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Cheguei ao aeroporto e logo encontrei Alice. 

—Vamos, ele vai andar no sol ao meio dia. Precisamos nos apressar. – ela disse me levando para o estacionamento, onde roubamos um carro. – Nós só temos um problema. – ela disse e pude ver a preocupação nos seus olhos. – Nós também não podemos andar no sol. 

—Eu posso. – disse mostrando o anel. 

—Como assim? – ela perguntou e entramos no carro. 

—Uma bruxa enfeitiçou o anel para eu poder andar no sol. – disse e ela ficou me olhando séria. 

—Ok. - ela balançou a cabeça tentando se concentrar. - Temos duas horas para chegar a Volterra, vamos chegar a tempo. Nós temos que chegar a tempo. – ela disse e eu assenti. 

Fomos o caminho todo em silêncio e quando estávamos entrando em Volterra Alice começou a ditar o plano. 

—Ele vai se mostrar na torre do relógio, no lado norte da praça. Você precisa fazer com que ele te veja, corra até ele e o tire de lá. Vou esperar na saída norte da cidade. – Alice disse e parou o carro pare eu descer. – Vai. 

Respirei fundo e sai do carro. Corri em velocidade sobrenatural até chegar à praça, onde tive que correr em velocidade humana porque havia várias pessoas em um tipo de festival. 

Achei a torre do relógio e imediatamente procurei por ele. 

Ele estava em um beco do lado da torre. Passei pelas pessoas e corri até ele. 

—Edward! – gritei e ele olhou para mim com uma expressão de quem não estava entendendo nada e então, finalmente, cheguei até ele. – Eu estou viva. – sorri e o empurrei para trás, o mais longe do sol o possível. 

Ele me abraçou. 

—Estou tão feliz que esteja bem! – ele disse me soltando e me dando um beijo. Não consegui corresponder e então ele me soltou. – Me desculpe. 

—Vamos, Alice está nos esperando, eu explico tudo pra você no carro. – ele assentiu, mas quando íamos sair dali dois homens apareceram. Um era alto, forte e moreno, o outro era baixo e loiro. Os dois estavam usando uma capa preta e percebi que tinham os olhos vermelhos. A Guarda Volturi. 

—Aro quer ver vocês. – o loiro disse. 

—Nenhuma regra foi quebrada, Demetri. – Edward disse. 

—Nos acompanhem ou teremos que chamar Jane. – O grandão disse e percebi que Edward ficou tenso. 

—Isso não será necessário, Felix. – Edward disse. Ele pegou a minha mão e fomos atrás dos guardas. Passamos por vários tuneis subterrâneos até chegarmos a uma grande sala onde havia três cadeiras, na da esquerda um loiro carrancudo estava sentado, na da direita havia um moreno com cabelos até os ombros. Quando entramos o homem da cadeira do meio se levantou, ele tinha os cabelos compridos e escuros e, como os outros, os olhos eram vermelhos. 

—Bella está viva! – ele disse andando até onde estávamos e pegando a mão de Edward. 

—Aro pode ler todos os pensamentos de uma pessoa com apenas um toque. – Edward disse baixinho. 

—Ótimo! Nenhuma regra foi quebrada. – Aro disse soltando a mão de Edward. – Seria uma pena ter que mata-lo. 

—Então podemos ir.  – Edward disse. 

—Antes eu queria fazer alguns testes. – Aro disse. – Você não consegue ler os pensamentos de Bella e eu gostaria de saber se ela é imune a todos os outros dons. Jane, querida? – Aro disse acenando para a garota loira no canto da sala. 

—Não! – Edward disse e ficou na minha frente de um modo protetor. 

—Felix. – Aro disse e no mesmo instante ele estava na frente de Edward o segurando pelo pescoço. Tentei fazer alguma coisa, mas Demetri me segurou pelo braço de um jeito que eu não conseguia me soltar. 

Aro fez um sinal para Jane, que me olhou e disse: 

—Isso pode doer um pouquinho. 

Esperei a dor chegar, mas não senti nada. A risada de Aro quebrou o silêncio da sala. 

—Incrível! – Aro disse vindo até mim. - Se me permiti, eu gostaria de testar o meu dom. Posso? – ele perguntou e eu assenti. Ele pegou minha mão e fechou os olhos. – Não vejo nada. – ele disse abrindo os olhos e me encarando. 

Felix soltou Edward e ele veio até mim. Demetri me soltou e Edward passou o braço pela minha cintura. 

—Seu dom é um escudo mental, Isabella. – Aro disse se sentando. – Seria incrível ter os dons de vocês conosco, seria de grande ajuda. Vocês aceitariam se juntar a nós? 

—Não. – disse Edward. Aro olhou para mim esperando uma resposta. 

—Não. – eu disse rápido. 

—É uma pena. 

—Heidi está chegando. – Marcus disse. – Vocês precisam ir. 

—Se alguma regra for quebrada, nós saberemos. – foi a vez Caius falar. 

—Adeus, meus jovens amigos. – Aro disse e sem demora Edward nos tirou de lá. 

Demetri nos levou por um caminho subterrâneo até onde Alice estava, quando chegamos ele assentiu para Edward e foi embora. Encontrei o carro de Alice, entramos no banco de trás, Alice sorriu para Edward e deu partida no carro. 

—Rosalie disse que Alice teve uma visão de Victoria matando você. Como você escapou? – Edward me perguntou. 

—Victoria nunca chegou perto de mim, ela estava brincando com as visões de Alice para tentar chegar até você. 

—Que bom que os dois estão vivos. – Alice disse sorrindo. – O que os Volturi queriam? – ela perguntou me olhando pelo espelho retrovisor. 

—Aro queria que nos juntássemos a ele. – disse. Contei tudo o que aconteceu e como o dom de Jane não me afetou. Depois disso o caminho até o aeroporto foi silencioso. 

Quando chegamos, Alice quase chorou por ter que deixar o carro para trás. Compramos as passagens para um voo até Forks que sairia em duas horas, então sentamos perto do portão de embarque e tentamos relaxar da tensão do dia. 

Edward sentou do meu lado e Alice sentou do outro lado, fazendo com que eu ficasse no meio deles. Ficamos em silencio, observando as pessoas que corriam pelo aeroporto. Chamaram o nosso voo e nós embarcamos. 

Edward e eu sentamos juntos, mesmo eu tendo dito que ficaria bem sozinha, e Alice ficou na poltrona de trás. 

—Tudo bem? – Edward perguntou. – Você está tão quieta. 

—Acho que nós precisamos conversar.