A Verdade escrita por mybdns


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

E ai gente, o que estão achando? Agora que a fic vai ficar boa! Ehe! Os próximos capítulos terão a visão da Anne e as investigações no NYPD!



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O dia tumultuado havia se passado. As provas finais haviam terminado. Por um milagre de um ser do plano superior, todos os alunos da minha sala haviam passado de ano. Até Phill, pois fizemos um mutirão para ajudá-lo. Eu o ajudei com História e Literatura, Safira o ajudou com Geografia e Gramática, Naomi o ajudou com Química, Téo o ajudou com Matemática e assim por diante. Ficamos orgulhosos de seu esforço. Era quinta feira, dia do baile. Algumas meninas se arrumaram na casa de Maya. Eu me arrumei em casa, com Naomi e Safira e elas já tinham ido embora. Meu vestido era azul escuro, longo com uma fenda na perna esquerda que vinha um pouco pra cima do joelho. Escutei a campainha tocar. Me apressei, peguei uma bolsa pequena e me olhei uma última vez no espelho. Me senti bem e desci.


– Ela está vindo! – exclamou minha mãe.

– Uau! Que gata hein? – disse Adam.

– Vocês estão me deixando muito sem graça.

– Nossa! – foi a única coisa que Allan disse.

– Como estou?

– Sensacional. – disse pegando minha mão e colocando a pulseira de flores. – vamos, senhorita?

– Sim senhor.

– Divirtam-se. – gritou minha mãe. – eu te amo, meu amor.

– Eu também te amo.

Nós fomos para o baile, encontramos todos lá. Dançamos muito, a noite foi ótima. Chegou o momento que todos estavam esperando. O Sr. Gandia iria anunciar a nova realeza do colégio.

– Meus caros anjinhos. – começou. – prestem atenção vamos saber quem foram escolhidos para Rei e Rainha do baile.

Eu estava apreensiva. Acho que não suportaria ver Allan dançando com Monica se caso eles ganhassem.

– Quero chamar ao palco a rainha do ano passado, Maya Martín para coroar a nova realeza. – Maya subiu no palco, um pouco constrangida.

– E a rainha do baile deste ano é... Monica Haze!

– Eu já sabia.

– Que menina convencida. – disse Safira.

– Você diz isso por que é uma gorda horrorosa e nunca seria rainha do baile. – disse subindo no palco rapidamente.

– Não liga para o que ela fala. Você é linda, Safira. – eu disse.

– Obrigada, Anne.

– E o rei do baile é... Caleb Lopéz!

Fiquei surpresa e aliviada. Caleb também subiu no palco e foi coroado.

– Pequenos plebeus, curvem-se diante sua nobreza! – disse o Sr. Gandia, por fim. Ele saiu do palco e a banda começou a tocar Love Hurts, do Nazareth, para a dança dos vencedores. O resto também começou a dançar.

– Fico feliz de você não ter ganhado. – disse para Allan.

– É, eu também. Não é a minha cara ser rei do baile. Eu já sou campeão do campeonato nacional. Vou para uma excelente universidade e tenho uma noiva linda e sexy. Não preciso ser rei do baile.

– Eu te amo, sabia?

– Sim. Eu sei.

Continuamos a dançar e depois o baile acabou. Allan dobrou a esquina da rua onde eu morava e quando chegamos, vimos várias viaturas do NYPD paradas. Na frente da minha casa, uma faixa amarela escrito: CRIME SCENE DO NOT CROSS.

– Cena do crime? O que diabos aconteceu aqui? Será que tentaram roubar? – disse, me desesperando.

– Calma, amor não deve ser nada de importante.

– É sim. O Mac está lá. Minha mãe! – disse descendo rapidamente do carro.

– MAC! O QUE ACONTECEU?

– Calma, querida, você não pode ultrapassar a faixa.

– MAC, PELO AMOR DE DEUS ME DIZ O QUE ACONTECEU. CADÊ A MINHA MÃE?

– Querida, eu sinto muito, mas o seu padrasto foi assassinado.

– Oh, meu Deus. – disse sentando no meio fio. – eu não acredito, quem fez isso com ele?

– Nós vamos descobrir.

– E a minha mãe?

– Nós achamos que o assassino sequestrou sua mãe.

– Oh, meu Deus.

– Eu estou aqui, meu amor. – disse Allan tentando me confortar, mas era inútil. As lágrimas caíam sem parar.

– Querida, eu sei que este momento é muito difícil pra você, mas nós precisamos lhe fazer algumas perguntas. – disse Stella.

– Tudo bem. – disse enxugando as lágrimas e levantando do meio fio.

– Você notou algo de estranho no seu padrasto ou na sua mãe estes últimos dias?

– Não... Na verdade, o Adam estava um pouco estranho sim. Andava toda hora falando com uma pessoa que eu não sei quem é ao telefone e fazia viagens toda hora. E sempre para a Flórida.

– E sua mãe?

– Bem, eu não notei nada de diferente em minha mãe. Os dois só viviam cochichando e quando eu chegava perto, eles mudavam de assunto. Por favor, Stella diga que vocês vão encontrar minha mãe e quem fez isso com o Adam.

– Nós faremos tudo o que estiver ao nosso alcance. Eu te prometo.

Ela se virou para conversar com o detetive de olhos azuis e me deixou lá. Logo, uma moça saiu de dentro de minha casa com uma sacola e me entregou.

– Oi, sou a detetive Monroe. Pode me chamar de Lindsay. Sinto muito por sua perda. Eu peguei algumas mudas de roupa para você e alguns itens de higiene, que estavam em seu quarto.

– Obrigada. – dei um sorriso forçado peguei a sacola e ela saiu.

– Vá para casa de Allan, descanse um pouco. Qualquer coisa, eu te aviso. – disse Mac, me abraçando.

– Por favor, me avise não se importe com a hora, okay?

– Okay. Nós vamos colocar um policial na porta da casa dele.

– Por quê?

– Por que talvez o assassino venha atrás de você.

Um arrepio correu por minha espinha e pela primeira vez, eu senti muito medo.

– Eu estou aqui. – disse Allan abrindo a porta do carro para mim. Nós fomos para a casa de Allan e uma viatura da polícia ficou plantada na porta até de manhã. Não consegui pregar os olhos, só pensando em minha mãe. Queria saber como ela estava, se estava bem, se estava viva. A mãe e o padrasto de Allan ficaram horrorizados com a notícia. Eu tentei comer algo, mas não consegui. Fui para a varanda e sentei-me em um banquinho e conseguia ver o carro da polícia do outro lado da rua. Um deles saiu e foi até onde eu estava.

– Olha, você se importa se eu e meu companheiro formos até a cafeteria comer umas rosquinhas?

– Não podem ir. – disse.

– Nós não demoramos, eu prometo.

– Tudo bem.

Cinco minutos após eles terem dobrado a esquina, senti alguém se aproximando de mim. Depois, uma dor imensa na parte de trás da cabeça. Logo em seguida, escuridão.


Não sei onde eu estava, mas era um lugar muito bonito. Havia pessoas com túnicas brancas. Árvores com frutas lindas. Crianças brincando de roda. Achei estranho, mas eu vi minha avó. Depois, o meu avô. Adam. Luke. Minha mãe, todos sorrindo para mim. Corri para abraçar minha mãe, mas ela não deixou eu me aproximar. Ouvi sua voz me dizendo:


– Não, meu bem. Ainda não chegou sua hora.

– Minha hora de quê, mamãe?

– Você vai descobrir.

– Mãe, você está bem?

– Eu nunca estive tão bem, Annelies. Agora vá e lute.

– Mãe, você fumou maconha?

– Annelies! Não temos maconha aqui. – ela deu risada e todos os outros também.

– Não deixem que acabem com sua vida, Anne. – disse Luke.

– Do que vocês estão falando?

Depois disso, não consegui ver mais ninguém.


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