How To Love escrita por Priy Taisho


Capítulo 13
Capitulo 12 - Tarde Demais


Notas iniciais do capítulo

Oeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee genteeeeeeeeee! To tendo uma folga mara, maçã e banana pra comer - embora eu esteja desejando do fundo do meu coração uma fatia de pizza - e a criatividade a mil. Comecei esse capitulo dia 22 de Dezembro, pra vocês verem o quanto eu passei esses meses correndo e travada, porque não podia por qualquer coisa aqui.
Enfim, espero que vocês gostem... Se ainda existe alguém ai, que não queira me degolar USAHUSA
Boa leitura!



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Sakura não resistiu em dar uma última olhada na casa de Sasuke. Pegara todas as suas peças de dignidade e posto em sua grande mala de orgulho, sem pestanejar instante algum.

Eles – Ela e Sasuke – não haviam conversado depois que o Uchiha a expulsara. Ela apenas se limitou a assentir e disparou para o andar superior; pegou todas as suas coisas e quando saiu, mesmo que desejasse, não viu Sasuke em lugar algum.

Não que ela tivesse o tivesse procurado para anunciar sua partida. Pelo contrário, desceu as escadas e bateu a porta da frente com força, esperando que no mínimo ficasse uma grande rachadura nas paredes brancas que compunham a sala de Sasuke.

Caminhou até o ponto de ônibus mais próximo e para ao seu azar, o mesmo era à quase uma quadra da casa de Sasuke. Ignorou os olhares inquisitivos das pessoas que notavam sua expressão enfurecida, enquanto ela equilibrava as sacolas e vagava pelo ônibus até se sentar em um dos bancos próximos à janela. Tinha certeza de que havia pisado, esbarrado e batido suas coisas nos demais passageiros e com isso, apenas murmurava um pedido de desculpas automático.

– Hey Testa, que cara é essa? - Sakura não escondeu sua cara de desagrado ao encontrar Ino no elevador de seu prédio. – Onde está o Sasuke, hã? – Acrescentou a loira curiosa.

Ino vestia uma leggin preta, regata branca e tênis de corrida. Os fones de ouvido estavam pendurados em seu pescoço, o cabelo estava preso em um perfeito rabo de cavalo. Devia estar chegando de mais uma de suas caminhadas matinais, concluíra Sakura em pensamentos.

– Acabou de acordar, não vou estragar o seu dia. – Resmungou mal humorada e a Yamanaka lhe encarou surpresa. – Quê? – acrescentou ao ver o olhar da amiga.

Ino abriu a boca para retrucar, porém a porta do elevador se abriu e uma multidão de pessoas acabou por ficar entre as duas. Isso não livrou Sakura dos orbes azuis, que não deixaram de encara-la em momento algum.

Pelas expressões de Ino, a Haruno soube que ela estava se controlando para não soltar todas as suas perguntas ali mesmo, no meio de tanta gente, sem se importar se a outra gostaria ou não. Aquilo era um avanço.

– Não pense que vai fugir de mim, Sakura! – Ino esbravejou ao ver a rosada passar rapidamente por entre as pessoas e sair do elevador em disparada.

Era só chegar até a porta de seu apartamento, colocar as chaves, girar a maçaneta e entrar antes que Ino conseguisse a alcançar. Trancar a porta era uma parte essencial de seu plano para fugir das perguntas de Ino e ela estava quase conseguindo alcançar o seu objetivo, quando um empurrão bruto contra a porta fez com que ela caísse no chão.

– Sua bruta! – Gritou indignada. – Olha o que fez! – Sakura viu todas – ou quase todas – as suas roupas espalhadas no chão da sala e não deixou de bufar irritada. – Você vai pegar tudo. – Avisou estreitando os olhos.

– Pouco me importa. – Ino deu ombros e fechou a porta sem cerimonias, ao ver que as vizinhas fofoqueiras haviam parado em frente à porta de Sakura para observar a confusão. – Fala logo. – Ordenou puxando a presilha do cabelo e cruzando os braços de forma autoritária.

– Tem necessidade de tudo isso?

– Não tente me enrolar. – Ino retrucou e Sakura deitou-se no chão em desistência. – O que aconteceu? – Repetiu a pergunta, um pouco menos autoritária.

Sakura suspirou frustrada e por um momento, pensou em pedir para que Ino fosse embora. Queria pensar, entender o que tinha acontecido... Sozinha.

– Acabou. – Disse em voz alta, passando a observar o teto da sala. Os olhos ardiam.

Ardiam de forma dolorosa, como se suas lágrimas houvessem se transformado em pedras. Lagrimas... Ela não queria chorar. Sasuke não merecia que ela chorasse. Não choraria por ele; essa era a sua ideologia.

Não

Não

Não.

Não se permitiria lembrar-se dos toques do Uchiha e de como se sentia acolhida pelos braços fortes, a felicidade que a preenchia aos pouquinhos... Desde a ponta dos pés até o ultimo fio de cabelo. Do conforto até a frustração. As borboletas – que ela insistia em denominar como fome – fazendo bagunça em seu estomago a cada vez que ele ficava perto. Quando estavam juntos, ela podia ouvir o coração dele... Mas temia que ele ouvisse o seu... Que batia tão descompassadamente quanto o dele.

Não se permitiria

Não se permitiria

Não se permitiria

Que as lágrimas rolassem por seu rosto claro por pura frustração! Que suas orbes se avermelhassem, assim como as maçãs do rosto e seu nariz. Que soluçasse tanto, que não conseguisse respirar. Gritando por dentro, clamando por uma ajuda que nunca chegaria. Sussurrando, esperneando, rasgando. Era uma dor tão grande, estranha, irreal. Uma faca cravada no peito, que subia-lhe pela garganta e divertindo-se repetia o mesmo processo novamente.

Aquilo tudo por Sasuke Uchiha?

Por Sasuke.

Seu Sasuke.

Que mal conseguisse enxergar por tamanha ardência nos olhos, que chorasse... Por amor (?).

A porta havia batido e ele mal sabia quanto tempo tinha ficado imerso naquele som. Não somente naquele, mas em todos os barulhos que Sakura havia feito para dar ênfase na sua partida.

Ainda podia ouvir os passos dela.

Escorado na pia, Sasuke observou a porta e esperou que Sakura entrasse como um furacão e o estapeasse até que ele voltasse "a si". O problema, era que ele estava plenamente consciente do que tinha feito.

Era sua escolha.

Embora seu peito estivesse doendo, que seu coração estivesse estilhaçado e que os nós de seus dedos estivessem doendo por segurar o batente da pia com uma força desnecessária, ele não voltaria atrás.

Era sua escolha.

Ao observar a cozinha melancolicamente, concluiu que a casa parecia imensa para uma única pessoa. Os cômodos eram grandes demais, silenciosos demais.

Sabia que o tudo sempre fora do mesmo tamanho. Não poderia dizer que as paredes repentinamente se ampliaram e que os móveis decidiram aderir esse mesmo movimento.

Não poderia dizer isso, mas também não negaria para si mesmo, somente para não admitir que a casa estava vazia... Sem a presença barulhenta da Haruno, que ele já estava se habituando em conviver sob o mesmo teto que ela, mesmo que tenham se passado únicos dois dias.

Soltou um suspiro frustrado e saiu da cozinha, dirigindo-se lentamente para as escadas; ( o caminho havia sido desviado por breves instantes, para que ele pudesse pegar uma garrafa de whisky que há muito tempo estava guardada). O barulho dos próprios passos não pareciam ser o suficiente para quebrar o silencio... Ele desejou o barulho de objetos caindo no chão, da televisão alta e principalmente, das risadas que em grande parte das vezes eram escandalosas demais. – coisa que Sasuke apreciava e muito.

Entrou em seu quarto e se jogou em sua cama ainda bagunçada. Encarando o teto, admitiu que estava patético.

Um gole longo no whisky, fez com que sua garganta e seus olhos ardessem.

Era um imbecil, a culpa era sua! Forçara Sakura a aceitar um acordo que ele mesmo sabia que era falho. Outro gole da bebida, fez com que ele se enxergasse como um verdadeiro otário. Tinha feito o certo, não era? Sua mãe não lhe ensinara a lutar pelos seus objetivos? Não era Mikoto Uchiha quem dizia que os males deviam ser cortados pela raiz e que Sasuke devia somente acolher para sua vida aquilo que visse futuro? Então por que diabos continuava insistindo em Sakura? Estava cego.

Os fatos eram jogados na sua cara a cada vez que se declarava. Em que parte de sua mente insana ele não percebera que aquela seria uma cena de sua vida que já havia sido decidida pelo filho da puta do destino? Pelo filho da puta que deveria ter envolvido Sakura em seus lençóis de liberdade e que nunca fez com que ela percebesse o quão estupida era.

Não conseguia entender o que tinha feito de errado. Ela tinha medo? Disso ele tinha certeza. Mas Sasuke não tinha lhe passado confiança o suficiente para ela notar, que dentre as milhares de mulheres existentes no mundo era Sakura Haruno quem lhe interessava.

Ela e mais ninguém.

Admitia que no começo, ele via Sakura apenas como uma amiga com segundas intenções. Ela de fato, o encantara ali... Naquela festa em que Naruto o arrastara, mas nada de amor à primeira vista, nunca acreditou nisso.

Sasuke não era do tipo que namorava, no auge dos seus 26 anos só havia tido uma única namorada. Estavam no colegial, ele jogava futebol e ela era uma líder de torcida no mínimo gostosa.

Era o que importava.

Naruto era seu fiel escudeiro e embora não demonstrasse, se sentia satisfeito com o poder que seus olhos negros faziam com as garotas do colégio.

Com as garotas de qualquer lugar.

Todo o seu processo de conquista se resumia em olhares intensos por alguns instantes e para arrematar, um sorriso de canto, daqueles que somente ele sabia dar. Aí estava um dos charmes dos homens Uchiha. Não, não o sorriso. Isso ele tinha certeza de que tinha herdado de Mikoto. O charme dos homens Uchiha, era a conquista sem palavras.

Nunca precisavam dizer uma única palavra – Embora ele e Itachi fossem falantes, quando queriam – pois a maioria de sua família era silenciosa, com exceção da sua mãe...Essa sim falava por horas se permitissem, devia ter herdado isso dela também... Pelo menos em parte.

O incrível era que mesmo com toda esse jeito galante, Sasuke não conseguira nem ao menos arrancar um “amo você”, da Haruno. Toda a situação que tinha passado no ultimo um ano e meio, não chegava aos pés dessa ultima semana.

Uma única semana para que tudo o que ele acreditava ser certo fosse pelos ares.

Havia pressionado, feito ciúmes, desprezado, demonstrado seu amor, tinha até mesmo feito com que Sakura notasse o quão era bom estar em um relacionamento com ele. Agora, infelizmente, ele tinha de aceitar que o passo sete não podia ser adiado.

Como disse para Itachi, quando contou todo o seu plano, o 7 seria o seu Escape. Desistir de tudo, para o seu próprio bem.

Tinha que... Desistir.

Fechou os olhos e deixou o corpo pender sobre o colchão, tomando cuidado para não derrubar a garrafa que ainda estava em suas mãos. Não costumava beber nem em casos extremos, não iria se submeter a isso agora. Deixou a garrafa no chão e voltou a fechar os olhos, numa espécie de meditação.

Naquele momento, mais uma vez, o telefone tocou.

Desde que Ino tinha ido para o seu apartamento, Sakura continuava enfiada entre os seus cobertores. O telefone sem fio e o celular pareciam ocupar um peso extremamente significativo em sua cama, perdera a conta de quantas vezes havia aberto o perfil de Sasuke no whatsapp para verificar quando ele entrara pela ultima vez.

A ultima vez tinha sido ontem.

Queria tanto conversar com o Uchiha; resolver esse equivoco e desejava que tudo ficasse bem.

Mas não seria ela a tomar a iniciativa.

Nunca. Aquilo feria o seu orgulho muito mais do que a falta que sentia de Sasuke.

Soltou um suspiro frustrado e se levantou aos tropeços indo até o banheiro. Rosto e cabelo amassados, uma expressão desanimada e uma sensação que era descrita por ela como “Sei lá”.

Suspirou e afastou seu olhar do espelho. Tudo o que via em seu reflexo era culpa.

Culpa que ela negava com todas as forças.

Ouviu o telefone tocar e quando deu-se por si, ja estava com o mesmo grudado na orelha. Tinha dito um "alô" rápido, quase que eufórico.

– Sakura? - Aquela voz... Não era de Sasuke. - Sou eu, Gaara!- Tão rápido quanto havia surgido, a euforia sumiu. Era só... Gaara. - Sakura? Está tudo bem aí? - Perguntou preocupado. - Sakura?

A Haruno podia ouvir seu melhor amigo chamando-a diversas vezes de forma preocupada. Não conseguia responder. Seus olhos estavam pregados no colchão e a tela de seu celular piscava indicando que tinha recebido uma mensagem. Seu olhar agora estava focado na foto dela e de Sasuke...

– Sakura?! - Gaara praticamente gritou. - Você ainda está ai? - Repetiu essa pergunta muitas vezes. - Olha eu...

– Estou. - Mal reconheceu a própria voz embargada pelo próprio choro. - Estou. - Repetiu em um fio de voz.

– O que aconteceu? - Ela ficou em silêncio novamente e pode ouvir o barulho de uma porta sendo batida. - Estou indo pra aí.

Agora ela tentava controlar os soluços e as lagrimas, enquanto fitava o próprio colo, estava sentada sobre as pernas em cima da cama. Os nós dos dedos estavam brancos pela força que utilizava para manter o aparelho firme em sua orelha. Podia ouvir o barulho de buzinas e a voz irritada de Gaara, ele tentava manter uma conversa com a Haruno, nesses momentos seu tom de voz era tênue.

– Estou chegando... Droga, saía da frente maldição! - Ele gritou irritado e ela pode ouvir os protestos de outro alguém.

Gaara morava em um bairro vizinho, não era tão longe a ponto de precisar de um carro para se locomover, a menos que estivesse com muita pressa.

Enquanto o Sabaku pronunciava frases reconfortantes, Sakura lutava consigo mesma. Gaara somente não havia encerrado a ligação, pois ainda podia ouvir a respiração descompassada da amiga.

Quando chegou ao prédio, sentiu como se o elevador estivesse lento demais, como se tudo passasse devagar demais.

Abriu a porta de Sakura e esqueceu-se naquele instante de que sua namorada habitava o apartamento da frente.

Observou cada canto da sala com precisão. Subiu as escadas, fazendo barulho o suficiente para que Sakura soubesse que ele tinha chegado. A porta do quarto da Haruno estava encostada e ele não precisou acender as luzes para encontra-la. Na cama, com um olhar perdido.

A luz alaranjada que provinha dos últimos raios de sol preenchia o quarto, Sakura ainda manteve os olhos baixos por longos momentos e quando tomou coragem para encara-lo, Gaara soube que aquela imagem ficaria guardada em sua mente para sempre. Seus olhos estavam brilhando, brilhando pela quantidade imensurável de lágrimas que ela continha com esforço. Ela ainda mantinha o telefone no ouvido e Gaara percebeu que ele também estava assim.

– Eu estou aqui. - Disse ele e ela não esboçou nenhuma reação. O ruivo caminhou até a cama e se surpreendeu ao ser abraçado bruscamente.

Sakura chorou alto; o corpo tremia e ela dava repetitivos soluços, enquanto uma das mãos apertava a camisa de Gaara; murmurava palavras desconexas e voltava a se desmanchar em lágrimas. O Sabaku por sua vez, não fazia ideia do que fazer.

Ela estava tão frágil que ele sentia que a qualquer momento ela poderia quebrar em seus braços. Sakura frágil... Se lhe contassem, ele acharia que era uma piada. Mas ele estava ali, com ela em seus braços.

Não soube quanto tempo passara ali, abraçada à Gaara como se sua vida dependesse daquilo. Seu peito doía, faltava-lhe o ar e o corpo tremia tanto como se uma corrente elétrica percorresse todo o seu corpo.

– Eu... Eu o amo. – Murmurou com a voz entrecortada. – Amo... Eu o amo... Gaara, eu...Sou uma idiota. – Mantinha os olhos fechados, os dedos apertavam a camisa de Gaara. – Sasuke. – Ele não precisava ouvir o nome de Sasuke para saber que ele era o motivo de tudo.

– O que aconteceu?- Perguntou quando ela pareceu controlar os espasmos que seu corpo estava tendo. Gaara não sabia de nada, apenas havia ligado para Sakura para convida-la a ir até uma churrascaria, o plano era ligar para sua namorada em seguida e realizarem uma saída de amigos... Ele pensou até mesmo em convidar Sasuke.

– Eu fui uma idiota. – Sakura repetiu com a voz embargada. – Eu acabei com tudo, Gaara. –Ao levantar o olhar, Gaara pode ver o quanto seus olhos estavam vermelhos e inchados, assim como o restante do rosto. – Ele me deu tantas chances, por que eu fiz isso? Enfiei uma faca no meu próprio peito, sinto como se aqui estivesse sangrando. – Levou a mão até o peito e deixou os lábios entreabertos, enquanto observava um ponto atrás de Gaara.

– Ainda tem tempo.

– Não, não tem. – Sakura o interrompeu tentando convencer a si mesma disso. – Não tem mais tempo... Acabou Gaara, ele me deixou pra sempre! – murmurou com o maxilar trincado. – Pra sempre. – Acrescentou convicta, enquanto lágrimas voltavam a rolar por suas bochechas.

– Não acabou até que você vá lá e diga o que sente. – Gaara disse pacientemente, enquanto afagava o rosto da amiga. – Sasuke está com a cabeça cheia, Sakura. Tenho certeza de que não está melhor do que você, nem em um milhão de anos. – A rosada baixou o olhar e ele continuou. – Ainda são oito da noite, você tem tempo de sobra.

– O prazo... acabou. – Balançou a cabeça negativamente, tentando convencer a si mesma de que nada do que fizesse daria certo. – Não tem mais jeito.

– O prazo acaba amanhã. – Gaara disse ceticamente e ela levantou o olhar para encara-lo. – Você ainda pode ir lá e chutar a porta do Uchiha para que ele te escute. – Fez uma expressão determinada e socou a palma da mão; Sakura riu. – Se quiser, eu te deixo lá. – Ergueu as sobrancelhas e ela sorriu brevemente.

– Seria muita gentileza sua. – Sakura disse baixinho, fechando os olhos por breves instantes. – Mas eu acho que caminhar um pouco vai me fazer bem – Fungou e passou as mãos desajeitadamente pelo rosto.

– Te deixo duas ruas antes da casa dele. – Gaara decretou. – Vai caminhar o suficiente. – Sakura o encarou e percebeu que apesar do semblante brincalhão, Gaara falava sério.

– Tudo bem. – Fungou mais uma vez e o abraçou apertado. – Obrigada por tudo.

– Isso pra você ver que eu não sou apenas mais um rostinho bonito na multidão. – Sakura riu e ele a acompanhou. – Agora vai dar um jeito nessa cara.

Como Gaara havia prometido, ele a deixou duas ruas antes da casa de Sasuke. A noite estava fria e Sakura se obrigou a colocar uma blusa de mangas branca, embora ainda estivesse usando as mesmas roupas de mais cedo. Manteve os braços cruzados e meu cabelo batia contra o seu rosto conforme o vento se agitava. Sentia uma agitação diferente no estomago e o coração bombeava sangue rápido demais.

Admitir para si mesma que amava Sasuke ainda soava estranho. Admitir para Gaara havia sido em um ato de impulso... Mas para o próprio Sasuke era... LOUCURA!

E mesmo assim... Reconfortante.

Ela sentia como se estivesse indo para o lugar certo.

Diminuiu a velocidade dos passos ao chegar próximo á casa do Uchiha. Ao ver as luzes apagadas sentiu um pontada em seu peito, a casa parecia tão morta sendo vista dali. Caminhou pelo jardim, suas mãos tremiam tanto que mal conseguiu tocar a campainha. O barulho ecoou e ela se sentiu ansiosa esperando que a porta se abrisse a qualquer momento, esperou ouvir algum barulho vindo da casa, mas não ouvira nada. O dedo encostou e permaneceu por mais tempo sobre a campainha.

Nada.

Sua mão escorregou para o bolso da blusa e ela discou os números da casa de Sasuke. Pode ouvir perfeitamente o telefone tocar diversas vezes, mas não foi atendida.

Não teve ideia de quanto tempo continuou assim, tocando a campainha e ligando para o telefones dele – agora também ligava para o celular -, estava sentindo-se preocupada, coisas ruins começaram a passar em longos flashes por sua mente. A onde estava Sasuke?!

Não percebeu, mas começou a chorar e determinou para si mesma que só sairia de frente da casa de Sasuke quando o mesmo lhe atendesse.

– SASUKE! – gritou e tocou a campainha repetidamente. – SASUKE!

– São quase onze da noite, garota! – Ela virou-se, passando a mão pelo rosto e deu de cara com a velhota que os ameaçara com o regador. Ela vestia uma camisola cinza e uma blusa fininha lilás, acompanhando os bobes no cabelo. – O garoto saiu eram quase sete horas. – Avisou irritada e Sakura arregalou os olhos.

– Sabe pra onde ele foi? – Perguntou dando um passo institivamente em direção à senhora, que continuava segurando a porta de sua casa.

– Eu tenho cara de fofoqueira?! – A velha ralhou irritada e Sakura se encolheu dizendo um “não” alto o suficiente para que a mulher a escutasse. – Saiu com umas malas, parecia irritado e falava ao telefone, enquanto ia para o carro. – Bradou repreensora. – Agora me deixe dormir, ou vou chamar a policia para você! – Gritou hostilmente batendo a porta com força.

Sakura não se importou com o que ela dissera. Sasuke... Não estava ali... Não estava.

Sentiu o peso do corpo ceder e ela caiu sem jeito no jardim do Uchiha.

Havia chegado tarde demais.


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Notas finais do capítulo

Continua... Mereço reviews? Criticas? Além do atraso, gostaram do cap?
Beijãaaaaao ♥



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