La Revenge escrita por Mallagueta Pepper


Capítulo 43
Jamais conseguirá enganar alguém...




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/401642/chapter/43


“Jamais conseguirá enganar alguém por muito tempo, sua verdadeira face sempre será revelada”
Daniel BS

Penha olhava as fotos no blog da Denise fazendo as maiores caretas de nojo. Ela não imaginava que a situação estivesse tão ruim.

- Mon Dieu! Quelle horreur! Essa é a coisa mais feia e nojenta que eu já vi!
- Nossa, eu não achei que a Mônica tivesse tão ruim!
- Eu também non, cherry! E mesmo assim ela non aprendeu a liçón!
- Não mesmo! As meninas falaram que ela queria até se vingar de mim, que horror! Você tava certa, aquela ali não vai mudar nunca!
- Olhe pelo lado bom. Pelo menos ela nunca mais voltarrá parra a turma depois disso.
- Elas já falaram que não querem nem saber dela e o Cebola ficou super decepcionado.

No fim das contas, Penha achou que não foi má idéia as garotas irem visitar a Mônica. Foi uma forma de saber o que estava acontecendo e as notícias não podiam ser melhores. Se tudo aquilo era mesmo verdade, e dava para ver que era pelo aspecto grotesco da Mônica, então não havia mais por que se preocupar com aquela dentuça.

__________________________________________________________

Cebola estava mais aborrecido do que nunca. Além de estar muito pior do que o esperado, ela parecia não ter se arrependido nem um pouco e até fez ameaças para Irene! Será que aquela criatura não ia aprender nunca? E ele tinha tantas esperanças de que os dois poderiam se acertar! Mas não, do jeito que a Mônica estava, qualquer entendimento seria impossível e ele chegou a desejar que ela permanecesse por lá mesmo.

Se voltasse ao bairro, poderia até causar problemas para ele, Irene e o resto da turma. Dava para ver como as meninas voltaram tristes e decepcionadas, indicando que ela não ia mudar tão cedo. Talvez nunca em sua vida e ele pensou que estava na hora de esquecê-la definitivamente e seguir em frente.

__________________________________________________________

– Você não contou nada pro Cebola não, né?
– Calma, eu não sou tão bocudo quanto vocês pensam!
– E será que a Cascuda vai fazer tudo direitinho?
– Sussa. Ela é muito inteligente e não vai dar bandeira.

Magali e Cascão estavam em frente ao salão mais caro da cidade, esperando do outro lado da rua enquanto Cascuda foi recolher algumas informações. Lá dentro, ela conversava com uma atendente fingindo precisar de mega hair, já que era a única da turma a ter cabelos curtos.

- Então, eu bem que ando precisando mudar o visual sabe? Cansei desses cabelos curtinhos e eles vão demorar a crescer. O que acha?

A atendente examinou os cabelos da moça e disse.

- É perfeito para aplicar o mega hair. Vai ficar lindo!
- Será? Ah, eu tenho tanto medo de não ficar bom e o cabelo acabar se soltando! Já vi isso acontecer.
- Isso só acontece quando o trabalho não é bem feito. Aqui não temos esse problema.
- É por isso que uma amiga minha recomendou vocês!
- É mesmo? - A atendente se interessou. – quem é sua amiga? De repente eu conheço.
- O nome dela é Penha. É muito bonita, elegante e sempre fala com sotaque francês.

Ela rapidamente se lembrou daquele sotaque.

- Sei quem é. Só que ela não fez mega hair.
- Não?
- Na verdade ela trouxe outra moça de cabelos loiros e curtinhos. Foi um dos maiores apliques que já fizemos e ficou muito bom. Só não entendi por que ela quis pintar os cabelos de castanho. Loiro teria ficado melhor.

Após ouvir tudo o que precisava, Cascuda deu um jeito de ir embora com a promessa de estudar o caso e voltar outro dia. Ao sair ela foi até Cascão e Magali, falando tudo o que tinha ouvido.

(Magali) - Então foi a Penha quem pagou esse mega hair? A Irene tinha falado que foram os pais dela!
(Cascuda) – Ela mentiu pra gente! E sabe-se lá quais outras mentiras ela andou falando?
(Cascão) – Se ela tá de amizade com a Penha, é bem provável! O Que a gente faz agora? Não seria melhor falar pro Cebola?
(Magali) – Melhor não. Vai que ele resolve ficar do lado da Irene e atrapalhar nosso plano!

Eles estavam indo embora e no meio do caminho o celular da Magali tocou. Era Marina.

- Heim? Ele conseguiu mesmo? Jura? Que tudo! A gente chega aí num instante. – ela desligou o aparelho e falou para os outros dois. – O Franja conseguiu as informações que gente queria!
(Cascão)- Beleza, vamos lá que eu tô morrendo de curiosidade!

Eles correram para a casa do Franja e entraram em seu laboratório fazendo uma enxurrada de perguntas que o cientista custava a dar conta.

- Calma aí, gente!
- E aí? Conseguiu? – Magali perguntou mal contendo o nervosismo.
- Deu um trabalhão, mas está tudo aqui.

Ele foi mostrando aos amigos os documentos que tinha conseguido. Cascão perguntou admirado.

- Véi, como você conseguiu essas paradas? Achei que fosse mó complicado!
- E é! Acontece que eu tenho um amigo, que conhece outro amigo que tem uns contatos no facebook. Eles mexeram uns pauzinhos aqui e ali e conseguiram esse relatório dos acessos da Mônica.
(Cascuda) – E eles guardam tudo isso? Credo, ninguém tem privacidade!
- É necessário, do contrário não teríamos nada para ajudar a Mônica. Vejam.

Ele foi mostrando os dados de acesso da Mônica na mesma semana em que as mensagens ofensivas foram deixadas na página da Irene.

- Quando a gente acessa, eles guardam nosso IP. Esse é o IP da Mônica em cada acesso. Vejam que todos são iguais até o dia em que aquelas mensagens foram postadas. Mas lá pelas quatro da manhã, o IP muda totalmente.
(Cascão) – Foi na hora em que postaram aquelas mensagens?
- Foi. Deixa só eu fazer uma pesquisa.

Franja acessou um site que rastreia endereços de IP e colocou primeiro o IP da Mônica.

- Ué, não tá mostrando o nome dela.
- Aqui só mostra o IP do provedor. Para conseguir o nome da pessoa, só no provedor de acesso e ainda assim com ordem judicial. Mas para o que a gente quer isso é suficiente. Agora vou rastrear o outro IP.

Ele digitou os dados e o resultado apareceu na mesma hora.

- O provedor é diferente! – Marina falou apontando para a tela.
- Exato. Isso mostra que a conta dela foi acessada por dois computadores diferentes. E tem uma coisa, esse provedor não atende no nosso bairro. Não pode ter sido a Mônica quem mandou esses recados ofensivos.
- E quem foi? – Cascuda quis saber e Franja fez algumas pesquisas sobre o provedor de acesso.
- Esse provedor só atende uma região dessa cidade. E olhem a lista de bairros onde eles atendem. Tem um que é bem familiar.
(Cascão) – O bairro das Pitangueiras! Não é lá onde a Penha mora?
- Exato. Isso deve querer dizer alguma coisa.
(Magali) – E como ela conseguiu acessar o face da Mônica?
- Ela deve ter hackeado a conta dela ou contratado alguém para fazer isso. Olhando melhor, o facebook da Mônica tem muitas falhas de segurança. Ela expõe o mesmo endereço de email usado no login e usa a mesma senha para entrar no email e no face. Aí, quem descobre a senha de um, descobre a de outro.

Magali levou as mãos ao rosto e falou quase chorando.

- Gente, que horror! Coitada da Mônica!
- A louca! Não faz drama que hoje eu não tô podendo!.
- Iai! – todos pularam de susto ao verem Denise atrás deles.
- Como você entrou no meu laboratório?
- Detalhes, detalhes. Isso não vem ao caso. Vocês não sabem o babado que eu descobri agora pouco!
(Cascuda) – Você descobriu alguma coisa da Irene?
- Da Irene e da Penha! Eu vi as duas juntas numa loja chique lá no centro! Me quebrem um ovo porque eu tô chocada! Nunca imaginei ver as duas juntas!

Cascão socou a palma da mão com a outra fechada.

- Então é isso! A Penha aprontou pra cima da Mônica e deve ter tido a ajuda da Irene!

Franja também matou a charada.

- A Penha deve ter mandado as mensagens ofensivas para Irene ficar com raiva da Mônica. Com isso, as duas se juntaram para armar aquela briga que a expulsou da escola. Minha nossa, eu nunca teria imaginado isso!
(Magali) – Se a Mônica não tivesse me falado, eu não teria imaginado nunca! Que horror! Ela foi expulsa do colégio e mandada lá pra roça por causa de uma mentira!
(Denise) – Blábláblá, agora chega. O que vamos fazer agora?
(Magali) – Eu vou tentar ligar para ela e falar tudo isso.
(Marina) – E o que mais a gente vai fazer?
(Franja) – Acho que devemos esperar que ela chegue e assim vamos decidir o próximo passo.
(Cascão) – E agora? Vamos contar pro Cebola?
(Franja) – Melhor não. A Mônica está certa. Ele se preocupa demais em defender a Irene e pode acabar atrapalhando nossas investigações para protegê-la. Vamos ficar calados por enquanto e não digam nada para o resto do pessoal. Quanto menos gente souber, melhor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "La Revenge" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.