Alguns dias se passaram desde que chegamos a Milão. Minha relação com Steve é a mais profissional possível, meu plano de conhecê-lo melhor estava indo a mil maravilhas, já tinha descoberto algumas de suas fraquezas, como o escuro, pois é, o todo poderoso Capitão América tem medo do escuro, chega até a ser cômico.

Parei de investidas no Steve, porque nesse jogo alguém tem que ceder, e cá entre nós, sei muito bem quem iria ceder primeiro. Muito bem, eu.

– Helena, já está pronta? Nós não temos a noite inteira, lembre-se! – gritou Steve da sala, enquanto eu finalizava minha maquiagem, nós iriamos a uma festa que tinha presença confirmada dos nossos suspeitos.

– Pronto picolé, vamos. – Steve era o picolé mais lindo que existe, sem condições. Ele trajava um terno preto, com uma gravata vermelha, o que lhe deixava ainda mais sério e sexy, com o cabelo penteado para trás, com aquele ar de antiguidade que somente ele exalava.

– Você está linda Helena! – disse-me Steve sorrindo, enquanto seus olhos  iam do meu rosto aos meus pés. Eu trajava um vestido preto, que delineava minhas curvas, meus cabelos estavam soltos, com seus cachos naturais, e minha maquiagem era bem marcada nos olhos e nos lábios.

– Obrigada Steve. – retribui o sorriso – Você não está nada mal pra um picolé também. – respondi com um largo sorriso, saindo em direção ao elevador.

– Você não cansa nunca? – perguntou-me Steve já ao meu lado no elevador.

– Nunca Steve, nunca. – sorri com malícia, olhando em seus olhos.

–

Já fazia duas horas que havíamos chegado a festa, e nada estava fora do previsto, nenhuma pista, nenhum acontecimento, ninguém interessante, resumindo, nada de bom. Steve estava com a corda toda, já estava animado, tinha bebido algumas, e por incrível que pareça o álcool o afeta também, nesse exato momento ele está lá na pista de dança, dançando com a mulherada, bebendo e rindo.

– Você já chamou a atenção demais Rogers, pare agora. – disse ao mesmo pelo comunicador.

– Que é isso Helena, relaxa, é só uma festa! – disse-me aos berros pelo comunicador, duvido muito que ele recorde algo amanhã.

– Como quiser, Capitão. – respondi, indo em direção contrária a dele.

Pedi um drink e bebi todo num gole só, se é pra beber, vamos beber!

– Vai com calma aí morena... – disse-me aquela voz ao pé do ouvido, aquela voz conhecida, que há muito eu não ouvia, como havia sentido falta do seu dono.

– O que faz aqui Loki? – sentei no banco do bar ao seu lado.

– Senti sua falta... – encarou-me.

– Hmmm, entendo. Agora já pode me dizer o real motivo, por favor. – arqueei uma sobrancelha encarando-o de volta.

Loki riu antes de responder – Estou marcando território Helena... – prosseguiu com seu sorriso.

– Oh sim, entendo! – risos  – Mas ainda não acredito em você, Laufeyson. – prossegui gargalhando.

– Na verdade Helena, tenho uma proposta para você. – disse-me fitando meus olhos, cada vez mais próximo, próximo demais. EPA!

– Diga-me Loki... – respondi totalmente inebriada e perdida em seus olhos, seus belos e divinos olhos.

– O que achas de ir comigo para Asgard Helena? – perguntou-me Loki ansioso.

– Está falando sério Loki? – fitei mais uma vez seus olhos.

– Sim, minha doce Helena... – como senti falta disso, céus.

– Para quê exatamente me quer em Asgard? – desviei meu olhar do seu, sempre que o encaro muito me perco nas palavras e digo coisas sem sentido.

– Seria uma deusa, a mais bela de todas, minha esposa. – disse-me Loki sorrindo. – Se aceitares, é claro. – completou.

Asgard

Deusa

Esposa de Loki

Definitivamente é muito para assimilar de uma só vez.

– E então, minha doce Helena, o que me diz? – perguntou-me Loki, que parecia ansioso, até mesmo inseguro.

– Eu acho que...

E então tudo aconteceu muito rápido, um estrondo foi ouvido, pessoas correndo, gritando, poderiam ser ouvidas as sirenes de incêndio, e tudo foi desmoronando, escurecendo, tornando a escuridão cada vez mais convidativa.