Heart On Fire escrita por Jupiter rousse


Capítulo 4
That was close...


Notas iniciais do capítulo

Não me matem!!Eu seiiii que demorei para postar, massssss eu tinha um bom motivo! Estavam em semana de provas E AGORA ELAS ACABARAM *-* uhulll isso quer dizer que vou postar com mais frequencia :) Espero que gostem desse capítulo!



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Lily não tinha palavras para descrever aquele lugar. Era simplesmente imenso, quando você achava que já tinha visto tudo, mais coisas apareciam na sua frente. Até agora ela e Marlene tinha conseguido visitar o centro das aulas teóricas, o refeitório, a academia, o centro de treinamento (esse último fez com que as duas ficassem assustadas), o treinamento de armas e camuflagem. E mesmo assim ainda não tinham visto tudo.

Já estava quase na hora do jantar quando as duas resolveram dar meia volta e ir para o refeitório antes que acabassem comendo nos estábulos (que elas ainda não tinham visitado). Lily se arrependeu do julgamento que havia feito de Lene, como pediu para ser chamada, na verdade a morena podia ser uma companhia bem divertida e agradável. Lily não se lembrava da última vez que falara assim com alguém sem ser… Bom sem ser a Alice. Quase que automaticamente sua mão tocou o colar que repousava em seu peito.

– No que está pensando, Lily?

– De como vai ser amanha - Mentiu - Estou ansiosa.

Marlene adquiriu uma expressão pensativa.

– Não tinha parado para pensar no assunto até chegar aqui na verdade... Mesmo tendo visto o centro de treinamentos... Não sei ao certo o que esperar.

Depois de alguns minutos de caminhada as duas chegaram ao refeitório, havia uma pequena fila para entrar e as duas aguardaram pacientemente.

– Sabia que seria pesado... Que teria que dar tudo de mim, por mais que essa ideia já esteja plantada firmemente na minha cabeça, sei que vou ter que repeti-la quando estiver treinando. Meu único medo é que não seja forte o suficiente.

Lily ficou surpresa com as próprias palavras, não era de sua natureza expor os seus pensamentos assim tão facilmente... A conversa fluía fácil com Marlene, talvez isso trouxesse uma sensação de conforto que ela já tivera antes. Talvez achava que conversava com outra pessoa ao invés de Lene. Novamente, a ponta de seu dedo roçou em seu colar.

– Eu posso saber o que a princesa ainda está fazendo sem a farda? - Lily foi brutalmente interrompida por uma voz grossa e firme, olhou assustada para o supervisor que estava na porta do refeitório, e logo em seguida seu olhar baixou para suas roupas. Como se lembrava ela estava de farda, então lembrou-se de Marlene.

– E então, não vai me responder? - ele perguntou novamente, com a voz autoritária.

– Desculpe, Senhor - a morena murmurou baixo encarando os sapatos.

– Está esperando um convite? Vá trocar de roupa imediatamente!

Sem pensar duas vezes, Marlene lançou um olhar de relance para Lily e saiu correndo em disparada em direção as cabanas.

O refeitório era imenso, perto da entrada ficava uma extensa mesa de comidas e de resto uma quantidade absurda de mesas de madeiras compridas que preenchiam todo o lugar.

Como era de se esperar as pessoas, em sua maioria, já estavam sentadas nas mesas, Lily reconheceu logo de cara o General, a Coach Hayle e alguns soldados de patentes mais elevadas sentados em uma mesa de destaque logo no início do refeitório.

Os outros evitavam sentar perto daquela mesa, e pelo que Lily pode perceber só havia mesas completamente vagas no final do refeitório. Resmungando horrores e amaldiçoando Marlene por não ter colocado a maldita farda, ela foi se servir.

É... A comida não é tão ruim assim.

Havia uma variedade razoável de alimentos espalhados pela mesa, talvez tudo aquilo que ela escutara sobre comida do exército ser ruim fosse apenas boatos.

Sem pressa foi se servindo e quando foi para a parte das bebidas já rezava para que Marlene chegasse logo, não queria atravessar o refeitório sozinha. Dando uma rápida olhada para a entrada, suspirou quando não viu sinal da “amiga”. Erguendo a cabeça, Lily atravessou o refeitório em passos largos apertando a bandeja firmemente nas mãos.

Conforme ia passando pelas mesas podia ver que algumas pessoas comentavam sobre ela, outras simplesmente ignoravam, Lily só queria encontrar uma mesa. Rápido.

Suspirou de alívio quando sentou-se em uma mesa. Olhou ao seu redor e viu que estava mais afastada dos outros, a não ser por uma mesa. Duas mesas a direita tinha um único homem sentado. Lily arfou ao olhar para ele.

Deveria ter aproximadamente a mesma idade que ela, ele era alto, os cabelos negros revoltos eram compridos e davam um ar misterioso e sensual a ele. Estava largado na cadeira, e já havia acabado de comer, Lily pode perceber que era forte. O ar saiu de seus pulmões quando seu rosto virou de supetão, encarando-a. Ela ficou envergonhada por ter encarado-o tanto tempo, mas nada superou a surpresa que se espalhou pelo seu rosto. Os olhos eram de um tom cinza que deixou Lily hipnotizada, além disso uma cicatriz cobria parte do seu queixo. Não era uma cicatriz feia, aliás deixava ele mais charmoso, mas Lily sabia que não havia sido uma cicatriz adquirida por um simples tombo e aquilo a deixou curiosa.

– Hey Lily por que veio sentar aqui no fundo? Nossa demorei séculos para atravessar esse refeitório.

Lily encarou Marlene atordoada, vendo a amiga se sentar a sua frente e começar a comer, quando olhou novamente o cara misterioso já tinha se levantado e Lily não o encontrou mais.

– Aconteceu alguma coisa? - Marlene franziu a testa.

– Nada - Lily sacudiu a cabeça -Bobagem minha.

***

Lily descobriu que o toque de recolher era às 9 horas, ela até achou o horário muito cedo, mas depois se lembrou do que a Coach Hayle tinha dito, o treino começava às 4 da manhã. Pensando desse jeito, 9 horas parecia muito tarde.

Depois que saíram do refeitório, Lily e Marlene tinham uma hora até o toque de recolher. A noite estava fria, do jeito que Lily gostava, o lugar era calmo e silencioso e pelo que parecia todos queriam descansar ao máximo, já que não tinha quase ninguém nas “ruas”.

– Esse povo não gosta de se divertir, né? - reclamou Marlene, enquanto esfregava os braços de frio.

Lily deu de ombros, seu pai nunca queria fazer nada. Ficava sempre o tempo todo no escritório e praticamente só saia de casa para tratar de assuntos do exército. Ela já estava acostumada.

– Nunca fui muito de sair de casa, nunca fui muito de me divertir - Lily comentou, não que fosse mentira, mas em parte isso tinha a ver com o seu pai.

–Bom... Eu saia de casa sempre que pudesse - Lene comentou - Ia ao shopping, clubes, festas...

Lily notou uma ligeira mudança de voz quando Marlene comentou sobre as festas, mas a morena logo mudou de assunto. Do mesmo jeito, Lily era muito observadora e ficou curiosa.

– Credo, eu estou congelando - resmungou Lene

– Eu gosto do frio, é... reconfortante.

– Você tem sérios problemas.

A ruiva soltou uma risadinha.

Em poucos minutos haviam chegado a0 chalé, duas das três meninas que dividiriam o quarto com elas já estavam dormindo, a outra ainda não havia chegado. As duas colocaram seus pijamas e deitaram-se na cama.

Sua mochila já estava pronta e ela já tinha tomado café. O ônibus partiria daqui uma hora, e o ponto não era longe de sua casa. Tudo estava perfeito.

Me dá nojo te ver com essa farda.

Lily fechou os olhos e suas unhas quase furaram a palma de sua mão.

A maioria dos pais teriam orgulho.

Ele soltou uma gargalhada fria, Lily virou-se de frente para ele.

Eu jamais terei orgulho de você Lily, você é uma mulher que orgulho poderia me dar?

Lily não podia acreditar naquelas palavras, não acreditava que alguém fosse tão ignorante quanto seu pai, queria gritar mas sabia que não adiantaria em nada.

Eu tenho pena do senhor, tenho pena que tenha que ser assim.

Você não vai durar nem um dia lá dentro, você é fraca, não sei como te aceitaram.

As palavras machucavam mais do que tapas, e Lily sabia que tinha que manter-se forte, não ia deixar que ele a tratasse daquela maneira, não mais.

Eu não só serei um bom soldado, eu serei a melhor da minha turma, um dia até você vai ter que reconhecer isso.

O coronel riu mais uma vez, como se ela tivesse contado a piada do ano. Lily fechou os punhos de raiva. Sem aguentar mais um minuto naquele inferno, pegou sua mochila e jogou no ombro.

Lily, querida, por favor não vá! - lágrimas rolavam pelos olhos de sua mãe quando ela entrou na sala.

Mamãe, eu tenho que ir... - Seu coração apertou no peito, sentiria falta de sua mãe - Eu preciso ir, por favor, entenda.

Não querida... Você não precisa - as duas se abraçaram forte - Fique...

Não posso...

Depois que você passar por aquela porta Lily - a voz severa de seu pai interrompeu o momento - Não terá mais volta, você não será mais minha filha.

As duas se separaram do abraço, Lily caminhou em passos firmes até a saída.

Eu nunca fui sua filha

E sem olhar para trás, bateu a pesada parte de madeira atrás de si.

Lily levantou da cama em um pulo, seu peito estava pesado e a sensação que ela tinha era que ia desmaiar em qualquer segundo. Precisava de ar. Sem ligar que estava descalça, de pijamas e violando o toque de recolher Lily se esgueirou para fora da cabana.

Pensa Lily, tem guardas fazendo a ronda por todos os lugares... Aonde você poderia ir... Refeitório? Não. Floresta? De jeito nenhum. Pensa... Aonde tem menos guardas? Em um lugar onde ninguém teria coragem de ir... O general e a Coach Hayle ficam aonde? Pavilhão Principal.

Tomando cuidado para não ser vista, Lily foi se esgueirando entre as cabanas até chegar ao pavilhão principal. Ao ouvir vozes se aproximando, Lily arregalou os olhos.

Merda... E agora? Se me pegarem, me expulsam daqui!

Pensando rápido ela subiu em cima de umas caixas de madeira que estavam nos fundos do pavilhão, dessa forma ficou alta suficiente para alcançar as primeiras telhas do telhado. Sem dificuldade nenhuma, Lily apoiou-se nas telhas.

Lily descolou suas costas do telhado e virou-se de frente para subir mas antes que ela pudesse fazer isso um de seus pés escorregou e apesar dela ter conseguido se segurar , o barulho de uma telha caindo chamou a atenção dos guardas. De repente sentiu uma mão em sua boca. Reprimiu a vontade de gritar e arregalando os olhos encarou o moreno a sua frente. A mão livre dele fazia um sinal de silêncio, Lily ficou estática, não conseguia mover um músculo, tudo que ela fez foi encarar aqueles lindos olhos avelãs.


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Notas finais do capítulo

EU SOU MÁ *-* Massss se vocês podem ler o próximo cap a hora que vocês quiserem. Eu tenho 21 comentários quando chegar a 30 eu posto o próximo! Nem é tanto gente! O quanto vocês querem ver o "primeiro encontro" do James e da Lily?!?!Ahhhhh pra quem quiser aqui tem uma one-shot sobre os pensamentos da Lily em relação a principe encantados *-* - http://fanfiction.com.br/historia/419205/There_Is_No_Such_Thing_As_Prince_Charming/