And then... - Wolverine' escrita por Annabeth Stark


Capítulo 3
– Respostas. E mais perguntas’


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoa, pessoas, menina, menino, ele, ela, cachorrinho, pandas e etc U-U
Gustaria de dedicar essi cap. pra Natty, pq ela que me deu inspiração pra continuar fazendo esse trem' ç.ç' #Drama
É um pouquinho maior que os outros dois capítulos, espero que gostem, ou que leiam.
Desculpem os erros, boa leitura' *-*'



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- Por que está aqui? – Perguntei recostando-me em uma mesa.

 - Bem, o Sr. Fury, o diretor da SHIELD, gosta e estuda a nossa espécie, assim como o professor Charles. Eles são amigos há algum tempo e… - Ela respirou fundo, tentando achar palavras. – Há alguns anos me mandaram pra uma missão em Londres. Eles de alguma forma detectaram minha “para-normalidade” e me capturaram. – Ela fitou as flores que estavam a minha direita.

 - Experiências com mutantes. – Murmurei sentindo minhas garras dentro de mim. Ela assentiu com a cabeça.

 - Isso. Estão capturando mutantes para experiências. Como eu sou uma das poucas mutantes que não veio com o Charles e sim com o Fury, fui enviada para proteger os alunos… Depois que você foi embora, eles ficaram desprotegidos, expostos.

 Fitei-a, agora me sentindo culpado. Ela sentou-se no banco do meio da estufa.

 - De que país você é? – Perguntei sentando ao lado dela, ainda meio distante, curvando-me para frente e fitando minhas mãos.

 - Do país de todos – Ela murmurou bem humorada – Sabe, no Brasil não existem muitos mutantes.

 - É brasileira? – Perguntei franzindo o cenho. Isso explicava as curvas. - Você não é muito branca pra isso, não? – Perguntei, no começo sério e depois rindo.

 - É… Podemos dizer que eu não sou tão brasileira assim. – Ela murmurou e fez uma careta. Talvez ela não pudesse ter dito aquilo.

 - Conhece sua história? – Perguntei quase em um sussurro, ela fez que sim.

 - Eu nasci em São Paulo, mas meus pais não me queriam, então me levaram pra um orfanato no Rio... Rio de Janeiro, eu não fiquei mais que dois anos lá... Meu nome é Mabel. – Ela disse, tive vontade de manda-la parar de falar, a qualquer momento ela iria chorar. – Eu fui adotada por um casal. O pai era do exercito e a mãe costureira, eles me tratavam bem. Me deram o nome de Natália. Quando eu fiz cinco anos meu pai notou que eu era rápida e boa de briga. Ele me colocou em uma escola militar, pra me treinar, sabe. Bem, eu passei a minha vida lá, meu pai morreu na Polônia. – Ela me fitou com mais cautela – na segunda guerra mundial.

 Eu a fitei, pequenos vestígios de lágrima começavam a aparecer em seus olhos.

 Calmamente cheguei um pouco mais perto dela.

 - Eu descobri meus poderes na adolescência. Eu sou um Oráculo. – Ela me fitou e eu juntei as sobrancelhas – posso saber de tudo que foi, tudo que é e tudo que vai ser… Claro, depende muito.

 - É vidente? – Perguntei meio que sem pensar.

 - Mais ou menos, posso ver o passado também, e saber do presente. – Ela esfregou o rosto com as mãos, que eram tão pequenas e frágeis… Bom, ao menos pareciam.

 - Um Oráculo e não envelhece, não é um mal poder. – Murmurei, tentando ajudar, mas eu sabia que não era tão bom assim.

 - Quando se vê todos a sua volta envelhecer e morrer. É sim. – Ela se curvou pra frente limpando uma lágrima que escorria pelo canto do olho direito.

 Não pensei muito bem no que estava fazendo, apenas avancei minha mão e peguei a dela. Era macia, quente e frágil, como se eu a apertasse mais forte, ela quebraria.

 A respiração dela ficou entrecortada, ela me fitou, e eu notei que seus olhos estavam ficando mais claros. Ela puxou a sua mão de volta e automaticamente seus olhos voltaram ao preto de antes. Ela apertava sua mão contra o peito.

 - O que viu? – Perguntei olhando-a, ainda um pouco assustado. Ela me fitou, compartilhando do meu medo.

 - Nada… Nada de mais. – Ela olhou para mim assustada, como se esperasse eu a acalmasse.

 - Se for coisa ruim, pode falar. Eu meio que já estou acostumado… - Falei e ela me fitou.

 - Não… É sério. – ela corou, e eu não entendi o porquê – Melhor deixar pra lá. – Ela me fitou mais uma vez, esperando algo. – Boa noite. – Falou saindo apressada da estufa.

 Fitei por onde ela havia saído. Tudo bem, esses foram os três minutos mais doidos dos últimos dois anos. O que a guria viu? Porque não queria me falar? Era tão ruim assim?

 Voltei para meu quarto, me joguei na cama, sem me dar ao trabalho de caçar a chave para trancar a porta. Fechei meus olhos, tentando me concentrar no sono, mas os ruídos que a professora fazia no quarto eram quase ensurdecedores. Sua respiração estava entrecortada, como a de alguém que acaba de chorar o dia todo, ela se virava suavemente na cama, eu podia escutar o tecido se esfregando contra a cama.
 Ao invés de tentar achar o silêncio absoluto, eu comecei a prestar atenção nos ruídos do outro quarto. Deu certo, os ruídos estavam me acalmando e de leve o sonho veio.

Jean estava vestida de branco, com uma camisola de seda transparente, por baixo podia-se ser visto as roupas intimas pretas. Ela estava sentada na beira de um precipício, de costas para mim.

 - Jean? – Chamei, seus cabelos ruivos e longos voaram de lado e ela me fitou, no começo sorrindo e depois com um olhar raivoso.

 - Logan. – Disse ela, furiosa.

 - Jean – Eu sussurrei aliviado e corri para seu lado no precipício. Abracei-a, passando a mão por seus cabelos. Sua expressão era fria como gelo, mas eu não ligava. Tive medo de acordar naquele momento.

 - Por que, Logan? Por que faz isso comigo? Com a gente? – Ela perguntou de sobrancelhas juntas.

 - O-oque? – gaguejei.

 - Logan! Isso não vai dar certo. Você só vai a machucar! – Um lado de mim não entendia nada, e queria ficar ali com a ruiva, a acalmando para sempre. O outro sabia de quem se tratava.

 - Jean, não é o que pensa. A professora Natalie é só a professora…

 - Pensa que eu não sei, Logan? – Ela tirou meus braços que estavam em volta dela. – Meu amor, - ela virou-se para mim de volta. – se você me ama mesmo, deixa ela pra lá. E fica comigo.

 - Como? – Perguntei aos sussurros.

 Ela tocou meu rosto, pude sentir seus dedos frios roçando minha barba mal feita.

 - Você vai arrumar um jeito.

 Por um momento pensei seriamente em modos de me matar, mas o professor Xavier precisava de mim vivo, ajudando. Não mais um cadáver no quintal.

 - Você sabe que eu não posso – Murmurei, me levantando e voltando de onde eu tinha iniciado o sonho.

 Senti o vento soprar mais forte.

 - Logan? – Ela chamou com a voz doce. Eu me virei, não sei porque fiz isso. Ela simplesmente se jogou do penhasco.

 - JEEAN! – Eu gritei e corri para socorrê-la, mas o vento soprava contra o meu favor – NÃO! JEAN!

 Senti meu corpo estremecer.

 “Logan!” Uma voz me chamou, mas não era a da Jean. Ela me chamava com a mesma intensidade que o vento, pra mesma direção. Para longe de dela… “Logan! Acorde!”.

 Levantei assustado, com raiva e confuso. Senti minhas garras saindo e indo em direção a quem me sacudia. A lamina parou centímetros do rosto de Natalie, ela não pareceu com medo, nem assustada. Olhava pra mim com preocupação.

 - Logan? Você está bem? – Eu estava sentado na cama, suando. Minhas garras ainda no rosto de Natalie. Que estava sentada na pontinha da cama, com uma mão apoiando o corpo e outra tateando meu rosto, procurando sinais de febre.

 - Estou sim, foi só um pesadelo. – Falei sussurrando, respirando fundo e recolhendo as garras. Senti uma dor absurda no punho.

 - Você me assustou, grandão. – Falou ela em um meio sorriso enquanto eu me ajeitava sentando na cama.

 - Sinto muito – Falei passando a mão esquerda pelo punho da direita. Massageando onde a dor era mais forte.

 - Não foi isso seu bobo. Você estava gritando. Pensei que estivéssemos sendo atacados por… sei lá… Aranhas gigantes vindas do espaço que, no lugar do veneno, vêm o T-vírus nas presas. – Ela falou tão rápido que quase deu um nó no meu cérebro, e o pior que pela sua expressão, ela estava falando sério.

 -O que? – Não pude deixar de rir quando ela me fitou, ainda séria.

 - Não duvide disso. Vai saber se o Capitão Spock e o Albert Wesker não fizeram uma aliança contra as raças que abitam esse planeta.

 Eu a fitei incrédulo.

 - Você é bem doidinha pra uma pessoa com quase 200 anos. – O rizo dela desapareceu, e eu me arrependi de ter falado aquilo.

 - Eu me adapto facilmente – Ela falou com um meio sorriso. – Agora eu vou dormir – Ela se levantou, me fitando como se eu fosse uma das crianças – Quer alguma coisa? – Eu fiz que não com a cabeça, me sentindo um mariquinho de 10 anos. – Boa noite Logan. – Ela deu de costas e andou até a porta.

 - Ãnh, Natalie? – Chamei, meio bobo.

 - Sim? – Ela se virou pacientemente, como se já estivesse acostumada com aquilo.

 - Porque não ficou com medo? – Perguntei, fitando minhas mãos.

 - Sou vidente, Logan. Já sei como vou morrer – Falou ela apagando a luz e saindo do quarto. Fitei as paredes. Como alguém consegue ficar calmo sabendo como vai morrer? Eu prometi a mim mesmo que não iria mais pensar nisso.
 Encostei na cama, fechei os olhos esperando que Jean não aparecesse novamente. Não hoje.


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Notas finais do capítulo

-
Agr vc's conheceram a minha lindja Mabel *---*' espero que tenham gostado. Revi-não-sei-o-que, please? *-------*' Annie adora isso' Deem palpites tamb, o que adicionar, o que tirar' *--*'
Bj's da tia Annie