Camp Blood escrita por Heitor


Capítulo 9
Cabeça de javali.




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O javali bufava. Suas presas eram compridas e tão afiadas quanto minha lança.

Não hesitei e pulei do barranco onde estávamos para água. Retirei meu bracelete que automaticamente se transformou em meu escudo de coruja.

Empurrei Lilith e Connor para o lado e entrei na frente deles para protege-los.

O javali bateu as patas na água, fazendo-a espirrar para todos os lados. E então, investiu contra mim, com suas presas prontas para acertar meu peito.

Levantei meu escudo na altura do tórax e esperei até o javali ter impacto contra ele.

Caí para trás, sendo submerso pela pouca água. Sentia o javali se mexer histericamente, aparentemente tentando livrar as presas que haviam se prendido no escudo.

Levantei-me ofegante e ergui o escudo, e num movimento rápido, abaixei-o com ferocidade para o chão, numa tentativa falha de esmagar a enorme criatura.

No mesmo instante ela se soltou, com metade de sua presa direita quebrada. Olhei para o escudo e pude ver a ponta dela cravada na minha única proteção.

Retirei a ponta da presa e balancei-a na frente do javali. Novamente ele bufou, e antes que se impactasse contra meu escudo, Lilith correu para o lado dele e fincou suas sais na barriga do animal, que tombou para o lado gemendo.

– Não o matem! - Gritava o sátiro.

– Oh.. - Exclamou Lucy de cima do barranco, com Bargho ao lado.

Eu a conhecia bem e sabia que gostava muito de animais, e mesmo o javali de Erimanto sendo uma besta, ela tinha pena.

Lilith pressionou as duas sais contra a barriga da criatura, até o mesmo ficar com os olhos esbugalhados.

Connor foi determinado ao lado do javali e no mesmo instante levou sua espada para baixo, atravessando o que parecia ser o pescoço da fera.

Lucy deu um gritinho e fechou os olhos.

Me aproximei de Lilith, que retirava as sais da barriga do javali. Com meu escudo, toquei na espessa camada de gordura do animal para me certificar de que já estava morto.

Não houve sequer um movimento. Chutei o corpo para a frente, e ele saiu rolando alguns metros, sendo levado pela água.

A enorme cabeça, já separado do corpo, não se mexeu.

– Está parecendo uma daquelas que tem no chalé 5. - Comentou Connor.

– Mas, se não notou, essa daqui é três vezes maior. - Completou Lilith.

– Como vocês conseguem fazer piada com isso? - Perguntou Lucy indignada.

Bargho segurava a mão dela, enquanto tentavam descer o barranco com cuidado.

O sátiro voltou para o bosque com pressa, para pegar as mochilas que havíamos deixado antes de corrermos para o pântano, e em dois minutos voltou com as três: Minha, de Lilith e Connor.

– Não podemos parar. - Disse Bargho. - Vamos.

E avançamos com velocidade - levando em consideração que a água estava ao nível de nossos joelhos.


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