(Por Dressa)

Ou Zeus estava MUITO bravo ou seu raio-mestre saiu quicando por aí.

Não estou exagerando! Quando acordei, achei que o vento que estava lá fora iria quebrar a janela do meu quarto, então, por segurança, fechei a cortina e saí hesitante de lá.

–... Ferrada- Foi a única coisa que consegui ouvir quando me aproximei da sala. “Ferrada? Quem está ferrada?”.

– Não fale assim! Não podemos insultar Hera- Dessa vez era a voz de Quíron- Mesmo que ela não tivesse o direito nós não poderíamos impedi-la.

– Imagine a pior briga de casal de todos os tempos- Ele fez uma pausa- Agora imagine isso tudo com raios! Já estava sem tempo de Zeus dar uma puxada de orelha nela!

– Por favor, Dionísio! Não fale assim!

– Blah, Blah, Blah! Quíron aproveite isso!

– Como? Zeus está quase destruindo o acampamento, qualquer ser vivo que se mostre aos olhos de Zeus irá virar cinzas!

– Besteira! Nós já aterrorizamos os campistas o suficiente para que não saiam até que a última gota de orvalho suma!- O Sr. D. falou com um ar de “Eles que se ferrem!”.

Eu tento sair dali antes que eles me percebam, mas como eu sou a pessoa “menos” estabanada do mundo vou lá e tropeço em uns mil móveis até cair de bunda no chão, ainda por cima, caí na frente de Quíron e Dionísio.

– Oi!- Eu disse e num impulso, me levanto e corra até a porta na esperança de fugir da minha vergonha.

– NÃO!!!- Quíron e, surpreendentemente, o Sr. D. gritam. Pois é, eu me esqueci do simples fato de ter um furacão de raios rolando lá fora.

No momento em que piso com o pé fora da varanda, uma... Ham... Como posso dizer... Bem, sabe quando você encosta o dedo na tomada e sente um formigamento? Eu senti esse “formigamento” de uma forma tão intensa que chegou a ser MUITO dolorosa em todo o meu corpo. Dos dedos da mão até o pé. A força do raio me jogou uns cinquenta metros da varanda onde eu estava uns instantes atrás. No mesmo instante a chuva parou junto com os raios. Como eu consegui perceber tudo isso? Eu não sei, só sei que tudo ficou escuro enquanto Quíron vinha me socorrer e alguém sussurrava em minha mente “Desculpe, desculpe”.

(Por Mary)

Por Zeus! O que aconteceu? O que deu em Zeus pra ele fazer isso? Di immortales!

Dressa está à uma hora apagada no sofá da Casa Grande. Em sua volta está: eu, Sandy, Annabeth, Percy e Nico. Não sei o porquê de Nico estar aqui, mas sei que se Percy não parar de roer as unhas, logo, teríamos de lhe arranjar dedos novos!

– Mas por que Dressa saiu com uma chuva daquelas?- Percy perguntou pela décima vez.

– Ela nos ouviu falando sobre a briga de Zeus e Hera, no momento em que a vimos, a mesma tentou fugir- Quíron faz uma pausa- E daí você já sabe o que aconteceu. - Ele diz tristemente.

Eu estava transbordando em lágrimas enquanto segurava a mão de Dressa. Não sou uma daquelas garotas que guardam tudo pra si, eu demonstro! Sinto-me muito mais aliviada quando faço isso.

– Ela vai- Enxugo, um pouco, minhas lágrimas- Ficar bem?

– Temos que esperar ele voltar pra termos certeza de qualquer coisa- Esse “ele” é um filho de Apolo que fez uns exames básicos em Dressa.

Ele entra na sala fazendo uma cara confusa para os papéis que estão em sua mão.

– Ham... – Ele está claramente confuso- Eu tentei, mas... - Não deixo ele continuar.

– Não! Você não tentou, ela não pode morrer! Você é uma pessoa terrível e...

– Calma eu ia dizer que eu tentei, mas...

– Mas nada! Cale-se! Deve ter alguém que pode ajudá-la e hunfpunfbrochocho- Nico cobre a minha boca com sua mão.

– Prossiga!- Ele diz sério.

– Eu estava tentando dizer que pelos os meus estudos eu não consigo caracterizar algo com um declive tão...

– Não enrola!!!- Todos berram!

– NÃO TEM NADA DE ERRADO COM ELA!!!- Ele grita no mesmo tom que nós.

– Como?- Percy pergunta e Nico tira sua mão da minha boca (Tirando o fato que eu comecei a mordê-lo).

– Ela só está desacordada pelo fato de declive e... Pelo impacto, á qualquer momento ela acorda. - Ele sorri e sai da sala.

Todos os olhares vão para ela, parecendo perceber os olhares ela começa a acordar, mas há algo diferente...

– Seus... Olhos- Annabeth fala por todos nós.

– O que tem meus olhos? – Ela pergunta e Sandy entrega para ela um espelho, seus olhos se arregalam- MEUS OLHOS!- Ela grita e tapa a própria boca.

(Por Dressa)

Meus olhos, meus olhos, meus olhos, meus olhos! Eles estão... Verde? Azul? Violeta? Não dá para saber, vão mudando de segundo em segundo.

– O que houve com meus olhos?- Pergunto pausadamente.

– Eles estão azuis?- Annabeth pergunta.

– Não! É verde!- Percy fala.

– Negros, eles estão negros!- Mary diz.

– Querida, venha comigo- Quíron diz e eu o sigo até uma salinha, um escritório, talvez- Deixe-me ver seus olhos- Me aproximei e ele os olhou com atenção.

– Então... – Falo, sem aguentar mais.

– Eles estão “mais calmos”

– Como assim?

– Eles pararam em uma cor só agora- Ele observa melhor- Azul, seus olhos estão azuis!

Entrega-me um espelho, de onde eles tiram tantos espelhos?

– Caramba! Estão mesmos!

– Vou dar uma falada com os deuses pra saber o por quê e o pra quê disso- Ele encarou meus olhos novamente- Acho que mudam de acordo com o seu humor, cuidado com o que sente- Ele diz meio risonho e sai da sala.

– Então... – Mary me pergunta enquanto eu saio da sala.

– Acho que... Tenho que tomar cuidado com o que sinto- Dou um sorriso e vou para o meu quarto deixando todos no vácuo. Meu estômago pede comida, mas eu ignoro, apenas e vou para casa buscar explicações.