La Revenge escrita por Mallagueta Pepper


Capítulo 48
Não há certezas, apenas oportunidades




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“Não há certezas, apenas oportunidades.”
V de Vingança

Quando pode, Mônica foi casa da Magali dizendo que ia passar a tarde com a amiga. Chegando lá, também encontrou Cascão e Denise lhe esperando.

- Valeu pela ajuda, gente. Eu já tenho um plano e vou colocar em prática hoje mesmo.

Ela contou detalhadamente como seria seu plano, deixando os três bem impressionados.

- Rapaz! Parece até plano do Cebola! Só que nesse aí eu boto fé!
- Se tudo der certo, eu vou ter as provas de que preciso.
- E onde eu entro nesse esquema, fófis?
- Todo mundo sabe que você tá sempre fuçando o Youtube atrás de novidades. Então sua tarefa é esperar que o vídeo seja publicado. Aí você baixa no seu computador e publica no seu blog.

Denise bateu palmas de empolgação.

- A louca! Adorei esse plano! Meu blog vai bombar com esse bafão!
- Como isso vai te ajudar, Mô?
- Vou falar pros meus pais que tava olhando o blog da Denise pra ficar por dentro de tudo e achei esse vídeo por acaso. Assim ninguém desconfia de nada.

Cascão coçou a cabeça e falou ainda meio confuso.

- Eu só não entendo por que você vai fazer isso com a Penha dentro de casa! Tem noção do perigo?
- Claro que tenho. Mas se descobrirem que o upload foi feito quando ela não tava em casa, vai complicar um monte de coisa. A Joana falou que uma vez por semana a Penha se tranca no banheiro pra fazer um tratamento de beleza e fica uma hora inteirinha lá.

Todos entenderam a esperteza do plano e Magali perguntou.

- E o que a gente faz?
- Fiquem de olho no blog da Denise e se for o caso, baixem o vídeo também. É por segurança. Cascão, se der pede pra Cascuda fazer o mesmo. E eu também vou precisar da sua ajuda pra entrar naquela casa.
- Eu?
- Claro! Eu não posso entrar com a Joana, senão vai dar encrenca pra ela. Você me ajuda a entrar e me espera do lado de fora.  

O rapaz hesitou um pouco, mas acabou aceitando. Tudo acertado, os dois saíram dali rapidamente porque precisavam pegar ônibus para chegarem a casa da Penha.

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- Alô?
- Cascuda? Cadê o Cascão?
- Muito ocupado estudando e não vai falar com ninguém!
- Ah, qualé! Deixa eu falar com ele aí, vai! É importante.
- Nem pensar! Meu Cascãozinho ficou de recuperação e precisa tirar nota boa pra passar de ano!
- Mas...
- Mas nada! Depois vocês falam, tchau!  

Ela desligou na cara dele e respirou fundo torcendo para que Mônica e Cascão conseguissem executar o plano com sucesso.

Cebola bufou de raiva com a impertinência daquela garota. Que coisa, aquele bobalhão era levado na rédea curta e nem ligava!

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- Véi, que casarão! Como a gente vai entrar aí?
- Pulando o muro. Vamos que não temos muito tempo!

Eles foram rodeando a propriedade, procurando um lugar longe da entrada que era vigiada por um porteiro e encontraram um ponto onde ela poderia pular o muro sem que ninguém visse. Daquela vez, ela não pretendia ir pela encosta do farol já que era muito perigoso e Cascão jamais entraria num barco por nada nesse mundo. Ele abaixou-se para que ela pudesse subir nas suas costas.

- Caramba, que pesada!
- Olha que eu te dou umas bifas, heim? Agora fica quieto senão eu caio. Pronto!
- Toma cuidado. Quando terminar, me dá um toquinho que eu vou ficar esperando aqui fora.

Ela olhou para os lados e viu que não tinha ninguém. Naquela hora eles não soltavam os cachorros e não tinha seguranças na propriedade. Tomando todo cuidado para não ser vista, Mônica correu até os fundos da mansão e bateu levemente na porta da cozinha.

- Oi. A barra tá limpa? – Mônica perguntou a Joana que atendeu a porta.
- Tá sim, vem logo!

Elas foram para um dos quartos de empregada e Joana fez com que ela vestisse um dos seus uniformes.

- Os patrões não estão em casa, mas é sempre bom disfarçar pra ninguém perceber.

O uniforme era um vestido preto com avental branco e uma espécie de touca na cabeça. Apesar de Joana ser mais alta, o uniforme ficou bom na Mônica.

- Agora vamos que daqui a pouco a madame vai entrar na banheira.

A casa era bem grande e Joana sabia que a outra empregada estava ocupada demais para notar alguma coisa. A cozinheira não andava pela casa e o chofer tinha saído com os patrões. Ainda tinha o mordomo, mas ela sabia que ele não era dedo-duro.

Quando chegaram no quarto da Penha, Joana colou o ouvido na porta para tentar ouvir alguma coisa.

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Penha encheu a banheira e colocou óleos essenciais e sais de banho. Tudo para deixar sua pele bonita e sedosa. Após tirar a roupa, ela entrou na banheira, aplicou a máscara nos cabelos e depois no rosto, cobrindo os olhos com rodelas de pepino. Para finalizar, ela colocou fones no ouvido e procurou relaxar para ficar linda e radiante como sempre.

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Joana olhava o relógio, pois sabia que Penha era bem metódica e cumpria o ritual sempre na mesma hora.

- Acho que agora já deu.
- Não tem perigo de ela escutar alguma coisa?
- Ela sempre coloca o volume alto, então é tranqüilo. Aqui está a chave. Quando terminar, vai lá pro meu quarto que eu tô te esperando.
- Tá bom. E fica tranqüila que se me pegarem ninguém vai saber que você me ajudou.

Joana saiu dali enquanto Mônica abria a porta cuidadosamente. O quarto estava em penumbra por causa da janela fechada e ela achou melhor não acender as luzes. Pé ante pé e tomando cuidado para não tropeçar em nada, ela foi até o computador.

Para sua sorte, era um computador moderno e muito veloz, por isso ligou rapidamente. O programa do Franja fez o seu trabalho e ela entrou sem problemas. Levou um tempo até ela encontrar o vídeo porque aquela maluca tinha mania de nomear as pastas e arquivos com nomes em francês.  

Ao lembrar-se do conselho de Madame Creuzodete quando foi procurá-la meses atrás, Mônica resolveu usar a mesma estratégia suja da Penha e pediu ao Franja que também conseguisse a senha do Youtube dela. Após fazer o login, ela se apressou em enviar o vídeo seguindo as instruções que Denise tinha lhe dado mais cedo.

“Pronto, já tá indo! Ai, tomara que não demore demais!”

Ela esperava o upload com o coração na mão. Apesar de a internet ali ser de alta velocidade, o vídeo era bem grande por ter sido gravado em alta definição e o upload estava demorando mais do que o previsto. Toda hora ela olhava no relógio para não perder a hora e o vídeo estava já em sessenta e cinco por cento. De repente, um praguejamento vindo do banheiro chamou a sua atenção.

- Sacrebleu! Eu non acredito que esqueci o creme lá forra!  

A porta do banheiro começou a se abrir, fazendo seu coração bater mais rápido do que nunca e uma carga forte de adrenalina percorrer seu corpo.


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