Canção De Ninar escrita por Ayzu LK


Capítulo 11
Capítulo 10 - "Lullaby"


Notas iniciais do capítulo

E chegou ao final!!
Agradeço a todos que comentaram, acompanharam, opinaram e favoritaram, foi muito especial.
Fiz essa fic quando estava no hospital, então imaginei toda a história ao andar pelos corredores (me perdi lá dentro rs)

Vamos a trilha sonora, a história foi ambientada em meio musical, e como disse, a construi escutando Yiruma, e algumas das canções que imaginei nos personagens foi desse músico maravilhoso, eis algumas:

May - Yiruma - Canção de ninar de Kushina
Maybe - Yiruma - música que Sasuke tocava quando Naruto apareceu no loja. Tenho um apego especial por essa canção.
Clair de lune - Debussy
If I Could See You Again - Yiruma - Canção que Naruto fez e Sasuke terminou

Vocês são livres para imaginar outras canções para os dois, afinal, cada um tem sua visão, e também seu coração ao ler uma história (indicaram vagalumes, que também, em minha opinião é perfeita ByaNamikaze).
Essa foi uma história gostosa de escrever, espero que tenham gostando.

Beijo grande a todos e vamos ao final.



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Sasuke sempre odiou hospitais. Desde a morte dos pais, odiou hospitais. Seus corredores significavam tristeza e morte para ele. E dor.

Mas ainda assim, caminhou ao lado do irmão que tocava seu ombro de leve. Chegou a porta do quarto e estancou. Bateram de leve e entraram, encontrando um homem loiro sentado ao pé da cama com a expressão triste.

–Dr. Namikaze?

O loiro se virou e encarou os dois, para ele estranhos. Itachi abriu a boca mais Sasuke já caminhava a passos largos para dentro do quarto, sem se importar com a expressão surpresa do homem. Correu até a cama e viu aquele corpo inerte, que parecia dormir tão sereno se não fossem aqueles aparelhos ligados com um barulho irritante. Sabia o quanto ele detestava algo tão sem ritmo e melodia.

Sentia o cheiro de limões frescos e segurou a mão quente, ainda naquela situação, quente.

– Conhece meu filho? – Minato perguntou surpreso. A voz do homem era baixa, suave, serena.

–Sim. - Sasuke respondeu sem tirar os olhos de Naruto naquele sono que não passava.

– Não lembro de você. – Minato murmurou. – De onde se conhecem?

–Se contássemos. – Itachi falou da porta fazendo o homem se virar para si. – Se contássemos, o Senhor não acreditaria.

Minato franziu a testa e suspirou: - Tudo bem. Você parece... – olhou para Sasuke com um pequeno sorriso. – Amá-lo. Eu conheço esse olhar.

– Sim. – Sasuke não tirava os olhos de Naruto. – Eu queria permissão para vê-lo até que ele acordasse. – pediu.

Minato abaixou o olhar: - Filho, as chances que ele acorde são...

–Ele vai acordar. – o menino rebateu.

Minato ficou surpreso com o tom e olhou itachi que deu de ombros com um sorriso.

–Tudo bem. Vou deixá-los a sós. Qual o seu nome?

–Sasuke Uchiha.

– Cuide bem do meu filho, Sasuke.

–Eu vou cuidar Senhor. – Sasuke sentou em uma cadeira a puxando para perto da cama enquanto os homens saíram do quarto onde Naruto Uzumaki dormia um sono ininterrupto há três meses.

Minato não sabia mais o que podia ser feito. Todos diziam a mesma coisa: - Naruto talvez nunca acordasse. Que talvez seu cérebro já estivesse morto. Mas de algum lugar Minato sabia que não era verdade. Sentira a presença do filho. Sonhara com ele lhe falando certas coisas, que o amava, o eximia da culpa, que cuidasse do irmão.

Minato queria acreditar. Tanto quando aquele garoto desconhecido que parecia amar seu filho, acreditava.


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Uma semana se passou, depois duas, e a terceira já ia embora. A situação não mudava. Quando Itachi contou a Minato a história, este duvidou veemente, mas não sabia explicar como Konohamaru conhecia Sasuke, e mais, como era tão apegado ao moreno e contava a mesma história dos irmãos Uchiha. Apenas calou-se. Fosse como fosse, estava claro que eles amavam seu filho. Na verdade, o garoto ia vê-lo todas as tardes, sem falta. As vezes levava um violão, outras quando passava no quarto o ouvia conversando com um Naruto que não poderia responder. Ainda assim ele ia, e Minato só poderia agradecer por isso. Agora, ficava mais tempo também com o filho mais jovem. Não o largaria de perto de si, e descobria aos poucos a criança maravilhosa que estava perdendo por todos esses anos. Naruto fizera um ótimo trabalho. Ele era sem dúvidas igual a Kushina em tudo, sua pequena criança loira cheia de vontades e que cativava a todos. Com o coração tão gigante que entrara no meio daquele fogo e salvara tanta gente. Os pais ainda o agradeciam, alguns queriam notícias, mas só o garoto Uchiha vinha dia após dia.

Sasuke resumia sua rotina em escola, Naruto e piano. Quando ele tocava, se sentia mais perto dele. Se sentia mais inteiro e pronto. Itachi conversava com ele sempre. Os dois sabiam que contra toda a lógica, aquilo acontecera, poderiam chamar de experiência estranha, ou o que fosse. Para Sasuke, era seu milagre pessoal. Ele faria Naruto acordar. Ele faria.

Naquela tarde estava sentado em sua cadeira de sempre, olhando para um Naruto parado. Aquilo parecia errado. Naruto que não ria, não falava com seu ar direto, não abria os olhos azuis e sorria com eles. Naruto sem música não existia, e Sasuke parecia não existir sem Naruto.

Aproximou mais a cadeira e deitou a cabeça no colchão, perto do rosto de Naruto, olhando seu perfil, e como o vento que vinha da janela bagunçava sua cabeça loira jogando os cabelos no rosto. Sasuke fechou os olhos sentindo o cheiro e começou a cantar a canção de ninar.


Havia um lugar escuro em sua mente. Um lugar escuro, onde não havia nada. Nem medo, nem amor, nem dor. Só solidão. Naruto estava sentado nesse lugar, em um balanço, e não sabia quanto tempo passara, ao pouco esquecendo quem era. Foi quando ouviu aquele som. Era uma voz mansa e suave, e uma canção conhecida que lhe aquecia. Levantou os olhos e a paisagem mudava aos poucos. Havia grama, um lago e sol poente espalhando luz por todo lado. Sua mente clareava e uma voz lhe falou no balanço a seu lado.

– É um lugar agradável.

Virou e se deparou com a menina de voz doce e cabelos negros. Ela sorria e o vento passava pelos dois.

– É sim. – Naruto sorriu.

– É uma música bonita também. Por que a raposa?

– Por que ele parecia uma raposinha quando era criança.

Naruto paralisou com a voz e virou. Uma mulher de longos cabelos vermelhos lhe sorria de braços estendidos. Naruto pulou e correu para a ela quase a derrubando no chão.

–Mãe! Eu senti sua falta.

–Eu sei minha raposinha. – A mulher sorria beijando a cabeça loira. – Você cresceu, se tornou um rapaz tão bonito!

Naruto olhou para a mãe. O sorriso dos dois era idêntico.

– Estou tão orgulhosa de você!

Naruto ficou corado. A menina morena caminhou até eles sorrindo. Naruto olhou para o lago e viu o velho Bee fazendo sinal de paz e amor.

– Todos vocês... – Naruto olhou ao redor. – Esse lugar... Então chegou a hora de eu ir? – ele perguntou baixinho, de forma resignada.

A mulher firmou seus ombros e o fez encará-la: - Você está pronto?

Naruto assentiu de forma triste. E então a canção se tornou mais alta. Ficou alarmado e olhou ao redor: - Quem está cantando? Essa voz...

– Ele está chamando você Naruto. – A menina falou sorrindo.

Naruto olhou para os outros dois que assentiram. Sorriu largo. Abraçou a mãe forte e ela cantou baixinho em seu ouvido.

–Naruto? – A menina chamou e o abraçou forte. – Poderia olhar minha irmã? Hanabi? Diga a ela que estou bem, que não fique tão triste.

Assentiu e sentiu o sol lhe atravessar a pele, seus poros. O calor de todos o preencheu e fechou os olhos. Quando abriu sentiu vento em seus cabelos. Não conseguia se mexer ou abrir os olhos, mas tinha que abri-los. Quando o fez o sol parecia queimar sua retina, a garganta estava seca e se deparou com aqueles grandes olhos negros assustados.

.........................................................................................................................................................Sasuke levantou a cabeça e se deparou com um par de olhos muito azuis o encarando. Ficou paralisado, sem acreditar, até que ouviu a voz baixa: -Água.

Correu até a mesinha pegando a jarra e o serviu. Os olhos de Naruto o olhavam confusos e o moreno se sentou segurando sua mão. Ele parecia não reconhece-lo. Sasuke havia imaginado isso, mas não tinha problema, o reconquistaria. Nem que custasse sua vida inteira!

– Oi. Por que está chorando? – Naruto sorria de leve e Sasuke sentiu seu coração pular. A voz dele estava fraca, rouca, arrastada, mas havia um tom divertido alí.

–Quem está chorando aqui? – perguntou emocionado.

– Você ué. – Eram as palavras, as exatas palavras. - Quando eu estou triste minha mãe canta pra mim a canção de ninar que ela fez. Ela me acalma. Eu vou cantar pra você bom?

– Naruto! – Sasuke o abraçou chorando e Naruto levantou a mão com dificuldade e colocou na cabeça de cabelos arrepiados. - Eu te amo Naruto.

–Hum.

Sasuke riu com a resposta e acariciou o rosto, ainda encantado por ver aqueles olhos abertos.

Naruto suspirou. Sua mente ainda estava confusa, as coisas ao pouco vinham, mas lembrava de uma coisa: - Eu acho que te amo também.

–Eu sei. – Sasuke riu e beijou aquele por que esperou por tanto tempo. Por quem teria esperado muito mais.

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Naruto caminhou por entre as lápides. Era tarde, e o brilho do sol do entardecer batia em tudo dando um ar melancólico. Demorou um pouco para encontrar. Estava em meio aos mais recentes. Sabia que o pai estava esperando no carro lá embaixo, mas não queria ser apressado.

Saíra do hospital há dois dias. Ainda passara muito tempo por lá, e andar ainda lhe causava esforço, mas estava bem. Mesmo com algumas cicatrizes de queimaduras nas costas e torço que nunca sairia, estava inteiro e pronto.

Entraria na faculdade em um mês. Faria música, como a mãe. O pai não foi contra. Naruto ainda queria muitas coisas na vida. Era inteligente, e depois pretendia medicina. Não fazia mal. Era jovem, e agora, sabia que tinha muito tempo. Depois de passar tão perto da morte, ia viver sua vida sem arrependimentos, como todos deviam fazer.

Encontrou o túmulo, mas não estava sozinho. Havia uma garotinha lá, da idade de Konohamaru. Reconheceu os cabelos negros e sabia que veria os olhos perolados antes mesmo que ela se virasse quando ele se aproximou.

– Oi Hanabi. – sorriu olhando para baixo ao seu lado.

–Como sabe meu nome?

–Sua irmã me disse. Ela pediu para que não ficasse tão triste, que ela estava bem. – completou olhando o túmulo e lembrando do sorriso doce.

–Hina morreu. – a menina falou baixinho. – Sinto falta dela.

–Eu sei, mas olha. – Naruto se agachou e ficou da altura da menina. – Eu tenho um irmãozinho da sua idade, e muitos amigos. Todos podem ser seus amigos também, assim não vai se sentir sozinha. Você quer?

A menina sorriu. Caramba, era idêntico ao sorriso da irmã, e assentiu.

– Quem é você?

Naruto e Hanabi se viraram e virão um homem adulto de cabelos longos negros e olhos idênticos a criança. Olhava Naruto com desconfiança, mas esse apenas sorriu: - Naruto Uzumaki Senhor.

O homem abriu o rosto em reconhecimento e sorriu: - Você já saiu mesmo do hospital. Está melhor?

–Sim senhor. – Naruto se levantou fazendo um carinho na cabeça de Hanabi. – Virão hoje a noite?

–Minato avisou, estaremos lá. Se cuide Naruto.

O loiro assentiu, colocou as flores no tumulo da menina da voz doce, rezaram os três juntos e saiu se sentindo leve, como se a presença calma dela estivesse em todo lugar.

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– Que tipo de surpresa? – Naruto perguntou desconfiado do banco de trás do carro. Minato dirigia, Itachi ia com ele na frente, e Naruto ia atrás entre Sasuke e Konohamaru. O moreno ia segurando sua mão e riu do tom de Naruto. Todos trocaram uma expressão cumplice que deixou o loiro ainda mais desconfiado.

–Não estou gostando disso. – falou sério e Minato gargalhou.

–Larga de ser desconfiado Naru. – Konohamaru retrucou.

–Não, quando vocês dois tem uma ideia eu fico com medo. Se eu não estivesse em casa, os dois a explodiriam, tenho certeza.

Itachi riu e Minato não conseguiu retrucar. Era verdade mesmo.

Iam ao café dos pais da Sakura, onde fariam uma festa de boas-vindas a Naruto. E inventaram de fazer um surpresa que o estava intrigando.

Passou pelas ruas conhecidas, lembrando quando passava por ali como mero fantasma. As pessoas embarrando nele sem pedirem desculpas, e ele achando que era falta de educação. E haviam tantos fatos, que só agora pensava. A história ainda era tão sem sentido. Konohamaru podia vê-lo, pois o chamara, Sakura porque carregava uma alta sensibilidade desde criança a tudo isso, e Sasuke, por que eles dois tinham um laço desde a infância, embora Naruto não lembrasse. Mas e Itachi? E por que Minato não poderia vê-lo, se era seu próprio filho? Talvez ele estivesse tão imerso na dor que isso bloqueasse qualquer crença. E é preciso crer para ver. Mas Naruto queria esquecer isso, preferia pensar no presente. Mas ao menos conhecera Sasuke e pensou se no fim, tudo não estaria predestinado. O que nenhum dos dois sabia era que mesmo se não houvesse o incêndio na ala, teriam se encontrado no hospital quando Sasuke se acidentara. No fim, tinha que ser desse modo. O destino consertara tudo a sua maneira.

Sorriu com o pensamento e sentiu o olhar do moreno sobre ele. Haviam parado em algum lugar.

–Desça. – O moreno pediu beijando sua cabeça.

Naruto obedeceu ainda desconfiado e foi seguido por todos. Então viu onde estava e arfou.

– Como vocês...

–Todos ajudaram. É sua agora.

A loja de Bee e sua mãe. Estava aberta e consertada.

Mas agora, na placa, ao invés do nome conhecido havia outro:


“Lullaby”


Canção de ninar.

Naruto olhou para todos que sorriam e Minato assentiu. O sorriso que o loiro deu encheu a todos de calor e Sasuke puxou sua mão.

–Vem, vou te mostrar.

–Nos encontramos lá em cima. – Minato falou e os outros seguiram para o café com ele. – Não demorem e cuidado com meu filho Sasuke.

Os outros riram e viram os meninos entrando na loja juntos.

Dentro, tudo estava melhor do que Naruto lembrava. Ouviu o sino e não pode não sorrir. Ele olhava tudo, todos os instrumentos como se fosse uma criança pequena que via o mundo pela primeira vez. Talvez fosse esse um benefício da quase-morte: o mundo inteiro lhe parecia novo.

– É uma escola de música, pequena, mas sua agora. E eu posso ajudar você também. – Sasuke falou sorrindo sentado em frente ao piano enquanto Naruto olhava ao redor com os olhos brilhando. O sorriso que ele deu a Sasuke o deixou sem ar, o sorriso de Naruto sempre seria assim, sempre seria sua salvação e sua perdição.

O moreno bateu no banco ao seu lado com ar sugestivo e Naruto foi até ele. Sentaram se olhando longamente. O moreno com um olhar sério e seu sorriso fechado.

–Agora é meu presente. – falou e começou a tocar. Naruto reconheceu a música e abriu bem os olhos. Era a música que Naruto fizera para Sasuke. Só que não se interrompia, continuava em um tom suave. Ela passava tudo: calor, emoção e serenidade a cada mudança de acorde. Até que terminou lindamente e deixou os acordes no ar.

–Você a terminou. – murmurou sem saber o que dizer.

–Sim. Enquanto você estava no hospital trabalhei nela. Encontrei as partituras aqui.

–Sasuke isso é... Ficou linda. – o loiro limpou uma lágrima. Sasuke pegou seu rosto com uma mão e passou os dedos pelo lugar ainda úmido. Seu sorriso era leve, como sempre, mas seus olhos diziam tudo o mais.

– “Nunca nos devemos envergonhar das nossas lágrimas.”

– Que eu me lembre, você disse que homem não chora. – Naruto riu fechando os olhos lembrando de um Sasuke criança em um balanço.

–Você me ensinou a confiar mais em Charles Dickens.

Ele o beijou de maneira suave, quase com adoração. Tocou naquele rosto que quase perdera de vez. Quando o soltou sorriu de forma maliciosa.

– Você cheira a limões.

Naruto riu, sua risada cristalina. Absorveu aquele som. Absorveu aquele cheiro. Então foi puxado com carinho e se recostou nele ouvindo sua voz suave cantando uma música que falava de campinas e raposas.

Lembrou sem querer quando se despediram ali. Quando ele pensou que nunca mais fosse vê-lo e o quanto aquilo o destruiu por dentro.

–Eu amo essa de canção de ninar. E amo você. –Sussurrou em seu ouvido e sentiu que ele sorria em resposta.

Não hesitaria mais em falar o que sentia. Quase o perdera de vez, e só de pensar que poderia não lhe dizer mais aquelas palavras, ou ver seu sorriso em reposta, ou seu riso naquela voz que lhe acalmava ao mesmo tempo que lhe jogava no fogo... Não, ele não hesitaria mais. Nunca se sabia quando se poderia perder alguém. Então só aproveitaria todo o tempo ao lado de tudo aquilo que amava, do irmão, dos novos amigos e apreciando aquele cheiro de limões frescos e aquela voz que o acalmava.

Aproveitaria agora, por o tempo que fosse.

E que fosse todo o tempo do mundo.





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Notas finais do capítulo

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