How To Love escrita por Priy Taisho


Capítulo 2
Capítulo 1 - Ciúmes? Claro que não.


Notas iniciais do capítulo

Ôe gente :3
Cara, to tão animada com todas as reviews que recebi *o*
Obrigada pelos comentários e... Leitores fantasminhas, me deem um 'oi?'
Só pra dar mais um ânimo? *-* KKKKK
Boa Leitura.



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Sou Sakura Haruno, tenho 25 anos e sou escritora. Meus cabelos são anormalmente rosados, que contrastam com os meus olhos verdes. Meus pais sempre brincavam comigo dizendo que eu só havia nascido dessa maneira porque mamãe ficou com vontade de comer flores de Sakura quando estava gravida de mim (estranho, mas fazer o que)... Bem, até hoje eu não sei se isso é invenção deles ou se é verdade, porque houve uma época em que minha mãe era realmente fissurada pelo Japão.

Bem, podemos dizer que eu não tenho medo de nada... Mentira, eu tenho medo de baratas, de becos isolados (quem não medo disso?) e de namoros. É, eu nunca desejei de ter uma aliança na minha mão esquerda e de ter alguém pra chamar de benzinho, se é que ainda falam isso.

Nunca namorei e nunca levei nenhum cara para apertar a mão do meu pai e dizer: “E aí sogrão!”.

Não, definitivamente não.

 Quer dizer, alguns dos caras com quem eu já fiquei durante essa minha curta vida vieram a se “apaixonar” por mim e... Bem, eu tive que acabar com tudo antes que partisse mais o coração de alguém. Qual é, não sou um monstro sem coração. Tá com o Sasuke é diferente, mas eu já explico sobre ele.

Apesar de toda essa situação sobre não conhecer os doces sentimentos por homens, vulgo amor, eu sei criar cenas extremamente românticas... O que faz a Ino me chamar de mentirosa ilusionista (só porque ela suspirou algumas vezes enquanto lia alguns trechos do meu livro), mas eu não tenho culpa se consigo descrever o que nunca senti, certo? Certo.

Agora vamos ao assunto Uchiha.

Conheci Sasuke há um ano e meio, em uma festa (onde mais poderia ser? Num parque? Nhá seria fofo demais), pois temos um amigo em comum, que no caso é o Naruto.

Nós conversamos trocamos telefones, e fomos criando mais vínculos até começarmos a ficar depois de alguns meses. E essa situação foi rolando, até que ele disse que estava sentindo algo a mais por mim e que queria... Queria... Ergh, namorar.

Claro que eu... Desviei o assunto, porque eu realmente queria continuar com as coisas do jeito que estavam e ainda estão, por assim dizer.

E ele continuou a insistir e a insistir mais ainda, mesmo quando eu dizia que não me importava com nada disso e mesmo quando possivelmente eu o estaria magoando.

Não me perguntem se eu tentei acabar com tudo isso, porque eu estaria mentindo se dissesse que sim. Simplesmente me sinto viciada nos beijos e caricias que somente ele tem, e quando comecei a notar isso fiquei com mais duas pessoas durante esse período (uma vez cada), só pra comprovar se não era somente coisa da minha cabeça e... Não, não era. Eu realmente estou viciada em Sasuke Uchiha.

Bem, estava indo tudo bem até ele querer oficializar tudo e me colocar literalmente contra a parede. Droga, será que isso realmente tinha que acontecer comigo? Sim.

Será que eu poderia ter uma amiga que me desse algum conselho sobre isso? Não.

Ino começou a rir da minha cara de forma exagerada e disse que era a hora da verdade, antes de voltar a rir de novo.

- Sakura, você tem que realmente ser tão rígida quanto a não ter relacionamentos? – falou ela enquanto eu bebia um pouco de chocolate quente. Nós estávamos em um café. – O cara gosta de você, vai ficar mesmo pra titia? É um exagero.

- Não estou exagerando, Ino. – protestei abrindo a boca, pois havia queimado minha língua. – Todo mundo sabe que eu nunca quis me envolver dessa forma, ele sabia disso. – defendi-me depositando o copo na mesinha.

- Mas você acha que seus pais não querem netos? – a loira arqueou uma sobrancelha e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha. – Sua irmã já é casada e é TRÊS anos mais nova que você.

- E está gravida de gêmeos, vivendo do outro lado do mundo. – fingi um calafrio. – Ah, fora o fato de que o marido dela a obriga ficar em casa, como uma escrava. – acrescentei balançando a cabeça negativamente. – É algo parecido com: “Você só serve pra limpar a casa, cuidar das crianças e pra sexo”.  – essa ultima parte eu havia engrossado a voz, numa péssima imitação do meu cunhado.

Ino me encarou incrédula e cruzou os braços.

- Você tá exagerando. – falou revirando as orbes azuis. –Só pode estar de sacanagem.

- É eu estou de sacanagem. – admiti pegando minha bebida novamente e soprando antes de beber um gole. – Talvez ela não sirva somente para isso.

- SAKURA! – me repreendeu. – Depois ainda pergunta o motivo de eu te chamar de falsa cretina, toda vez que leio suas histórias.

- Eu coloco muito humor, ok? – me defendi. – E segundo, é fácil descrever só é impossível que eu sinta.

- Você ainda vai se arrepender. – Ino assentiu. – Escuta o que eu to te falando.

- Tá jogando praga? – perguntei rindo.

- Nunca, mas eu sinto isso. – deu ombros e pegou o celular. – Olha, o Gaara pediu que a gente fosse até a empresa. – acrescentou enquanto eu terminava de beber meu chocolate.

Gaara, meu segundo melhor amigo trabalhava na empresa em que o Sasuke era vice-presidente, junto com o irmão dele, o Itachi que estava no comando temporariamente porque o Fugaku (pai dos dois) havia decidido tirar umas férias junto com a esposa.

- Por quê? – perguntei chamando a atenção da garçonete para pagar o que nós havíamos consumido.

- Quer que a gente almoce com ele. – Ino respondeu se levantando quando viu a moça se aproximar. –Bem, temos duas horas para tiramos essas roupas suadas e colocarmos algo descente.

- Você quer dizer, eu almoço e vocês se pegam entre as refeições. – comentei sarcasticamente, fazendo com que ela me desse um tapa no ombro.

- Nos pegaremos entre as sobremesas. – ela brincou e eu dei risada.

Pagamos tudo e saímos do café. Eu já havia amarrado uma blusa na cintura, meus fones de ouvido estavam pendurados no pescoço e tocavam alguma música que eu não prestei atenção em descobrir qual era.

Ah, só pra explicar todas as manhãs eu e Ino corríamos por uma hora e meia, para depois tomarmos café e irmos trabalhar, no meu caso ir até a editora ver como estavam os processos da gráfica e etc, e ela ia para o consultório de psicologia... Mas cá entre nós, como eu ainda não terminei meu livro fico vagueando o tempo todo.

Mentira, a minha chefe (A Hinata, minha querida Hinata), todo dia me ligava querendo saber como andava o projeto. Ela era noiva do Naruto, meu amigo e amigo em comum do Sasuke, que consequentemente formava uma bola de neve na minha vida.

Eu e Ino morávamos no mesmo prédio, no mesmo andar só que em apartamentos diferentes. Eu morava no 702 e ela no 703 que era em frente.

Assim que entrei no meu apartamento, subi as escadas rapidamente indo para o meu quarto. Despi-me e fui tomar um banho quente e demorado, por que... Seilá, tomar banho ajuda a clarear os pensamentos.

Quando saí, vesti uma calça jeans preta e uma com o tecido leve cor de rosa, que não tinha mangas e que era um pouco apertada na minha cintura e era soltinha no restante. Coloquei um peep toe preto fechado e fiz uma maquiagem básica. Por mim, iria de moletom, mas é uma empresa, certo? Certo.

Enquanto terminava de me arrumar, meu celular começou a tocar e eu o atendi depois de encontra-lo entre as cobertas.

Sasuke ♥

Por que diabos eu havia colocado um coração junto com o nome dele?

- Sasuke? – atendi enquanto ainda me questionava sobre isso.

- Como você está? – ele perguntou descontraidamente. – O Gaara me disse que vocês vão vir até a empresa...

- Gaara realmente é um fofoqueiro. – revirei os olhos e ele deu risada. – Eu estou bem e você?- respondi sua pergunta enquanto saia do quarto.

- Estou ansioso. – respondeu ele divertido. – Espero que esteja realmente considerando minha proposta...

- Está fazendo o que aí, hein? – perguntei trocando de assunto. – Acho que o vice-presidente de uma empresa automobilística tem muito que fazer. – brinquei descendo as escadas e indo em direção à cozinha.

- Trocando de assunto novamente? – ele me ignorou. – Sabe o quanto isso é importante pra mim.

- E você sabe o quanto isso me deixa apreensiva. – rebati ironicamente. – Estamos quites, certo?

- Não. – ele fez uma pausa. – Você tem medo.

- E você tem que aprender a parar de me pressionar. – alterei o tom de voz. – Já sabe da minha resposta e fica ai, como se fosse brincadeira.

- Não vou discutir com você por telefone, Sakura. – Sasuke falou com a respiração alterada. – Sabe o que eu penso sobre pessoas que discutem dessa forma, Até.

- Sasuke? – chamei, mas ele já havia desligado o telefone na minha cara. – Imbecil.  

Já tá virando palhaçada.

Ontem ele me deixa falando sozinha, num dilema que eu nunca pensei que fosse ser ditado pra mim e hoje ele desliga o telefone na minha cara.

Fechei os olhos e respirei fundo, teria que dar um jeito de tirar aquela ideia maluca da cabeça de Sasuke ou... Acabar tudo.

Esse pensamento me fez sentir um aperto no peito, uma sensação de perda que...

- Testuda? – Ino adentrou meu apartamento. Ela já havia se trocado, substituindo as roupas da corrida por uma blusa branca que deixava seu ombro exposto e uma calça jeans azul, junto com saltos pretos. – Eu queria poder ir de tênis... – murmurou encarando os sapatos.

- Somos duas Porca, somos duas. – encarei meus pés. – Mas vamos a uma empresa, infelizmente temos que estar como peruas. – comentei tentando afastar os pensamentos que enevoavam minha cabeça.

- Vamos? – perguntou indicando a porta com a cabeça.

- Aham... – respondi sacudindo a cabeça levemente.

Será que ele estava magoado? Ou então bravo?

Talvez eu não devesse ter sido tão dura, poderia apenas dizer que não e afirmar mais uma vez meu ponto de vista em relação a tudo. Mas...

Ele é tão estupido, não é como se isso fosse uma relação de amor e ódio, onde ele vai me provocar e eu possivelmente responderei as suas provocações provando para ele que a razão estava do seu lado.

Não mesmo.

E por que eu to pensando tanto sobre isso? Droga.

Fall to your knees

And kiss the ring, the clowds rejoicing

All of my dreams

Wake up to despise a world I once loved

Why would you bring me in if you knew what you'd become

So curse everyone and everything

Even the sun

Caído aos seus joelhos

E beijo o anel, a plateia enlouquece.

Todos os meus sonhos

Acordo para desprezar um mundo que já amei

Por que me colocou nessa se você sabia o que isso iria virar

Por isso, eu amaldiçoei a tudo e a todos.

Até o sol.

- Sakura? – Ino me deu um cutucão. – Vai continuar aí por quanto tempo? – perguntou e eu escutei a porta do carro se abrindo.

Olhei em volta e notei que já estávamos em frente à empresa Uchiha, e eu nem ao menos havia prestado atenção ao percurso.

- O que deu em você, hein? – perguntou enquanto eu saía do carro e batia a porta. – Hei cuidado com o meu neném. – acrescentou indignada.

- Meia dúzia de pensamentos, Ino. – respondi passando a mão nos cabelos. – Somente meia dúzia de pensamentos. – repeti para mim mesma, antes de entramos no enorme prédio que possuía vidros espelhados. A decoração do ambiente era aconchegante e luxuosa, variava entre tons escuros e claros, dando um contraste interessante e bem receptivo.

- Olá Yumi. – falei quando vi a moça de cabelos negros. Ela estava usando uma saia de cintura alta preta, que ia até um pouco acima dos joelhos. Usava uma meia calça preta e saltos fechados da mesma cor, a blusa azul de botões tinha as mangas dobradas até os cotovelos.

- Olá Sakura, Ino. – ela sorriu para nós e arrumou o óculos que escorregava pelo nariz. – Posso ajuda-las?

- Não obrigada. – Ino disse me puxando da frente do elevador. – Sabe se o Gaara está na sala dele?

- Está sim. – Yumi respondeu apertando o botão para chamar o elevador novamente. – Ele me pediu que levasse esses documentos para os designers, mas ele as está aguardando. Comentou isso comigo. – deu uma risadinha sem graça, que me fez abrir um sorriso. Yumi era uma ótima secretária, ao contrário da Catherine, a secretaria do... Ah, do vocês-sabem-quem.

- Oh Yumi, nós não vamos mais ocupar seu tempo. – falei quando as portas do elevador se abriram. – Obrigada. - acenei para ela que acenou de volta, antes que as portas se fechassem. – Quê? – franzi o cenho ao ver o olhar que a minha amiga estava me lançando.

- Va até a sala do Uchiha, e se resolvam agora. – ela falou. – Nós sabemos que ele sabe que você está aqui.

- Como você...?

- Gaara. – deu ombros.

- Esse ruivo é realmente um fofoqueiro. – reclamei indignada. – Esse projeto de Filomena.

- Blá, Blá, Blá. – debochou ela ficando vesga. – Anda logo, você tá agindo como aquelas adolescentes frescas que não querem encontrar o garoto com quem perdeu o BV no dia seguinte.

- HEI! – protestei quando ela me deu um empurrão. – Eu ainda sei andar, ok?

- Anda logo, Haruno. – balançou a cabeça e começou a seguir em uma direção oposta a minha.

Respirei fundo e comecei a ir em direção ao corredor que me levaria até a sala da vice-presidência. Passei pelo corredor que tinha as paredes azuis claras, e encarei a mesa (meticulosamente organizada) de Catherine vazia. O computador ainda estava ligado, mas não havia ninguém ali.

Ignorei esse pensamento e me dirigi à porta negra, que continha uma plaquinha escrita “Sasuke Uchiha”. Bati na porta duas vezes e entrei sem esperar uma resposta, encontrando uma cena que me fez estreitar os olhos e me escorar no batente da porta com os braços cruzados.

Stall me, stall me, I'm all in

Stall me, call me up or break me in

Me provoque, me provoque, eu estou nessa

Me provoque, me chame ou acabe comigo

Quer dizer, eu estava sentindo uma imensa vontade de voar em cima do pescoço daquela loira oxigenada e siliconada, mas ninguém precisava saber disso.

Catherine estava curvada sobre a mesa de Sasuke, com o dedo em cima de um papel indicando onde ele possivelmente teria que assinar. A saia era mais curta que o normal, e os três primeiros botões da camisa branca estavam abertos deixando a mostra as recém-próteses de silicone... Já disse que ela usa silicone?

Eu já comentei também que por uma fração de segundos os olhos do Sasuke estavam naquele decote?

- Sakura? – falou levantando-se da cadeira por impulso.

- Sasuke. – dei um sorriso falso. – Catherine. – estreitei os olhos para o sorriso cínico que ela estava me lançando. – Acho que eu devo voltar em outra hora...

- Talvez sim. – a voz anasalada da loira se fez presente. – O Sr. Uchiha precisa terminar de assinar esses contratos e...

- Pode sair, Srta. Parkinson. – Sasuke não a encarou enquanto falava, seus olhos estavam em mim. – Deixe os documentos em branco aqui e eu lhe aviso quando terminar de assina-los. – completou quando ela tentou protestar.

- Pois não. – disse contragosto recolhendo os documentos já prontos e passando por mim. – Com licença. – resmungou mal humorada, antes que eu fechasse a porta.

- Ela possui belos peitos, não? – É, talvez eu estivesse com ciúmes. Talvez. – Capricharam dessa vez.

- Se você não tivesse um tom tão acido, eu acharia que havia mudado de time. – aproximou-se de mim.

- Talvez eu devesse mudar mesmo. – rebati passando por ele e me sentando em uma das cadeiras de couro.

- Que tipo de reação foi essa? – ele se virou para me encarar e se abaixou, para poder me encarar. – Está com ciúmes? – provocou com um sorriso debochado.

- Eu? Ciúmes de você? – arqueei uma sobrancelha e cruzei os braços. – Eu teria ciúmes da minha cadeira, do sofá que eu geralmente fico deitada quando venho aqui, Que por acaso é meu.  – apontei para o pequeno sofá de couro que havia perto da janela. – teria ciúmes dos meus livros e dos meus amigos... Mas não de você.

- Estou num nível tão baixo assim nos seus conceitos? – ele deu um sorrisinho de canto.

- Só não está no item ciúmes. – respondi estreitando os olhos.

- Ótimo. – ele deu risada. – Catherine realmente tem uma bela comissão de frente, não? – provocou analisando minha reação.

- Idiota. – murmurei trincando o maxilar.

Oh shit, eu estava mesmo com ciúmes?

She's waiting to kick start me

So just stall me

Ela está esperando para me jogar para escanteio

Então, só me provoque


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Notas finais do capítulo

Continua... Mereço Reviews?