“Dinheiro e status compram garotas fáceis como ela. Caráter e personalidade conquistam garotas fodas como eu.”

Anastasia andava de um lado para o outro no corredor das masmorras, precisava fazer alguma coisa pra ajudar James, ele não era daquele jeito. Mas o corredor completamente enfeitado com balões, fotos, adesivos e coisas para lembrar que a Sonserina havia ganhado o jogo, não ajudavam a garota. Ela ouviu passos e uma voz masculina, se pôs atrás de uma coluna e escutou:

– Parabéns filho, você ganhou o jogo. E jogou muito, muito bem... – Draco parecia mais que entusiasmado.

– Obrigado pai, então... Hum... Ainda pensa em me tirar daqui? – A voz de Scorpius demonstrava um pote grande de preocupação. Ana revirou os olhos, afinal não era dessa maneira que Scorp conseguiria alguma coisa.

– Hum... Digamos que irei pensar, mas se ficar aqui... Terá que se afastar de algumas pessoas... – Foi à última coisa que Anastasia conseguiu escutar, depois os dois sumiram dali. Ela suspirou irritada por não poder ajudar Rose e Scorp como imaginava.

– Hey, Anastasia, parabéns pelo jogo, você com certeza foi a melhor. – Disse um garoto vindo em sua direção, ela sorriu e ele praticamente suspirou de felicidade.

– Todos dão os parabéns á ela por ela ter quase matado o namorado? – A Riddle escutou alguém falar mais a longe. Depois do corredor que ela estava, havia umas garotas fofocando sobre o jogo e os atletas mais bonitos.

– Talvez eu tenha feito isso pra cuidar dele depois... – A voz feminina assustou as garotas, mas a garota que havia falado anteriormente parecia ainda mais espantada. Anastasia cerrou o punho quando viu Melissa. – Melissa, eu deveria saber que era você que comandava a equipe de fofoca da escola. – As outras garotas riram. – A propósito, eu adorei esse seu hematoma na testa, realçou mais sua feiura exterior. – As outras garotas gargalhavam alto.

– O mais engraçado é que ela nem lembra como isso aconteceu, ela só pôde acompanhar o final do jogo. – Uma loira disse ainda entre risos. Ana sorriu aliviada por Melissa não se lembrar de nada, talvez a única coisa que ela havia lembrado era seu ódio por Anastasia, e isso era bom até certo ponto.

– Ainda não se decidiu pelos Potter, Ana? Vi que ficou bem pra baixo quando o James te deu um fora... – Melissa revidou, agora as duas praticamente se encaravam de perto.

– Sim, já me decidi... E sabe qual é a melhor parte? – Perguntou provocativa.

– Qual? – Melissa entrou no jogo.

– A melhor parte é que agora mesmo vou cuidar do meu namorado lindo, rir da cara do James, porque eu nunca o quis e o mais legal de tudo... É que vou comemorar pelo novo casal da escola... – Melissa cerrou o punho.

– Qual novo casal? – As garotas praticamente faziam um coro acompanhado de curiosidade.

– Lysander e Fred... Aquele Fred que você não conseguiu prender, o mesmo Fred que deixou você plantada, você sabe onde... Deve doer né? Saber que o cara que você gostou... Foi domado por outra, e que essa outra dá de 10 á 0 em você... – Anastasia abraçou Melissa enquanto a mesma ficava em choque. – Aproveite sua dor querida... – A Riddle sorriu pra garota e as outras meninas abriram caminho pra que ela passasse, e mais uma vez ela havia sido vitoriosa.

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A loira continuava a procura de uma solução para o problema de James, ela havia dito para as garotas que não se importava com James, que não o queria, por um lado era verdade, ela não queria o garoto, já havia se decidido, mas o queria bem, afinal ela tinha um apresso pelo garoto. Ele era da família de Alvo. “Com quem eu vou unir o James? Não pode ser nenhuma prostituta daqui de Hogwarts, o James precisa de uma mulher de verdade... Alguém que ele adore... Hum... Mas quem?”. Antes que a Riddle pudesse responder a tal pergunta, cabelos loiros passaram pelo corredor á sua frente e a mente de Ana se iluminou com a ideia.

– DOMINIQUE! DOMINIQUE! – Gritou como uma louca. A garota não havia escutado e se havia, teria fugido. As pessoas ainda davam parabéns para Ana, mas ela não ligava, não mais. Passou correndo por garotos e garotas que enchiam o corredor, foi quando finalmente conseguiu alcançar a garota, tocando em seu ombro. – Ufa! Te achei.

– O que você quer? – Dominique foi tão direta que Anastasia chegou a pensar na hipótese da garota realmente ter corrido dela.

– Porque está assim comigo? Não te fiz nada! – Tentou Ana.

– Porque estou assim com você? Você feriu todo e qualquer sentimento que o James já teve por você... E eu o considero demais, demais mesmo. Eu o amo como... Hum... Amigo. – Naquele momento estava mais do que claro que Dominique era completamente apaixonada pro James.

– Você gosta dele, é claro, você gosta dele! – Anastasia bateu em sua própria cabeça por não ver aquilo antes. Dominique praticamente tapou a boca da garota com suas mãos. Ela empurrou Anastasia de leve pra que elas fossem para um corredor deserto.

– O que pensa que tá fazendo? Não pode falar isso alto... Isso nem é... Verdade. – Dominique desviou o olhar.

– É claro que é! Você é incondicionalmente apaixonada pelo Jay. E ele gosta de você... – Ana parecia mais do que animada. Dominique era perfeita pra ele.

– Você acha? – A outra loira parecia mais animada, embora tentasse esconder.

– É claro! Olha! Ele me deixou plantada lá na Toca quando você chegou... O Jay te levou pra o Baile, que outra menina ele levaria pra o Baile? – Dominique apontou para a Riddle. – Tudo bem, ele me levaria ao Baile, mas não levou... Ele levou você, ele fica todo nervosinho quando você tá por perto e os olhos dele brilham igual aos seus quando o vê... E tem mais... Quando ele foi atrás do meu cheiro na poção polissuco, ele sentiu o odor de frutas cítricas, roupas novas e... Hum... O que mesmo que era? Ahhh, era spray de cabelo. - Anastasia chegou perto de Dominique e a cheirou, literalmente. – Você tem cheiro de spray de cabelo, e suas roupas são novas, você praticamente é uma loja ambulante, toda vez que te vejo você está com roupas diferentes. E... E que cheiro é esse? – Perguntou já esperando a resposta.

– É meu hidratante... – Respondeu hesitante. Ana fez sinal pra que ela continuasse. – É de frutas cítricas!

– Viu? É claro, ele gosta de você, Dominique. – Anastasia praticamente abraçou a garota. Não como o abraço que ela dera em Melissa, mas um abraço de verdade.

– Mas... Eu sou sempre a segunda opção dele, você é a primeira. – Dominique se soltou dos braços da Riddle e a encarou.

– Olha! Eu sei, você sabe e o James sabe disso. Mas ele nunca gostou de mim, acredite... Não de verdade pelo menos, ele sempre quis o que nunca poderia ter... Mas agora que ele está com raiva de mim, ele sabe que precisa de alguém pra fazê-lo feliz como eu não fiz... Não temos muita intimidade, mas... Todas as garotas estão correndo dele por causa daquilo que falei sobre ele no Salão... Sobre o... Hum... Você sabe. E elas também não gostam de perdedores... E é isso que o James é agora, esse é o momento perfeito pra você se declarar, e eu sei que ele vai fazer o mesmo. – Dominique parecia à garota mais feliz do planeta.

– Está bem, obrigada! – A garota loira saiu correndo, mas voltou rapidamente. – Hum... Isso não muda o que sinto por ele, mas... Por curiosidade... Hum... O que você falou sobre o James no Salão... Era verdade? – Dominique praticamente corou e Anastasia riu baixo.

– Não, não é... Foi a maior mentira da minha vida... – Anastasia soltou e a garota pareceu corar mais ainda. Dominique se despediu e foi de encontro ao seu amor, exatamente como Anastasia faria agora.

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A Riddle andava de um lado para o outro na frente do dormitório masculino de seu namorado, mas ele não se encontrava lá. Scorpius se escorava na porta do quarto e observava a impaciência da irmã enquanto ele a enchia com as histórias dele e de Rose e sobre como aquilo tudo estava sendo ameaçado por seu pai.

– Olha! Eu adoro você e a Rose, são realmente muito fofos, mas, por favor, me diz onde tá o Alvo? Amanhã cuidamos disso, eu juro! – A Riddle praticamente implorava.

– Tudo bem, tudo bem... – Scorpius entrou no quarto á procura de algo enquanto murmurava. – A gente não pode nem ter um pouco de solidariedade familiar. Argh! Toma! – O loiro entregou um bilhete para Ana que levantou as sobrancelhas em direção ao irmão. – Ele me mandou entregar isso á você, quando você viesse aqui.

– E você esperou esse tempo todo pra me dar? Argh! Seu estúpido. Até logo, doninha. – Anastasia saiu dali enfurecida. Hoje era o seu dia, o dia dela e de Alvo, poderia se preocupar com problemas de Scorpius e Rose amanhã. Enquanto passava pela abertura do Salão da Sonserina, foi abrindo o bilhete. A caligrafia de Alvo parecia à mesma, só que dessa vez, parecia um pouco apressada, como se tivesse escrito aquilo rapidamente.

“Encontre-me no sétimo andar, atrás da tapeçaria de Barnabás, em frente a uma parede branca. Só precisa procurar por mim, e o que mais procura vai encontrar. É claro, se precisar!”

Anastasia nem precisou ler o bilhete de novo pra saber ao que Alvo referia-se. Ela já teve experiência suficiente com James pra saber que Alvo queria encontrá-la na Sala Precisa, onde seu irmão a encontrara da outra vez. A moça não hesitou em ir onde o amado lhe esperava. Chegando ao sétimo andar, Anastasia encarou a parede branca e lisa á sua frente e andou três vezes pra cá e pra lá pelo corredor com seus pensamentos logicamente em Alvo. Uma porta magicamente surgiu, abrindo-se e mostrando o interior de uma bela sala decorada em verde e prata. Parecia-se muito com o Salão da Sonserina, mas algumas coisas estavam fora do lugar. Havia uma estante de livros no canto da sala, perto de onde se localizava um pequeno banheiro. Havia também poltronas acolchoadas com banquinhos também acolchoados para pôr os pés. O tapete parecia muito com o que Anastasia tinha em seu dormitório que dividia com Claire. E uma cômoda com alguns porta-retratos em branco lhe diziam que Alvo tentara ao máximo exemplificar o quarto de Ana naquela Sala. É claro que muita coisa havia mudado, mas ainda sim, parecia calmo e confortável. Passando pelas portas que pouco depois se fecharam, Anastasia viu Alvo num sofá-cama com uma rosa branca em suas mãos, ele a beijou e estendeu a mão para que a Riddle pegasse assim que ela chegou perto dele, sentando-se na ponta da cama.

– Olá! Devo dizer, ótimo jogo. – Soltou Alvo sorridente.

– É claro que foi um ótimo jogo. Você estava lá e claro que eu dei uma grande ajudinha. – Alvo riu com as palavras de Ana.

– Fique aqui, comigo... – Alvo apontou para o seu lado na cama e Anastasia se deitou ao seu lado. Ambos fitando o teto que sustentava o grande lustre prata. – Você se sentiu estranha com tudo aquilo do James? – Uma pontada de ciúmes podia ser sentida na pergunta de Alvo.

– Sim... Não gosto de fazê-lo sofrer, apesar de ele merecer na maioria das vezes. Mas... Eu não quero falar de James hoje, não aqui, não quando estou com você. – Respondeu à loira.

– Ótimo! Também não estava a fim de fazer isso... Hum... O quer fazer? Tem ótimos livros aqui... E podemos tomar um pouco de chá ou... – Anastasia pousara suas mãos na boca de Alvo na intenção de calá-lo.

– Acho lindo quando você tentar me deixar confortável até em momentos como esse... Você, mais do que ninguém sabe o que vim fazer aqui... – Anastasia cheirou a rosa branca que Alvo lhe dera e depois a colocara na mesinha ao lado da cama.

– Olha! Eu não queria deixar as coisas assim, não quero que pense que porque tem uma cama aqui quer dizer que vamos fazer alguma coisa... Só queria ficar a sós com você e... – Anastasia mais uma vez tapara a boca do garoto, só que dessa vez com um selinho.

– Calma! Parece que dessa vez o malicioso da relação é você se pensa que eu quis dizer isso... Nós dois sabemos o que eu vim fazer aqui... Eu vim cuidar de você, olha seu estado. – Anastasia pegou o braço engessado de Alvo e examinou o contorno branco e duro ao seu redor. – Queria que aqui tivesse uma farmácia pra que eu... – Antes de terminar a frase um balde de gelo, algumas toalhas e uns esparadrapos apareceram na poltrona. – WOW! Aqui tem mesmo o que se precisa. – Os dois riram e Anastasia levantou-se da cama para pegar as coisas que acabaram de aparecer. Depois voltou para o lado de Alvo e depositou tudo aquilo em cima da cama. – Olha só esses ferimentos, me desculpe por tudo.

– Não tem problema, ganhamos o jogo não foi? Fico feliz que aquele balaço não tenha quebrado minha coluna como imaginei. – Alvo falou sorridente e os dois riram.

– Oh nossa, não me faça parecer a pior namorada da face da terra. – Anastasia retirou o curativo que se encontrava perto da sobrancelha de Alvo e o jogou num lixo pequeno perto da cama.

– Você está cuidando de mim, não tem como ser a pior namorada desse jeito. Pra mim você é a melhor. – Os dois se encararam e Alvo corou profundamente. Ana riu, não era habitual dele, mas aconteciam algumas vezes e ela admirava demais momentos como esse.

– Vou ser a melhor, depois que te recompensar por todos os machucados. – Com cuidado a Riddle colocou um pouco de gelo no ferimento que estava levemente inchado ao lado da sobrancelha de Alvo. Após ficarem em silêncio por alguns minutos, Anastasia fez outro curativo próximo á sobrancelha do garoto.

– E como vai fazer isso? – Alvo voltara atenção aos olhos da moça. Um brilho sensual reluzia deles.

– Ah você vai ver! – Anastasia se inclinou para beijá-lo. O gosto de hortelã rapidamente atingiu sua boca deixando-a com cada vez mais vontade de beijá-lo, mais e mais. Ela desgrudou-se dele por um curto momento, suas bocas vermelhas com o contato. Alvo entendera a mensagem da loira e não podia deixar de imaginar como seria passar os próximos minutos com ela. Anastasia o olhou com ferocidade... – Quando terminamos, essa sala vai estar em pedaços.