O Acordo - Rose Weasley & Scorpius Malfoy escrita por Lilly Moon Malfoy


Capítulo 7
O jantar, discussões e mistletoes.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estáááá sou uma ninja, se presente para vocês, o capitulooooo do jantaaaar! Passei três horas e meia digitando esse capitulo, mas com certeza vai valer a pena de ver o cometário de vocês!!!! fiquei muito feliz pelos rewies do capitulo anterior assim como os novos leitores que ganhei :) quanto mais rewiews reçebo, mais fico motivada, e posto e capitulo mais rapido! Demorou para acabar, mas está aí para vocês como o prometido, espero que gostem :DDDDDDDDDD



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Rose acordara naquela manhã de 24 de dezembro ao som de risadas ruidosas e o barulho de pesadas malas sendo atiradas em cima das camas.

A garota olhara em volta, levemente sonolenta a agitação das meninas presentes no dormitório feminino. Aquilo estava contagiando-a, e sabendo que não conseguiria adormecer novamente espreguiçara-se olhando lentamente para o relógio de ponteiro na parede do lugar, e saltou rapidamente da cama, ato que a deixou momentaneamente cega, e extremamente tonta. Depois que o ambiente á sua frente parara em seu devido lugar, ela olhou novamente no relógio para ter certeza absoluta que seus olhos sonolentos não haviam registrado a hora errada. Infelizmente, sua visão estava perfeitamente correta, os ponteiros afirmavam que já se passavam das dez e meia da manhã, e a garota sequer havia organizado sua mala.

Hoje era véspera de Natal, e todos já estavam prontos para voltar para casa, menos Rose que naquele momento andava de um lado para o outro visivelmente descontrolada.

Rose Weasley nunca se atrasara na vida. Era extremamente pontual, até mais do que sua mãe, e agora tinha apenas vinte e cinco minutos para organizar sua mala, trocar de roupa, tomar um banho, e embarcar no trem que partia exatamente ás onze horas em ponto.

Fora então ao banheiro, onde fizera sua higiene matinal; tomou uma rápida ducha e se vestiu com a primeira roupa que sua mão conseguiu alcançar. Tirou a mala de debaixo da cama e a jogou em cima, começando a atirar suas vestes na mala sem ao menos retirar os cabides, e socando os pertences para que coubessem. Tivera que sentar em cima para que a mesma fechasse. Em outros tempos, aquela bagunça empurrada a força dentro daquela mala á enlouqueceria, mas essa era a única opção no momento. Parou um pouco para descansar e retomar a calma. Mas teve que sair correndo a todo vapor novamente quando olhara o relógio novamente.

Mas então parara para pensar. A carruagem que os levaria á estação de embarque partiria em dez minutos. Era praticamente impossível chegar aos portões de Hogwarts á tempo. Bom, pelo menos não teria de enfrentar a fúria de Ronald Weasley. Ela então se sentou na cama, derrotada e mortalmente cansada. Sabia que não havia mais tempo, e que passaria o Natal em Hogwarts.

Porém, seus olhos percorreram o quarto, avistando o armário de madeira do quarto. Ainda lhe restava uma chance.

***

—Onde será que Rose se meteu? –dizia Lillian buscando a prima ruiva na multidão de cabeças. Ela não é de se atrasar. Oque será que aconteceu, hein?

—Calma Lill’s daqui a pouco ela aparece. Mulheres sempre se atrasam. É maquiagem aqui, e cabelo aqui, mais uma ou duas horas para conseguir algo para vestir. Isso aconteceu. –disse Albus descontraído provocando a ira de Lillian.

Scorpius estava começando a se preocupar. Rose realmente nunca se atrasava para nada. Buscava na aglomeração, uma cabeça ruiva, sem encontrar. Começara a se angustiar.

Enquanto andavam á procura de uma carruagem vaga, Lillian começou a reclamar, dando a oportunidade á Dominic, que uma nova discussão se iniciasse.

—Minhas costas estão me matando – ela choramingou alongando a coluna depois de soltar a pesada mala no chão. –Alguns cavalheiros – ela frisou a palavra. –bem que poderiam ajudar a dama aqui, não é?

Scorpius estava distraído demais à procura de Rose para ouvir a indireta da garota, e Albus a ignorou totalmente. Ela então olhou para Dominic, com uma das sobrancelhas arqueadas.

—Ah nem vem, ruiva. Nem me olhe desse jeito, ninguém mandou você enfiar o guarda-roupa inteiro dentro dessa mala, sendo que você nem vai usar todas as roupas que tem aí.

Ela ergueu a mala de cabeça erguida.

—Se você não ouviu bem, Zabini, eu me referia á um cavalheiro, coisa que decididamente você não é.

Ele riu amargamente.

—Engraçado, acho que ouvi muito bem sim, Weasley – ele dizia se aproximando dela. –Assim como ouvi você, se referindo a uma dama. Coisa que decididamente... Você não é.

Ele tomou a mala das mãos dela e seguiu ao encalço de Albus, deixando Lillian sem palavras pela primeira vez na vida.

—Aqui tem uma carruagem vaga. –Albus gritou. Os três embarcaram nela.

Scorpius andava o mais lentamente que conseguia sem parar completamente.

—Você não vem, Scorpius? –Albus perguntou.

Ele olhou uma última vez para trás. Nem sinal da garota. Contra sua vontade, embarcou na carruagem azul, que começou a andar. Olhava para fora, distante a espera que ela surgisse ao seu lado ou aterrissasse do céu, caindo diretamente em seus braços.

Sorriu com a possibilidade de seu pensamento se tornar realidade. Olhava para fora quando avistou um pequeno ponto vindo de encontro á eles rapidamente.

Talvez fosse um pássaro sobrevoando a propriedade, por esse motivo ignorou. Olhou brevemente para Lillian e Zabini, que se confrontavam como sempre. E sorriu. Fazia lembrar a relação que ele e Rose tinham, fazendo-o sentir uma imensa falta de provoca-la.

Então ouvira um grito feminino, e virou sua cabeça á tempo de ver o “pássaro” ruivo aterrissar em cima dele, fazendo-os cair no chão da carruagem. A vassoura caiu com um estrépito ao lado dos dois.

—Senti sua falta, Cenourinha. –disse Scorpius afastando os cabelos ruivos da garota de seu rosto, a tempo de vê-la sorrir.

—Modo triunfal de chegar hein, priminha? –disse Albus.

Os dois então notaram o jeito que estavam um em cima do outro atraindo olhares maliciosos de todos. Corando, se levantaram rapidamente.

—Porque se atrasou Rosie? –Lillian perguntou. –Ficamos preocupados.

—Acordei tarde e...

—Espera ai. –disse Albus a interrompendo. - Rose Weasley acordou tarde? Que coisa maluca. É a mesma coisa que eu fazer o dever de casa, ou seja, é bem raro de acontecer.

—Cala a boca, Al. – reprendeu Lillian.

—Minhas malas tiveram que permanecer em Hogwarts. –Rose disse.

—Acho que tenho algumas roupas que irão lhe servir. –Lillian disse.

—Obrigada. –Rose falou sem jeito. Duvidava que as roupas da prima que era baixinha iriam lhe servir. –Foi realmente difícil chegar até aqui.

—E o melhor jeito tinha que ser caindo em cima de mim, Cenourinha? –ele disse empurrando o braço de Rose que riu.

—Você me foi muito útil. –ela disse sarcástica. –Quando eu precisar novamente de um amortecedor, já sei a quem procurar.

Os dois riram.

—Sou muito desajeitada com vassouras.

—Tem certeza de que é só com vassouras, Rosie? –Albus caçoou.

—Muito engraçado, Al. – ela ironizou. –Odeio altura. Mas essa foi a única maneira que encontrei para chegar até aqui.

—Chegou em grande estilo a propósito. –ele disse sorrindo. –Eu mesmo não teria pensado nisso.

—Sem querer ofender, mas coisas engenhosas que não contenha nenhum tipo de travessura que prejudique as pessoas, nunca surgiriam em sua cabeça, Al. – disse Scorpius passando o braço em volta de Rose que franziu a testa. O garoto tinha feito aquilo sem perceber.

—Rose também prejudicou alguém. –disse Albus em sua defesa. –Quase quebrou Scorpius inteirinho quando caiu em cima dele. Pelo menos eu não caio em cima de ninguém.

Todos reviraram os olhos, e continuaram a conversar animadamente até que chegassem á estação. Desceram da carruagem, para embarcar no trem vermelho, que assoviava.

***

—Cai fora Zabini, eu vou sentar na janela! –gritava Lillian.

—Nada disso, baixinha. Eu sento aqui, cheguei primeiro. –disse Dominic.

Rose revirou os olhos. Assim como todos os presentes na cabine, estava cansada das discussões desnecessárias entre os dois.

—Chega! Vocês realmente vão discutir por um lugar na janela sendo que há dois lugares disponíveis em cada lado?! E Lillian, você odeia se sentar na janela, diz que fica enjoada olhando para a paisagem se movendo do lado de fora. E Zabini? Você tem dezessete anos, já é um adulto, não acha que discutir com uma garota birrenta por natureza de quinze anos não é imaturo?! Agora sentem cada um de um lado da janela e fiquem quietooos!

Os dois a olharam surpresos, sendo que Rose costumava ser a garota mais paciente e controlada que conheciam. Sentaram-se de braços cruzados silenciosamente.

—Cada dia mais parecida com a tia Mione. – disse Albus enquanto lia um exemplar de O Pasquim. – Fico com medo de que isso piore com o tempo.

A verdade constatou Rose, era que Lillian e Zabini adoravam se provocar tanto quanto ela e Scorpius gostavam.

***

Fazia algum tempo que o trem havia partido, e logo estariam chegando à estação de embarque para o Expresso de Hogwarts, quando uma garota loura parte veela do sétimo ano passou por eles, despertando a atenção de Albus.

—Opa! Com licença, o galã aqui, vai entrar em ação. –ele disse deixando a cabine teatralmente dançando um tango solitário.

Realimente, Lillian havia ficado enjoada, e teve de sair às pressas para vomitar, com Zabini em seu encalço rindo-se.

Scorpius e Rose acabaram por ficar sozinhos na cabine, que ficou silenciosa pelo fato de Rose estar dormindo, e Scorpius não querer acordá-la. A cabeça da garota pendeu no ombro de Malfoy, e soltou um longo suspiro se aconchegando nos braços dele.

Ele sorria observando a garota dormir profundamente, quando ouvira a voz de alguém.

—Que casal mais lindo. –disse Lysander á porta da cabine, sussurrando para não acorda-la.

—Vai embora, Scamender. –Scorpius rosnou. Não parecia muito convincente com a garota em seus braços.

Scamender riu.

—Se acalma aí, Malfoy. É melhor não arrumar mais confusões, seu sogro. –ele colocou aspas na palavra. –Não está muito satisfeito com você, e sabe, Ronald me adora. Iria ficar muito desapontado se seu genro provocasse seu afilhado querido.

Oque?

—Passar bem, e... Até o jantar. –ele disse com as sobrancelhas arqueadas, e os deixou ali.

Scorpius estava mais do que confuso. Primeiro, porque Scamender colocou aspas na palavra sogro? Era possível que ele soubesse de algo? E segundo, afilhado do pai de Rose? Isso não era nada bom. Dez á Zero para Lysander.

***

O trem chegou rapidamente á estação, onde todos desembarcaram, e cumprimentaram seus parentes e amigos que já os aguardavam na plataforma nove três quartos.

Rose ainda estava sonolenta quando chegou á estação, mas antes de avistar sua família, virou-se rapidamente para Scorpius, e o escondeu atrás de uma lacuna.

—é melhor meu pai não vê-lo agora, sabe. Para sua proteção. –ela sussurrou. –é melhor eu apresenta-lo oficialmente no jantar de amanhã.

Ele concordou.

—Mas sabe, aqui tem milhares de testemunhas para o caso de ele tentar me assassinar. –ele caçoou.

Rose revirou os olhos e se inclinou para beijar a bochecha do garoto. Os dois olhares se cruzaram, e a cena na Sala de Troféus se repetiu em suas cabeças automaticamente. Aproximaram-se lentamente até que...

—Filho? –Astoria Malfoy indagou á ele. –Posso saber o que está havendo? Quem é essa garota?

—Deve ser mais uma das garotas com quem ele vive por aí. –disse Draco Malfoy. Usava uma bengala aristocrata, que o deixava com aparência de um lorde. –Ruiva... Só pode ser uma Weasley, estou certo?

Rose não sabia se aquilo era um insulto por isso se adiantou e falou formalmente enquanto apertava as mãos do casal Malfoy.

—Prazer, sou Rose Weasley. –disse ela cordialmente com um sorriso estampado no rosto.

—Eu tinha certeza. –disse Draco apertando a mão da garota. –A senhorita não é filha de Ronald e Hermione Weasley, certo?

—Na verdade... Sou sim. –ela disse sem jeito.

Draco lançou um olhar á Scorpius que se adiantou. Não deixaria seu pai trata-la daquela maneira.

—é pai, essa é Rose Weasley minha... Namorada. –Scorpius disse enlaçando a cintura da garota que escancarou a boca por um breve momento.

—Namorada? –Astoria disse. –Há quanto tempo?

—Faz um tempinho. Eu iria contar, mas, estávamos namorando em segredo, - ele a olhou buscando ajuda. – e resolvemos nos assumir agora. Vou jantar na casa dos pais dela amanhã á noite, então... Não vou poder passar o Natal com vocês, me desculpe.

—Um jantar de apresentação? –Astoria disse olhando para Rose docemente. –Parece um relacionamento sério. Estou muito orgulhosa e feliz pelos dois. Srta. Weasley...

—Pode me chamar de Rose. –a garota disse.

—Rose. –Astoria falou sorridente. –E se você passasse o Ano Novo em nossa companhia? É claro que vou entender se não puder, só queria conhecer a primeira namorada séria de Scorp já teve.

Rose concordou.

—Será um prazer, Sra. Malfoy. –ela disse apertando a mão da mulher que sorriu empolgada.

—Muito bem então! Scorpius, filho, despeça-se de Rose, e depois nos acompanhe ok? –Astoria disse docemente. –Até logo, Rose.

—Até logo Senhor E Sra. Malfoy. –Rose disse sorrindo.

Malfoy a olhou.

—Tem certeza disso? –ele perguntou. –A comida da minha mãe é horrível.

Rose riu.

—Não pode ser pior do que a comida de Hermione Weasley. –os dois riram. –Te vejo amanhã á noite, ás oito horas. Preciso lhe mandar o endereço Da Toca?

Ele negou.

—Já fui milhões de vezes Na Toca, Albus já me convidou para passar as férias na casa dele, lembra?

Rose suspirou.

—E como eu podia esquecer? Foram as piores férias da minha vida! –ela disse.

—Até amanhã, Cenourinha. –ele beijou a mão de Rose.

—Até, Malfoy.

—Sabe, você precisa parar de me chamar de Malfoy. Estamos “namorando” lembra?

Ela revirou os olhos.

—Até, Scorpius. –ela disse sorrindo.

Ele foi por um lado, e ela pelo outro. Os dois igualmente ansiosos pelo jantar de amanhã.

***

Rose jogava pilhas de roupas em cima da cama de Lillian, que lixava as unhas em cima da cama, no quarto que antes pertencia á sua mãe, Gina Potter.

—Lillian, não tem nada aqui que eu possa usar! –esbravejou Rose.

—é claro que tem, você é magra, cabe em todas as minhas roupas. –Lillian disse.

—Suas roupas são muito curtas, Lill’s. – ela sussurrou como se aquilo fosse um crime.

—Não banque uma Gina Potter, ok?-Lillian disse se levantando. –Essa paranoia toda é por causa do Malfoy, é Rose?

Rose revirou os olhos.

—é claro que não! –disse ela mentindo para si própria.

—Ah, me poupe de suas mentiras, Rose! –ela se jogou na cama indignada. –Você sabe muito bem que não é verdade. Você pode mentir para mim, mas não minta para si mesma. Eu sabia que esse acordo mexeria com vocês dois. Eu vejo como se olham agora. Mas se quer continuar com isso...

Rose baixou os olhos para o carpete.

—Sabe Rosie, as pessoas tendem a estragar tudo colocando sentimentos onde não devem. –ela disse seriamente.

Rose refletiu um pouco ao ouvir as palavras da prima. Lillian era mais nova do que ela, mas era ótima em dar conselhos. E depois disse:

—Quer me ajudar com a produção?

Lillian sorrira e inclinou a cabeça para que pudesse analisar a prima.

—Vamos ver o que eu posso fazer.

***

Scorpius nunca havia se sentido tão ansioso como agora, o mais perto que chegara foi nas finais de quadribol, antes da partida começar. Seu estomago revirava de uma maneira horrível, e seu coração parecia prestes a parar em suas mãos.

Enquanto esperava Albus e Dominic, para juntos irem ao jantar de Natal, o garoto andava de um lado para o outro, sentindo-se terrivelmente enjoado.

Nunca havia passado por essa experiência na vida por isso não tinha ideia do que dizer, ou de como agir. Sentia-se sufocado.

—E aí amigão preparado? –A voz de Albus surgira sobressaltando o coração de Scorpius, que sem a ajuda dele, parecia estar á mil.

—Que susto, Albus. –ele disse colocando a mão no coração temendo um infarto. –Estou sim, só vou pegar um casaco, espera aí.

Ele foi até o closet, e vestiu um sobretudo preto.

—Estou pronto. –ele colocou a cabeça para fora do quarto e gritou. –Mãe já estamos indo!

—Ok, divirta-se! E mande um abraço á Rose por mim! –ouviu-se a voz de Astoria.

—Vamos?

—Vamos.

***

Rose já havia se olhado milhões de vezes no espelho, e ainda sim não se reconhecia. Lillian a olhava satisfeita pelo seu incrível trabalho terminado. Rose usava um clássico vestido preto com mangas longas e um decote generoso nas costas que a deixava sexy, mas sem vulgarizar sua imagem. O vestido ligeiramente curto, coisa que Ronald, seu pai, certamente notaria. Usava um par de sapatos altos de verniz pretos, e uma leve maquiagem com um batom cobre.

—Não posso descer assim. –disse Rose se jogando na cama.

—E porque não? –Lillian disse. –Você está deslumbrante, e tudo por minha causa. Não vai jogar minha obra prima fora não é?

Rose a olhou. Lillian sabia o que fazia. Suspirou fundo e disse.

—Ok, vamos lá.

***

Scorpius já estava á porta da casa da avó de Rose, que antes parecia um lugar inocentemente “comum”, e agora parecia o corredor da morte.

—Vamos cara, Tio Rony não vai bater em você, não enquanto houver testemunhas por perto.

Ele engoliu em seco, e entrou logo em seguida de Albus.

—E aí, família! Quanto tempo! –Albus entrou gritando. –Sei que não estão interessados em mim e sim no garoto medroso atrás de mim, não era eu que devia estar apresentando ele e sim sua querida namorada, mas lá vai. Scorpius, família, família, Scorpius.

Albus o deixou ali, indo em direção á mesa de comida que sua avó Molly havia preparado, e que deu um tapa na mão do garoto.

—Isto é para depois do jantar, Al!

Scorpius parecia ter criado raízes no chão. Todos o encaravam com visível curiosidade. Inclusive Ronald Weasley.

—Então é você, o filho do Malfoy. –disse Ronald se levantando da poltrona usando um suéter cor de tijolo. –O garoto que pretende roubar minha rosinha de mim.

—Não senhor, quer dizer sim, não eu... Sim eu sou Scorpius Malfoy e não, senhor, não pretendo roubar Rose de ninguém.

Albus deu uma sonora risada visivelmente divertido com a situação.

—Não assuste o garoto, Ronald. –repreendeu uma mulher de cabelos castanhos fofos. –é um prazer conhece-lo querido. Sou Hermione, a mãe de Rose.

—é um prazer conhece-la, Sra. Weasley. –ele disse beijando a mão de Hermione cordialmente.

—Viu, é um garoto tão gentil. Rose já deve estar descendo. Rose venha receber seu namorado querida!

***

A garota se sobressaltou. Scorpius já estava lá em baixo, a espera dela, assim como todos estavam. Suas pernas então pareceram não colaborar.

—Vamos, Rose. Está tudo bem. –Lillian a reconfortou.

—Ok.

***

Scorpius aguardava a garota recebendo olhares furtivos de Ronald, fazendo-o se sentir muito desconfortável. O lugar estava mortalmente silencioso, mas houve várias exclamações quando duas garotas desceram as escadas, mas Scorpius só tinha olhares para uma.

Nunca havia visto Rose Weasley tão deslumbrante como agora, e devia ter ficado com a boca escancarada, mas não se importava. Ela descia as escadas olhando diretamente para ele, satisfeita com os olhares que recebia. Agradeceria á Lillian mais tarde. Devia isso á ela.

—Oi. –disse ela sem jeito, Malfoy dera um selinho nela, e entrelaçou sua mão na dela.

—Oi. É... Você está linda. –ele disse sendo sincero.

—Obrigada. –ela corou.

O silencio se instalou no lugar, que Molly Weasley, a anfitriã, resolvera quebrar.

—Bom, já que todos estão reunidos aqui, vamos á ceia!

Todos se dirigiram rapidamente á mesa que era enorme, pois Na Toca, sempre havia lugar para mais um. Estava repleta de comidas que tinham tanto o aroma, quanto a aparência, extremamente convidativos.

 

No mesmo momento em que se sentaram Arthur Weasley, levantou uma taça.

 

—Com licença, quero propor um brinde! –ele disse, e todos ergueram suas taças. –Um brinde á vida, a quem eu tanto agradeço por poder ver meus netos crescerem, meus filhos virando pais, estar do lado de minha querida esposa. –ele beijou a mão da velha Molly. –E um brinde á momentos como esse, que marcam as nossas vidas! À família!

—À família! –todos brindaram.

Scorpius observou a cena, onde todos riam e conversavam, unidos, como uma família deveria ser, algo que nunca presenciara de perto, pois as ceias em sua família eram vagas e silenciosas.

Sorriu vendo Rose rir juntamente á avó que contava histórias aos netos. Sentia-se extremamente honrado de participar daquilo. Fazia-o se sentir acolhido, como se estivesse naquela família á anos.

—Então garoto, - disse Rony que fez questão de se sentar á frente dele. –Você está aqui por um motivo. Quais são as intenções que você, tem para com a minha filha.

Ele engoliu em seco sem saber o que dizer.

—Não vai dizer nada? –ele falou. –Rose é só mais de milhares de garotas com quem você já se deitou?

—Pai...

—Não me interrompa Kathilyn. – Rony ergueu a mão. –Me diga rapaz, o motivo de você estar namorando minha filha!

—Diga a todos Malfoy, o porquê você está namorando Rose, Vamos diga! –disse Scamender sorrindo e logo sendo repreendido por Luna, sua mãe.

—Eu a amo... –Scorpius disse olhando diretamente nos olhos de Rose. Isso não estava nos conformes do acordo pensou ela.

—Ah é? –Ronald ironizou levantando-se da mesa. –O que um garoto petulante como você sabe sobre o amor? Me diga!

—Ronald Weasley pare imediatamente! –Hermione esbravejou com as mãos plantadas na cintura.

—Isso ainda não acabou garoto. –ele disse baixo para que só ele ouvisse.

Ele deu um último olhar á Scorpius, antes de se sentar novamente á mesa.

Depois de vários pedaços de tortinhas, bolos de frutas e pudim natalino, todos seguiram a tradição inglesa, e foram assistir ao episodio natalino da novela trouxa EastEnders , quando o casamento finalmente aconteceria. Albus estava empanturrado de comida, por isso se jogou no sofá, e cochilou enquanto todos abriam seus presentes.

—é melhor eu ir. –disse Scorpius baixinho.

Rose assentiu, e o levou lá para fora. Fechou a porta, e ficou olhando para seus próprios pés sem saber o que dizer.

—Me desculpe por meu pai. –ela disse.

Ele balançou a cabeça.

—Nós sabíamos que seria assim. –ele disse enquanto procurava algo no bolso se seu casaco. –Espera, antes de eu ir, comprei algo para você.

—Você não precisava ter comprado nada, afinal, eu não comprei nada para você. - disse ela sem jeito.

Ele retirou uma embalagem de camurça preta do bolso, e abriu revelando um colar delicado e fininho.

—Eu não posso aceitar...

—Porque as pessoas sempre dizem isso? –ele perguntou enquanto abria o fecho do colar. –Vire-se, me deixa colocar em você

Ela afastou os cabelos dos ombros, e o garoto colocou o colar delicadamente em seu pescoço.

—Ficou lindo. –ele disse sorrindo.

—Obrigada. –ela disse.

—De nada. Minha mãe sugeriu que eu lhe desse um presente, e... Eu vi esse colar e achei sua cara.

—é muito gentil de sua parte. –ela disse olhando a pequena pedrinha azul. –Qual pedra é essa?

—Safira. –disse ele. –Combina com seus olhos.

Na verdade, ele havia comprado o colar com essa pedra, pois a mulher que lhe vendera disse que significava união perfeita além de ser o talismã do amor.

Ela olhou para cima, e corou ao perceber que estava abaixo de mistletoe. Um ramo de galhos que segundo uma tradição, que o homem deve beijar uma garota que se encontrar acidentalmente debaixo dele.

—Parece que você está debaixo de um mistletoe. –Scorpius disse. –Eu devo lhe beijar agora?

Rose sorriu.

—Você só deve beijar uma garota debaixo de um mistletoe se ela não souber que está debaixo de um.

Ele se aproximou perigosamente dela.

—Estou acostumado a quebrar algumas regras. –ele segurou seu queixo e a beijou, coisa que ansiava á dias. Ela se entregou em seus braços, pois também sentia a mesma necessidade que ele sentia para que aquele momento tão esperado acontecesse.

Mas para a infelicidade dos dois, são interrompidos por Lillian, que dava socos no braço de Zabini que tentava se proteger.

—Oque pensa que está fazendo, Zabini?! Quem você pensa que é para me beijar?! –ela pontuava cada palavra com um soco.

—Hey, calma, Lillian, você estava debaixo de um mistletoe, eu era obrigado a te beijar. –disse Zabini afagando o braço.

—Obrigado?! Me poupe, Zabini, você não pareceu obrigado a me beijar quando me agarrou! –ela esbravejou. –Nunca mais ouse tocar em mim novamente ouviu?!

—Porque em vez de assistirem EastEnders todos não vem ver a fúria de Lilian Potter hein?! –ele gritou antes de aparatar no jardim. Lillian tinha muito que contar.

Scorpius suspirou.

—Eu preciso ir... Antes que seu pai me culpe por isso também. –ele disse e Rose riu. –Até mais, Cenourinha, diga á todos que tive de ir por mim, e mande um abraço á Hermione.

—Ok, e você á sua mãe. Ela é bem gentil. –ela disse.

—Espere para ver a comida dela, e você vai mudar de ideia. -ele disse revirando os olhos.

Ele se aproximou de seu pescoço para sussurrar antes de partir.

—Te vejo por aí, Cenourinha. –e aparatou.

Rose encarou a lua por um momento, com um sorriso demente estampado em seu rosto. Toda família que se preze, tem discussões, beijos, e brindes no Natal. Enquanto roçava a mão na pequena pedra em seu pescoço, fazia a noite se repetir em sua cabeça.

Apesar de tudo, havia sido uma noite mágica.


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Notas finais do capítulo

Entããããão amoores? o que acharam? A espera dos comentários de vocês a qual eu agradeço tanto!!! Eu deixei umas pistas obvias ai no capitulo, e espero que vocês detectem. :))) Milhões de beijos, até o próximo capitulo!!!!
Lilly Moon Malfoy.