A Verdade escrita por mybdns


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews meninas! Vocês são demais ♥



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- Pessoal! Hoje é dia de exames médicos no NYPD. – disse Tyler.

- Ótimo. Do jeito que eu estou comendo, meus exames vão dar todos alterados. – eu disse.

- Você anda comendo muita porcaria mesmo. – disse Caroline. – mas acho que não vai dar nada.

- Eu não sei.

Nós tiramos o dia para fazer os exames, todo o departamento. Fui para casa cedo e aproveitei para ir ao cinema com a minha irmã. Quando cheguei, tomei um banho e fui ler um pouco. Olhei para o calendário que estava em cima da mesa de centro e o peguei.

- Hoje é dia vinte e três... Tem alguma coisa errada. Minha menstruação já era pra ter vindo. Deve ser stress.

Dois dias depois, o resultado dos exames ficou pronto e eu fui me consultar com a médica do departamento.

- Bom dia doutora Mitchell.

- Bom dia detetive Evans. Pode se sentar.

- Obrigada. – agradeci me sentando. – como estão meus exames?

- Nada de anormal, sua saúde está ótima. Nada de diabetes, colesterol... Você só engordou um pouquinho se comparado a última vez que você esteve aqui. Mais nas suas condições é extremamente normal. Eu só recomendo que não faça muito esforço.

- Que condições?

- Você está comendo por dois.

Eu fiquei em estado de choque.

- Você quer dizer que eu estou...

- Parabéns! Você vai ser mãe.

- Oh Meu Deus.

- Você parece estar assustada. Você está bem? – não escutei mais nada. Acordei na enfermaria com uma agulha enfiada no meu braço. Eu havia desmaiado. Olhei para o lado e vi Flack sentado.

- O que eu estou fazendo aqui? Eu preciso trabalhar.

- A doutora disse que você desmaiou. Sua pressão abaixou muito. Toma cuidado, viu? – disse a enfermeira tirando a agulha do meu braço. .

- Oi Flack.

- Você não parece bem.

- Estou ótima. Não se preocupe.  – eu ainda estava tentando processar a notícia que eu havia recebido poucos minutos antes.

- Oi Anne.

- Oi pai.

- Você está bem?

- Sim, eu estou ótima. Foi só uma queda de pressão. Não se preocupe. Eu tenho que voltar a trabalhar.

- Nada disso. Você vai para casa descansar. – disse Mac. – eu já falei com a Caroline e ela te dispensou.

- Como quiser. – Flack me ajudou a levantar e Mac ficou olhando um pouco incomodado.

- Eu peguei suas coisas. Você precisa que alguém te leve? – perguntou Mac, um pouco preocupado.

- Não precisa, eu pego um táxi, é mais seguro.

- Você tem razão.

Mac me acompanhou até a entrada do NYPD e eu entrei num táxi. Estava com o resultado do exame nas mãos e eu perdi a conta de quantas vezes eu li para me certificar de que aquilo era verdade. Eu iria ser mãe. Eu não estava acreditando. Não sei se eu conseguiria cuidar de uma coisa tão pequena, tão frágil. Cheguei em casa e tudo o que eu queria era dormir, por isso tomei banho e coloquei uma camisola. Fique pensando em como eu contaria aquilo para o Flack. Umas sete da noite eu escutei um barulho de carro estacionando na minha garagem. Coloquei uma blusa branca sem manga e um short caqui e desci para ver quem era.

- Oi querida. Você está bem? – ele disse me dando um beijo.

- Oi Don. Estou.

- Eu trouxe seu carro.

- Obrigada. Entre.

Ele entrou e eu fechei a porta.

- E os exames? Tudo bem?

- Os exames?

- É Anne, os exames.

- Ah, claro os exames. O que tem?

- Você está dopada? Parece meio lerda.

- Não. Eu não estou lerda.

- Tudo bem.

- Don, eu preciso te contar uma coisa.

- Fala.

- É melhor você se sentar.

- O que aconteceu, Anne? Você está me assustando.

- É eu também estou assustada.

- Calma. – ele disse me abraçando. – pode contar.

- Eu tenho uma coisa dentro de mim, Don.

- Uma coisa dentro de você? Não entendi. Você está doente? Que tipo de coisa tem dentro de você?

- Tipo um bebê. Don eu to grávida.

- Você tá brincando? Eu não acredito! – ele disse com o sorriso mais lindo do mundo nos lábios.

- Você ficou feliz?

- Mais é claro que eu fiquei! Eu te amo. – foi a primeira vez que ele disse “eu te amo”.

- Faz um bom tempo que eu estou esperando você dizer isso.

- Eu só estava tentando criar coragem pra eu não parecer um idiota. Eu não acredito que eu vou ser pai.

- Eu te amo, detetive. – disse lhe dando um beijo.

- Depois que você apareceu na minha vida, depois que você me seduziu naquela noite...

- Eu não te seduzi.

- Eu não sei o que você fez, mas você me hipnotizou.

- Era o efeito do álcool.

- Então, depois que eu comecei a te ver com outros olhos, tudo mudou na minha vida. Eu até voltei a usar terno! Eu nunca pensei que me apaixonaria de novo, mas eu me enganei. E eu nunca pensei que eu voltaria a usar terno.

- Eu gosto de você de qualquer jeito. Com qualquer roupa.

- Nós precisamos comemorar. – ele disse. – cadê o champagne?

- Eu não posso beber.

- Só um pouquinho.

- Tudo bem, eu vou pegar. – fui à cozinha e peguei duas taças e o champagne. Vi que havia um recipiente com alguns morangos e levei também.

- Morangos? Champagne? Você anda impossível estes dias.

- Não estou com segundas intenções, Don.

- Não. Eu que estou.

- É sério, hoje eu não quero nada.

- Já que você diz. Eu não me incomodaria, de verdade.

- Ahá. – nós bebemos o champagne e comemos os morangos. Ele dormiu em casa naquela noite e realmente nós só dormimos.  Fiquei feliz com a reação dele com a notícia. Eu também estava muito feliz, mas eu precisava me acostumar com a ideia de ter um ser crescendo dentro de mim. 


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