A escuridão escrita por Catwoman


Capítulo 13
Fogo


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores lindoss!!! Queria pedir muitas desculpas pelo tempo que demorei para postar este capitulo.
Estou de ferias agora e pretendo postar, sem falta, toda semana.
Espero que gostem!
Boa leitura!



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Meus dedos enluvados puxaram calmamente o cão da arma.

Eu não estava nervosa.

–Selina, não...

Olhei para Bruce, em sua mascara de vigilante noturno. Eu o amava. Mas era tarde demais para me permitir levar por tal sentimento.

Minha vingança podia em fim se completar... Ao menos parte dela.

Os cabelos desgrenhados, pela mascara rasgada de minha vestimenta, meneiavam-se ao vento. Eu segurava a arma calmamente mirando a Falcone enquanto olhava para Batman.

–Eu tenho que fazer isso – disse, calmamente

–Não, você não tem... – Ele deu um passo em minha direção, em referida ameaça.

Puxei rapidamente, com a mão esquerda, a outra arma carregada que trazia comigo no suporte de coxa. Puxei o cão novamente, agora mirando para a única pessoa que eu sentia algo além de ódio.

Ele parou onde estava.

–Você não quer fazer isso – Ele não estava se referindo a arma em sua direção.

–Eu gostaria, sinceramente, de dizer que não quero. Mas você sabe a verdade... Você sente esse ódio dentro de si também. – O vento continuava a brandir minhas mechas negras. Minhas palavras ecoavam por aquele beco imundo e mal iluminado com medição cirúrgica.

Não havia estrelas naquela noite, mas uma enorme lua cheia preenchia o céu cinzelado e solitário.

Em nenhum momento eu ouvi vozes interiores me repreendendo sobre o que estava prestes a fazer, meu corpo havia me deixado por conta.

Pra quem está perto da morte, Falcone se destacava muito bem ao seu silencio.

***

Uma semana antes...

–Melhor vinho da adega – confirmou o garçom.

Dei um sorriso canto de boa e sorvi metade de minha taça, a qual ele havia acabado de encher.

Senti um toque em minha mão apoiada sobre minha perna. Levantei o olhar e encontrei Bruce olhando para mim.

Eu estava estranha desde o momento quando percebi que era o Falcone do outro lado da mesa, a qual sentaria. Ele havia percebido instantaneamente que o ar tinha ficado um pouco mais denso.

Mas ele era sutil quando sua preocupação, e eu adorava isso. Não que eu iria, de algum modo, contar a ele a história por trás do desconforto de presença, mas apenas saber que ele se preocupava me iluminava o olhar.

–Então, Selina Kyle, não? Seu nome não me é estranho - A mulher loira ao lado de Falcone falou, com genuína curiosidade quanto a mim.

Limpei a garganta para falar.

–Sou uma bastarda de Brian Kyle, minha senhora... – Menti

–Mary, por favor! – pediu docemente. Ou aquela mulher era uma ótima atriz, ou ela simplesmente não fazia parte do que Falcone era envolvido.

Brian Kyle? Cheguei a conhecê-lo, uma grande perda realmente... – Falcone falou com uma sinceridade tão verdadeira que eu até acreditaria, se não o tivesse visto matando meu pai.

Acenei com a cabeça, mantendo meu papel.

–Então... – Bruce interrompeu – Aos negócios? –

Falcone fez uma expressão de decepção.

–Por um instante eu até pensei que você os havia esquecido – E riu

Bruce riu também, mas não senti verdade.

Ele estava apenas brincando com o jogador que se dizia principal. O que Falcone não sabia – e nem eu – era que Bruce já havia dominado esse jogo e estava apenas fazendo usando outros jogadores a seu favor.

Depois das risadas acabarem, juntamente com o vinho de minha taça, o jogo começou.

***

Decidi ir para meu apartamento naquela noite. Eu precisava ver as estrelas, ficar só na madrugada fria de Gotham, organizar meus pensamentos. Mas Bruce havia insistido para que eu fosse para a mansão naquela noite, dissera que sentia minha falta em sua cama, e que gostaria de acordar comigo em seu colo de manhã. E eu sinceramente duvidava. Com todas aquelas coisas de vigilante ele mal tinha tempo para mim, mas não era algo que eu reclamava, pois eu entendia. Mesmo assim, cedi.

Alfred estava a nossa espera em frente ao restaurante. Sentamos no banco de trás do carro e não falamos nada durante o caminho até a mansão Wayne. Bruce repousou sua mão na minha sobre minha coxa, e durante todo o caminho me fez sentir um pouquinho mais segura. O toque de Bruce me fazia feliz...

Por Deus!

Ele me fazia feliz.

O modo como me olhava ao acordar;

O modo como me fazia sorrir ao ser um desastre na cozinha;

O modo como pegava na minha mão e me fazia dançar musicas que nunca havia ouvido antes, a luz do fim de tarde;

Os modos que demonstrava pra mim que eu o fazia feliz,

E como me fazia perceber que, não importava o que ele era, eu o amava por quem ele era.

***

Chegamos à mansão. Fomos direto para o quarto. Ainda em silencio.

Ele tirou sua gravata, colocou-a em cima da gigante cama.

Tirei meu sapato e deixei ali no chão mesmo.

Trocamos um olhar, e foi naquele instante que eu percebi que ele já sabia que eu havia presenciado a morte de meu pai, e que provavelmente também sabia quem era Falcone.

Mas não disse uma só palavra.

Ele não precisava.

Andei lentamente em sua direção e o abracei. Meu abraço foi correspondido.

Eu não chorava.

Tinha aprendido a não mais chorar.

Mas naquele momento, aos braços de Bruce, voltei a ser a criança que tinha acabado de perder o pai.

De repente, começou a chover.

***

Senti algo batendo aos meus ouvidos... Calmamente. Era um coração.

Bruce ainda estava comigo. Olhei pra cima e o encontrei dormindo tranquilamente.

Sorrateiramente sai de seu colo e, descalça, caminhei em direção a porta do quarto. Desci as escadas e fui até a cozinha. Alfred já havia servido um pequeno café da manhã. Peguei uma bandeja e, desajeitadamente, organizei algumas frutas e pães. Subi as escadas, entrei no quarto e Bruce não estava mais lá. Pousei a bandeja na cama e sentei ao lado. Ouvi um som vindo do banheiro: era ele.

Bruce apareceu com apenas uma toalha envolta de seu torso levemente molhado.

Ele era um pecado.

–Você não me esperou acordar... – Vindo em minha direção, com um sorriso suspeito.

–Quis fazer uma surpresa, mas esqueci que você é bastante sensível a sons e movimentos. Desculpe-me por acordá-lo. – Levantei da cama

–Sem desculpas – ele me puxou por minha cintura – Tenho uma reunião daqui uma hora. Obrigada por me acordar.

Olhei pra ele, presa a seu abraço.

–Se soubesse não teria saído daquela cama e muito menos o deixado sair. –

Ele sorriu.

–Podemos voltar se assim quer...

Mordi os lábios. Aquilo seria interessante.

Sua mão subiu até minha nuca e me puxou para beijá-lo.

Minhas mãos subiram por seu dorso - eu conseguia sentir algumas de suas cicatrizes - até chegar ao seu cabelo molhado. O puxei pra mim, intensificando nosso beijo.

Ele tirou a toalha e senti sua ereção.

Afastamos-nos o suficiente para que ele arrancasse minha camisola de seda fora de meu corpo. Eu não usava nada por baixo. Ele me olhou e me puxou novamente para seu beijo feroz. Não me levou até a cama. Me levou até a parede mais próxima.

–Sem preliminares hoje, querida... Você não estar vestindo nada sobre daquele pedaço de pano deveria ser crime. – Eu sorri

Senti a parede pressionada atrás de mim. Ele puxou minha coxa direita para si e com a mão esquerda começou a massagear meu clitóris, penetrou dois dedos em seguida. Joguei a cabeça para trás, com os olhos fechados, apoiando-me na parede. Ele me infligia um prazer que nunca antes sentira. Seus dedos saíram lentamente, deixando um gosto de ‘quero mais’. Ainda com os olhos fechados senti quando sua glande se instalou sobre meu sexo, respirei fundo antes dele arremeter tudo dentro de mim.

–Olhe pra mim Selina – Ele pediu, arfando. Com a respiração vacilante, enquanto ele se movimentava maravilhosamente dentro de mim, olhei para ele.

Seus olhos estavam em êxtase. Havia fogo ali.

Ele puxou minha outra coxa e me apoiei completamente em seu quadril. Ele puxava meus cabelos enquanto eu arranhava sua pele.

Sua boca estava em todo lugar. Ele havia me tomado por inteira. Quando senti meu orgasmo chegando me espantei ao senti-lo falar meu nome em seu ápice, ele continuou seus movimentos, sentindo minhas contrações. Joguei a cabeça em seu ombro e mordi sua pele abafando meu prazer.

Quando me afastei para olhar em seus olhos, o fogo ainda não havia apagado.

Ele sorriu e disse:

–Vou cancelar aquela reunião.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de me dizer se sentiram falta da Selina e Bruce, ou opinar sobre a história.
Isso é muito importante pra mim, escritora, assim posso saber o que está errado e modificar o mais rápido possível.

Obrigada por ler!
Beijos

HHLopes



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