A Verdade escrita por mybdns
Notas iniciais do capítulo
O último capítulo do dia pra vocês! Vocês têm sorte que eu tô muito inspirada, além de estar amando escrever esta história. Beijos, May ♥
Os dias foram se passando e eu ainda não havia contado para o Mac que ele iria ser avô. Não sabia como ele iria reagir, porque ele não gostava de ver a filha dele tendo um caso com um dos seus melhores amigos. Um dia, eu e Tyler jogávamos cartas na sala de descanso quando tivemos um chamado.
– O que foi, Tyler?
– A Sra. Hernandez me ligou. Disse que o Stephan anda batendo na Caroline de novo.
– Eu percebi que ela anda usando umas roupas compridas neste calor. Ela quer esconder os hematomas.
– Ela me avisou que os dois acabaram de sair.
– Eu vou pra lá, quem sabe o pego em flagrante?
– Tudo bem. Se precisar, chame reforço.
– Tudo bem.
Dirigi até a rua que os Byron morava e bati na porta da casa dos Hernandez. Layla me atendeu e ela parecia assustada.
– Entre, querida, entre.
– O que aconteceu?
– Eles começaram a discutir. Eu podia escutar gritos, muitos gritos e ele disse que iria matá-la. Depois os dois saíram. Ela chorava muito.
– Não escutou nenhum barulho de tiro ou algo assim?
– Não. Os dois saíram e não pareciam feridos. Ajude sua amiga, Anne. Eu tinha uma amiga que sofria este tipo de violência.
– E você a ajudou?
– Quando eu descobri, ela já havia ido embora, pra bem longe.
– Onde vai dar esta porta? – eu perguntei me virando para uma porta marrom na lavanderia.
– Na cozinha da casa de Caroline. Nós dividimos a lavanderia.
– Posso ficar aqui até eles voltarem?
– Pode. – fiquei sentada na lavanderia por horas. Até que o casal chegou. Escutei o barulho do chuveiro e senti cheiro de cebola frita, que embrulhou meu estômago. Tudo estava calmo, até que a gritaria começou. Liguei para Tyler para pedir reforço.
– Tyler, eu preciso de policiais cercando a área.
– Já estamos aqui, fica tranquila.
Tentei abrir a porta, mas não consegui, então a chutei. O que eu vi foi terrível. Caroline estava com uma faca cravada no estômago. Layla estava atrás de mim, chorando muito.
– Ela me atacou, eu não tive escolha. Ela ia me matar.
– Layla chame a ambulância. – mandei. Abaixei e chequei a pulsação de Caroline, que estava muito fraca. – fique comigo, Caroline. Aguenta firme. – disse pegando em sua mão, em seguida um pouco de sangue jorrou de sua boca e então ela se foi. Nem me dei conta que Stephan estava lá do meu lado.
– Você viu detetive? Se não fosse por você, ela não estaria morta! – ele disse.
– Como? Não era eu que a agredia.
– Não me provoque, detetive. – disse mostrando uma faca. – eu já matei uma, posso matar duas.
Fiquei paralisada, pois havia esquecido minha arma em cima da máquina de lavar de Layla.
– Não vai fazer nenhuma besteira.
– Eu não tenho nada a perder.
– Você vai ser julgado e pode ser condenado à morte.
– Não a machuque! Por favor. – disse Layla.
– Cala a boca sua velha. Quer morrer também? – ela saiu correndo de lá.
– Vem aqui detetive. – ele disse puxando meu braço. Ele colocou a lâmina da faca no meu pescoço e me levou para a sala.
Enquanto isso, os policiais haviam cercado a casa.
– Ele pegou a detetive! Ele vai matá-la. Ele matou a Caroline! – disse Layla saindo correndo com dificuldade para perto de Flack.
– Como é que é? Ele tá com a Anne?
– Sim. Ele vai matá-la. Ajudem!
– Calma, senhora. – disse Danny.
– O que foi Flack?
– A Anne tá lá dentro, Mac! Com aquele maluco, nós temos que tirá-la de lá.
– Calma Flack, não vamos fazer nada com precipitação.
– Você acha que eu to ligando? Eu quero tirá-la de lá. O cara é um louco, estuprador, ele já matou a detetive Byron! Não custa nada ele enfiar a faca na Anne também.
– Flack! Me escuta! Vai dar tudo certo. A Anne é esperta, ela vai dar um jeito. – Mac disse chacoalhando o amigo. – entendeu?
– Mac ela não pode ficar sozinha.
– Não estou entendendo seu comportamento.
– Eu temo pela vida dela e...
– E o quê?
– MAC, A ANNE TÁ GRÁVIDA!
– Porque ela não me contou?
– Pra você reagir do jeito que reagiu quando descobriu nosso caso?
– Tudo bem, Flack. Eu sinto muito pelo jeito que eu estou te tratando estes últimos meses.
– Tudo bem.
– Vamos tirar a Anne de lá.
– É o que eu mais quero.
– Eu só te solto quando você me garantir que eu não vou ser preso.
– Me desculpa. Você vai ser preso sim. – eu disse e ele aproximou ainda mais a faca do meu pescoço.
– Sua vagabunda.
– Calma, por favor. – eu pedi. – se você me soltar, nós podemos negociar.
– Negociar com um policial? Nunca.
– Você só tem a ganhar.
– Duvido. – ele se descuidou por um milésimo de segundo e eu lhe dei uma cotovelada no estômago. Nós lutamos, eu tentava tirar a faca de sua mão, mas ele era muito forte. Ele acabou fazendo um corte bem profundo no meu braço e para a minha sorte, a faca caiu em cima do sofá. Rapidamente eu corri para pegá-la.
– Agora é melhor você se entregar. Você perdeu. – eu disse passando meu braço por seu pescoço e deixando a faca a milímetros de distância da sua pele. – qualquer coisa que você tentar, eu te corto, entendeu? – fui levando-o para fora e entreguei-lhe para um dos policiais. Flack veio correndo para perto de mim.
– Você está bem? – disse me abraçando.
– Acho que sim. Mais a Caroline não.
– Ele a matou, Anne? – perguntou Tyler.
– Sim.
– Desgraçado.
– Anne! Tudo bem? Você precisa de um médico. – disse Mac preocupado.
– Calma. Eu to legal sim. Foi só um corte.
– Você tá perdendo muito sangue. Vamos para aquela ambulância. – disse Flack me levando até a ambulância. O paramédico fez um curativo e eu fiquei bem. Depois, fui até onde a Sra. Hernandez estava com seu marido.
– Detetive? Você se machucou?
– Não Layla, foi só um corte. E vocês, estão bem?
– Sim, mas ele a matou.
– Eu sinto por não ter entrado antes naquela cozinha.
– Você fez o que pôde. Boa sorte, detetive.
– Pra vocês também. – dei meia volta e entrei no meu carro. Fui para o laboratório.
– Anne eu preciso conversar com você. – disse Mac.
– Tudo bem. – eu o acompanhei até a sua sala.
– Pode se sentar.
– Eu estou bem.
– Porque não me contou que está grávida?
– Quem te contou isso?
– O pai do seu filho.
– Eu sinto por não te contar, eu tive tanto medo de você odiar a notícia...
– Como eu posso odiar uma notícia dessas? Tá certo que eu sou novo pra caramba pra ser avô, e o pai dessa criança é um dos meus amigos, mas...
– Obrigada por entender, pai. – disse lhe dando um abraço. – agora você vai se entender com o Flack, não é?
– Eu vou tentar. Essa ideia é estranha para mim.
– Faça um esforço, por favor.
- Acho que agora eu me dei conta que a minha garotinha cresceu.
– Você tem outra garotinha.
– Eu tenho duas. – disse me dando um beijo na testa. – agora tente não se meter mais em confusão.
– Acho que vai ser difícil, mas eu juro que eu vou tentar.
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