Garota-Gelo escrita por Bia


Capítulo 20
Preciso De Um Serial Killer


Notas iniciais do capítulo

Olá, onigiris *u*
Como vão nesse domingo ensolarado?
A pedidos de muitos, algo acontece nesse capítulo. Tenho certeza que a Barbara me mata, mas tudo bem :3
Espero que vocês gostem,
Boa Leitura ♥



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  Eu o encarei.

- Você está ficando louco? Olha o que você está dizendo. A última vez que ficaram fascinados em mim foram macacos. Por causa do meu cabelo ruivo.

  Pedro riu e fechou os olhos.

- Você é demais, Katrina.

  Pedro fez uma coisa assustadora. Ele encostou sua testa na minha.

- Mas agora eu estou sério. Desculpe-me. Eu já conversei com o pessoal da gangue... E se eles encostarem um dedo em você... Não vão sobrar para contar a história. 

  Minhas pernas arrepiaram. Eu não queria admitir para mim mesma, mas, aquilo foi a coisa mais legal que alguém disse para mim. Involuntariamente, eu soltei um risinho.

  Olhei para o teto.

  Eu não culpo o Pedro. Se eu estivesse no lugar dele, eu gostaria de matar Victor. Qualquer um gostaria.

- Mas por que pediu desculpas a mim? Não é para Victor que tem que pedir? – Eu olhei seus cabelos louros.

  Pedro riu como se dissesse: Katrina, você está bêbada.

- E você acha que eu vou pedir o perdão daquele idiota? Eu estou pouco me lixando para ele. Você que me importa aqui.

  O calor nas minhas pernas estava ficando mais intenso. Eu as esfreguei, tentando tirar aquela sensação.

- Por mim... – Dei de ombros.

  Ele sorriu.

- Então... Você me perdoa por tentar fazer aquilo com o seu primo?

- Uhum.

  Eu não sei o que se passou na cabeça de Pedro para ele fazer aquilo.

  Ele solto minhas mãos. Eu pensei que estaria livre, mas não.

  Pedro colocou sua mão direita sob minha cabeça e a levantou. Antes de me beijar, ele sorriu docemente e encostou seus lábios violentamente nos meus. Meus braços ficaram soltos em volta de sua cabeça. A sensação era que jogavam lava nas minhas pernas. Eu arrepiei em todas as partes possíveis. 

 Eu fiquei tão perdida, mas tão perdida que uma força sobrenatural brotou em mim. Eu o peguei pela gola atrás da nunca e puxei. Ele sorriu e foi para trás, caindo da cama. Eu me sentei e quase chutei seu saco.

- PEDRO EU TE ODEIO! – Eu berrei com todas as minhas forças.

  Mas ele só começou a dar risadas e se embolou no chão. Eu desci sua escada tropeçando e saí de sua casa. Marcela me esperava do outro lado da rua, com cara de boi sonso. Passei por ela e entrei em casa.

- Katrina, a vizinhança inteira ouviu seu grito. – Mamãe me informou.

  Esbarrei em Victor, que estava boquiaberto e peguei minha bolsa.

- Problema da vizinhança.  

  E saí de casa.

- Katrina, eu vou, eu vou! – Marcela pulou e bateu palmas.

  Não demorou muito para que uma limusine cor-de-rosa estacionasse. Marcela entrou ali e me puxou. Eu caí no banco de couro e vi... As três garotas do “M”, dispostas.

- Milady Marcela, manuseamos suas vestimentas com medo de machucá-las, mas elas estão magníficas e prontas para uso.  – Disseram as três.

- Isso foi ensaiado? – Eu perguntei.

  Elas se viraram para mim e balançaram a cabeça em negativa.

- Não, Milady Katrina. Aceita milk-shake? – Disseram as três.

  Eu ri.

- Preciso de trigêmeas que falam a língua do M. Sério.

*

  Quando nós colocamos o pé dentro da escola, eu levei um susto.

  As janelas da escola estavam enfeitadas com faixas cor-de-rosa. Logo no seu muro, já dava para ver que eles iriam colocar um cartaz. Só de ver isso, eu senti um frio desgraçado na barriga.

- Ah, bosta. – Resmunguei. – Tudo isso está uma droga. Além do fato que eu odeio pessoas. Elas vão me ver, me amar, me achar bonitinha e depois eu vou mandá-las tomar no...

- Katrina, pare de resmungar! – Me chacoalhou Marcela. – Você parece uma velha fazendo isso.

- Eu sou uma velha. Tenho trezentos e três anos. E sabe por que eu vivo? – Cruzei os braços. – Eu sou...

- Uma megera que foge quando as coisas esquentam. – Sussurraram no meu ouvido. 

  Um arrepio percorreu minha espinha. Fui para frente e me preparei para dar um soco na pessoa.

  Pedro lançou suas mãos para cima, pedindo paz.

  Minhas pernas começaram a esquentar.

- O que você está fazendo aqui? – Eu gritei.

- Eu estudo aqui. – Ele sorriu.

- Não, na minha frente? – Eu peguei Marcela pelo braço e fui para trás. – Posso te matar. 

  Ele sorriu.

- Só admita que você gostou. Ficou suada que eu sei. – Ele disse em um tom baixo.

  Marcela arregalou os olhos para mim.

- Não pense merda, Marcela. – Eu apertei seu braço.

  Pedro colocou suas mãos no bolso e sorriu mais uma vez. Ele ia falar algo, mas me cutucaram no ombro. Virei-me e lá estava o bosta do Hugo. Marcela começou a ficar suada no braço.

- Katrina, quando nós podemos treinar as falas? – Ele sorriu.

- De preferência, nunca. Eu treino sozinha, não preciso de você para isso. – Eu já ia indo embora.

- Katrina... – Marcela me puxou para um canto. – Se você concordar em treinar as falas com o Hugo, eu posso ir junto... Eu posso ter uma chance de ficar perto dele. Por favor, Katrina. – Ela sussurrou.

  Eu olhei para os lados. Não sei por que, mas eu podia ver faíscas saindo dos olhos de Pedro. E ele olhava Hugo. Eu estremeci.

- Olha... Só faço se você me der algo em troca. Mas precisa ser algo de muito valor. Algo que somente um deus poderia me dar. Algo magnífico. 

  Ela pensou por alguns instantes.

- Posso te dar uma miniatura do Freddy.

- Feito.

    Eu andei até Hugo e o encarei.

- Tudo bem, treino as falas com você. Mas a Marcela vem junto. – Eu lancei minhas mãos para a cintura.

  Hugo olhou para Marcela e sorriu.

- Que companhia agradável.

  Marcela sorriu docemente e passou as mãos no cabelo.

  Eu revirei os olhos.

- Acho que acabei de vomitar um pouquinho. – Eu resmunguei.

  Virei-me para encarar Pedro, e ele estava com um olhar mortífero. Eu recuei, assustada.

- Ah, uau. Mataram alguém aqui. – Brinquei.

  Mas Pedro não sorriu. Ele abaixou o olhar e me encarou.

- Vai mesmo treinar as falas com ele?

- Vou. – Eu disse, meio desconfortável.

   Ele relaxou os ombros e suspirou.

- Vou também.

  Eu abri a boca.

- Como assim, “vou também”?

- Vou com vocês treinar as falas.

- Não vai merda nenhuma. – Lancei minhas mãos para a cintura.

  Ele abafou uma risadinha.

- Não me desafie, Katrina. Sou muito mais persistente do que você imagina.

  Estreitei o olhar.

- Só não te desafio porque tenho coisas mais importantes para fazer do que perder meu tempo com você.

  Eu girei meus calcanhares e estava pronta para ir fazer alguma coisa.

- Como o quê? – Ele me perguntou, andando do meu lado.

  Eu parei e bufei.

- Você está grudento. Sai do meu pé. – Eu disse devagar.

  Ele não se sentiu ofendido. Somente me agarrou pelos ombros e me encarou.

- Não quero que você ande com aquele cara.

  Eu pigarreei.

- Por que não? – Eu arregalei os olhos.

- Dois motivos: ele não vale o que come. Segundo: não gosto de te ver andando com ele.

  Eu ri.

- O primeiro motivo é pura verdade, mas o segundo é sem fundamento. Eu não gosto dele. Na realidade eu acho que a Marcela é idiota por gostar de um cara que não gosta dela.

  Pedro apertou meus ombros.

- Ah, conquistar a pessoa que se gosta é simples.

  Eu franzi a testa.

- Para a Marcela não deve ser fácil.

  Ele riu.

- É só fazer com que ele sinta calor nas pernas.

  Ah... Eu odeio esse cara. Sério. Preciso contratar um Serial Killer. Alguém se candidata?  


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Notas finais do capítulo

Tsc, tsc, Katrina... Agarra esse homem, gemt 'u'
Só eu que adorei esse final? -n ASHUASHUSA
Não tenho mais nada para comentar sobre o capítulo *chora*
Ah, ah... Gente, o próximo capítulo vai ser narrado pela Marcela, não pela Katrina, como de costume :3
Eu quero mudar um pouco o ponto de vista, e fazer com que fique legal de se ler u3u
Espero que vocês tenham gostado,
Comentem bastante ♥