz algo... De errado? – Alvo perguntou enquanto se encolhia na cama.

– Nada Alvo, você não fez nada de errado... É que... Nossas pernas estão entrelaçadas, quase posso te sentir, acabei de dizer uma frase de efeito e você não avança... Não é normal... Hum... Nunca fiquei com ninguém assim. – Seu sorriso se estendeu conforme o garoto ficava vermelho. – Não tem do que se envergonhar... É seu jeito e é... Muito fofo. – Alvo voltou a sorrir.

– É que... Não sei bem por onde começar... Nunca precisei me preocupar com isso com nenhuma garota. Claro que já cheguei a beijar garotas muito intensamente, mas nunca cheguei á isso... – Alvo parou quando percebeu o olhar ciumento de Anastasia. – Tudo bem, talvez eu deva ficar calado e não mencionar nenhuma garota que eu tenha ficado, certo? – Ana assentiu. – Mas e você... Hum... Quantos caras, fora o James, você já... Ficou? – A pergunta de Alvo estava guardada desde a suposta “relação” que Ana teve com James. E ela entendeu isso. A Riddle teve vontade de dizer que nada aconteceu entre os dois, mas não podia deixar Alvo saber disso, afinal, nem o próprio James sabia, pra ele tudo tinha acontecido conforme a aposta. E era melhor deixar assim.

– Três... No geral... – Disse disfarçadamente enquanto saía de cima do garoto e se sentava na cama de casal. Anastasia desviou o olhar de Alvo. Tinham sido dois garotos que chegaram a finalmente “ficar” com a moça. Um, quando ela tinha tido sua primeira vez com 15 anos. E outro no ano seguinte. Mas nesse ano, Anastasia não tinha “ficado” com ninguém até agora, quer dizer, ela tinha mentido sobre James, mesmo assim, tinha que acrescentar o garoto á sua lista. Anastasia voltou seu olhar ao garoto que tinha os olhos arregalados. – Ah! Qual é?! Não foram muitos, foram? – Alvo sorriu.

– Não, não foram. É só que... Ainda me surpreendo com o fato de você achar que eu ligo pra quantos caras ficaram com você... Eu tenho você agora pra mim, não tenho? Isso basta! Não precisa desviar o olhar. – Mas dessa vez foi Alvo quem desviou o olhar e Anastasia sabia o motivo.

– Isso foi muito fofo, Alvo, mas... É claro que você se importa... Não com os outros, mas com um apenas... Você se importa tanto com o fato de eu ter transado com o James que nem sequer consegue disfarçar... – A Riddle se levantou da cama, totalmente frustrada como ela estava, não era uma boa hora ficar aqui com Alvo. – É melhor eu... Hum... Sair... Conversamos depois? – Perguntou com incerteza. O Potter assentiu e ela foi em direção à porta, tentou abrir, mas a porta estava trancada. – O que aconteceu?

– É a Sala Precisa, lembra? Eu realmente preciso que fique comigo, e acho que a Sala entendeu isso... – Explicou Alvo levantando-se da cama.

– Mas eu também preciso sair daqui e isso não tá acontecendo... – Anastasia tentou outra vez a porta, mas nada.

– Não é verdade. Você não precisa sair daqui... Você só quer fugir, como sempre faz. Mas ao mesmo tempo quer ficar aqui... Comigo... – Alvo sorriu e naquele sorriso Anastasia sabia que ele tinha razão. Ela queria ficar aqui com ele, pra sempre se possível, mas tanta coisa os atrapalhava. Alvo chegou mais perto, e tocou a mão da loira. – Tem razão quando diz que ligo muito pra o fato de James ter ficado com você, mas você é minha, só minha. E eu a quero tanto como você me quer. Então podemos resolver isso logo? Meu corpo não aguenta mais ficar tão longe do seu... – Foi à vez da garota sorrir enquanto Alvo se aproximava e a imprensava na parede. A boca do garoto desceu para o pescoço da Riddle, a fazendo se contorcer de desejo. Alvo continuou ali, beijando seu pescoço, enquanto suas mãos voavam para a cintura da garota, descendo e descendo até chegar à base de sua saia.

– Pra alguém novato, acho que você sabe bem o que fazer... – Anastasia soltou enquanto agarrava com força os cabelos negros de Alvo.

– Lembra quando te disse que nunca precisei me preocupar com isso com nenhuma garota? – Anastasia só respondeu com um “uhum” enquanto tremia por dentro, sentindo Alvo abaixar sua saia ainda beijando seu pescoço. – Eu nunca acertei na escolha da garota por isso não me preocupava. Agora, sei quem é a garota certa pra mim... E sei muito bem o que quero fazer com você... – Alvo abaixara a saia de Ana por completo, e enquanto suas mãos tentavam tirar a blusa da garota, ela simplesmente se prendeu a corrente de namoro que ele tinha lhe dado. Anastasia soltou uma risada gostosa. – É claro que ainda preciso de ajuda pra isso. – Ela riu mais e empurrou o garoto que já tinha começado a dar mordidinhas no seu ombro. A Riddle levantou um pé de cada vez, empurrado o tecido da saia por baixo de seus pés, livrando-se dela por completo. Alvo olhou pra baixo e teve a bela visão de Anastasia com roupa de baixo preta e rendada. Ela deu uma voltinha percebendo que aquilo estava deixando o garoto louco. A loira se aproximou de Alvo e pegou as mãos do garoto, as colocando em torno de sua cintura, e com os auxílios de sua mão sobre a mão de Alvo, ele foi livrando-se da blusa branca que ela usava. Mais uma vez, Alvo estava ali, de queixo caído, enquanto observava a Riddle em seu esplendor. Apenas com o conjunto preto que usava.

– Tudo bem, você já fez sua parte. Acredito que agora é a minha vez. – A Riddle avançou no Potter, o empurrando na cama de casal. Com um movimento rápido ela ficou em cima dela. Prendendo a cintura do garoto com suas pernas. Ela deitou-se sobre ele, procurando seus lábios que encontrou com facilidade. Ao sentir o gosto de hortelã, os lábios de Anastasia movimentaram-se sozinhos buscando prazer e mais prazer. Por mais que o contato entre as línguas dos dois fosse realmente perfeito e prazeroso, os dois ansiavam por mais. Entendendo isso, Alvo começou a tatear seu corpo em busca do cinto da calça, mas mãos o impediram. – Não, não. Lembra? É a minha vez! – A Riddle soltou as mãos da dele e tateou o cinto do garoto que impedia os dois se explorarem o prazer juntos. A loira o agarrou com força e desprendeu-o da calça o jogando para trás sem nem ligar pra onde ele iria parar. Abriu a calça clara de Alvo e passou ela pela cintura do garoto, também se livrando da mesma. – Você ainda está com muita roupa. Que tal tirar a blusa? – Perguntou mordendo os lábios, louca pra ver o seu querido Alvo sem camisa novamente. Desde o dia que ela entrou no quarto de Scorp sem ser convidada e deu de cara com Alvo de toalha, ela não esquecera o corpo magnífico que o garoto tinha. Não era tão musculoso como a maioria dos caras, mas a pele pálida de Alvo contrastava com os músculos ali presentes. Alvo obedeceu, tirando a camisa enquanto Ana livrava-se dos sapatos do garoto.

– Prontinho! – Falou esperando a reação da garota. Surpreendentemente Anastasia ficou séria. – O que foi? Eu to gordo?

– Não, seu idiota, é só que... Isso é estranho! – Ela quase sussurrou.

– O que é estranho? Meu peito? Ah, desculpe. Eu devia ter acreditado quando o James disse que era um maior que o outro e... – Anastasia revirou os olhos enquanto Alvo tinha praticamente uma crise de nervos.

– Não. Tem. Nada. De. Errado. Com. O. Seu. Peitoral. Delicioso. – Disse pausadamente pra que ele parasse. – Seu corpo é perfeito... É só que... É estranho o fato de eu gostar tanto de você a ponto de imaginar passar o resto da minha v... – Ela parou conforme o olhar de Alvo ansiava por mais. Mas ela não continuou.

– Se é isso que você quer, lembre-se que eu sempre, sempre, sempre, estarei aqui pra você... – Foi à vez de Alvo tomar uma atitude e num giro rápido ele suspendeu-se por cima dela, tendo cuidado para não machucá-la. – Talvez não esteja pronta pra falar as três palavrinhas mágicas, mas eu sempre estou pronto pra isso... E caso não queria escutar, eu posso me manter quieto, eu entendo. – Alvo a beijou loucamente, esmagando sua boca rosada de encontro à da garota. Seus lábios rapidamente sentiram o perfume de limão e laranja dos lábios de Ana. Sua pele precisava de mais do corpo dela, aquilo não era o suficiente. A Riddle arranhava as costas do garoto conforme o beijo ia intensificando-se. As mãos da garota tatearam mais abaixo, procurando a cueca Box cinza que o Potter usava. Sem cuidado, ela praticamente a rasgou quando tentou tirá-la. Os dois desgrudaram as bocas, olhando um para o outro.

– Desculpe... – Soltou a loira.

– Não tem problema, eu tenho milhares de cueca e... – Começou Alvo.

– Não! Desculpe... Por tudo... – Alvo entendera. As três palavrinhas é claro. Como ele havia dito, ele entendia muito bem a situação da garota.

– Isso tem haver com o fato de você ter me dito que veio para essa escola com intenções totalmente diferentes? Sem namoro, sem beijos, sem garotos, sem interrupções pra o que quer que esteja impedindo você de conseguir algo? – A voz do garoto ficou profundamente séria.

– Você ainda lembra-se disso? – Anastasia perguntou também assumindo o tom sério.

– Sim, como posso esquecer? Foi um dia importante pra nós, não foi? Você me disse que tinha um propósito, mas disse que não podia me contar, você não se lembra desse dia? – O Potter perguntou severamente. Anastasia ficara em silêncio e ele entendera aquilo como um “não”, mas ela só precisava pensar. – Bom... Foi importante pra mim pelo menos. – Alvo tentara sair de cima da garota, mas Ana o puxara de volta, e com outro giro ela ficara em cima dele.

– Você é tão bom... Tão bom comigo. Você aceita tudo o que eu digo, apenas por saber que eu não posso te contar e realmente não posso, Alvo. É um assunto meu e eu ficaria extremamente feliz se você pudesse entender isso, mais do que você entendeu isso tudo que tá acontecendo. Eu só peço a você que seja um pouco mais... Hum... Compreensivo, só mais um pouco. Por favor? – Alvo não parecia convencido, mas faltava pouco. – Só porque eu não te disse as três palavrinhas não quer dizer que eu seja indiferente com você... Eu... Te... Hum... Eu te adoro muito e não estou pronta pra dizer isso porque eu realmente sinto que apesar de tudo nem deveríamos estar juntos pra inicio de conversa, mas... Eu não aguento ficar longe de você... Você consegue entender isso? – O clima pesado entre eles parecia ainda mais pesado agora. Mas Alvo sorriu, mostrando os dentes extremamente brancos á Anastasia deixando que um alivio interior passasse pelo seu corpo.

– Eu entendo isso... Mas... – Anastasia gelou novamente. – Não entendo como desatacar um sutiã seja tão complicado desse jeito. – A loira voltou a rir quando percebeu a piada do garoto. Ele realmente estava tentando desatacar o sutiã dela, mas sem sucesso.

– Você é um idiota, sabia? – Ela perguntou deitando sobre o peito dele e pegando nas mãos de Alvo, o guiando até o fecho do sutiã.

– Sim, seu idiota! – Foi quando Alvo finalmente conseguiu tirar aquela peça com a ajuda de Ana, é claro. Ele a olhou por completo, apenas a calcinha preta o impedia de ter a total felicidade daquele momento. Mas aquilo já estava bom. Alvo admirou a garota com os seios nus em cima dele, chegou até a acariciá-los antes que Anastasia o interrompesse.

– Não vou ficar aqui sendo observada enquanto você ainda nem está nu por completo. – Os dois sorriram e olharam para a cueca de Alvo que estava com um rasgão enorme na lateral, mas ainda assim tampava algo. Anastasia finalmente livrou-se do pedaço de pano, revelando o amigo totalmente excitado do Potter. – WOW!

– Quê? – Alvo perguntou enrubescendo. – Ele dobra de tamanho quando tenho uma loira quase nua em cima de mim. – Anastasia riu alto.

– Será possível que nem nesses momentos, você fica quieto? – Os dois voltaram a rir, mas Alvo buscou a calcinha preta da Riddle com suas mãos, quando finalmente a alcançou, ele a tirou com um sorriso malicioso ainda em seus lábios.

– Vamos resolver isso, Annie? – Perguntou olhando pra ela e tirando um fio de cabelo que teimava em cair por seu rosto.

– Do que você me chamou? – Anastasia agora engatinhou pela cama, indo mais acima de onde eles estavam. Alvo a seguiu se deitando sobre ela.

– De Annie... Minha Annie. – Falou grudando seu corpo no dela. Ainda buscando contato, Anastasia não percebia, mas remexia seu corpo de modo que o dele penetrasse o dela.

– Fala de novo! – Ordenou entre gemidos enquanto ainda se contorcia de leve.

– Minha... – Alvo falou baixinho no seu ouvido, enquanto se ajustava no corpo dela. – Annie... – Finalmente ele a penetrou. Um gemido alto foi ouvido dela e Alvo ficou feliz por ter provocado isso. – Minha Annie... – Seu corpo se mexeu pra trás e depois pra frente. Os olhos fechados de Anastasia mostravam que ela queria mais, muito mais. Alvo continuou com os movimentos, mais e mais forte enquanto a beijava, embora, os gritos de prazer da Riddle fossem tão altos que impedia que a boca dela trabalhasse juntamente com a dele. Alguns minutos se passaram.

– Ohhhh Alvo... – Os gritos pararam vindos dela, demonstrando seu total êxtase do ato. Os olhos dela se abriram o examinando. Logo em seguida foi à vez de Alvo soltar o seu baixo e forte gemido de prazer. Ele retirou-se dela, colocando-se ao seu lado. Os dois puseram-se de conxinha na cama, Alvo tateou a cama em busca do lençol e os cobriu, depois apenas intensificou a posição, ficando praticamente grudado por trás dela. – Alvo?

– Sim, amor? – Perguntou fechando os olhos e inspirando o odor de laranja dos cabelos da Riddle.

– Não me diga que você está pronto pra outra... Porque eu não estou! – Anastasia afirmou séria.

– Não estou! Porque a pergunta? – Perguntou abrindo os olhos e se curvando um pouco pra frente pra que pudesse encarar os olhos dela de leve.

– Então explique porque estou sentindo alguma coisa dura batendo na minha bunda. – A voz da garota saiu firme como uma mãe para um filho.

– Não sei, juro que não sou eu. Espera ai! – Alvo tirou o lençol e procurou pela cama o que incomodava a garota. Rapidamente achou o objeto. – Han... Digamos que foi minha varinha, e estou falando dessa... – Ele mostrou a varinha para a garota. – Deve ter caído quando você praticamente rasgou minha calça junto com a cueca.

– Você vai ficar me zoando o resto do ano por ter rasgado sua cueca, não vai? – A loira perguntou rindo.

– Sim, eu vou, Annie. – Ele disse voltando a sua posição de antes e fechando os olhos.

– Fala de novo! – Ela ordenou.

– Annie... Minha... Annie. – Foram as últimas palavras dele, em seguida, Alvo pegou no sono, a deixando ali pensativa, sobre tudo que aconteceu. Não tendo muito tempo pra pensar, a Riddle simplesmente dormiu. Quando o sol finalmente nasceu, ela acordou, olhando para a figura do Potter ainda dormindo ao seu lado, agarrado á ela. Seu cheiro ainda mais forte do que ontem. Em um momento rápido ela olhou para o chão. Pra onde suas roupas estavam. A carta de sua mãe estava ali, dentro do bolso da sua blusa. Ela havia colocado ali depois de ter trocado de roupa para encontrar o Potter e não, ela ainda não havia lido a carta da mãe. Com Draco querendo falar com ela. Com a possível expulsão de Scorpius, com o namoro, com Alvo e o jogo, com as possíveis ameaças de Melissa. Com tudo isso acontecendo Anastasia havia esquecido-se de sua mãe e da carta que ela havia mandando Draco lhe entregar, o que a preocupava mais ainda, porque sua mãe e ela tinham medo de dar cartas como essas a alguém, medo de a pessoa abri-las e desconfiar de algo. Ainda mais sendo Draco que era seu filho e podia ter tido curiosidade o suficiente para lê-la, sem se importar por apenas ser de sua mãe. Com esse pensamento terrível, Anastasia se livrou dos braços de Alvo e foi correndo até onde sua blusa estava, pegou rapidamente a carta com mais pressa do que pudesse imaginar, depois de abri-la, seus piores pesadelos se concretizaram, a carta era normal, exceto por uma coisa. Cada letra que começava a frase de cada linha na vertical formava uma palavra. Uma palavra que a Riddle sabia exatamente o que significava, era perigo.

As letras formavam a palavra:

L

Ú

C

I

O