O Acordo - Rose Weasley & Scorpius Malfoy escrita por Lilly Moon Malfoy


Capítulo 14
Diversão á Moda Trouxa


Notas iniciais do capítulo

aqui está!!! o próximo capitulo para vocês!!! gente que felicidade, estou rumando para os 100 cometários!!!! muuuuito obrigada a tooodos vocês por me fazerem tão feliz assim :) este aqui é dedicado a todos vocês que acompanhando o acordo assim como tooodos os que comentaram, vocês significam muito para mim *U*
é isso aí, boa leitura á todos e até o proximo cap!!



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Antes que Albus conseguisse dizer algo, Zabini já o havia feito. Confrontara Lysander de uma maneira que deixara todos á sua volta estáticos. Zabini não costumava se pronunciar, ao menos que fosse estritamente necessário.

Lillian arregalou os olhos e escancarou os lábios como se tivesse sido pega no flagra fazendo algo totalmente pecaminoso. E tecnicamente havia, aos olhos de Dominic, que fuzilava as mãos de Lysander na cintura de Lillian como se quisesse fazê-las arderem em chamas ao simples contato visual.

A garota se desvencilhou dos braços de Lysander e avançou desesperadamente em direção á Zabini.

–Não é o que você está pen...

–Lillian, fica quieta, o assunto não é com você. –Zabini grunhiu mal olhando nos olhos da garota que logo em seguida assumira uma expressão de ofensa.

–Quem você pensa que é para falar dessa maneira comigo seu...

–Lillian. Quieta. –o garoto silenciara as palavras da ruiva com um sussurro raivoso que fizera o coração de Lillian doer mais do que se Dominic tivesse gritado.

Zabini nunca a chamava pelo primeiro nome. Para Dominic, Lillian era a garota Potter, sua baixinha raivosa. Naquele momento, Lillian desejava mais do que tudo nunca mais ouvir Zabini pronunciar seu nome daquela maneira.

–Não me diga que está com ciúmes, Zabini? –provocou Lysander avançando descontraidamente em direção ao garoto que mantinha os punhos cerrados com as veias saltando de ódio. –Você por acaso só estava no lugar errado, e na hora errada. Nós só estávamos...

Ele não conseguiu concluir a frase. Um soco atingira seu olho esquerdo o deixando ligeiramente desestabilizado. Lysander cambaleou para trás empurrando Lillian que exclamou agudamente.

Ninguém se atrevera a dizer nada. Rose não achava justo nada daquilo que ocorria á sua frente. Tudo bem era Lysander, o garoto irritante que a importunava desde sempre, mas desta vez, a garota sabia que Lysander não fizera nada de errado. E tecnicamente, se não fosse por ela, nada disso estaria acontecendo afinal, não fora ela mesma que recomendara que Lillian aparatasse acompanhada por Lysander?

Sabia que Scorpius não moveria um palmo do lugar para ajudar Lysander, muito pelo contrário, Zabini provavelmente ganharia pontos extras com Scorpius depois desse ato. Albus muito menos, não se importava com quem apanhava ou com quem batia, só estava ali para ver o circo pegar fogo. Por esse motivo, Rose se sentia no dever de concertar as coisas. Mais uma vez.

–Protego! –um escudo invisível surgira entre Lysander e Zabini que foram arremessados para longe um do outro no mesmo instante em que o feitiço lançado por Rose irrompera de sua varinha.

A garota aproveitou que os dois estavam um tanto fora de órbita para finalmente acabar com tudo isso.

–Vocês dois querem parar?! –a autoritária voz Rose Kathilyn Weasley surgira e todos pararam para ouvir. –Zabini, não aconteceu nada! Lysander só estava prestes a fazer uma aparatação acompanhada com Lillian, todos sabemos que ela é jovem demais para aparatar sozinha. E Lysander, - ela se voltou para o garoto que a olhava com um temor como se estivesse levando uma bronca de sua mãe, e não de uma garota de dezessete anos que mal finalizara os estudos. –por que diabos você não podia esclarecer logo as coisas e dizer que tudo isso não passava de um engano? Não é muito mais simples do que levar um soco no olho? Porque você sempre sente essa necessidade irritante de provocar os outros?

–E porque você sempre se sente no direito de opinar sobre tudo? –perguntou Lysander.

Rose não estava acreditando no que estava ouvindo. Se não fosse por ela Lysander ainda estaria apanhando de Zabini. Naquele momento, ela desejara mais do que tudo não ter imposto um escudo entre os dois.

–Como você é mal agradecido. –disse Rose balançando a cabeça negativamente em direção á Lysander.

–é talvez eu seja, mas pelo menos não sou um covarde idiota que não tem coragem de assumir seus sentimentos de uma vez! –gritou Lysander enquanto andava na direção contrária do grupo.

–Tem certeza disso, Scamender? –perguntou Scorpius com um sorriso desprovido de qualquer alegria estampado no rosto.

O garoto lhe lançara um olhar agressivo como se estivesse tentado a confrontá-lo. Mas logo em seguida, aparatou, desaparecendo da vista de todos, como se tudo aquilo nunca tivesse ocorrido.

–O que aquele babaca estava fazendo com vocês duas no Beco Diagonal? –perguntou Scorpius logo em seguida que Scamender se fora.

Rose revirou os olhos e suspirou vigorosamente jogando sua cabeça para trás. Será possível que justo hoje todos resolveram dar seu show dramático de ciúmes para cima das Weasley?

–Não me diga que você também vai começar a ficar extremamente ciumento, vai? –perguntou Rose choramingando como uma criancinha implorando para não fazer seus deveres de casa.

Para sua surpresa, Scorpius riu.

–Não. Um Malfoy não sente ciúmes. Um Malfoy faz com que as garotas sintam ciúmes de você. –ele disse de uma maneira esnobe. Rose lhe dera uma tapa no braço direito lembrando-se da frase que um dia Scorpius dissera á ela no dia em que ela estipulara regras sobre o acordo entre os dois. (...) “Acho que você quem vai ter que se preocupar... Para não se apaixonar por mim”.

Esse dia, assim como toda essa história sobre este insano acordo, pareciam nunca terem existido. Houve tantos caminhos tortuosos que os levaram até ali. Caminhos dos quais os dois seguiram de olhos fechados, sem terem ideia de que algum dia estariam envolvidos da maneira como estão agora. Todas aquelas regras e condições acabaram se tornando inúteis.

Scorpius Malfoy havia transformado Rose Weasley de uma maneira que a garota não sabia distinguir se era positiva ou negativa.

A fizera concordar em ajudá-lo a ser expulso de Hogwarts, a fizera concordar em quebrar mais regras do que já havia quebrado em toda sua vida, mas principalmente a fizera descobrir um lado dela do qual ela nunca havia imaginado existir. O verdadeiro eu de Rose Weasley. Scorpius Malfoy era único que conseguia despertar este lado nela. Assim como Rose Weasley era a única que fazia Scorpius acreditar em si mesmo.

Os dois eram a prova de que ás vezes, curvas erradas te levam aos caminhos certos.

E ao avistar Lillian e Zabini conversando ao longe, Rose imaginava se algum dia, as curvas erradas que os dois eram propensos a pegar, os levariam para um caminho certo.

***

–O que deu em você para agir daquela maneira seu babaca sem noção?! –Lillian dera um soco no braço de Zabini, que se sentia constrangido demais para responder. Havia perdido o controle, e agora teria suas próprias consequências. E uma delas certamente seriam as acusações e punições de Lillian.

–O que foi, a baixinha vai contra atacar agora, é? –disse ele afagando o braço em que Lillian batera. Ela arqueou uma das sobrancelhas, pousando as mãos na cintura. Ele sorrira bagunçando os cabelos. Conhecia aquela pose como ninguém. E sabia que ela significava que Lillian esperava por suas respostas. –Você não desiste mesmo, não é Potter?

Ela negou silenciosamente balançando a cabeça.

–Ah, tudo bem, você venceu. –ele jogos as mãos para cima em um sinal de redenção. –Eu não gostei de te ver nos braços dele. Não importa se ele iria aparatar com você ou o que quer que seja... –Eu não gosto de ter de ver você em outros braços que não sejam... Os meus. –Mas isso não vem ao caso.

–E o que vem ao caso então? –perguntou Lillian franzindo a testa.

Ele esperou alguns instantes antes de prosseguir, projetando sua melhor expressão marota no rosto.

–Você gostou?

Lillian revirou os olhos e deu uma risada forçada, jogando seu braço pelos ombros de Zabini.

–Vamos. –eles seguiam em direção aos outros quando Lillian parou bruscamente. –Espera.

–Oque? –ele perguntou enfiando as mãos nos bolsos das calças jeans.

–Nunca mais me chame de Lillian novamente. –ela disse pausadamente com um ar de tristeza envolto em seu sorriso sereno.

Ele entendera o que ela quis dizer com aquele pedido. Nem ele próprio gostara do modo como o nome dele soara em seus lábios quando estava fervilhando de ódio.

Ele sorriu e deu três tapas violentos e camaradas nas costas de Lillian que estava prestes a protestar quando ele a puxou pela cintura encostando seus lábios nos cabelos ruivos da garota.

–Como quiser Potter. –ele não tivera coragem de dizer o que havia por trás de seu descontrole. Zabini simplesmente preferia tê-la desse modo a simplesmente não tê-la. Esperava que com o tempo, esse sentimento se dissipasse. Na verdade, ele implorava por isso.

***

–Então, estamos aqui reunidos como uma grande família. –disse Albus jogando a cabeça para trás e a apoiando nas mãos descontraidamente. Ele arqueou uma das sobrancelhas e olhou diretamente para Scorpius e Zabini. –Exceto, por esses dois intrusos.

Scorpius revirou os olhos.

–Scorpius faz parte de da família agora. –disse Rose se aproximando do garoto que colocara seu braço por volta dos ombros de Rose, lhe lançando um sorriso terno.

–Tenho certeza de que o tio Rony concorda com isso. –disse Albus com um sorriso travesso.

Todos que estavam sentados á mesa do Caldeirão Furado riram, exceto por Scorpius que engolira em seco e por Rose, que baixara os olhos.

–Deve ser difícil para o tio Rony, sabe. Quanto mais ele tenta afrouxar o laço entre vocês dois, mais ele fica apertado. –ele lançara a frase na direção de Scorpius, que balançara a cabeça quase que imperceptivelmente avisando-lhe para tomar cuidado com o que dizia.

Não queria que Rose desconfiasse de nada. Queria ter o prazer de ver seu rosto se iluminar ao lhe entregar a aliança. Essa memória certamente entraria para o ranking de melhores dias de sua vida.

O primeiro fora quando voara pela primeira vez em uma vassoura. O segundo fora quando ganhara seu primeiro campeonato de quadribol. O terceiro fora quando se tornara capitão do time de quadribol da Sonserina. O quarto, fora quando começara sua amizade com Albus. E o quinto, Scorpius demorara a perceber... Foi o dia em que a conhecera. Pois este dia, fora o culpado por desencadear todos esses maravilhosos dias o qual ele estava passando com ela.

–Não se esqueça Albus. –disse Lillian em um tom desafiador interrompendo os devaneios de Scorpius. –de Zabini. Seu marido ficará constrangido de não ser mencionado como um membro da família.

–Tem razão, me desculpe querido, vem cá! –disso Albus fazendo biquinho e estendo os braços por cima da mesa na direção de Zabini.

–Sai fora cara! Tá maluco?! –perguntou Zabini lutando contra os braços insistentes de Albus.

–Todos já sabem, não precisamos mais esconder! –disse Albus tentando controlar as risadas, assim como todos os presentes no local. –Calma cara! Estou brincando, sou mais macho que todos aqui.

–Mais macho que eu Albus? –perguntou Lillian bebericando o suco de abóbora.

–Muito mais. –Albus arqueou as sobrancelhas.

–tem certeza disso? Então porque sempre ganho de você na queda de braço?

Todos uivaram em tom de zombaria e Albus fechou a cara.

–Porque você é um brutamonte em forma de um corpo miúdo de mulher. –disse Albus agarrando o casaco com violência. –Bom, sinto muito por deixa-los, mas o macho aqui tem que entrar em ação. Aquela louraça está me esperando.

–Louraça? Está me dizendo que acha Scarlett Skeeter uma louraça? Aquele filhote de besouro é mais burro que você! –Lillian alfinetou.

–Obrigada Lillian, por ser a irmã que todos pedem á Merlin! –caçoou Albus. –Ela pode ser burra, mas é muito gata.

–Meu Merlin, me diga você o que eu fiz para merecer ser sua irmã Albus Severus Potter?

–Você nasceu Lillian. Você nasceu. –disse Albus pausadamente.

–Aonde vai encontra-la? –perguntou Rose.

–Em um parque de diversões. –disse Albus distraidamente.

–Parque de diversões? Eu nunca fui á um parque de diversões. –os olhos de Lillian brilhavam.

–E não vai ser hoje que você vai ir. –cantarolou Albus no ouvido de Lillian que cruzou os braços.

–Qual é Albus! Porque não? –perguntou Zabini com um sorriso diabólico. –Vai ser divertido. Todos juntos... Como uma grande família. Prometemos que não iremos atrapalhar seu desempenho de galã em ação.

Albus cogitou por um momento, e logo em seguida dera um longe suspiro de rendição.

–Falar que não vai atrapalhar é o mesmo que dizer que vai no seu idioma, Zabini. –replicou Albus azedo. –Mas fazer o que. Os Weasley e essa mania irritante de querer fazer tudo junto.

–O que você ia querer fazer sozinho com essa loura burra, Albus? –Lillian perguntou. –Não responda.

–Você fica com sua loura burra, e eu fico com minha ruiva inteligente. –disse Scorpius acariciando as maçãs do rosto de Rose

Zabini olhou para Lillian.

–E eu fico com a garota que é uma mistura das duas. –Zabini sorriu travesso brincando com uma mecha ruiva de Lillian. –Brincadeirinha, Brincadeirinha, Brincadeirinha...

–Então vamos lá. –disse Albus. –Quando eu disser três. Um,... Dois...

–Agora você vai aparatar comigo, baixinha. –disse Zabini envolvendo a cintura de Lillian que sorrira.

–Tem certeza de que ninguém vai aparecer e lhe dar um soco no olho por isso?

–Três.

***

–Uau! –disse Lillian depois de uma golfada de ar. –Isso é demais! Não sabia que os trouxas fossem capazes de criar algo tão fantástico!

Ela soltou um gritinho agudo e puxou a mão de Zabini bruscamente.

–Albus! –ouviu-se uma exclamação irritante vinda de algum lugar próximo e ao olharem para frente, avistaram Scarlett Skeeter com os braços estendidos para cima. Logo depois um vinco se formara em sua expressão arrogante ao avistar os quatro garotos atrás de Albus. -Oque eles estão fazendo aqui?

–O que o parque é seu agora? –disse Lillian avançando para Scarlett e sendo impedida por Zabini, que segurara seu braço.

–Vejo que trouxe seu bichinho de estimação ruivo, Albus. –disse Scarlett olhando frivolamente para Lillian.

–Hey, vai com calma no que diz Skeeter. –disse Rose cuspindo ácido em suas palavras.

–Ou o que? –provocou Scarlett.

–é... Porque nós não compramos os ingressos não é? –disse Albus constrangido lançando um olhar de desaprovação ás duas garotas. –Vamos, não há motivo para esperar aqui fora.

Scarlett era uma garota fútil e asquerosa e possuía cabelos louros e ondulados artificialmente exatamente como sua mãe. Rose e Lillian se entreolharam. Sabiam que teriam problemas com a presença da garota esta noite. E ao julgar pela troca de olhares que Zabini e Scorpius presenciaram os dois tinham certeza disso.

***

–Aquela idiota! –disse Lillian acertando o dardo certeiro no balão. –Quem ela pensa que é? Me chamou de bichinho de estimação ruivo! E Albus, o que tem naquela cabeça para sair com uma garota arrogante como aquela? Viu a maneira como ela me olhou?

Outro balão estourou e Zabini ficara impressionado com a precisão de Lillian na mira.

–Você é boa nisso. –disse ele enquanto a garota acertava dois de uma só vez. –Como consegue?

–Estou imaginando que cada um deles é o rosto da Skeeter. –disse Lillian mirando o dardo novamente.

Zabini riu. Algo típico de Lillian Luna Potter.

–Então, baixinha vingativa, conseguiu se livrar de toda sua raiva acumulada? –perguntou Zabini observando Lillian andar como uma pata carregando o enorme urso rosa que ganhara na barraca de tiro ao alvo.

–Não. Não se pode eliminar toda a raiva que sinto por Scarlett de uma vez só. –Albus de Scarlett andavam abraçados alguns passos á frente dos dois.

–Se ao menos eu pudesse arrancar alguns fios do cabelo dela... –disse Lillian esticando as mãos em garras e sendo arrastada para longe de Skeeter por Zabini.

***

–Uma maçã vermelha, para uma rosa vermelha. –disse Scorpius entregando uma maçã caramelizada á Rose. –esquece, isso ficou horrível.

–Eu gostei. –disse Rose sorrindo. –Então podemos dizer que isto é... Um encontro inesperado?

–Podemos dizer sim. –disse Scorpius entrelaçando suas mãos na de Rose. –Você irá jantar conosco depois de amanhã, não é?

–Oque? –perguntou Rose sem entender.

–O jantar de Ano Novo que meus pais estão preparando para recebê-la. –disse Scorpius lentamente tentando fazer a garota se lembrar.

–Ah! –ela dera um tapinha na testa. -Mas é claro! Havia me esquecido completamente, me desculpe!

–Tudo bem, sem problemas. –disse Scorpius dando uma abocanhada na maçã. –Já vou logo avisando que será algo grande. Meus pais estão caprichando para lhe proporcionar uma boa primeira impressão.

Ela ficara surpresa.

–Estão é? Me sinto honrada, assustada...

–Por que se sente assustada? –disse Scorpius franzindo as sobrancelhas suavemente.

Rose sabia que esse medo era bobo. Mas estava presente. Queria ela ou não.

–E... Se não... E se não gostarem de mim? –ela perguntou baixinho quase como se quisesse que Scorpius não a ouvisse.

Scorpius suspirou e segurou o rosto de Rose entre suas mãos.

–Só pelo o que conversou com minha mãe naquele dia já a tornou a garota favorita dela. Está tão nervosa quanto você para conhecê-la. Não para de falar de você, o tempo todo, Rose para cá, Rose pra lá. Ganhei uns pontos extras com minha mãe também. É a primeira vez que levo uma garota em casa para conhecê-los.

Rose sorrira e Scorpius piscara o olho para ela.

–Vamos, Cenourinha. –ele a puxara para um abraço enquanto ia em direção á roda gigante. Fazia tempos que Scorpius não a chamava assim. Aliás, fazia tempos que muitas coisas mudaram entre os dois.

***

Já se passavam das sete horas, muito além do previsto que Rose prometera chegar em casa, mas não se importava com esse detalhe agora.

O céu estava estrelado, assim como o sorriso que Scorpius lançava á ela. Tudo parecia tão perfeito que a garota não se atrevia a interromper, mesmo que a perfeição naquele momento fosse descrita pelo silencio absoluto entre os dois, enquanto apenas trocavam olhares, contando as estrelas nos olhos um do outro.

–No que está pensando agora? –perguntou Rose baixinho. Scorpius dera de ombros.

–Em você. E em como você linda e sexy. –sussurrou Scorpius no pescoço de Rose causando-lhe arrepios. Ela riu.

–De verdade. O que você realmente está pensando. –ela disse encostando sua testa na dele, permanecendo de olhos fechados enquanto esperava por sua resposta.

Ele suspirou. Às vezes o fato de Rose Weasley o conhecê-lo tão bem era algo negativo. Não conseguia mentir para ela e nem para si mesmo.

–Tenho medo de... Meu pai julgá-la. –disse Scorpius. –Não gostei do modo como ele há tratou aquele dia na estação e se ele voltar a fazer... Não vou perdoá-lo. Meu pai tem uma mania horrível de... Julgar tudo o que eu amo.

Rose estava pronta para responder, mas ficara estática depois de ouvir o que Scorpius dissera.

–Você... Você disse que me...

–Que te amo? –Scorpius arqueou as sobrancelhas sorrindo. –Pensei que isso fosse óbvio. Eu te amo, Rose Weasley.

Lágrimas involuntárias escorreram dos olhos de Rose. Ninguém nunca havia dito que lhe amava, e a nem em seus sonhos mais insanos a garota iria imaginar que esta frase algum dia viria dos lábios de Scorpius.

–Eu... Essa não, Lillian. –Rose olhara para baixo e avistara Lillian cravando suas garras nos cabelos louros de Scarlett, que gritava pedindo ajuda.

–SUA LOURA BURRA! VOU TE ENSINAR A NÃO CHAMAR MAIS NINGUÉM DE BICHINHO DE ESTIMAÇÃO RUIVO! –Lillian gritava enquanto puxava a barra do vestido de Scarlett, que com um ruído se rasgara.

–SUA MALUCA! OLHA O QUE VOCÊ FEZ! ALBUS VAI FICAR PARADO AÍ ENQUANTO ESSA LOUCA ME ATACA!? –Scarlett dizia sendo arrastada por Lillian.

–Você tinha razão sobre o brutamonte no corpo de mulher. Lillian é baixinha, mas é forte. –disse Zabini de braços cruzados analisando á cena.

–Não vai fazer nada? –perguntou Albus com uma cara de quem não estava disposto a mover um palmo para ajuda-la.

–Não. –disse Zabini descontraidamente. –Briga de garotas é muito sexy.

–Cala a boca, Zabini e vai separar as duas! –Albus dera um tapa na parte de trás da cabeça de Zabini.

–e você? Não vai ajudar em nada?!

–eu... Dou apoio moral de longe-disse Albus lançando um sorriso nervoso á Zabini que revirou os olhos e partiu para cima das duas garotas selvagens.

Pegou Lillian em um movimento ágil e a jogo por cima dos ombros, a carregando a força para longe daquele tumulto.

–ME SOLTA ZABINI! ME DEIXA ACABAR COM ESSA FILHOTE DE BESOURO LOURO! ME AGUARDE , SUA LOURA BURRA, UM DIA EU VOLTO PARA QUEBRAR ESSAS SUAS UNHAS POSTIÇAS DE QUINTA CATEGORIA!

Logo que os dois foram se afastando, com Lillian jogada nos ombros de Zabini, Scarlett se voltou raivosa para Albus.

–POR QUE VOCÊ NÃO FEZ NADA?! –perguntou a garota pontuando cada palavra com um soco em Albus.

–Por que eu não estava afim. –disse Albus cruzando os braços sobre o peito de maneira leviana.

–PORQUE VOCÊ NÃO ESTAVA AFIM? É TUDO O QUE TEM A DIZER ALBUS POTTER?! –a garota se esganiçava atraindo atenção das pessoas ao redor. –AQUELA GAROTA SELVAGEM ME ATACOU E VOCÊ DISSE QUE NÃO ME DEFENDEU POR QUE NÃO ESTAVA AFIM?!

–sim. –disse ele com a maior calma do mundo.

Scarlett batera o pé no chão como uma criança mimada e marchou para longe de Albus.

–ESTÁ TUDO ACABADO ENTRE NÓS, ALBUS! TUDO ACABADO! –ela dizia mancando enquanto tentava ajeitar os cabelos desgrenhados.

–acabado? Como se pode acabar com algo que nunca começou, Skeeter? –Albus gritou na direção da garota que logo em seguida desaparecera de vista.

Rose e Scorpius presenciaram a cena de longe e logo se aproximaram confusos pelo o que viram.

–Porque dispensou a garota daquela maneira Albus? –perguntou Scorpius enquanto os três seguiam em direção á saída do parque.

–Aquela garota não parava de insultar Lillian, dava mais atenção às provocações dela do que as minhas!

–é isso ou... Você realmente se preocupa com Lillian? –perguntou Rose em um tom sugestivo.

Albus cogitou durante algum tempo antes de prosseguir.

–Lillian pode ser uma garota marrenta, esquentada e um pouco... Selvagem ás vezes, sabemos disso. Mas isso não muda o fato de ser minha irmã. E ninguém insulta aquela baixinha esquentada perto de mim.

Scorpius e Rose se entreolharam.

–O que? Acham que eu não posso abrir mão de uma garota pelo bem de minha irmã? Ele abriu os braços, indignado pela falta de credibilidade nele.

Na verdade, Albus e Scarlett reataram no dia seguinte após várias cartas de Scarlett implorando pelo amor platônico por Albus.

Rose havia ouvido seu primeiro “eu te amo” vindo de Scorpius, e Lillian se aproximava cada vez mais de Zabini.

E o destino, observando de longe, considerava metade de seu trabalho concluído. As curvas erradas que ele havia colocado na vida de ambos, finalmente mostravam o caminho certo ao longe.


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Notas finais do capítulo

e então gostaram??? ansiosa pela opinião de voces!!! beeeijos meus amores e até a proxima!!!!