A Verdade escrita por mybdns


Capítulo 25
Capítulo 25




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No dia seguinte, Lívia e eu recebemos alta. Nossa rotina mudou drasticamente. No começo, Don e eu pensamos que iríamos enlouquecer. Lívia não era um bebê calmo. Ela era agitada, acordava umas cinco vezes por noite, por causa de cólica. Ficamos um pouco assustados porque não tínhamos experiência e não sabíamos como lidar com aquilo. Com o tempo, as cólicas diminuíram até desaparecerem. Num sábado, fui ao supermercado à tarde e deixei Lívia com Don. Ela estava com seis meses. Era uma linda menina de olhos azuis e cabelo castanho escuro e um pouco ondulado. Aproveitei para passar numa agência para tentar contratar uma babá. Conversei com algumas e só uma me agradou. Voltei para casa e vi alguns carros parados na rua, reconheci o de Mac e o do Adam. Estacionei meu carro e tirei as compras do porta malas. Parei em frente à porta e escutei algumas risadas. Abri com certa dificuldade, pois as compras estavam pesadas.

– Deixe eu te ajudar, querida. – disse Don, pegando algumas sacolas.

– Obrigada. O que está acontecendo aqui? – disse olhando ao redor e vendo Mac, Danny, Adam, Sid e Sheldon.

– Desculpe a invasão Anne. Só que hoje é semi final de NBA. – disse Sid.

– Tá brincando? Eu perdi muita coisa?

– Não muito. Acabou agora o primeiro tempo. Os Knicks estão dando uma surra nos Pistons. – disse Mac, com orgulho.

– Mais que droga! – praguejei.

– Pensei que você estava acostumada a ver o seu timinho perder. – zombou Flack.

– Ah! Mais que abuso! Nós somos os melhores de Detroit.

Todos riram menos, Adam, que estava incomodado.

– A sua sorte é que você não vai sofrer sozinha. – disse Sheldon. – olha lá, outro torcedor dos Pistons. – disse apontando para Adam.

– Logo eu percebi que ele não estava à vontade.

– Eles estão me torturando! Eles são loucos! Esse time deles só ganha no apito! Já pude contar umas três faltas ai que o juiz não deu!– exclamou Adam.

– Onde estão Stella, Lindsay, Lucy e Sophia? – perguntei.

– Lindsay e Lucy foram pra Montana. – disse Danny.

– Stella e Sophia foram fazer compras. – disse Mac.

– E Lívia? Você esqueceu-se da nossa filha, Don?

– Relaxa, ela está dormindo feito um anjinho lá em cima. Acabei de ir lá.

– Tudo bem. Com licença, vou guardar as compras. – disse indo para a cozinha.

Fui para a cozinha e guardei as compras. Logo, escutei o choro de Lívia. Subi as escadas e entrei em seu quarto.

– Oi pequena. Tá tudo bem, a mamãe está aqui. – disse a pegando no colo. Desci com ela e fui fazer sua mamadeira. Eles ainda estavam dando risada do Adam, que estava nervoso.

– Don? Pode segurá-la para mim, por favor?

– Claro, querida. Vem aqui com o papai. – disse pegando Lívia do meu colo.

Fui para cozinha e fiz a mamadeira da minha filha. Fui para a sala e sentei-me no sofá, ao lado de Mac. O jogo recomeçou e os Pistons reagiram.

– Olha só! Uma cesta de três pontos e a gente vira esse jogo. – comentei.

– Você tá brincando? O armador de vocês é o pior da liga! – comentou Sid.

– Olha lá! Você viu essa jogada, Adam? Quem é o pior da liga agora? – zombei depois que o armador fez uma excelente jogada, que originou uma cesta de três pontos.

– Mais que droga! – praguejou Danny.

Enquanto isso, Lívia dormia tranquilamente no colo de Don. O jogo terminou e infelizmente, os Pistons perderam e não foram para as finais. Eles foram embora e ficou para eu arrumar a bagunça.

– Vocês não conseguem assistir um jogo sem fazer essa bagunça toda? – disse recolhendo algumas garrafas de cerveja.

– Desculpa querida.

– Vocês são todos iguais mesmo.

– Não fique brava. Você tá de TPM?

– Porque toda vez que eu fico brava você me pergunta se eu estou de TPM? Eu não estou de TPM! Estou muito controlada! Eu sou uma mulher muito controlada. – disse me exaltando.

– Anne? Relaxa. – disse segurando meus braços.

– Acho que eu estou de TPM. Você a colocou no berço?

– Sim. Acho que você está um pouco molhada.

– O próximo banho dela, você dá.

– Sem problemas. – disse me abraçando por trás. – você está um pouco tensa. Quer uma massagem?

– Seria ótimo. Mais eu preciso tomar banho antes.

– Tudo bem. – subi para tomar banho. Eu estava cansada, pois não dormia muito à noite. Sai do banheiro enrolada numa toalha e Don estava sentado na cama. Sentei-me na beirada e ele se aproximou.

– Pode fazer a massagem agora. – ele começou a massagear meus ombros e eu realmente fiquei relaxada, mas eu percebi que ele estava com segundas intenções quando ele começou a beijar minha nuca. – Don? O que você tá fazendo?

– Não está gostando?

– Estou, mas você sabe que eu sinto cócegas ai.

– É eu sei.

– Don... Eu sinto muito, mas eu estou tão cansada e não estou com cabeça pra isso hoje.

– Eu entendo, Anne. Sério.

– Obrigada. – fui para o closet e coloquei uma camisola azul.

– Vamos dormir. Amanhã você retoma seu trabalho. Precisa estar descansada.

– Sim. E eu consegui uma babá.

– Sério? Como ela é?

– Ela deve ter uns vinte e dois anos. Já cuidou de algumas crianças, seu currículo é bom. O nome é Simone. Me pareceu uma boa pessoa.

– Depois de ir a umas trinta agências, estava na hora né?

– Você é policial, você sabe como é! Eu aprendi a desconfiar de todo mundo.

– Você tem razão.

– Boa noite, Don. – dei-lhe um beijo.

– Boa noite, Anne.

Desligamos a luz e dormimos. Meu retorno ao laboratório seria muito movimentado.


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