Garota-Gelo escrita por Bia
Notas iniciais do capítulo
Oi, gente u-u
Capítulo saindo meio a noite, meio a tarde, nunca sei definir esses horários ò-ó
Bem, espero que vocês gostem!
Boa Leitura ♥
Eu dei de ombros.
– Não me importo! – Gritei para Marcela. – O que é bonito tem que ser mostrado!
Marcela começou a dar risada e desapareceu atrás da parede.
Virei-me para dona Isabel.
Estava em um conflito interno: matar alguém com o nosso concreto ou... Ou matar outra pessoa.
Eu cocei meu queixo.
– Isso é para o Pedro, sabe. Mas se você quiser provar um pouquinho, tudo bem.
Ela abriu um sorriso.
– Você é uma graça, Katrina.
Eu sei.
Ela pegou o garfo e o enfiou no bolo. Depois colocou o garfo na boca. Não demorou muito para que ela estivesse tossindo e fechasse a porta na minha cara.
Eu sorri.
– Katrina, você está muito malvada hoje. – Eu sussurrei para mim mesma.
Eu atravessei a rua e tentei abrir a porta. A vaca não abria.
Eu a chacoalhei e desisti. Bati na porta.
– Marcela! Abre essa porta! – Eu berrei.
– Qual é a senha? – Ela perguntou do outro lado, rindo.
Eu fechei os olhos e respirei fundo.
– A senha é: se você não abrir essa porta agora, eu vou arrancar todos os seus dentes! – Eu berrei e chutei a porta.
– Meu Deus, megera. Que violência é essa? – Uma voz ressoou atrás de mim.
Virei-me e vi Pedro, parado. Ele estava segurando na mão de um garotinho com cabelos cor-de-areia. Estava com Camila nos braços.
Eu estreitei os olhos.
– O que faz com Camila nos braços?
– Você a esqueceu na creche. Meu irmão estuda ali perto, então decidi fazer esse favor para você.
Ele a colocou no chão. Pedro torceu a boca e abafou uma risada. Ele cruzou os braços.
– O que você está fazendo vestindo somente isso? E por que esse prato?
– Não te interessa.
Eu me lembrei.
– Aliás... Por que você não experimenta esse bolo? Eu tinha ido à sua casa te dar ele, mas você não estava.
– Vá para casa, Rodrigo. Já, já estou lá. – Ele afagou o cabelo dele.
O garotinho ao seu lado assentiu e correu para a casa de Pedro.
– Katrina, eu tenho certeza que isso aqui está envenenado. Mas vou comer mesmo assim. É raro quando você me oferece algo... Principalmente nessa sua voz forçada.
Ele espetou o bolo e o comeu.
A princípio, pensei que ele iria ficar puto e jogar tudo na minha cara, mas ele apenas devorou tudo e me entregou o prato como se não tivesse devorado cimento.
Eu fiquei boquiaberta.
– Você não morreu por quê? – Eu perguntei, meio indignada.
Ele sorriu e apertou minha bochecha.
– Se vem de você, eu como até terra.
Eu o acompanhei com o olhar enquanto ele andava normalmente até sua casa. Ele entrou, acenou e fechou a porta.
Eu fiquei meio perdida.
A porta se abriu num estrondo e Marcela saiu dali, toda corada.
– Co... Como assim você ainda não casou com ele? – Ela me pegou nos ombros e me chacoalhou. – Isso foi a coisa mais bonitinha que eu já ouvi!
Eu estreitei meus olhos.
– Se para você, isso é bonitinho, ouça os puns de Camila. Você irá amar.
Eu entrei em casa e fechei a porta. Deixei as duas lá fora mesmo.
*
Quando já era bem tarde, Isadora entrou em casa. Ela estava com uma sacola enorme.
Marcela e Camila correram para ajudá-la. Eu somente estiquei minhas pernas no espaço livre do sofá.
– Foi namorar perdeu o lugar. – Eu as avisei.
Provavelmente elas me mandaram para lá, mas eu não liguei.
Fiquei contente quando estava passando O gordo caiu, e até me ajeitei no sofá para ver.
– Telespectadores, com muito orgulho, eu apresento: Matheus Sousa, ele pesa cem quilos e doze gramas e está no nosso programa hoje! – Disse o Jorge, o apresentador.
Eu comecei a dar risada.
– Vamos lá, Matheus. – O garoto se sentou no banquinho em cima da piscina e fechou os olhos. – Pronto?
– Pronto! – Respondeu ele.
Jorge apitou e vários rapazes lançaram bolas, tentando acertar o alvo. Um deles acertou, e Matheus caiu na piscina.
Eu rolei no sofá, de tanto dar risada.
– Sério que você gosta disso, Katrina? – Perguntou Marcela, se sentando nas minhas pernas.
Eu levantei minhas pernas e Marcela caiu de cara no chão.
– Sim, eu adoro esse programa. Se você tem algum problema com isso, ou não... Estou pouco me importando.
Isadora chegou e levantou minhas pernas. Eu já ia reclamar, mas ela sentou e depositou com cuidado minhas pernas em cima de seu colo.
Não tive o que protestar.
– Estou super cansada!
Dei de ombros.
– Não estou nem ai.
Estávamos sossegadas em casa... Até que a energia acabou. Marcela e Camila gritaram histericamente e se agarraram a mim. Eu sorri.
– Jason, Freddy? São vocês? – Eu berrei.
Marcela começou a chorar juntamente com Camila.
– Calma! – Gritou Isadora.
Ela abriu as cortinas e as luzes da noite invadiram meu rosto. A noite estava clara. Só a lua e as estrelas no céu, nada mais.
– Katrina... – Gemeu Marcela. – Estou com medo! – E me apertou.
Eu ri.
– Medo? Medo do escuro? Não seja boba, Marcela. Ficar com medo não resolve nada. Só piora. Eu não entendo essas pessoas que fazem o possível para piorar um problema. Antes, eu tinha medo do escuro. Sabe o que eu fiz? Imaginei alguém para me proteger de qualquer coisa que viesse. No meu caso, eu orno entre o Freddy e o Jason. Já que você é... Você, por que não imagina um militar gostoso sem camisa com uma metralhadora? – Eu lhe dei um tapinha na cabeça.
Ela levantou a cabeça. Marcela me largou e se sentou ao meu lado. Ela fechou os olhos e abraçou as pernas.
– Obrigada, Katrina. Tentarei fazer isso. – E sorriu.
Eu sorri e olhei Camila. Ela havia dormido.
– Medo do escuro é o meu rabo. – Eu sussurrei.
*
Passamos a noite no escuro. E acredite, foi a melhor coisa do mundo assustar Marcela. Toda vez que ela ia ao banheiro, eu batia na porta desesperadamente e gritava. Ela uma vez desmaiou.
Marcela não dormiu nem um pouquinho. Eu adorei isso.
Quando eu acordei para ir para a escola, Marcela estava encolhida no colchão.
Seus olhos estavam inchados e roxos.
– Você não vai para a escola assim. Eu invento uma coisa para o professor. Algo como a gente ter transado e você estar exausta.
Ela chutou minha perna. Eu dei risada.
Desci para tomar o café e tudo que eu encontrei foi escuridão. Eu pulei, animada.
– Jason, me sequestre se quiser. – Eu murmurei para o escuro.
Andei até a cozinha e vi mamãe de porre, dormindo na mesa. Isadora preparava bolinhos de chuva. Eu roubei um e me sentei.
Eu estava comendo os bolinhos e conversando com Isadora quando a campainha tocou.
Eu tive que levantar e atender. Isso não é um absurdo?
Andei até a porta e a abri. Esfreguei meus olhos.
– Não tem pão velho, não. – Eu disse.
Mas no meio da escuridão, não dava para enxergar nada. Eu apertei os olhos bem na hora que os primeiros raios de Sol iluminaram o rosto dessa pessoa.
Senti um formigamento de puro ódio nos meus rins e estralei os dentes.
– O que você quer aqui, peste? – Eu berrei.
Quem estava na minha frente era nada mais nada menos do que Victor Dias, o filho da minha tia-avó Flora. Acho que não preciso dizer mais nada.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Oi, gente :3
Katrina dando conselhos úteis, isso é difícil u-u
Só eu que acho que a família "Dias" da história são todos engraçados, bugados e mesquinhos? Não fiz de propósito. -n
Espero que vocês tenham gostado,
Comentem bastante! ♥
PS: Sei que vocês me pediram capítulos maiores, mas se eu fizesse maior, acabaria com o mistério u-u