O Acordo - Rose Weasley & Scorpius Malfoy escrita por Lilly Moon Malfoy


Capítulo 12
Colocando as Cartas na Mesa


Notas iniciais do capítulo

Tá prontoooooo, e para matar você do coração de vez kkkkkkkkkk tem uma surpresinha no final que eu acho que você já duvidavam ;) quwria agradecer aos comementários do cap anterior e pedir desculpas por quase fazer com que você tivessem um ataque cardiaco kkkkk mas esta ai :) beeeijos e até o proximo que pretende ser um poquinho mais fofo.
Lilly Moon Malfoy



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Ele não sabia como sabia como começar a dizer. Nunca imaginara que algum dia voltaria a tocar nesse assunto. Até que fosse obrigado a tocar.

Em outros tempos, ele quebraria toda essa tensão com uma piadinha sarcástica qualquer. Mas todo seu sarcasmo que antes fluía naturalmente, parecia ter se dissipado e se rompido como um elástico.

–Começa devagar. –sussurrou Rose fuzilando-o diretamente nos olhos de uma maneira que ele nunca havia visto em seu olhar. E que certamente custaria a esquecer.

–Os Malfoy sempre foram uma família influente, poderosa por assim dizer. –a voz de Scorpius arranhara sua garganta como se invés de palavras, lâminas afiadas cortassem suas cordas vocais. –O pior é que gostam de esfregar na cara das pessoas o poder que obtêm sobre elas.

Rose não sabia onde ele planejava chegar, mas não o interrompera. Então ele prosseguiu com certo esforço.

“Há alguns tempos atrás, Rolf Scamender era um famoso e influente naturalista da época. Estampava a maioria dos jornais bruxos, realizava descobertas que favorizaram a comunidade bruxa. Sendo tão importante, meu pai o viu como um deles. E a partir daí, os Scamender passaram a fazer parte do “clube dos importantes”. – ele frisou a palavra com repulsa, quase como se as cuspisse. - Repleto de pessoas esnobes, que se vangloriavam por serem os donos do mundo. Meu pai, é claro, era o líder deles”.

“Foi então que eu conheci Lysander e Lorcan Scamender. Em uma das festas particulares e formais que me pai costumava dar para receber seus amigos postiços que só se interessavam pelo poder que meu pai exercia sobre a sociedade. Era quando todos se reuniam e competiam para ver quem possuía mais.”

“Ele foi um bom amigo. Enquanto todos permaneciam na festa se exibindo entre si nós... Organizávamos nossas próprias festas particulares. Confiava nele, nós nos entendíamos melhor até do Albus e eu nos entendemos. Mas... Meu pai nunca gostou realmente dos Scamender. Rolf assim como sua esposa, Luna tinham um gosto... Exótico e excêntrico demais para que meu pai pudesse compreendê-los. Ele adorava caçoar dos Scamender. Era seu passatempo preferido.“

–E então, em uma de suas festas... Aconteceu.

Flashback

“Porque não nos conta Scamender, como foi finalmente afirmar a existência dos Bufadores de Chifre”... Como mesmo?

Rolf sorrira nervosamente enquanto todos a sua volta riam e Draco Malfoy esbanjava sua melhor pose arrogante e esnobe.

–é... Bufadores de Chifres Enrugado, Draco. –disse Rolf ajeitando os óculos circulares sobre o nariz ligeiramente oblíquo. –Criaturas extremamente interessantes para falar a verdade. Muito tímidos eles são. Mas são excepcionalmente mágicos. Criaturas belas os bufadores.

–é tanto faz. –disse Draco largando a taça de hidromel em cima do piano de cauda. Mais uma rodada de risadas ecoou pelo grande salão repleto de pessoas com nariz empinado.

Rolf estava extremamente enrubescido.

–Sempre se achou muito esperto não é, Scamender? –Draco avançava para Rolf que engolia em seco olhando para seus próprios pés. Naquele momento, todos os presentes no ambiente observavam os dois. Draco Malfoy se sentia mais confiante em ter sua plateia a sua volta.

Ao longe, Lysander, Lorcan e Scorpius observavam a cena sem entender.

–Não passa de um esquisito metido a nerd das plantas.

–Ah... Naturalista na verdade é o nome... –Rolf levantara o dedo trêmulo, mas sua voz sumira sobre a voz arrogante de Draco Malfoy.

–Ninguém se importa! –ele dera uma risada exaltada. –Sua família não passa de um bando de esquisitões. Você nunca foi um de nós. Nós aceitamos no nosso circulo particular para rir ás suas costas das baboseiras que você costumava falar. Você foi tipo um... Passatempo para nós. Obrigado por nos fazer passar bons momentos.

Risadas explodiram pelo local. Rolf estava resignado. Draco Malfoy ria junto ao grupo, quando avistara Scorpius, e os dois irmãos em um canto da parede afastada de todos.

–Venha aqui, meu filho. Saia de perto desses dois filhotes de fracasso. –Lysander lhe lançara um olhar o desafiando a sair de seu lado. O garoto se encontrou dividido. –Ande logo, Scorpius! Fique do lado de seu pai!

O tom da voz de Draco pendera de esnobe para ameaçador. Scorpius dera uma última olhada para Lysander, e se juntara ao seu pai, parando ao lado dele. Draco pousara sua mão no ombro do garoto como se exibisse seu melhor troféu a todos.

–Diga á eles, filho. Diga o quão repugnantes são. –Scorpius não sabia o que fazer. Tinha apenas dez anos de idade. Mal sabia do que a palavra repugnante se tratava. Por isso só encarara seu pé. Até que ouvira outra voz conhecida irromper o silencio do salão.

–Diga Scorpius! –Lysander gritou á sua frente o confrontando. Ele então se viu em um constante conflito consigo mesmo. –Diga o quanto somos repugnantes e o quanto sua família é esnobe e arrogante.

Scorpius não estava acreditando no que estava ouvindo. Seu melhor amigo... Tratando-lhe assim?

–Lysander eu...

–Vamos, diga! Seu pai quer ouvi-lo dizer! Aposto que concorda com isso não é Scorpius?!–Lysander gritou.

–Fique quieto, projeto de esquisitice, o assunto não é com você! –Draco segurou o ombro de Lysander que se se desvencilhou rapidamente avançando para Scorpius.

–Diga o quanto nós somos esquisitos e não somos bons o bastante para sua família poderosa que só liga para o que vai ganhar em troca!

–Não é verdade! –Scorpius se pronunciara pela primeira vez.

–Não ligue para esse menino, filho venha...

–Não! Ele não vai falar desse jeito comigo! Não vai me acusar de algo sem eu ter feito! –Scorpius se desvencilhou das mãos de Draco e avançou para Lysander ficando cara a cara com o garoto enraivecido.

–Porque não corre para seu papai e nos deixa em paz? –sussurrou Lysander ferozmente, como se não tivesse apenas dez anos de idade.

–é, talvez eu faça isso. E você, porque não corre para sua família esquisitona e nunca mais fala comigo?

–Como quiser. –fora a última palavra de Lysander proferida á Scorpius naquela noite.

Os dois viraram as costas um ao outro, e nada nunca mais foi o mesmo. Um garoto que se deixara levar pela imagem do pai, e outro garoto que defendera a imagem do pai.

“Scorpius Malfoy. O garoto que nunca dissera nada, mas fora acusado de dizer. Lysander Scamender. O garoto que nunca deixara de proteger sua família, e que acabou sendo o mais corajoso que um Scamender poderia ser“.

Flashback off

–Então é isso? Você nunca disse nada sobre ele, mas ele o acusou de ter dito? E não confiara e em você como amigo? Não foi nada legal da parte dele. –Rose disse depois de dar um longo suspiro. Evitara até respirara enquanto Scorpius lhe contava a história dos dois.

–Não foi nada legal o que seu pai fizera humilhar os Scamender dessa maneira, e você...

–Fui um covarde. –disse Scorpius de olhos fechados. –Poderia ter me oposto contra me pai, mas eu não o fiz... Fiquei calado enquanto ele humilhava aquelas pessoas como se fossem bichos. Organizou essa festa para humilhá-lo publicamente na frente de todos. Naquela época, eu fazia tudo o que me pai mandava. Ele queria que eu fosse medibruxo, então eu seria um. Já era apaixonado por quadribol desde pequeno, mas eu mantive em segredo. Pois eu sabia que não era isso que me pai queria para mim. Mas depois daquele dia... Eu passei a abominar tudo o que vinha do meu pai. Eu costumava ser um troféu que ele exibia para todos da sociedade. O garoto com sonho de ser medibruxo e que seria grande e poderoso como o pai. Lysander era... Um refúgio para tudo isso. Não se importava com que eu seria ou deixava de ser. Pelo menos ele me ensinou isso depois que foi embora. Então eu finalmente decidi que iria ser jogador profissional de quadribol e que ninguém mais me impediria. Inclusive meu pai.

Rose sorrira. Nunca imaginara que havia um lado protetor em Scamender, que nunca demonstrara nenhum tipo de afeto por ninguém, pelo menos na sua frente. Mas não cogitara nenhuma vez em defender sua família das ofensas de Draco Malfoy. Rose se sentia mal por Scorpius, que perdera um amigo por causa da má influencia que seu pai exercia sobre ele. Um mal entendido de uma noite que se transformara em várias desavenças durante os anos.

–Você não é um covarde. –Rose pousara a mão sobre a de Scorpius que a olhou nos olhos. Nunca imaginara que aquela garota um dia partilharia de seus segredos e confissões. Ela meio que substituía a parte que a amizade entre Lysander deixara para trás. E muitas outras coisas dentro dele. –Você tinha apenas dez anos, Scorpius. Não sabia como lidar com aquilo.

–Lysander soube. E protegeu sua família. Protegeu o que importava para ele.

–E você protegeu o que importava para você! Não queria machucar sua família, mas também não queria perder a amizade de Lysander. É óbvio que você não teve escolhas. Encontrou-se ilhado. Como qualquer outra pessoa se sentiria na mesma situação. Não foi culpa sua.

Ele suspirou e a olhou novamente.

–Tem razão. É melhor esquecermos isso, eu... Obrigado.

Rose franziu a testa sem entender.

–Pelo que? –ela perguntou confusa rindo nervosamente.

–Por enxergar o lado bom em mim. É uma das únicas pessoas no mundo que tem o dom de fazer isso.

Rose sorrira e sentara na perna esquerda de Scorpius enlaçando seu pescoço enquanto ele passava os braços por sua cintura.

–é para isso que estou aqui. –Ela sorriu e ele rira.

–E já que está aqui, e nós estamos sozinhos... –ele mesmo se interrompera.

Beijara Rose ferozmente, como nunca havia feito antes. Distribuía beijos por sua clavícula enquanto descia e subia a mão pela coxa nua da garota. Com um movimento ágil, erguera-a nos braços, e a largou em sua cama, então se deitara por cima dela, colocando as pernas da garota em volta de sua cintura.

Rose ofegara com os toques ferozes de Scorpius, sendo que ele nunca havia agido desta maneira antes. A verdade era que Scorpius tentava descontar tudo o que sentira minutos antes... Nela. Toda a ferocidade e a fúria ao lembrar-se da “traição” de Lysander se depositavam nele. Ele tinha finalmente o que Lysander sempre desejara ter. Ela. Era como uma vingança pessoal estar em cima da garota que um dia Lysander desejara tão desesperadamente.

Não que não gostasse de Rose, é claro que ele gostava. Amava aquela garota mais do que tudo no mundo. Apenas se sentia poderoso por possuir o que ele nunca tivera. Mas, o prazer de tê-la e ver Lysander Scamender morto de ódio, decididamente não tinha preço. Mas esse segredo permaneceria somente entre os dois.

Pois dizem que a vingança é doce. Assim como os lábios avermelhados de Rose Weasley.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam da historia deles??? quem é o mais culpado, lysander, por não confiar no amigo, ou Scorpius por não protege-lo?
Na verdade ele ajudou um poquinho, se não fosse Lysander, Scorpius nunca teria enxergado o que realmente importa para ele. Defender o que realmente importa para voce é o lema do cap :) beeeijos gente, á espera da opinião de vocês ;) e só quero avisar que o romance dos dois NÃO É UMA VINÇANÇA CONTRA LYSANDER! os dois se amam, mas naquele momento, ele se sentiu poderoso por ter o que ele naõ tinha :)