A Próxima Filha De Zeus escrita por La Dressa


Capítulo 32
Sozinha, nunca.


Notas iniciais do capítulo

Hey Hey Personas! Eu demorei um pouquinho só dessa vez XD Espero que gostem, este foi o maior capítulo que já escrevi na vida XD tem drama básico adolescente confuso :D espero que gostem!
Tenho uma surpresinha agradável nas Notas Finais.



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(Dressa)

Pareceu um século, mas foi apenas cinco minutos que levei para chegar à festa. Aqueles saltos mereciam toda a minha atenção. Qualquer erro e eu perderia meus pés. Só quando eu já estava chegando aos jardins, onde seria a festa, me acostumei com aquilo, claro, quase entrei em pânico quando soube que seria aqui, afundar os saltos na grama não era uma opção, mas é uma festa de Dite, com certeza não seria só um jardim.

Confirmei ao descer os degraus que davam caminho aos jardins.

Pense no Palácio de Versalhes, pense em seus "jardins". Agora imagine um lugar três vezes maior. Pronto! Você acaba de visualizar o jardim principal do Olimpo!

O mais lindo eram as Ninfas que iam e vinham com seus vestidos brilhantes. Tudo bem, eu acho que esse seria o "traje de gala" delas. Nunca li que seus vestidos brilhavam, eu acho. Toda a área que seria usada na festa estava com uma espécie de tábua gigantesca em cima, uma tábua bem firme, por sinal. Os saltos fizeram um som oco ao se chocarem com o piso.

Eu estava prestes a ficar entediada por não ver ninguém ali quando fui puxada para dentro, novamente.

— Ei! — Reclamei. A pessoa reclamou alguma coisa e quase me jogou dentro de um quarto. — O que você pensa que está fazendo?! Acabei de me acostumar com essas lindas, maravilhosas e perfeitas porcarias! — Falei apontando para meus pés. — Mary?

A garota me olha com um olhar de "Finalmente".

— Sim, sua boba, pensou que eu fosse te sequestrar?

— Claro que não! Eu só fiquei surpresa.

— Por que estava indo para a festa?

— Hã... Porquê... Mas que tipo de pergunta é essa? O que acha que eu estava fazendo indo para a festa?!

— Nós iremos entrar pelos fundos, temos que esperar mais meia hora.

— Por que as pessoas nunca me contam tudo? Hunf. — Olho para Mary, mas ela está olhando para o nada. — Mary?

Olho para onde ela parece estar olhando. Nada.

— Quê?

— O que você está pensando?

Ela olha constrangida para o chão. Estou curiosa.

— Mary... — Eu a incentivo.

— Ah, Dressa, não é nada, só estou pensando na festa.

— Querida, quer enganar quem? Vamos! Me conte, o que aconteceu?

— Por favor, não conte para ninguém!

— Minha boca é um túmulo!

— Tudo bem... Eu... Eu ouvi uma conversa. De Atena, na verdade, não sei se era uma conversa, ninguém respondia.

— Ouvir a conversa não foi o pior, foi? — Pergunto, ela nega. — O que ela disse?

— Atena estava chorando. Eu não vi, mas pela voz embargada... Ela estava muito nervosa, não entendi tudo o que disse, mas ela estava com medo da competição acabar.

— Como assim?! — Exclamei. — Achei que ela não gostasse desses joguinhos.

— Eu também, mas a deusa repetia o tempo todo "Isso não pode acabar" e "Não estou pronta para isso". Estou preocupada, parece que ela sabe de alguma coisa séria.

Pensei um pouco.

— Por isso você está aqui, não é? — Ela concorda acenando. — Vamos deixar isso de lado por agora, tudo bem? Estamos indo para uma baile dos sonhos, temos que estar felizes, ouviu?! Olha para você! Está maravilhosa!

E era verdade, o vestido verde que Mary usava era tão leve que parecia que a mesma sairia voando a qualquer momento. Ela me olhou com gratidão e pude ver que sua maquiagem era quase tão delicada quanto a garota. De joias, só um fino cordão dourado com uma pedrinha brilhante pendendo.

— Vamos lá, garota! Guie-me já que não sei de nada o que acontece por aqui.

Ela segura de leve na minha mão e começa a me puxar.

— Não estou reclamando, mas sua maquiagem está... Escura, não?

Dei uma boa gargalhada.

— Você lembra quem é meu par?

A loira deu uma leve risada, mas seus olhos continuaram divertidos.

(...)

Iríamos entrar a qualquer momento e o Nico ainda não tinha aparecido.

— Dressa, calma! Ele deve estar vindo! — Annie tentou me acalmar.

— O desgraçado não se importa com nada mesmo, não?! — Exclamei comigo mesma.

Por alguma razão, o olhar de Percy para o chão me chamou a atenção.

— Meus amores! Estamos entrando! — Shine anuncia, já puxando Percy e Sandy.

— Eu não posso Shine! O... — Me segurei para não dizer besteira. — Nico, ainda não apareceu!

Shine arregalou os olhos, mas logo saiu da sala puxando o primeiro par. Não sem antes gritar:

— Não posso fazer nada. Venha sem ele!

O quê?! O que Shine tem na cabeça? Deve ser só glitter para falar uma coisa dessas. Ai que ódio.

Annabeth e Mary também se vão.

— Srta. Tymon, por que ainda está aqui? — A voz que eu estava odiando no momento (mas queria muito ouvir), diz. — Não vê que já está na nossa vez?

Me agarro ao braço dele e sussurro:

— Apenas mantenha essa sua boca fechada!

Ao passar pela porta me vejo já em um palco, com todos os holofotes, câmeras e flashes na minha cara. Meus olhos ardem, mas continuo sorrindo. Arrisco um olhar para Nico, o garoto parece querer uma capa digna do Drácula para se esconder. Meu sorriso fica naturalmente radiante.

Pés, por favor, apenas finjam que estou usando um tênis.

Eu não iria vacilar o passo na frente de todos!

Me apoio mais no meu par e percebo que isso ajuda.

— Não vou ficar te carregando por aí, querida. — Diz entredentes.

— Se você me soltar, me jogo para o seu lado. Esses sapatos que me deu não são estáveis.

Continuamos a sorrir e descemos alguns degraus que dão ao Jardim onde eu já havia estado. Sentamo-nos na mesa onde estavam os outros e fechamos a cara. Eu estava sentindo um frio na barriga que me deixava muito desconfortável. No momento em que Nico puxou a cadeira para eu me sentar, perdi a fome. Alguma coisa estava errada.

Não, não tem nada errado. Você é sempre negativa. O máximo que pode acontecer é derrubar a comida no vestido.

Por que aquilo não me satisfez?

— Ladies and Gentlemen — Afrodite começa. —, começaremos pela comida, depois os petiscos, durante o baile. Espero que gostem porque fui eu quem preparou tudo.

(...)

Achei incrível, todos acabaram de comer em uma hora, ninguém queria ficar nos "papos famílias", aqueles em que perguntam como vai as namoradinhas e namoradinhos. Ninguém iria me perguntar isso, mas agradeci mentalmente. Dite já não se aguentava mais, olhando da mesa em que estava, podia ver ela olhando para todos e vendo se já tinham acabado. Quando a última mesa foi recolhida ela quase pulou da cadeira.

— Agora sim! Shine, por favor? — "Kings and Queens" começou a tocar. — Bebidas, não alcoólicas meus amores, no balcão ali no canto. Bebidas alcoólicas, atrás daquele segurança. Ah! E nada mais que cinco taças, ouviram maiores de 21 anos?!

Nico sumiu no primeiro segundo, novidade, então fiquei falando um pouco com o grupo que ficou. Annie saiu um tempo depois com o Percy, Mary foi junto (porque achava contra as regras ficarem separadas) e Sandy seguiu-a com a mesma desculpa.

Fala sério?! Vou ficar sozinha?

Thalia: "Minha querida, se olhe no espelho... E vá procurar alguém para dançar!"

Thalia, minha querida, não grite na minha cabeça, dói.

Annabeth: "Tem um carinha vindo aí, pare de falar conosco!"

Olhei em volta, com cara de tédio, e vi o tal "carinha". Tive vontade de gargalhar. Apolo vinha em minha direção.

— Sozinha?

— Meu par sumiu e meus amigos são todos um bando de caretas. — Fiz bico.

— Seu par estava indo pegar uma bebida "batizada", "não alcoólica", quando o vi pela última vez. — O deus diz fazendo aspas com os dedos.

Suspirei.

— Acho que vou ser careta. Vou procurá-lo.

— Ei, ei! Não vai não! — Apolo fala com um toque de desespero na voz. Quando vê que percebi ele disfarça: — Vai deixar isso tudo aqui, sozinho? Por favor, me acompanhe nesta dança!

— Há milhares aqui querendo só você, vá com elas... Ou com eles, sei lá.

— Sério, só uma dança. Eu tenho certeza que... Nico irá procurá-la.

— Aconteceu alguma coisa? — Pergunto estreitando os olhos.

— Por que pergunta isso?

— Só faltava você vomitar ao falar o nome do Nico.

— Eu acabei de olhar por cima do seu ombro e vi Dite e Ares se agarrando. Isso para mim ainda é nojento.

Finjo acreditar e vou dançar com o deus. O maldito consegue me segurar por mais oito músicas, mas me sinto tão relaxada que só quando vou ao banheiro um pontinho de interrogação surge na minha mente:

Ele me enfeitiçou?

Este pontinho continua marcado em minha cabeça até sair do banheiro. Vou apressada de volta à festa, mas antes de poder virar o corredor, ouço meu nome.

— Dressa?

— di Angelo, o que faz aqui?

— Podemos conversar? — Ele pergunta de um jeito cavalheiro.

Concordo, confusa, com ele e me aproximo.

— Posso te perguntar uma coisa?

— Mas é lógico, por isso que me chamou, afinal.

— Você sente algo por mim? — Levanto as sobrancelhas, em surpresa. Mas que raios de pergunta é essa?. — Digo, em algum momento você sentiu alguma coisa por mim? Qualquer coisa já basta.

— Para quê?

— Só me responda. Por favor.

— Eu não sei, para mim somos apenas... Colegas, temos que conviver um com o outro. Você quer sempre algo mais que eu sei que será só isso, todas as novatas tem que conviver com você, não é verdade?

— Nem um segundo?

— Já ouvi sua história, Nico. Toda ela. De toda a sua luta para convencer seu pai a lutar na guerra contra Cronos, na guerra contra Gaia, eu sei de tudo. Sei também de Percy. E algo me diz que você não é assim.

Nico dá um passo para trás, mas sua postura de galã não está mais lá.

— Você não sabe de nada. — Diz. Seu tom é tão grosso e gélido que um arrepio percorre minha coluna.

— Sei tudo desde sua mãe, até o Cassino, depois, já no acampamento. A morte de sua irmã, Bianca. Você descobrindo seus poderes com Minos. Se tornando o Rei Fantasma. Indo à batalha com seu pai, de armadura negra. Sei que foi o primeiro, dos gregos, a achar o Percy, sei que foi ao Tártaro, em busca das Portas da Morte. — Respirei fundo, aquilo estava me afetando, eu não queria sentir pena dele. Não sinto pena de Nico, apenas quero ele bem, quero ele feliz, quero que sorria sinceramente, não com o sarcasmo ou com a malícia estampados, como é hoje em dia. — Sei que quase morreu, sofreu dias e mais dias até te resgatarem. Você estava lá, sofrendo. Depois que saiu, mal comendo, ajudou-os a tirar Percy e Annabeth do Tártaro. Antes, ainda, teve que revelar à força os seus sentimentos mais profundos. Se voluntariou para levar uma estátua gigantesca junto com Reyna e o sátiro, através de um mundo proibido para semideuses, um mundo completamente perigoso e horrível. — Me segurei.

Eu não podia contar tudo, se continuasse, coisas que eu realmente não queria iriam escapar. Se eu me entregasse a tudo o que guardava para mim desde que descobri, acabaria tendo que dar explicações do porquê que eu vinha sonhando com ele quase todas as noites. Teria que contar que senti todas as suas dores, que, para mim, era uma facada a cada grito que dava. Se eu contasse isso, estaria entregue, não faltariam provas.

Eu sentia alguma coisa por Nico.

Mesmo que o garoto não saiba, estou me segurando desde que chagamos ao Olimpo para não começar a chorar e abraçá-lo. E eu estava perdendo o controle naquele momento.

Olhei firme para ele, mas eu estava prestes a vacilar.

— Como sabe? É impossível todos terem te contado tudo.

Ele estava pálido, mais que o normal.

— O que aconteceu? — Nico me encarou confuso. — Com você, o que aconteceu? Você nunca foi assim. Pegar todas, não se importar com os outros, não ver o que está na sua frente? Esse não é o Nico de antes.

— Nico de antes?! — Ele voltou a sua calma, mas cada palavra era como um soco no meu estômago. — Você não me conhece a tanto tempo assim, docinho. Não pode vir falar nada dessas coisas que nem sabe se é verdade.

— Eu sei que são. — Respirei fundo fechando os olhos. — Você não se lembra, né?

— Do que está falando?

Olhei ele nos olhos, não havia nada ali. Nada. Nem com novos amigos, um "bom" pai, nada. Naquela época eu não sabia o que tinha acontecido, só ao chegar ao Olimpo e ter aqueles sonhos foi que me lembrei e tudo se conectou. Era ele.

— Eu estive cinco dias no Cassino Lótus. Ficamos cinco meses, na verdade. — Olhei para a parede atrás de Nico. — Saímos juntos, quando minha mãe finalmente me achou, depois de tanto desespero que passou, ela teve a atenção de olhar meus novos amiguinhos e ver que eles estavam sozinhos. Quando me ouviu dizendo que só foram cinco dias, desconfiou de vocês também, que disseram estar só a um mês lá. Minha mãe mal tinha avisado que iria encontrar seus pais quando um advogado chegou, falou que suas férias tinham acabado e que iria levá-los para casa.

Meus olhos se focaram em Nico novamente, ele me olhava com angústia. Fiquei confusa.

— Por favor, suba para sair! — Gritou antes de me abraçar e me levar numa viagem nas sombras.


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Notas finais do capítulo

MUITO OBRIGADA A JULIA RIBEIRO!! Querida, seu desenho estava maravilhoso. Estou de joelhos agradecendo, flor! Linda, vou colocar o link pro povo ver okay? Se não quiser, eu tiro, sem problemas ^-^
Obrigada a todos que acompanham esta fanfic e que me deixam cada vez mais feliz, obrigada, obrigada, obrigada. Agr comentem, eu demorei 3 dias pra escrever este cap u-u MENTIRA, não precisa, sem pressão. Mamai ama vocês u3u
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