La Revenge escrita por Mallagueta Pepper


Capítulo 60
As loucuras provêm...




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“As loucuras provêm da natureza íntima do verdadeiro amor”
Ninon Lenclos


Cebola voltou para dentro do salão atrás da Mônica, que tinha sido erguida pelo tentáculo de Agnes.

– Solta ela, sua desgraçada! – ele gritou tentando atirar nela tudo o que conseguia alcançar.
– Cebola! Por que fez isso? – Mônica perguntou apavorada ao ver que o rapaz tinha ido atrás dela. – Agora você vai morrer também!
– Então a gente morre junto, mas eu não te deixo pra trás de jeito nenhum!
– Oh, que lindo vocês dois! Se querem morrer juntos, então morrerão juntos! – ela falou pegando-os com o mesmo tentáculo e completou em tom de zombaria. – Morrerão juntos e agarradinhos! Hahaha!
“Vinte minutos para a autodestruição”.

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– Vão agora! A gente marcou o caminho com tinta.
– Não podemos deixar eles aqui! – Magali falou muito aflita.
– Eu vou ajudá-los, vocês precisam ir! Se a coisa apertar, só poderei levar dois de cada vez. Vão!

Cascão pegou Magali pela mão e os dois saíram correndo o mais rápido que podiam, torcendo para que ele conseguisse salvar Mônica e Cebola a tempo.

Quando eles se foram, Ângelo se concentrou e um raio foi disparado da sua espada, derrubando a porta com um grande estrondo. Ele caiu de joelhos no chão meio cansado por ter gasto tanta energia de uma vez, mas não havia tempo para descansar e ele voltou para dentro da sala pronto para lutar novamente.

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Se não tivesse presa, ela teria dado uns cascudos naquele desmiolado.

– Você não devia ter feito isso!
– Eu te deixei na mão uma vez, não vou deixar de novo! Não vou te deixar por mais nada! – ele falou com a voz calma, como se mais nada o assustasse.
– Seu tonto! – As lágrimas começaram a correr pelo rosto dela e o rapaz tentou enxugá-las com o rosto, já que um estava de frente para o outro.
– Tranqüilo, Mô. Onde você for, eu vou também porque te amo, esqueceu? Se for preciso, vou com você até no inferno!
– Cê...

Ele pousou um beijo que começou suave e em pouco tempo se tornou ardente e apaixonado. Se era para ser o último beijo, então tinha que ser o melhor do todos.

– Que coisa mais nojenta! Vocês são uns porcos imundos! – Agnes falou apertando-os com força para que parassem com aquela cena repulsiva.
“quinze minutos para a auto destruição” – a voz eletrônica falou novamente e eles viram que estavam perto do fim.

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À medida que entoava os cânticos sagrados, várias imagens e formas foram surgindo diante dos seus olhos, todos prontos para a luta. Apesar do vento que soprava balançando os lírios, as chamas das velas permaneciam fortes e brilhantes sem se perturbarem.

– Vão e ajudem esses jovens. Derrotem esse espírito maligno para que ele seja mandado para o lugar de onde veio!

As entidades saíram dali fazendo barulho e entoando gritos de guerra. A batalha estava para começar.

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No grande salão, Agnes apertava Mônica e Cebola com força fazendo várias ameaças.


– Agora vocês vão morrer! E quando terminar, irei atrás dos seus amigos! De todos eles! Todos serão meus pássaros!
– Não se eu puder evitar! – um golpe de espada foi dado, cortando o tentáculo que os segurava como faca quente na manteiga fazendo com que eles caíssem no chão e corressem para longe do monstro.

Agnes deu um grito de raiva e falou mostrando para ele seu tentáculo se recompondo.

– Seu anjo imbecil! Pensa que pode me machucar?
– Droga, eu não consigo mandá-la pro outro lado!

No meio de toda aquela loucura, Mônica teve Mônica a impressão de ter ouvido a voz de Araci entoando a oração que tinha lhe ensinado. Era muito sutil, mas dava para perceber muito bem e ela não pensou duas vezes.

– Cebola! Eu vou tentar uma coisa, então presta atenção e vai repetindo comigo!

Dan akan bergema
jelas di surga ketika
aku datang gemerincing


Mesmo não entendendo nada, ele ouviu mais duas vezes e começou a repetir aquela canção estranha junto com a Mônica. De repente, Agnes começou a se contorcer como se estivessem lhe golpeando fortemente.

– Seus moleques atrevidos! O que pensam que estão fazendo?
– Não parem! Está dando certo! – Ângelo gritou indo para cima de Agnes com sua espada e também viu, ao redor dela, vários outros espíritos que pareciam guerreiros indígenas atacando o monstro e tirando suas forças. Eles não estavam lutando sozinhos.

Mônica e Cebola se deram as mãos e cantaram mais alto ainda se concentrando fortemente e não parando por nada.

Aos poucos, a forma monstruosa foi diminuindo de tamanho e mudando gradualmente até voltar novamente a forma humana que caiu de joelhos no chão gritando de dor e raiva.

– O que estão fazendo comigo? Parem agora mesmo! – por mais que tentasse, ela não conseguia voltar a forma monstruosa. Seus poderes foram totalmente enfraquecidos e o ofuda do Capitão Feio se desfez como fumaça, deixando-a desprotegida contra o Ângelo.

Sem perder tempo, ele abriu o portal que a sugou imediatamente para o outro lado entre gritos e ameaças. Finalmente eles conseguiram vencer aquele monstro. Faltava apenas fugirem dali.

“Cinco minutos para a autodestruição”.

Ângelo pegou os amigos pelas mãos e saiu voando dali o mais rápido que suas asas permitiam. Logo a sua frente, ele viu que aqueles espíritos guerreiros o ajudava lhe dando forças para voar mais e mais rápido.

“Um minuto para a autodestruição”.

Do lado de fora, já resgatados por soldados do exercito, Cascão e Magali cruzavam os dedos esperando que Ângelo conseguisse salvá-los a tempo. Com a informação de que o lugar estava prestes a explodir, ninguém atrevia a se aventurar lá dentro.

A tensão era muito grande e foi preciso que colocassem Souza dentro de uma ambulância, já que ele tinha desmaiado por causa de tanta ansiedade. Luiza olhava a montanha esperando ver Ângelo trazendo Cebola e sua filha a qualquer momento. O silêncio era praticamente ensurdecedor e ninguém se atrevia a esboçar alguma palavra.

“Dez segundos para a autodestruição. Nove, oito, sete, seis...”

– Por favor, saiam logo daí! Por favor! – Magali falou cruzando os dedos e sentindo a maior angustia de toda sua vida.
– Faz isso não, careca! Você tem que escapar dessa vivo!
“Cinco, quatro, três, dois, um”.

Num instante, eles viam a montanha debaixo do céu noturno coberta pela escuridão de uma noite sem lua. Tudo estava silencioso e ouvia-se somente o som dos animais como o coaxar dos sapos e o canto dos grilos. No instante seguinte, um grande estrondo se fez ouvir, abrindo vários buracos pela montanha de onde saiam fogo e fumaça. Pedras e destroços voavam para todas as partes, fazendo todo mundo correr em busca de abrigo. O fogo e a fumaça subiram vários metros de altura e iniciaram um incêndio na floresta.

Muitos gritos, o corpo de bombeiros foi chamado e os paramédicos se colocaram a postos.

Luiza, junto com Cascão e Magali olhavam tudo horrorizados com o espetáculo que a explosão tinha feito, achando que Mônica e Cebola não tinham conseguido escapar da explosão.

– Minha filha... não... isso não pode ser! – ela falou baixinho caindo de joelhos no chão.

Magali escondeu o rosto no peito do Cascão para chorar e ele também acabou não suportando e chorou também. Todos ficaram desolados.

– Esperem! O que é aquilo? - Alguém apontou para o céu e todos viram um ser alado levando dois jovens em cada braço.
– São eles! – Cascão gritou soltando Magali e pulando de alegria. – Uhuuuu! São eles!
– Êeeeeee! Eles estão salvos!

Ângelo pousou no chão, aliviado por ter conseguido salvar seus amigos. Suas asas doíam, assim como o resto do corpo, mas ele estava muito feliz.

Magali e Cascão vieram abraçar os dois ao mesmo tempo e os quatro acabaram caindo no chão entre risos e lágrimas de alegria. A crise tinha terminado, finalmente.



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