Garota-Gelo escrita por Bia


Capítulo 51
A Vida é Uma Vadia


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente :3
"Tia Bia, como esse capítulo saiu rápido!" Pois é, culpa de algumas leitoras que ficam me assustando u-u *Cof,Cof,Daughter,Cof,Cof* UHAHUSAHUSHUSAHUAHU
Meus queridos... Meus dramas com o notebook não tem fim. Ç^Ç Ele pifou de vez, é.
Estou aqui no note da minha tia, e eu, toda animada, fui escrever no Word. Ela não tem o Word.
Chorei. UHASHSASAHUASHU
Como eu fiz? Google Drive. Sim, eu escrevi o capítulo no Google Drive. Não desejo para ninguém o que eu sofri. SAHUUHASHAUHUASHU
Me perdoem se o capítulo estiver ruim, se estiver com erros, se estiver horrível, mas o Word salvava a minha vida, porque mesmo se eu apagasse alguma coisa, dava para recuperar. Com o Google Drive, não.
~chora no cantinho
Mas é isso, espero de coração que vocês gostem,
Boa Leitura ♥



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Olha, não é que eu goste de não evitar as pessoas, afinal, esse é um dos meus vários e excelentes dons, que eu pratico com muitíssimo entusiasmo.

O único “Q” da questão, é que é quase impossível evitar Pedro Marconni.

Ele está em todos os lugares, e se não estiver, quem está é Derek ou alguns de seus amigos. Ou seja, clones quase que perfeitos, porta-vozes e… Parceiros de tretas.

Era difícil escapar dele quando o desgraçado vinha e se acomodava na nossa sala, na aula de português. O pior: ele ficava me olhando, como se estivesse pronto para pular da cadeira e me agarrar, me levando a força até a dispensa para termos uma conversa.

Eu não iria odiar… Mas vamos deixar isso somente entre nós, o.k.?

Eu estava muito orgulhosa de mim mesma, afinal, consegui o evitar por três dias seguidos. Isso é uma vitória, se você levar em conta alguns pequenos detalhes: ele é o meu vizinho, e disse para quem quisesse ouvir que me amava.

Mas, tirando todos esses dramas, estávamos nos aprontando para a merda do acampamento.

Eu, como o esperado, não estava fazendo nada, apenas assistindo TV com Camila enquanto descansava minhas pernas na barriga quentinha e mole de Hércules, que se deliciava com um osso.

O único trabalho que tive foi o de me vestir e escovar meus dentes, enquanto Jonas arrumava a minha mala.

Acreditando ou não, ele que pediu para a arrumar. Jonas adorou pegar minhas calcinhas de morangos e os meus sutiãs de bolinhas. Vai entender.

Já que eu estava com Camila, mamãe me proibiu de assistir filmes de terror, então estávamos vendo aquele desenho… “Charlie e Lola”. O que, na minha nada humilde opinião, foi um grande fracasso.

Camila queria tomar “leite cor-de-rosa”, e ficava me chacoalhando, pedindo para que eu entrasse na televisão, roubasse o copo de Lola e a entregasse.

E, para completar, ela disse com a maior cara de pilantra que alguém poderia fazer em pleno dois anos e alguns dias:

- Seguro e discreto. Ninguém nunca saberá.

Ela é das minhas.

Uma coisa que estava me matutando já fazia dias, é que uma criança do tamanho dela, deveria estar dizendo: “ir casa”, “au-au”. Mas Camila foge dos limites.

Au-au é o meu rabo, isso aqui é um cachorro.

Eu já estava perguntando se ela tinha alguma vergonha naquela cara gorda, mas um monte de gente começou a descer a escada.

Jonas, Marcela e mamãe estavam carregados de malas cor-de-rosa, todas de couro. Isadora vinha na frente, carregando uma mala preta e a minha, uma mala velha e marrom. Eu tinha essa mala uns belos de uns três anos.

Isadora depositou a minha mala no chão, e olhou para o pessoal.

- Marcela… - Eu comecei, um pouco perdida. - Nós vamos ficar lá por três dias… Não por sessenta anos. - Me pendurei no encosto do sofá e fiquei balançando minhas mãos enquanto contava aquele tanto de malas. - Você tem seis malas. Marcela, você está drogada?

Ela riu e me olhou.

- Sinto uma angústia dentro de mim quando não estou com todas as minhas roupas. Penso que elas serão roubadas e vendidas para o mercado negro se não estiverem comigo.

Pisquei e apontei para suas tranqueiras.

- Acha mesmo que eles se interessarão por essas roupas fajutas que você tem aí? Elas não aguentam nem um buraco de bala, Marcela.

Ela soltou o ar que estava prendendo.

- Então… Vou separar somente algumas roupas. - Ela disse, mexendo os braços, parecendo falar tudo aquilo com dificuldade. - Três malas, e nada mais.

Revirei os olhos e soltei o ar.

- Você pode levar quantas malas você quiser, desde que eu não leve nenhuma no ombro. - Avisei, me sentando novamente e acariciando a única orelha de Hércules.

Hércules tinha crescido dois centímetros, e servia de cavalo para a Camila. Ele dava menos trabalho do que todos os integrantes dessa casa.

Irônico, mas verdade.

Mamãe bateu palmas, chamando nossa atenção para ela.

- Certo, bebês. - Ela olhou em seu relógio de pulso. - São sete e dois. Vocês têm que estar lá oito horas, caso se atrasem, perderão o ônibus e ficarão comigo aqui, o fim de semana inteiro escutando Roberto Carlos. - Ela jogou os braços para cima e gritou. - Meu Rei!

- Meu Senhor. - Eu disse, desesperada.

Os dois pegaram suas malas e correram lá para fora, enquanto minha mãe ria. Eu ia fazer o mesmo, mas mamãe entrou na minha frente e se apoiou na maçaneta.

- Você espera. - Ela disse; e depois olhou para Isadora. - Entregue para ela, querida.

Isadora sorriu e tirou algo do dedo anular. Ela pegou a minha mão e enfiou um objeto gelado no meu dedo médio.

Estiquei minha mão para ver o que raios era aquilo, e era um anel. Na realidade, o anel que Pedro tinha me dado.

Aquele coração de vidro me fez abrir um sorriso. Mas logo o fiz desaparecer.

- Eu tinha me esquecido dele. - Confessei, passando a mão no coraçãozinho. - Não vou usá-lo.

Mamãe deu um sorriso cheio de significado.

- Vai sim. Ou você quer que eu o dê para uma das minhas dançarinas? Ela iriam adorar.

Apertei o anel rente ao meu peito e a olhei, fingindo estar brava.

- Não, eu fico. - Me decidi. - Até mais ver, minha gente. - Me despedi.

Mamãe saiu da minha frente, e, quando eu fui passar pela porta, ela beijou a minha cabeça.

- Toma cuidado, hein. Não bate em ninguém, tenta não mandá-los para aquele lugar, não fique bêbada e não use drogas. - Ela disse, acenando alegremente enquanto Isadora assobiava.

Mandei um tchauzinho para ela e voei para alcançar os dois, que já estavam lá na frente.

E, quando eu o fiz, joguei minha mala para Jonas, que olhou feio para mim.

- Minha queridinha… - Ele apontou para a mala depois para mim. - Não sou burro de carga não, amor.

Marcela, por fim, estava apenas com uma única mala. Ela riu da nossa encenação.

Me pendurei no ombro dos dois e ri dele.

- Eu sei. Mas eu não vou levar peso. - Balancei minhas pernas folgadamente, enquanto os dois se esforçavam para se manter de pé. - Você tem um pinto. Então faça o favor de ser cavalheiro.

Jonas deu uma risadinha.

- Sei que é indecente, mas vou ter que desabafar. Ouvi dizer que na hora do banho, não haverá portas para separar os compartimentos onde tomaremos a ducha. Resumindo: verei os corpos dos meninos. - Ele deu uma risada fabulosa. - Adoro.

Apertei os olhos, na expectativa de esquecer essa fala.

- Jonas. - Comecei.

- Oi, amor! - Ele respondeu, animado.

- Se fecha. Pelo amor de Deus.

*

Chegamos à escola e não demorou muito para víssemos os ônibus gigantes, mais ou menos do tamanho de um elefante.

Havia uma fila enorme deles, todos, parados perto da calçada da escola.

Uma plaquinha amarela estava parada perto dos ônibus, mostrando as salas que eles pertenciam.

Jonas entregou a minha mala e me deu um selinho. Depois plantou um beijo delicado na testa de Marcela.

- Vejo as bonecas mais tarde. - Ele disse, sorrindo. - Tomem cuidado, hein. - Ele foi se afastando andando de costas, acenando para nós. - Tchau, suas gostosas!

Jonas entrou dançando em seu ônibus, e eu ri sozinha imaginando como o parceiro dele se sentiria ao se sentar com uma bicha revoltada daquelas.

Marcela ficou observando as placas, a procura do número doze em itálico.

- Uhm… - Ela resmungou.

- Quê? - Perguntei, bruta.

- Não estou achando a nossa placa. Vamos perguntar para algum professor ou coordenador onde ela está. - Ela se decidiu, agarrando meu pulso e me puxando para dentro da escola.

Fui puxada até a sala dos professores, afinal, nenhuma criatura viva estava presente nos corredores.

Marcela bateu na porta de leve, e não demoro muito para que alguém a abrisse e sorrisse para nós.

E lá estava o diretor. Admito que não tenho medo algum desse cara, mas, na última vez que ele falou comigo, foi quando me acusaram de matar alguém.

Ele tem essa cara de bonzinho, bom moço e de calmo, mas se você aumentar o volume de sua voz com ele, o resultado não será bom.

Marcela sorriu para ele e pigarreou para falar.

- Bom-dia, diretor. Nós duas somos da sala doze, e queríamos perguntar onde o nosso ônibus está, porque não achamos a plaquinha.

Ele sorriu.

- Com razão, queridas. O ônibus de vocês está estacionado em último lugar, lá na frente. Vários alunos já vieram me perguntar a mesma coisa. Tomem cuidado, bom passeio. - E fechou bruscamente a porta.

Entreolhei Marcela, que se assustou com a falta de educação do diretor. Abanei o nada.

- Deixa quieto. Vamos logo, porque eu não quero ouvir Roberto Carlos.

*

Quando achamos o ônibus, a professora de português quase nos matou de tanto nos dar sermões.

“Vocês, meninas, vocês são terríveis! Principalmente você, senhorita Katrina. Não pense que você saiu da lista de alunos mais mal-educados do ano passado simplesmente porque é uma das melhores alunas da escola, entendido? E você, senhorita Marcela, eu não esperava isso de você. Da Katrina tudo bem, porque ela é a Katrina, mas você… Que desaforo de sua parte! Eu nunca entendi esses… Blá, blá, blá…”

Eu não entendi o resto porque eu dormi.

Eu tive um sonho estranho.

Eu estava boiando em uma xícara de café. Vestia um biquíni de bolinhas azuis, e meu cabelo estava preso em um coque. Eu nadei até a beirada da xícara, e fiquei fitando aquele monte de gente andando para lá e para cá.

Atacaram algo na minha cabeça. Mas não doeu. Era açúcar.

Me virei para encarar a pessoa, e era ninguém mais, ninguém menos do que Pedro Marconni, que ousou atacar açúcar na minha cabeça. Ele vestia um smoking preto, e sua gravata era borboleta. Seus cabelos estavam arrumadinhos e espetados. Ele colocou uma colher ao meu lado e começou a mexer.

O café estava rodopiando, e eu agarrei a colher para não sair voando.

Depois de alguns segundos mexendo, Pedro parou de mexer e bateu a colher na beirada da xícara, para tirar o acesso de café que pingaria na mesa.

Tchim, tchim!

Ele ergueu a colher, e eu fui junto, completamente agarrada ao cabo dela, para evitar cair e me machucar.

Ele me olhou e soltou um risinho.

- Uma mini-Katrina é tão bonitinha. Eu poderia te colocar em um vidro e ficar te olhando para sempre.

Pedro estendeu sua mão e me jogou ali. As gotículas de café que estavam na colher voaram junto comigo, e sua mão ficou completamente melada. Ele estendeu sua mão, e eu me sentei nela, abraçando minhas pernas.

Meu cabelo estava ensopo de café, além de estar um nojo e… Embaraçado. Eu tentei penteá-los, mas minhas mãos ficavam cada vez mais meladas.

Pedro viu meu sofrimento e soltou um risinho, logo passando seu polegar em cima da minha cabeça, para desembaraçar os fios e secá-los de tanto café.

Ele me ergueu no nível de seus olhos e sorriu.

- Se você fosse pequena assim… Eu cuidaria de você com o maior carinho, Katrina.

Engasguei.

- Não preciso que você cuide de mim, seu gigante de merda! - Eu gritei.

Meu tom de voz era semelhante ao tom de voz de um hamster.

Pedro não se aguentou e começou a rir, passando seu polegar no meu rosto.

- A semelhança entre você e a Katrina grande, é que vocês duas ficam bravas, mas mesmo assim continuam adoráveis.

Lhe dei língua, e ele olhou em seu relógio de pulso.

- Mas Katrina, chega de enrolação. Eu estou pronto, mas você não.

Pisquei.

- Pronto para o quê?

Ele pareceu ter se ofendido.

- Para o nosso casamento, é claro.

Eu acordei com uma rajada de vento no rosto.

Comecei a tossir e me ajeitei na poltrona de pano, que no caso, estava bem confortável. Eu estava dormindo com a cara no vidro, e até babar eu babei, de tão confortável que estava aquilo. Limpei minha boca com as costas da mão e olhei para Marcela, que estava praticamente morta no meu colo.

Olhei pela janela, e vi que já estava ficando de tarde. Eu chutava umas quatro horas.

Olhei para a professora, que estava sentada bem no conjunto de bancos ao nosso lado, tricotando. Coloquei o rosto de Marcela na poltrona e me ajoelhei no banco, olhando o pessoal lá de trás.

Todos estavam dormindo, e os que não estavam, estavam lendo ou ouvindo música, com o parceiro morto.

Olhei para a professora e a chamei. Ela olhou para mim, surpresa, e sorriu.

- O que foi, querida?

- Falta muito para a gente chegar?

Ela balançou a cabeça em negativa.

- Acho que em quarenta ou cinquenta minutos estamos lá. - Ela abanou o nada. - Durma, durma.

Me joguei de volta no banco e apoiei meu cotovelo perto da janela.

- Para sonhar com a continuação do meu sonho? - Resmunguei. - Não, obrigada.

Arrumei meu cabelo em um coque civilizado, e comecei a observar as coisas ao horizonte.

Havia bastante mata, pouquíssimas casas e bastante bichos exóticos, como vacas e bois. Cavalos galopavam nos campos límpidos e amarelados por conta da cor do Sol. As árvores requebravam de longe, dançando uma música que o vento tocava.

O céu estava azul, sem quase nenhuma nuvem. As fazendas e os sítios começaram a aparecer com maior abundância, e eu fiquei surpresa com o tanto de terra que eles tinham. Acreditando ou não, eu nunca tinha visto uma ovelha na minha vida, e elas estavam ali, sendo guiadas pelos cachorros que sempre se chamarão Lassie.

Eu, repentinamente, me lembrei de uma música. Uma música muito velha, cafona e legal.

- Hey, Jude, don't make it bad… - Eu sussurrei, pressionando os olhos para me concentrar. - Take a sad song and make it better… - Comecei a rir, meio descrente que eu esteja cantando Beatles. - Remember to let her into your heart…

Ouvi Marcela dar uma risadinha, e ela me deu um cutucão nas costelas.

Ela encostou a cabeça no meu ombro e se espreguiçou.

- Quem diria que eu viveria o bastante para ouvir você cantar Hey, Jude. Pois é, vivendo e aprendendo.

Dei risada e olhei para ela.

- Besta. - Pressionei o vidro do ônibus e pássaros negros passaram, cantando sua canção. - Marcela… É normal sonhar com café?

*

Assim que eu comecei a pegar no sono de novo, o ônibus estacionou, logo atrás de outro.

A garotada do ônibus da frente começou a fazer uma barulheira desgraçada, obrigando os alunos do meu ônibus a acordarem.

- O.k., o.k.! - A professora de português berrou, batendo no nosso encosto. - Eu sei que essas poltronas são confortáveis… - Ela acariciou o pano, fazendo uma carinha de pena. - Muito confortáveis. - Depois ela prestou atenção em nós novamente, ficando séria. - Mas, temos que descer.

Ela ia dizer mais alguma coisa, mas as portas principais do ônibus se abriram, e o motorista desceu, deixando alguém bem importuno subir.

Tá, eu admito. Mas só para vocês.

Pedro estava bem mais tentador do que o normal. E quando eu digo, bem mais, eu quero dizer: muito tentador.

Ele estava usando uma camisa regata cavada, que na borda era marrom, e quando chegava na gola, virava bege. Ele estava com uma calça camuflada e botas pretas, com os óculos marrons.

Pedro abraçou a professora por trás, que levou um susto ao encará-lo.

- Oh, Pedro! - Ela exclamou.

Pedro deu um sorrisinho e a beijou na bochecha.

- Senti saudade, professora. A gente ficou separado por quase sete horas. - Ele fez cara de cachorro abandonado. - Isso partiu o meu coração. Professora, eu vou fazer o passeio com vocês, tá legal?

- Claro, querido! - Ela sorriu, com alegria.

Dei um risinho e balancei a cabeça em negativa. Fiquei de joelhos novamente, e minha teoria estava afirmada.

Todas… Isso mesmo, todas as meninas estavam com maquiagem perfeita, cabelos perfeitos, sem nenhum indício de baba no rosto. Bem diferente de alguns segundos atrás, quando Pedro ainda não havia entrado.

Me sentei, ainda rindo com as minhas provas internas.

Algo pertubador me atingiu quando eu olhei para a professora. Pedro me olhava, com um olhar diferente no rosto, como se ele estivesse prestes a realmente me pegar e me levar para algum lugar, para termos uma conversa.

Depois que ele me olhou por inteiro, fixou seu olhar nos meus dedos. Senti uma onda de vergonha subir a minha coluna, mas ele apenas deu um riso, com uma expressão de adoração no rosto.

Quando ele foi puxado pela professora, um sinal para que saíssemos do veículo, eu me levantei e peguei minha mala, que estava guardadinha em um vão acima dos assentos.

Marcela fez o mesmo e me seguiu, para que pudéssemos descer.

Quando eu pisei em solo até agora desconhecido, eu me deparei com algo melhor do que eu imaginava.

O lugar era como se fosse uma mini-cidadezinha, cheia de gente e lugares bonitos. Os campos que circundavam o local eram fantásticos, e eu não pude evitar de soltar um suspiro, completamente encantada pelo lugar.

Marcela fez o mesmo, e sussurrou para mim:

- Imagina se a noite ficar assim, também. Nós vamos poder ver mais estrelas do que o habitual.

Assenti, ainda olhando para os monumentos.

Haviam igrejas, padarias, fazendas enormes lá longe… E havia um prédio que mais parecia uma mansão.

A professora bateu palmas, e todos nós prestamos atenção.

- Bom, queridos… - Ela começou, dando sua bolsa para que Pedro a segurasse. - A ideia desse passeio é muito simples. Hoje, vocês irão passear por entre a cidade, com guias, é claro. Mais a noite, voltarão para cá, e jantarão nesse prédio. - Ela apontou para a mansão. - É aqui que vocês irão tomar banho, e fazer outras atividades. - Pedro assentia atrás dela, com cara de sério, o que tirou vários risos da turma. - Bom, vocês irão receber seu guia daqui a pouco.

Ela sorriu para Pedro, que retribuiu, e foi conversar com algumas professoras.

Todos estavam conversando com ele, e Pedro fingia que a bolsa da professora estava pesada demais, fazendo algumas meninas mais tímidas sorrirem.

Eu não estava prestando atenção na turma, só nos monumentos lindos que aquela cidade apresentava. Eu nem liguei quando Marcela prendeu a respiração, completamente chocada, ou quando Pedro ficou sério, e todos viraram para encarar nosso guia.

É claro que a vida é uma vadia. Ela samba na minha cara e cuspe em mim. Marcos estava ali, com cara de assombro, encarando Pedro.

Pois é, ferrou tudo.


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Notas finais do capítulo

Oi, onigiris u-u
Katrina tá muito safadinha na minha opinião, hein e.e HUASSAHSAHSAHU Tá se soltando. Mas bem, vocês pediram tretas, tretas deve ter. SAHUHUASHASHUSAHUSA
Não se preocupem, momentos cutes vão estar presentes nos próximos capítulos, já estou avisando u-u
Bom, espero meeesmo que vocês tenham gostado, e, mais uma vez, me desculpem ;-;
Comentem Bastante!