O Acordo - Rose Weasley & Scorpius Malfoy escrita por Lilly Moon Malfoy


Capítulo 11
Enquanto você dormia


Notas iniciais do capítulo

Ooooi gente mais um capitulo para vocês! desculpa ter ficado tanto tempo sem postar é que eu estive internada no hospital a semana tooda e não tive a oportunidade de entrar. Obrigada a Hermione Malfoy por ter perguntado por mim *U*
Está ai, o proximo capitulo com certeza promete as reveleções que vocês esperavam :) beeijos e até o próximo capitulo
Lilly Moon Malfoy



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–Definitivamente não é algo que se ouça todos os dias. –dissera Lillian enquanto dava voltas irregulares em torno de si mesma.

nn

Rose havia lhe contado sobre o que ouvira ontem entre a porta aberta. As duas então tentavam encontrar sentido em alguma coisa desta história que parecia vir de um mundo paralelo alternativo.

nn

Havia lhe descrito também o encontro que tivera com Scorpius durante a nevasca do fim da tarde de ontem que acabou deixando tanto Rose quanto Scorpius com um terrível resfriado. Encontro do qual Lillian definira como algo “melosamente nostálgico” e algo que certamente não era do feitio de Scorpius Malfoy. Mas ela fora obrigada a dar certo crédito ao garoto que não fora nem um pouco convencional na escolha do programa “gelado”.

nn

Rose de certa forma apreciara a atitude dele. Scorpius era o tipo de garoto que já tinha um cronograma a seguir quando se tratava de mulheres. Um tipo de zona de conforto que geralmente os homens custam a deixar.

nn

As levava para jantar, ensaiava palavras tocantes e românticas do tipo que todas adoram ouvir de um homem. O lugar nunca era especial em si, e continha as mesmas conversas vazias, com diferentes garotas igualmente vazias por dentro.

nn

Sempre o mesmo processo maçante que o fazia ansiar desesperadamente pela “sobremesa”.

nn

Mas Rose Weasley sempre superara seus precedentes sobre uma garota, que ele sempre achara conhecer tão bem.

nn

Como ele mesmo já havia dito para si mesmo, Rose é do tipo de garota que um cara lutaria para ter. Por esse motivo um simples jantar á luz de velas tão pouco funcionariam. Por que ela era diferente. E por esse motivo, em meio a tantas garotas lindas, Scorpius escolhera amar... á ela.

nn

–Rose, por acaso você ouviu alguma palavra que eu lhe disse?

nn

A garota olhou para Lillian assustada e encontrou a garota com as mãos plantadas na cintura com as sobrancelhas arqueadas e um histérico ar de indignação tomando conta de seu rosto ligeiramente azedo.

nn

–Me desculpe Lill’s, é que eu...

nn

–Estou perdidamente apaixonada e não tenho mais tempo de dar atenção á você! –completou Lillian em um tom tão agudo que em instantes somente morcegos a ouviriam. Cruzara os braços em torno do peito com o pé batendo no piso igualzinho á uma criança mimada.

nn

Rose quase sorriu. Conhecia aquela pose tão bem quanto ela mesma.

nn

–Estou ouvindo. Prossiga. –ela disse se esparramando na cama.

nn

Ela esperou um momento antes de prosseguir cogitando se realmente deveria. Lillian Luna Potter possuía um orgulho exagerado assim como todos os que carregavam o sangue Weasley em suas veias.

nn

–Você conseguiu ouvir mais alguma coisa sobre o que os Scamender estavam discutindo?

nn

Ela se sentou ao lado de Rose ansiosa pela resposta a seguir. Maior do que o orgulho só poderia ser mesmo a insaciável curiosidade.

nn

–Não. Tive que aparatar logo em seguida para que não me ouvissem. Eu daria tudo para descobrir o que estão tramando.

nn

–Nem me diga. –Rose arquejou. Suas costas doíam quando respirava sendo que ela não tinha certeza se era pelo tombo na crosta de gelo lisa ou se seus pulmões estavam gradativamente congelando.

nn

Hoje não nevara. O ar estava limpo e um pouco gélido causando um choque com o dia ensolarado.

nn

E ela ali, em uma cama, dolorida e resfriada. Agora entendia o porquê sua mãe sempre recomendava que não brincasse na neve. Certamente ela nunca mais faria.

nn

–O que é que nós iremos fazer o dia todo? Está um dia lindo e você aí, espirrando feito um javali. O que iremos fazer...

nn

Ela batia com os dedos nos lábios enquanto pensava.

nn

Acabaram então espremidas na cama de Rose debaixo das grossas cobertas e com um enorme balde de pipoca enquanto assistiam a reprises de séries melosamente românticas a qual Rose detestava, mas observava ao seu lado, Lillian se debulhar em lágrimas enquanto repetia as falas dos atores com o mesmo tom enjoativo.

nn

–Vocês são todas iguais. –as duas se sobressaltaram e logo murcharam ao se deparar com a figura de Lysander á porta do quarto. –Será que posso participar da festinha do pijama particular de vocês?

nn

–Oque quer Scamender? –Lillian perguntou. Ele a ignorou enquanto observava a televisão com despreocupação.

nn

–Romances melosos. Essas porcarias não são reais. Homens não falam esse tipo de baboseira para uma mulher. E se esperam que seus namoradinhos melosos digam isso, podem esquecer. Tanto é que são meras atuações. Principalmente seu namorado esquentado, Lillian.

nn

–Não estou namorando Zabini, oras! –A lamina caíra. Rose fechou os olhos e só esperou pelo comentário ácido que ela tinha certeza que viria a seguir.

nn

–Eu não mencionei o nome, Lillian. Você mesma se entregou.

nn

–Engraçado, não ouvi ninguém aqui pedir sua opinião. –Lillian não gostava que lhe criticassem.

nn

Ele fechou a cara e andou rapidamente em direção as duas como se você ataca-las e largou com força a bandeja que ele trazia nas mãos, em cima das pernas de Lillian.

nn

–Hermione pediu que eu trouxesse isso aqui em cima e eu tive a gentileza de trazer. Só me lembre de nunca mais fazer nada há vocês. Bom apetite. – ele marchou rapidamente e Rose pensou ter o ouvido dizer ‘Tomara que se engasguem e morram”.

nn

Rose sentiu um pouco culpada e ao olhar para Lillian a garota notou que a prima sentia o mesmo.

nn

As duas adormeceram ao som da televisão que estava no volume baixo, com o balde de pipoca virado em cima da cama.

nn

Rose então acordara com a sensação de que alguém a observava. Levantou-se em um tranco como se cinco doses de café expresso houvessem sido injetadas em sua veia a tempo de ouvir um estampido que levara a figura embora.

nn

Ela tivera certeza então de que algo estivera presente ali no quarto com elas.

nn

–Lillian, - ela cutucou a prima que adormecia de boca aberta. –Lillian!

nn

–Só mais cinco minutinhos, mãe! –ela se virou de costas para Rose se aconchegando.

nn

A garota começou a roncar baixinho. Rose pretendia acorda-la para perguntar á Lillian se a garota também havia ouvido o que ela tinha. Mas ao vê-la imóvel ao não ser pelo movimento que seus pulmões provocavam enquanto ela respirava intensamente Lillian decididamente não havia ouvido nada.

nn

A figura não era nitida, mas era corpulenta de uma maneira que só um homem poderia ser.

nn

Seria Scorpius? Provavelmente não. Pois ele lhe enviara uma coruja dizendo estar preso em um jantar chato em família hoje. Seu pai? Também não. Estava atarefado demais no ministério para se der ao trabalho de perder tempo observando-a dormir.

nn

Lysander e Lorcan foram descartados, pois não havia nem um motivo plausível ou logico para fazerem isso. Haveria?

nn

A garota então se levantara um pouco tonta e descera as escadas em direção á cozinha onde sua mãe, Hermione se encontrava apontando receosamente com a varinha para o forno que expelia fumaça. Não era um bom sinal.

nn

–Mãe?

nn

–Ah-, olá querida. –disse Hermione com um sorriso histérico engraçado aos olhos de Rose.

nn

Rose sorrira ao ver a situação em que mãe se encontrava. Hermione Granger era considerada uma das maiores bruxas da atualidade, embora tivesse demasiados problemas quando o assunto era cozinhar. Era por esse exato motivo que a vovó Molly nunca deixava a na hora ajudar nas ceias de Natal. Rose conhecia a mãe muito bem para saber que a mulher odiava não ser boa em alguma coisa.

nn

–Deixe-me ajudar. –Rose calçara as luvas estampadas de biscoitos natalinos e abrira o forno de supetão. E começara a tossir no mesmo momento,

nn

A cozinha foi tomada por uma espessa nuvem cinza e tossidos, enquanto as duas tentavam espantar a fumaça densa abanando os braços violentamente.

nn

Hermione abrira a janela e colocou a cabeça para fora enchendo o pulmão com ar como se sua vida dependesse disso.

nn

–Oque você fez mamãe? Ou melhor, o que você tentou fazer? –Rose perguntou pontuando cada frase com um tossido.

nn

–Estava tentando fazer uma torta de abóbora. Parece que não deu muito certo. É obvio que não deu muito certo. –Hermione disse com os ombros caídos visivelmente desapontada. Rose retirou a travessa carbonizada do forno e a colocou em cima da mesa, onde Hermione se sentara e observara a prova de sua derrota culinária.

nn

–Eu deveria parar de tentar cozinhar, Sou um desastre nato. –ela largou o pano de prato com a ponta queimada em cima da mesa como se estendesse uma bandeira branca.

nn

–Concordo. Antes que mate a família queimada ou asfixiada.

nn

A velha mulher dera uma risada amarga e derrotada.

nn

–Como foi seu encontro com seu namorado ontem?

nn

Rose se assustara. Hermione deu um sorriso confidencial.

nn

–Pensou que se simplesmente aparatasse em seu quarto eu não perceberia? Mães sabem de tudo querida.

nn

Rose não se dera por convencida. Hermione revirou os olhos.

nn

–Tudo bem! Eu fui levar uma bandeja em seu quarto ontem e encontrei Lillian desacordada em sua cama, e a carta que Scorpius lhe enviara em cima dela.

nn

A garota suspirou e voltou os olhos para baixo. Então sentira a mão quente e terna de sua mãe pousar suavemente em cima da sua.

nn

–Gosto dele. –ela começou e Rose ergueu os olhos. –é um bom rapaz. Sempre soube que você arranjaria alguém bom para você. Seu pai nunca me mandou cartas! Admito que Scorpius seja um pouco medroso, - as duas riram. –mas é um garoto incrível. Seu pai finge não gostar dele, mas, no fundo, bem lá no fundo, eu sei que gosta. Ou do contrário Scorpius não estaria mais entre nós. –Rose engoliu em seco. Dos dois melhores amigos você escolheu o mais improvável. Imprevisível e do contra como qualquer outra Weasley.

nn

Rose não prestara atenção ao último comentário da mãe, seu raciocínio martelava na tecla melhores amigos.

nn

–Mamãe, o que quis dizer com dos dois melhores amigos, você escolheu o mais improvável?

nn

–Pensei que soubesse que seu pai sempre jogou Lysander para cima de você. Então birrenta como você é, você escolheu o Scorpius. –ela disse como se comentasse o clima. –O que nós nunca iriamos imaginar que iria acontecer.

nn

–Não me refiro á isso. Estou querendo dizer sobre a parte do... Melhores amigos. A senhora disse que Lysander e... Scorpius eram melhores amigos? –ela custou a pronunciar a frase que ela acreditava ter entendido errado.

nn

Não era possível, os dois se odiavam mais do que tudo. Ou seria?

nn

Hermione franziu a testa se levantando para apanhar duas xicaras.

nn

–Pensei que soubesse. Lysander e Scorpius Malfoy eram melhores amigos de infância.

nn

O queixo de Rose só não cedera, pois nenhum musculo de seu corpo respondia mais aos seus comandos centrais. Ela tivera que se esforçar para fazer a pergunta seguinte.

nn

–E a senhora sabe o porquê não são mais amigos?

nn

Hermione pareceu ter se arrependido de ter tocado no assunto. Por isso não olhou de volta nos olhos da filha ao responder.

nn

–Não, não sei. Faz tanto tempo, não há motivo para desenterrar isso agora, filha. Já passou, é passado, esquece.

nn

Rose estava mortificada, Porque nenhum dos dois lhe contara isso antes? O que Lysander Scamender e Scorpius Malfoy escondiam todo esse tempo que fosse tão grave assim?

nn

E a pergunta que mais a atormentava? Por que Scorpius não confiara nela á ponto de contar isso á ela?

nn

Ela só sabia que uma coisa. Precisava de respostas. E precisava delas agora.

nn

–Aonde vai querida? –perguntou Hermione bebericando o chá enquanto observava Rose dar curvas velozes e apanhar o cachecol e as luvas de couro.

nn

–A casa dos Malfoy. Avise á Lillian quando ela acordar.

nn

Dizendo isso, ela sumira no ar com um estalido metálico.

nn

***

nn

A garota então aparecera em frente á um portão de ferro gigantesco, com uma serpente enroscada pelas barras pesadas. Uma voz soara e ela se assustou.

nn

–Apresente-se. –dissera uma voz feminina que Rose reconhecera ser de Astoria.

nn

–Sou Rose Weasley e vim falar com Scorpius.

nn

O portão rangeu e se abriu lentamente revelando uma enorme mansão com uma fonte na frente e um belo jardim.

nn

–Uau. –ela exclamou indo em direção á escadaria que levava em direção a enorme porta de madeira entalhada com detalhes de ouro maciço.

nn

–Rose, querida. –Astoria, a mulher miúda com cabelos castanhos presos em um coque a recebeu de braços abertos. –é um prazer reencontrá-la novamente.

nn

Ela a abraçou tentando demonstrar afeto e esconder todo o nervosismo em que se encontrava.

nn

–Igualmente, Sra. Malfoy. -Ela disse percorrendo os olhos pelo aposento de mármore acinzentado. –Scorpius está?

nn

–Está sim, e já está descendo. Sente-se. –ela obedeceu e se sentou no sofá de camurça verde. –Aceita um chá?

nn

–Não obrigada. –ela disse sorrindo.

nn

As duas permaneceram em um silencio incomodo repleto de tensão e sorrisos aflitos. Até que a figura de Scorpius aparecera no alto da escada surpreso ao vê-la no andar de baixo.

nn

–Rose? O que faz aqui? –ele dizia enquanto descia os degraus da escada.

nn

–Preciso... Precisamos conversar.

nn

Ele já havia ouvido isso antes. E sabia que não era um bom sinal.

nn

–Claro... É. Vamos pro meu quarto. –ele disse sem jeito.

nn

Astoria Malfoy esticava o longo pescoço provavelmente louca para saber o misterioso motivo por Rose ter vindo até aqui.

nn

***

nn

–Quarto legal. –Rose disse roçando os dedos pelos móveis.

nn

O quarto possuía uma cama de dossel e vários detalhes sonserinos. Uma serpente havia sido entalhada em cada móvel. Vários artefatos de quadribol estavam espalhados pelo quarto que era muito maior que o seu.

nn

–Decorado por mim. É claro que seria legal. –ele disse tentando fazer uma piadinha que se perdera em meio à tensão que assolara o lugar. Então, sem poder evitar mais ele fizera a pergunta que o atormentava. –Então, sobre o que queria conversar?

nn

Rose suspirou. Ela odiava estar tocando neste assunto tanto quanto ele. Mas inevitavelmente, o assunto seria mencionado seja agora ou depois. E quanto antes melhor. Precisava saber se podia confiar em Scorpius. E o momento era agora.

nn

–Porque não me contou que era amigo de Lysander? –ela fora direta atingindo em cheio Scorpius como um golpe violento na cara.

nn

Ele se demonstrou muito mais surpreso do que ela ao descobrir.

nn

–Como?...

nn

–Não interessa como descobri. –ela se exaltou. –O que interessa é, o porquê você não me contou?

nn

Ele fechou os olhos.

nn

–Não achei que fosse necessário. –ele disse baixo.

nn

–Ah você achou que não era necessário?! Poupe-me sei que você está escondendo algo de mim! Pensei que confiasse em mim!

nn

Ele pareceu ser golpeado ao ver as lágrimas escorrendo por seu rosto.

nn

–Eu confio! –ele urrou. –Eu só... Acho que... Acho que está na hora de você saber sobre algumas coisas.

nn

Todos os músculos de seu corpo pareciam estar sendo esticados por algo invisível.

nn

Ela não sabia como agir naquele momento. Sentia seu sangue pulsar em suas veias a medida que a tensão se espalhava.

nn

Implorara por respostas e agora tinha medo de ouvi-las.

nn

Mas agora que tudo era extremamente real, não havia como voltar atrás.

nn

Enquanto os dois se encaravam banhados por um silêncio mortal ela tivera certeza absoluta.

nn

A verdade finalmente viria á tona.

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Notas finais do capítulo

Então o que acharam??? Quero saber a opinião de vocês. O que vocês acham que envolve a historia do Lysander e do Scorpius?? beeeeijao ;)