Segredos do Coração escrita por Pime chan


Capítulo 4
O segredo da decepção


Notas iniciais do capítulo

Aaah não me matem ainda sou muito jovem >.< *sai correndo*



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Capítulo 4 – O segredo da decepção


 


Ele acordou com os primeiros raios de sol iluminando o quarto. Deviam ser quase seis horas daquela manhã fresca de primavera.


 


Sasuke olhou para a menina que ainda repousava sobre seu peito nu. Parecia tão serena que nunca mais acordaria. Ele queria poder viver daquela maneira para sempre. Aliás, tinha planos para eles.


 


Tudo bem que conhecia a Haruno há um dia, mas a daí se seus corações pareciam se conhecer por séculos? Dentro em pouco teria que voltar para sua cidade e viver naquele inferno de ganância outra vez. A família o estaria esperando para cumprir com suas obrigações. Bancaria o homem certo que sempre esperaram do irmão mais velho, mas este nunca estivera lá para interpretar tal papel. Caberia a Sasuke ser o orgulho dos Uchihas. O bom, o correto, aquele que preza o bem estar dos negócios da empresa em primeiro lugar.


 


Para o inferno bando de egoístas e mesquinhos! Ele também tinha uma vida para viver e agora havia um motivo para vivê-la feliz. Estava amando. Mesmo que batessem o pé e dissessem que era amor de verão ele estava decidido a contestar. Poderiam vê-la com maus olhos, mas ele não se importaria. Quem sabe até a discriminariam por não ser da laia burguesa, mas e daí pra eles? Ele a protegeria de todos.


 


Teria um motivo concreto para mostrar aos pais que não estava disposto a vender seu amor com acordos idiotas. Mostraria a todos o quão preciosas eram aquelas esmeraldas que reluziam na face da amada. A sua alma gêmea por muito buscada em vão. Estava ali, respirando terna em seu peito, destilando o inebriante ardor de cerejas.


 


Sasuke não sabia explicar como fora sentir-se tão atraído por aquela linda menina, e ainda como se deixara apaixonar tão perdidamente por ela. Quem sabe fosse obra de algum cupido desocupado que vagava por lá com ares de travessura? Que grande besteira acreditar em amores à primeira vista, para alguém tão fútil como Sasuke.


 


Mas era verdade que sua mente de grande lógica e equilíbrio havia se abalado a ponto dele decidir levá-la consigo para Hokkaido assim que saíssem dali. Estava disposto a enfrentar tudo e todos por alguém que realmente valia a pena naquele mundo. Como amava a Haruno... Ainda não sabia explicar de onde vinha todo aquele imenso amor, mas tinha a certeza de que ele seria eterno.


 


O celular tocou interrompendo as reflexões do moreno. Localizou no visor aquele número já conhecido seu.


 


_Droga! Justo agora? _Praguejou ele saindo da cama e dirigindo-se à sacada para atender à chamada.


 


Resmungou alguma coisa para a pessoa do outro lado da linha que se engomava em ternos de tecido alemão e fumava charuto cubano. Uchiha Fugaku jamais fora economizador de pormenores, pois sabiam que eles é que faziam a diferença.


 


_Sasuke! Eu preciso do dinheiro na conta agora. Vá imediatamente ao banco mais próximo a deposite. Será possível que não tem o menor senso de responsabilidade?


 


_Banco aberto às seis da manhã velho?


 


_Às sete e meia quer dizer né? Espere dar oito horas e faça o que lhe mandei.


 


Sasuke fechou o celular e vestiu suas roupas. O banco que era de costume freqüentar abria às oito em ponto. Olhou mais uma vez para a Haruno dormindo na cama e sentiu muito em ter que deixá-la só enquanto ia para lá. Por fim, teve uma boa idéia.


 


Deixaria um bilhete se caso ela acordasse e não o visse. Pegou um pedaço de papel que tinha no bolso e escreveu:


 


“Fui ao banco resolver uma urgência, volto logo. Continue descansando meu botão de cereja.”


 


Calçou os sapatos e desceu a escadaria do hotel quando passou pela serviçal que subia para a limpeza do corredor.


 


_Senhora, por favor, quando a moça que está no 221 acordar diga que Uchiha Sasuke deixou algo para ela sobre a mesa de centro está bem? _Pediu ele preocupado caso Sakura não encontrasse o bilhete.


 


_Sim, eu farei isso rapaz. _Assentiu a mulher prosseguindo na limpeza do chão.


 


O moreno saiu e nem sequer foi de carro. O banco era logo ali a duas esquinas e ir andando rapidamente quiçá economizasse mais tempo.


 


Quando Sakura despertou sentiu a falta de algo ao seu lado. Onde estava aquele corpo quente que a preenchera de ternura durante toda a noite? Olhou em volta e não o viu.


 


_Sasuke-kun, onde você está? _ Perguntou perscrutado o ambiente.


 


Só então a razão voltava pouco a pouco à sua cabeça. Tivera vivido um dia cheio de acontecimentos. A dor da tragédia, a ida para um lugar desconhecido, a tentativa de se matar e depois ter sido salva por aquele homem que seria o primeiro a fazê-la feliz por completo.


 


Parecia surreal até demais. Será que não passava mesmo de um sonho como das outras vezes?


 


Não poderia ser, porque ela se lembrava das carícias e das juras de amor. Das palavras dele tocando seus tímpanos como luvas de pelúcia.


 


Mas onde estava Sasuke?


 


Ela levantou-se angustiada com aquela desaparição. Não gostava de acordar com a sensação de perda. Assim fora com sua mãe que amanhecera morta alarmando toda a casa.


 


Olhou no banheiro, a nada. Foi para o quarto ao lado e não o encontrou também.


 


_A senhorita é a moça que dormiu no quarto 221 não é? _Perguntou a serviçal.  


 


_Sim, sou eu mesma.


 


_O senhor Uchiha Sasuke deixou-lhe algo sobre a mesa de centro antes de partir. Pediu que eu a avisasse.


 


_Partir? Pra onde?


 


_Não sei senhorita, mas ele saiu.  


 


Sakura foi até a mesa de centro, mas o que encontrou foi um rolo de notas de cem dólares caído no canto desta. Nada mais além delas que ameaçavam sair voando com o vento vindo da janela, do jeito que voou o bilhete agora debaixo da cama.


 


_D-Dinheiro? Ele me deixou dinheiro e se foi? _Balbuciou ela negando-se a acreditar no que via.


 


Não queria ver aquela imagem, mas era impossível. Sentia-se o pior dos lixos. Uma dor imensa em ter sido usada. Usada a única e verdadeira palavra que ressoava em sua mente depois de descobrir-se sozinha e bem paga pelos serviços da noite anterior.


 


Maldito! Miserável. Uma revolta imensa tinha tomado conta da Haruno. Como ela pudera ter sido tão ingênua àquele ponto?


 


Ao mesmo tempo em que não queria acreditar no que havia acontecido, pois julgava sincero o amor outrora jurado, não podia. Era visível a situação em que estava. Filhos de papai como ele sempre se aproveitavam de moças tolinhas como ela. Ao menos, tinha sido “generoso” lhe deixando alguns dólares. Sentia-se como uma prostituta de primeira viagem que acorda pela primeira vez depois da missão cumprida.


 


_Ah seu maldito! Por que foi brincar assim comigo? _Berrou em pratos pegando seus pertences espalhados pelo quarto. Sairia dali sem deixar rastro e nunca contaria a ninguém sobre a vergonha de ter se deitado com um homem e receber por isso no dia seguinte.


 


Tudo aquilo era bom demais para ter sido verdade. Ela deveria ter aprendido a lição de que nada lhe viria tão perfeito na vida a não ser sonhos e fantasias. Nenhuma felicidade lhe surgiria tão completa a ponto de tocá-la como tocou a face dele quando se deitaram apaixonados no branco lençol.


 


Mais uma vez machucada, abandonada à mercê daquele ingrato destino.


 


Deixou o recinto em menos de quinze minutos. Cruzou a avenida principal sem rumo e sumiu perdida pelos cantos da conturbada metrópole japonesa que despertava para mais um laborioso dia.


************************************************************


 


Sasuke voltou para o hotel quase que imediatamente, pois de tão apressado que estava acabara-se por esquecer a carteira sobre a cama.


 


Adentrou o recinto e logo viu a carteira ao lado da almofada vermelha. Estava aberta o que provavelmente tinha ocasionado a perda de alguns de seus dólares. Recolheu-os sobre a mesa de centro enquanto várias notas esvoaçavam pelo chão com o vento que vinha pela janela aberta.


 


Mas onde estava Sakura?


 


Uma cama bagunçada, mas não havia mais ninguém lá. Olhou-a em cada canto e não a encontrou. Nem um rasto de que ela havia partido.


 


_Sakura! Onde está você? Eu voltei, tive que ir ao banco, mas já voltei. Onde você está?


 


Não havia resposta. Sua flor de cerejeira tinha sido levada com o mesmo vento que lhe trazia uma triste sensação de perda.


 


Estudou o ambiente e tentou entender a situação. O vento talvez tivesse impedido que seu bilhete ficasse ali sobre a mesa para ser lido. Assim como as notas da carteira tinham sido espalhadas. Então Sakura havia visto o dinheiro e não o recado. Quem sabe estivesse pensando horrores sobre sua pessoa.


 


Saiu disparado pelo corredor a fora trombando com as pessoas que desciam calmas para o desjejum.


 


_Sakura!


 


Ele haveria de alcançá-la.


 


_Sakura!!!


 


Parou na fachada do belo hotel já do lado de fora. Olhou para a Tóquio que despertava naquele bairro nobre da capital.


 


_Sakura!!!


 


Chamou mas a multidão não parou para atender-lhe. Dois milhões de pessoas fervilhariam naquelas ruas durante o dia. Sua Sakura estaria cada vez mais distante.


 


CONTINUA...


 


Maldito vento!!! Malditooo!!! >.< Culpem ele e não a mim pessoal *foge das pedradas*


 


Tudo o que é bom dura pouco. Agora eu começo a realmente complicar as coisas [HOHOHOH ADOOORO! *risada do mal*]. Mas confiem em mim. A FanFic é SasuSaku e terminará com um final feliz [mesmo que não pareça no momento]


 


Um beijo carinhoso a todos que estão acompanhando e têm deixado reviews tão lindas. Muito obrigada pelo carinho e saibam que a opinião de vocês sempre é muito importante. Até o próximo capítulo que trará um rio de emoções.


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