Garota-Gelo escrita por Bia
Notas iniciais do capítulo
Olá, onigiris *u*
Como vão nesse domingo ensolarado?
A pedidos de muitos, algo acontece nesse capítulo. Tenho certeza que a Barbara me mata, mas tudo bem :3
Espero que vocês gostem,
Boa Leitura ♥
Eu o encarei.
- Você está ficando louco? Olha o que você está dizendo. A última vez que ficaram fascinados em mim foram macacos. Por causa do meu cabelo ruivo.
Pedro riu e fechou os olhos.
- Você é demais, Katrina.
Pedro fez uma coisa assustadora. Ele encostou sua testa na minha.
- Mas agora eu estou sério. Desculpe-me. Eu já conversei com o pessoal da gangue... E se eles encostarem um dedo em você... Não vão sobrar para contar a história.
Minhas pernas arrepiaram. Eu não queria admitir para mim mesma, mas, aquilo foi a coisa mais legal que alguém disse para mim. Involuntariamente, eu soltei um risinho.
Olhei para o teto.
Eu não culpo o Pedro. Se eu estivesse no lugar dele, eu gostaria de matar Victor. Qualquer um gostaria.
- Mas por que pediu desculpas a mim? Não é para Victor que tem que pedir? – Eu olhei seus cabelos louros.
Pedro riu como se dissesse: Katrina, você está bêbada.
- E você acha que eu vou pedir o perdão daquele idiota? Eu estou pouco me lixando para ele. Você que me importa aqui.
O calor nas minhas pernas estava ficando mais intenso. Eu as esfreguei, tentando tirar aquela sensação.
- Por mim... – Dei de ombros.
Ele sorriu.
- Então... Você me perdoa por tentar fazer aquilo com o seu primo?
- Uhum.
Eu não sei o que se passou na cabeça de Pedro para ele fazer aquilo.
Ele solto minhas mãos. Eu pensei que estaria livre, mas não.
Pedro colocou sua mão direita sob minha cabeça e a levantou. Antes de me beijar, ele sorriu docemente e encostou seus lábios violentamente nos meus. Meus braços ficaram soltos em volta de sua cabeça. A sensação era que jogavam lava nas minhas pernas. Eu arrepiei em todas as partes possíveis.
Eu fiquei tão perdida, mas tão perdida que uma força sobrenatural brotou em mim. Eu o peguei pela gola atrás da nunca e puxei. Ele sorriu e foi para trás, caindo da cama. Eu me sentei e quase chutei seu saco.
- PEDRO EU TE ODEIO! – Eu berrei com todas as minhas forças.
Mas ele só começou a dar risadas e se embolou no chão. Eu desci sua escada tropeçando e saí de sua casa. Marcela me esperava do outro lado da rua, com cara de boi sonso. Passei por ela e entrei em casa.
- Katrina, a vizinhança inteira ouviu seu grito. – Mamãe me informou.
Esbarrei em Victor, que estava boquiaberto e peguei minha bolsa.
- Problema da vizinhança.
E saí de casa.
- Katrina, eu vou, eu vou! – Marcela pulou e bateu palmas.
Não demorou muito para que uma limusine cor-de-rosa estacionasse. Marcela entrou ali e me puxou. Eu caí no banco de couro e vi... As três garotas do “M”, dispostas.
- Milady Marcela, manuseamos suas vestimentas com medo de machucá-las, mas elas estão magníficas e prontas para uso. – Disseram as três.
- Isso foi ensaiado? – Eu perguntei.
Elas se viraram para mim e balançaram a cabeça em negativa.
- Não, Milady Katrina. Aceita milk-shake? – Disseram as três.
Eu ri.
- Preciso de trigêmeas que falam a língua do M. Sério.
*
Quando nós colocamos o pé dentro da escola, eu levei um susto.
As janelas da escola estavam enfeitadas com faixas cor-de-rosa. Logo no seu muro, já dava para ver que eles iriam colocar um cartaz. Só de ver isso, eu senti um frio desgraçado na barriga.
- Ah, bosta. – Resmunguei. – Tudo isso está uma droga. Além do fato que eu odeio pessoas. Elas vão me ver, me amar, me achar bonitinha e depois eu vou mandá-las tomar no...
- Katrina, pare de resmungar! – Me chacoalhou Marcela. – Você parece uma velha fazendo isso.
- Eu sou uma velha. Tenho trezentos e três anos. E sabe por que eu vivo? – Cruzei os braços. – Eu sou...
- Uma megera que foge quando as coisas esquentam. – Sussurraram no meu ouvido.
Um arrepio percorreu minha espinha. Fui para frente e me preparei para dar um soco na pessoa.
Pedro lançou suas mãos para cima, pedindo paz.
Minhas pernas começaram a esquentar.
- O que você está fazendo aqui? – Eu gritei.
- Eu estudo aqui. – Ele sorriu.
- Não, na minha frente? – Eu peguei Marcela pelo braço e fui para trás. – Posso te matar.
Ele sorriu.
- Só admita que você gostou. Ficou suada que eu sei. – Ele disse em um tom baixo.
Marcela arregalou os olhos para mim.
- Não pense merda, Marcela. – Eu apertei seu braço.
Pedro colocou suas mãos no bolso e sorriu mais uma vez. Ele ia falar algo, mas me cutucaram no ombro. Virei-me e lá estava o bosta do Hugo. Marcela começou a ficar suada no braço.
- Katrina, quando nós podemos treinar as falas? – Ele sorriu.
- De preferência, nunca. Eu treino sozinha, não preciso de você para isso. – Eu já ia indo embora.
- Katrina... – Marcela me puxou para um canto. – Se você concordar em treinar as falas com o Hugo, eu posso ir junto... Eu posso ter uma chance de ficar perto dele. Por favor, Katrina. – Ela sussurrou.
Eu olhei para os lados. Não sei por que, mas eu podia ver faíscas saindo dos olhos de Pedro. E ele olhava Hugo. Eu estremeci.
- Olha... Só faço se você me der algo em troca. Mas precisa ser algo de muito valor. Algo que somente um deus poderia me dar. Algo magnífico.
Ela pensou por alguns instantes.
- Posso te dar uma miniatura do Freddy.
- Feito.
Eu andei até Hugo e o encarei.
- Tudo bem, treino as falas com você. Mas a Marcela vem junto. – Eu lancei minhas mãos para a cintura.
Hugo olhou para Marcela e sorriu.
- Que companhia agradável.
Marcela sorriu docemente e passou as mãos no cabelo.
Eu revirei os olhos.
- Acho que acabei de vomitar um pouquinho. – Eu resmunguei.
Virei-me para encarar Pedro, e ele estava com um olhar mortífero. Eu recuei, assustada.
- Ah, uau. Mataram alguém aqui. – Brinquei.
Mas Pedro não sorriu. Ele abaixou o olhar e me encarou.
- Vai mesmo treinar as falas com ele?
- Vou. – Eu disse, meio desconfortável.
Ele relaxou os ombros e suspirou.
- Vou também.
Eu abri a boca.
- Como assim, “vou também”?
- Vou com vocês treinar as falas.
- Não vai merda nenhuma. – Lancei minhas mãos para a cintura.
Ele abafou uma risadinha.
- Não me desafie, Katrina. Sou muito mais persistente do que você imagina.
Estreitei o olhar.
- Só não te desafio porque tenho coisas mais importantes para fazer do que perder meu tempo com você.
Eu girei meus calcanhares e estava pronta para ir fazer alguma coisa.
- Como o quê? – Ele me perguntou, andando do meu lado.
Eu parei e bufei.
- Você está grudento. Sai do meu pé. – Eu disse devagar.
Ele não se sentiu ofendido. Somente me agarrou pelos ombros e me encarou.
- Não quero que você ande com aquele cara.
Eu pigarreei.
- Por que não? – Eu arregalei os olhos.
- Dois motivos: ele não vale o que come. Segundo: não gosto de te ver andando com ele.
Eu ri.
- O primeiro motivo é pura verdade, mas o segundo é sem fundamento. Eu não gosto dele. Na realidade eu acho que a Marcela é idiota por gostar de um cara que não gosta dela.
Pedro apertou meus ombros.
- Ah, conquistar a pessoa que se gosta é simples.
Eu franzi a testa.
- Para a Marcela não deve ser fácil.
Ele riu.
- É só fazer com que ele sinta calor nas pernas.
Ah... Eu odeio esse cara. Sério. Preciso contratar um Serial Killer. Alguém se candidata?
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Tsc, tsc, Katrina... Agarra esse homem, gemt 'u'
Só eu que adorei esse final? -n ASHUASHUSA
Não tenho mais nada para comentar sobre o capítulo *chora*
Ah, ah... Gente, o próximo capítulo vai ser narrado pela Marcela, não pela Katrina, como de costume :3
Eu quero mudar um pouco o ponto de vista, e fazer com que fique legal de se ler u3u
Espero que vocês tenham gostado,
Comentem bastante ♥