Garota-Gelo escrita por Bia


Capítulo 57
Cadê Meu Milk-Shake?


Notas iniciais do capítulo

Olá, onigiris *uu* Desculpem a demora, é que é a semana de Natal, então vocês já sabem, né?
Bom, vamos ao assunto bom do dia: Amanhã é véspera da Natal, eeeeeeh! /o/ Amo Natal! Família reunida, presentes, comida, "é pra vê ou pra comê?" e: "cadê os namoradinhos?" mas isso a gente descarta. AHUSASHUAHAUSUHS Ano novo já tá aí e a fic não acabou. Chesus. Tá muito grande essa história. ASHUHSHSAUSAHU
Bom... Vamos ao capítulo ;)
Gente, ele não está tão engraçado como a maioria ;u; Porém, o próximo capítulo - provavelmente - ficará gigante e bem engraçado, o que - espero eu ;-; - compensará este! Caso eu fique com preguiça, o cortarei em dois u-u Tem uma onigiri que me deu uma sugestão nos comentários, e então, decidi usá-la o3o As tretas nem chegaram ainda. Porque olha. HUASHSAHAUS
O.k., o.k., chega de enrolação. Eu fiz com carinho, espero que vocês gostem! Se tiver algum errinho, podem me avisar, tia Bia agradece! HASSAUSAU
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/401604/chapter/57

Eu estava entrando em um desespero controlado. Por que, Katrina?

Porquê…

a) eu não estava sentindo a minha perna;

b) a boneca macabra-do-demônio continuava me encarando;

c) tinha uma borboleta gigante e roxa no meio da minha testa, me lambendo com vontade;

d) eu tinha descoberto o que a raposa diz. Não, não é “Ring-ding-ding-ding-dingeringeding”, eram os berros da Liza misturados com os gritos de: “calma!” do Pedro;

e) eu estava com muita dor.

É, acho que isso basta. Pedro continuava gritando com Eliza, e ela retribuía com vontade. Eu estava contando quantas moscas haviam naquelas panquecas para passar o tempo, mas estava difícil, devido à gritaria lá em baixo. Era como se os dois estivessem debatendo sobre um assunto importantíssimo, não brigando.

É, isso mesmo que você está pensando. Eu fui deixada na casa. Completamente sozinha. Com aquela boneca de porcelana olhando para mim. Os olhos vidrados nas minhas bolas. Com uma borboleta na minha cabeça querendo me engolir.

E isso só prova que me amam, é claro.

Comecei a prestar atenção na conversa. Mesmo com os zumbidos das moscas e mesmo com aquela borboleta sapateando na minha cabeça, pude ouvir com clareza a conversa que se seguia entre os dois.

Meu cabelo estava um fuá e pelo visto a borboleta aprovou. Eu nem tive a coragem de espantá-la, porque eu sentia que eu era um hematoma gigante. Isso que dá não fazer mais exercícios físicos e participar de atividades físicas. Quando faz, parece que levantou trezentos botijões de gás e andou pela Muralha da China com uma sapatilha dois números menores do que o seu. Além do fato de que minha aparência estava horrível.

Eu provavelmente estava parecendo um polvo gay. Meu nariz estava entupido e - muito provavelmente - vermelho. Eu estava com sono por conta da gripe e não parava de espirrar. Eu detesto afirmar isso, mas meus espirros se assemelham à “iiik, iiik”, ou seja: um som de rato.

Silêncio lá embaixo.

Voltei a atenção para os dois. Pedro resmungou uma coisa, e pareceu que Liza entrou em acordo. Ouvi rangidos vindos da escada e olhei, com a maior preguiça do mundo, a entrada.

Pedro estava com a aparência horrível também. Só que sem o lance do polvo gay. Estava mais para: estou cansado e cheio de algas em lugares impróprios. Os cabelos estavam todos desalinhados e a roupa amarrotada.

Ele olhou para mim por alguns instantes, e soltou uma risadinha.

– Você está horrível, megera.

Assenti, fazendo com que a borboleta voasse com o movimento da cabeça.

– Eu sei. Quero um milk-shake agora. Mereço um.

Pedro me lançou um olhar compreensivo.

– Entendo que você esteja cansada. Eu estou tão cansado quanto você. Até mais, eu diria. Só que nós temos que andar. - Ele arqueou uma sobrancelha. - Você consegue?

Dei de ombros.

– Provavelmente. Vamos torcer que sim.

Me apoiei em seu antebraço e finquei meu pé bom no chão. Liberei forças não-humanas dentro de mim para conseguir ficar de pé. Só que eu estava com dificuldade para colocar o pé esquerdo no chão, já que estava sangrando e dolorido também. Meu Deus. Acho que eu virei a Carrie. Só que focado na perna.

E sem o lance do poder de telecinese. Porque, se eu tivesse a habilidade de controlar as coisas com a minha mente, eu ia fazer vários cérebros dançarem Macarena. E sem o lance do porco também.

Apertei os ombros do Pedro para me equilibrar, e percebi que ele me encarava com as sobrancelhas juntas; com preocupação. Dei um suspiro.

– Não me encare assim. Acha que eu sou um cachorro abandonado?

Ele deu de ombros.

– Você seria um Chow Chow¹. - E depois abriu um sorrisinho.

Pedro pegou o meu braço esquerdo e o passou em volta de seu pescoço.

– Pronto. - Ele falou, olhando para mim. - Agora a questão mais difícil é descer.

– Você acha mesmo? - Ironizei.

Pedro fez uma careta.

– Sim, acho, já que o seu peso não ajuda.

Ele me chamou de gorda na cara dura. Filho da mãe.

*

Eu consegui descer com muito sacrifício. Ou pelo menos era isso que eu queria dizer, porque é mentira.

Eu fui carregada.

Quando Pedro chegou no chão, ele me colocou de pé com gentileza. Já estava tarde da noite - umas sete horas -, e nós tínhamos nos esquecido dos estudantes. Eles provavelmente estavam procurando feito idiotas na floresta. Muitos não voltariam.

Os dois me contaram o que estavam planejando. Como Eliza já tinha achado todos os ovos, era melhor ela correr por aí até achar o acampamento e explicar toda a situação para os monitores. Enquanto Pedro me ajudava a chegar até lá, já que eu estava terrivelmente machucada– sinta o drama.

Eliza já estava indo quando eu me lembrei de uma coisa. Na realidade, um ser que me fez dormir várias noites na cama da minha mãe. Hoje em dia, se eu o ver, correrei em seus braços.

– Liza. - A chamei. - Antes que você vá, posso lhe contar uma coisa?

Ela assentiu.

– Claro.

Me ajeitei e segurei o braço do Pedro quase que involuntariamente, e pigarreei.

– Você já ouviu falar do Slender-Man?

Pedro pigarreou, como se estivesse me avisando de algo. Eliza fez cara de confusa.

– Não, não ouvi falar ainda.

Excelente! Às vezes eu fico surpresa com o tamanho da minha sorte. Assustar garotinhas nunca é ruim.

Fiz um tom de voz do tipo narradora. Minha aparência polvo gay ajudava nesse quesito terror.

– Pelo o que eu ouvi falar, o Slender Man surgiu na Itália Renascentista. Obra de um pintor que fez as obras por causa de uma casa de Taró.

Pedro olhou para mim com um sorriso nos lábios. Ele já devia ter escutado essa história um milhão de vezes. Liza apenas apertou a alça de sua cesta. Continuei.

– Depois de um tempo crianças começaram a sonhar com o Slender- Man e a desaparecer. Ele veste um terno preto, e é muito magro. É capaz de esticar seus membros e o próprio tronco para tamanhos desumanos, a fim de provocar medo, e também seduzir suas presas. Com seus braços estendidos, suas vítimas ficam hipnotizadas e ficam totalmente impotentes. - Fiz uma pausa dramática para ver a reação dela.

Liza não parecia muito feliz. Prossegui antes que ela me interrompesse.

– Ele também pode esticar seus dedos criando tentáculos. Nunca deixa rastro de suas vítimas, que no caso, são sempre crianças. Ele sempre é visto antes do desaparecimento de uma ou várias crianças.

Ela ficou pálida.

– Mas… O que isso tem a ver? - Ela deu de ombros, tentando disfarçar seu medo.

Apertei o ombro de Pedro, que estava sem expressão.

– Não… É que… Ele gosta de lugares com névoas ou muitas árvores onde ele pode se esconder. - Gesticulei com a mão livre. - É só um aviso. E… - Abaixei meu tom de voz. - Dizem que as crianças podem ver ele, se não tiver adultos no local.

Liza franziu os lábios.

– Katrina, para! Você está me assustando! E eu não acredito muito nisso. É só uma lenda boba.

Continuei mesmo sob os protestos dela.

– Parece uma lenda, mas muitas pessoas afirmam já terem visto o Homem Esguio. - Falei. - Ah, a descrença é nosso maior aliado, por sinal. Porém, com o passar do tempo, alguns fatos estranhos começaram a acontecer e o Slender deixou de ser apenas uma lenda para virar realidade.

– Eu não acredito! - Ela gritou.

– Diversas vezes, em dias que crianças desapareceram, fotos mostravam um ser de braços em forma de tentáculos em fotografias, algumas vezes ao fundo observando, ou vezes mais perto. - Essa era a minha parte preferida da história: - Muitas crianças que dormiam com as janelas abertas dizem terem vistos tentáculos entrarem pelas aberturas.

Liza deu um berro e começou a chorar. Meu Deus! Adoro!

Pedro me deu tapinhas nas costas e me largou. Fiquei sem apoio e quase beijei o chão.

Pedro abraçou Liza de um jeito reconfortante, e ela enfiou a cara no pescoço dele, enquanto dava gritos histéricos. Pedro deu tapinhas fracos nas costas dela, enquanto afagava seu cabelo. Ele me lançou um olhar de censura enquanto eu ria feito uma louca.

– Tudo bem, Elizabeth… - Ele falou, passando a mão em sua cabeça. - Não tem nada aqui. A Katrina que é malvada e quis te assustar. Não ligue para ela.

Ah, nossa. Como isso é legal! Minha aparência deve ter melhorado bastante.

Uma coisa que eu achei interessante esses dias, é que Marcela me disse que se você pesquisar o significado do meu nome no Google, aparecerá que significa: pura, casta.

Que amável. Mais um motivo para você desconfiar do Google.

Quando Liza parou de chorar e enfiou em sua cabeça que eu era uma: garota que vive do baixo astral das pessoas e gosta de fazer com que elas te odeiem– o que é verdade -, Liza foi em direção ao acampamento olhando para os lados sem parar e com passos rápidos, quase que correndo.

Não resisti e tive que dar uma risada macabra. Me senti trezentos anos mais nova. Pedro se aproximou de mim com os braços cruzados e um tom sério. Mas eu sabia que por dentro ele estava rindo.

– Você não presta. - Ele falou.

– Me dizem muito isso. E agora, cadê meu milk-shake?

*

Chegamos ao acampamento e não demorou muito para que os sermões chegassem. Porém, eu e Pedro já estávamos acostumados com isso. Ele me sentou em um banco de madeira enquanto explicava as coisas para os professores.

Eu estava gelada. Realmente gelada. Meu nariz não parava de escorrer, e eu espirrava sem parar. Já estava noite, mas haviam postes de luz por todos os cantos.

Para a minha surpresa, os estudantes já tinham voltado. Mas, como uma forma de precaução, os professores assoaram o bendito apito.

Meu Deus! Eu pensei que meus ouvidos fossem estourar. Tapei minhas orelhas rapidamente, mas não adiantou muito. O som era alto e agudo demais. Depois de alguns segundos, o apito parou.

Tive que ter algum tempo para me acostumar de novo. A professora de português, o Pedro e uma mulher que eu nunca tinha visto antes estavam vindo na minha direção. A professora de português parecia afobada, e seu rosto estava todo vermelho, como se tivesse participado de uma corrida.

– Katrina, querida, o que aconteceu com você? - Ela gritou, apertando meu rosto de um jeito violento.

– Nem eu sei. - Falei, dando de ombros.

A professora me lançou um olhar preocupado.

– Querida… - Ela colocou a mão no ombro da mulher desconhecida. - A leve até a enfermaria, certo? Precisa cuidar dessa perna e dessa carinha de morta.

Meu Deus. As pessoas gostam muito de mim.

A mulher assentiu e me pegou por baixo dos braços de maneira carinhosa, e eu meio que fui carregada de novo. Pedro andava atrás de nós, com uma cara três vezes mais morta.

Entramos naquela casa gigante. Seguimos por um corredor comprido, e a enfermeira parou na frente de uma porta amarela. Tinha uma estrela colada, e escrito embaixo: enfermaria, que, no caso, eu já tinha visitado antes.

A sala estava cheia de macas e camas. Poucos alunos estavam dormindo, e os coitados estavam cheios de hematomas. O cômodo tinha um ar estranhamente melancólico. Me sentei em uma cama, e a enfermeira me avisou para que eu fique sentada ali mesmo.

Pedro se sentou ao meu lado, e ficou fitando a minha perna. Ele apoiou o antebraço nos joelhos, e ficou um tempo sem falar nada. Fiquei o observando.

– Que cara é essa de: “perdi na Mega Sena”? - Perguntei, empurrando seu ombro de leve.

Pedro deu risada e afagou os próprios cabelos.

– Você é doida, megera.

– E você não viu nada ainda. - Falei, cruzando as pernas.

O problema era que eu estava seriamente machucada, então aquele cruzamento de perna acabou em gritaria e caos.

A enfermeira correu desesperada na minha direção, com uma bandeja cheia de objetos de metal.

É hoje que eu morro.

Ela se sentou na cama e pegou a minha perna danificada com cuidado, a colocando sobre o acolchoado. A enfermeira pegou uma pinça da bandeja e a esterilizou com álcool, para matar as bactérias. Ela deu a pinça para o Pedro segurar.

Eu não tinha percebido, mas Pedro estava tão nervoso quanto eu. Ele pegou a pinça e ficou encarando-a como se ela fosse uma serra elétrica que voaria na minha garganta.

Eu estava prestando atenção nele, e não notei quando algo queimou a minha pele. Dei um grunhido e vi do que se tratava. A moça estava limpando a minha perna com álcool, para, novamente, matar as bactérias.

– Nunca mais entrarei em uma casa na árvore. - Choraminguei, agarrando o lençol encharcado de sangue.

*

A parte mais dolorosa foi, sem dúvidas, a parte quando ela retirou as farpas. Uma por uma. Eu dava grunhidos histéricos de pura dor, e, vez ou outra, soltava um grito de agonia.

Pedro segurava a minha mão fortemente, as sobrancelhas juntas, boca franzida e uma expressão de dor no rosto. O suor escorria por sua garganta; eu apertava sua mão com violência, tentando dividir a dor com ele. Eu trocaria nossas posições sem pestanejar.

E depois veio a parte menos ruim. A enfermeira, que se chamava Rosa - típico nome de velha -, começou a lavar a minha perna. Com sabão e água morna. Um outro ser não identificado trouxe uma bacia de água, se é isto que está se perguntando.

A dor não estava tão forte como antes, e me senti aliviada ao descobrir que somente alguns pontos da minha perna ainda sangravam. A enfermeira embalou a minha perna em uma toalha branca e fofinha, e olhou para mim.

– Pronto, menina. Acabou. Agora eu vou pegar um chá de camomila para você.

Sorri, extremamente agradecida para ela. Rosa saiu do quarto para pegar o chá, e levou junto a bandeja com os instrumentos do mal, e eu desapertei a mão do coitado do Pedro. A mão dele estava branca, e o italiano teve que estralar os dedos por conta da força que botei no aperto.

Ele sorriu para mim. Meus lábios se ergueram quase que no mesmo instante também.

– Sabe… - Comecei, provocando-o - Eu não sei quem estava sentindo mais dor: eu ou você.

Pedro riu pelo nariz.

– Provavelmente eu, já que você apertava a minha mão de um jeito bruto. Acho que terei que amputar os dedos amanhã. - Ele esticou o dedo anular. - Não estou sentindo este.

Lhe dei língua.

A enfermeira entrou novamente no quarto. Ela trazia uma bandeja de acrílico muito mais bonita do que aquela outra com os objetos para tortura. Havia uma xícara branca, e o conteúdo era meio alaranjado meio amarelo. Ela passou por mim e colocou a bandeja em cima de um criado mudo, ao lado do Pedro.

E foi aí que eu percebi que haviam rosquinhas. Me alegrei. Já ia voar nas rosquinhas quando meu nariz começou a escorrer e eu espirrei. Rosa pareceu preocupada.

– Gripe, criança? Pobrezinha! Vou lhe dar um remédio após sua refeição.

O bom de você conhecer gente nova é que elas não têm conhecimento sobre suas características. Se minha mãe me chamar de “pobrezinha”, ela está seriamente doente ou foi substituída.

Pedro me deu uma caixa de lenços que veio de Nárnia. Peguei um lencinho de papel e assoei o nariz com força, fechando os olhos.

Era água. Somente água. Não havia ranho. Ótimo. Cruzei as pernas e joguei o lenço no lixinho que estava ao lado da cama. Olhei para a xícara.

– Me passa o chá, por favor? - Pedi. Só agora que ele merecia palavras confortáveis, e não: “passa essa porra agora”.

Porém, como eu estava com gripe, eu comecei a falar a língua do B. Então, saiu mais ou menos assim:

Pedro tentou não rir. Mas foi impossível. Ele caiu na gargalhada. Não achei graça nenhuma.

Ele bateu na perna.

– Meu Deus! Não pensei que ficaria vivo o bastante para presenciar Katrina Dias ficando com gripe e falando feito uma fanha! Preciso filmar e guardar isso.

Revirei os olhos, e Pedro me passou o chá. Aquilo realmente me acalmou. Era muito gostoso, e era como se todas as minhas entranhas ficassem aquecidas. Gostei disso.

Quando o chá acabou, soltei o ar contido com um: uff, e devolvi a xícara para ele. Não aguentaria comer as rosquinhas, para o meu infortúnio. Arrumei o meu travesseiro do jeito que eu queria, e afundei minha cabeça ali. Me virei de lado e puxei a coberta para cima, fazendo com que minha boca fosse coberta.

Eu estava aquecida, e sentia que chovia lá fora. O cômodo estava em silêncio, já que todos os outros pacientes dormiam ou assistiam à TV em um volume baixo.

Pedro se levantou da cama, fazendo com que ela rangesse e olhou para mim.

– Desculpe se eu te ofendi. É que você fica engraçada quando não está na sua forma habitual. - Ele se inclinou e beijou a minha cabeça. - Boa noite, Katrina. Espero que você durma bem e acorde disposta amanhã. Falarei à Marcela e Jonas onde você está para que eles possam te visitar.

– Uhm… - Resmunguei, me remexendo e enfiando a cara ainda mais no travesseiro fofinho. Meus olhos estavam pesados, e uma dorzinha de cabeça me atingiu com força. Todos os meus músculos relaxaram e eu senti minha respiração ficar mais calma. - Tchau.

O ouvi dar um sorriso. Então eu me lembrei de algo. Abri somente um olho e vi sua figura indo embora.

– Pedro! - O chamei.

Ele se virou, surpreso para mim.

– Sim?

– Fala para os dois bonitos me trazerem um milk-shake amanhã.

Ele provavelmente não esperava isso. Mas, Pedro apenas riu e assentiu.

– Pode deixar, megera.

Me virei de bruços, inquieta, e fechei os olhos.

Eu iria sonhar com milk-shakes italianos vestidos de terno preto hoje. Só não sei ao certo se será um sonho ou um pesadelo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá, gatinhos o/
E aí, o que vocês acharam do capítulo? Espero a opinião de vocês, hein u3u Booom, só quero avisar que eu estou moooooorta de saudade da Karu, do Nock, da Chubby Bunny, que agora virou Cookie e da Vit ;-; Vocês não deram mais as caras nos últimos capítulos, fiquei com saudade ;^: A Karu principalmente Ç^Ç A Dlayla reviveu das trevas, então tá tudo bem! HUASUHASHASSAHU
Bem, espero de coração que vocês tenham gostado,
Comentem Bastante!
PS: O gato da foto apareceu no momento certo! UHASSAHAHU ~apaixonada~
Nota¹*: (Chow Chow) Apesar de tão “fofo” e amigável sua aparência, são extremamente territoriais. Todas as pessoas estranhas que entram em sua propriedade ou aproximar de membros de sua família, são considerados uma ameaça por esta raça, e até mesmo os bem treinados, são conhecidos por serem estimáveis defensores de seu território. (Ou seja: perigosíssimos, hahahaha)