A Patricinha e o Lobisomem escrita por elizabeth beans


Capítulo 24
Capítulo 23 - Ajuda Inesperada




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Ajuda Inesperada

 

 

 

Amelie POV

 

 

Eu estava completamente fora do ar. Sem entender mais nada e cogitando loucura atrás de loucura.

 

Primeiro porque eu não conseguia imaginar um motivo grande o suficiente para que Jacob me quisesse longe e segundo porque a Kim também não sabia de nada e essa era a minha esperança quando eu liguei para ela atrás de respostas assim que minha mente voltou a funcionar normalmente.

 

- Jared também saiu correndo lá de casa quando recebeu uma mensagem de Jacob. Era um chamando para todos! – ela foi dizendo assim que passou pela porta.

 

Engoli o choro e me sentei no sofá da sala enquanto ela sentava-se ao meu lado.

 

Não valia a pena desperdiçar minhas lagrimas para o que obviamente não tinha nada haver comigo. Algo sério estava acontecendo. Sério o suficiente para ele cogitar a minha volta para L.A. sem fazer uma cena sequer.

 

Eu não era ingenua e não era insegura o bastante para acreditar que toda essa confusão fosse apenas um problema em nosso relacionamento.

 

Acorda! Nós não tínhamos problema algum entre nós. Eu estava milagrosamente gravida e estávamos felizes como uma viciada em compras no meio de uma liquidação Prada. Não tinha como ele simplesmente me querer longe e eu lembro bem o exagero que foi quando eu sequer visitei meu Tio em Seatle.

 

Isso estava cheirando a encrenca grande e assim que Kim me contou sobre uma época em que os lobos lutaram uma especie de guerra contra um exercito de vampiros recém-criados, eu soube pelo frio que tomou minha espinha que os problemas tinham finalmente nos achado e eles não eram, nem de longe fáceis de se resolver quanto na época em que dizer adeus à minha mãe era o maior dos desafios.

 

Pois bem. Eu estava nessa para a vida toda. Las Push agora era minha casa e Jake era o homem da minha vida.

 

Ele poderia argumentar. Ele poderia implorar. Eu fecharia meus olhos e taparia os ouvidos porque eu e o nosso bebê não iriamos a lugar algum.

 

 

 

 

Jacob POV

 

 

Eu podia sentir o medo, a dor e a desesperança que percorria a roda mesmo que nenhum de nós tenha se transformado. Quando eu contei a todos os garotos, e à Leah o que eu havia conversado com Bella no telefone, foi como ver a minha expressão de choque e horror ganhar raízes nos rostos deles. Como faces gêmeas de uma mesma angustia.

 

Leah tremia um pouco as mãos e lançava olhares fulminantes para mim como se eu pudesse ouvi-la culpar Bella por tudo. Como se eu pudesse ignorar qualquer razão e fazer o mesmo que ela. Minha família estava em risco. Minha casa, as pessoas importantes para mim. Tudo o que eu um dia conheci ou valorizei.

 

Sam parecia um homem morto quando me olhava com um semblante cansado demais e Paul também começou a tremer quando finalmente entendeu a gravidade do assunto.

 

- Precisamos tirar as garotas daqui! - Foi Jared quem disse, pela primeira vez o que todos nós pensamos primeiro.

 

Um murmurar de entendimento percorreu a todos, até mesmo Leah.

 

- Nós temos uma chance, certo? - Foi Quil quem se pronunciou, fazendo a pergunta que nenhum de nós queria considerar. - Os Cullen trarão aliados e nós também seremos muitos! - ele tentava convencer a si mesmo.

 

Ninguém o ajudou a se iludir.

 

- Eu acredito que tudo ficará bem, cavalheiros... senhorita! - uma voz pausada e persuasiva soou no mesmo momento em que o cheiro doce abalou nossas narinas nervosas.

 

Eu não podia acreditar nos meus olhos e na petulância daquele sanguessuga. O tal Tio Oliver estava ali, sozinho, encarando um bando inteiro de Lobos como se não lhe pudéssemos fazer mal e não contente com esse feito apenas, nos olhava com uma expressão confiante, cheio de petulância, como se soubesse realmente o que dizia.

 

Paul explodiu e rosnou para ele que se manteve firme e me fitou sério esquecendo um pouco sua expressão de superioridade.

 

- Eu tenho muita influencia, garoto. - ele falava comigo ignorando Paul que rosnava. - Meu clã não é grande mas temos aliados importantes e eu conheço os Volturi, ou melhor dizendo, ELES me conhecem.

 

Então Paul atacou. Mas o vampiro apenas o fitou nos olhos e ele rapidamente se dobrou sobre as patas dianteiras como se recebesse um comando direto do alfa. Leah explodiu com a cena e Sam olhava para mim assombrado enquanto Oliver apenas voltou a me fitar, como se não tivesse feito nada.

 

- O que quero dizer é que não precisam tratar essa disputa como um massacre. Caius Volturi tem contas a acertar comigo e, claro, eu não deixarei minha Amelie murchar sobre seu cadáver. - E então deu um sorrisinho divertido ao se perguntar: - Que tipo de monstro eu seria?

 

Eu deveria estar de boca aberta feito um idiota porque eu certamente não esperaria por aquilo nem em um milhão de anos.

 

- Teremos uma guerra... Há sim! A coisa vai ser feia – Ele fez uma careta e então encarou o bando todo, até mesmo Leah e Paul em sua forma animal. - Mas comigo aqui, há muitas chances! - e seus olhos brilharam perigosamente vivos quando ele disse aquilo.

 

Bem, eu queria poder falar que fui orgulhoso em dizer que não precisávamos da ajuda de nenhum sanguessuga e que tínhamos a nossa honra e tudo, mas não posso dizer que aquilo soou pior do que realmente soou porque pela primeira vez em todo o dia maluco eu pude acreditar em alguma coisa diferente da sina que eu pintei para mim onde eu estava perpetuamente separado de Amelie para sempre. Onde eu não via nosso filho nascer e onde eu morria naquela empreitada suicida.

 

Os ânimos se acalmaram tanto quanto possível e Sam começou a fazer perguntas uteis ao vampiro, que de repente se mostrava como a ajuda que ninguém esperou e na qual todos acabaram depositando suas fichas, exclusivamente por falta de opções.

 

A vida da voltas inimagináveis e mesmo que não estivéssemos no melhor dos arranjos ali, eu acreditava que poderíamos cooperar. Oliver me pareceu verdadeiramente preocupado com Amelie quando disse que não a deixaria chorar minha morte e embora eu soubesse que sua compaixão era apenas para com ela, já estava de bom tamanho, desde que nós dois e agora nós três, eramos como a mesma coisa.

 

 

 

Amelie POV

 

 

Assim que Kim voltou para casa eu comecei a ficar inquieta naquele sofá e esperar por noticias estava me matando.

 

Não parava de pensar nas palavras finais de minha mãe: “- Volto amanha, sem falta para busca-la. Esteja você pronta ou não!”. E minha mãe podia ser chamada de um monte de coisas mas mentirosa não era uma delas. Clarissa não precisava falar duas vezes. Ela estaria realmente na minha porta assim que o dia nascesse e eu ainda teria de pensar no que fazer para evitar que ela me levasse.

 

Claro, talvez eu não contasse nem mesmo com o inútil do Jacob, já que ele pareceu bem serio ao dizer que eu deveria voltar para Beverly Hills. Eu não sei o que faz aquele estrupício, irritante e pulguento que eu tanto amo, pensar que pode mandar e desmandar em mim tão facilmente.

 

Eu devo ter dado uma impressão bem errada de submissão quando finalmente me entreguei a ele.

 

Uma idéia me passou repentinamente pela cabeça.

 

- Marta!!! - chamei me esguelhando cheia de esperanças.

 

- O que foi, tá tudo bem com o bebê? - Marta apareceu assustada na porta da cozinha. Eu bufei indicando minha falta de paciência para a preocupação exagerada dela.

 

- Marta querida do meu coração. - falei de um jeito manso demais que fez ela me olhar desconfiada. - Você ainda tem aqueles papeis de tutoria que meus pais assinaram quando nos mudamos? - e então frisei. - Aqueles papeis que te dão todos os direitos dobre mim!

 

Ela me olhou em duvida por um momento e então sorriu.

 

- Sim, sim! Estão numa pasta, na segunda gaveta da comoda, no meu quarto... - e então seu olhar se fez mais severo sobre mim. - Porque pergunta Srtª?

 

- Bem Marta. Talvez precisemos deles amanha. Você sabe que não tem jeito de eu ir embora com a minha mãe. Olhe bem pra mim e veja se tenho cara de mãe solteira! - Marta deu uma risadinha. Eu também me animei um pouco ao saber que os papeis ainda existiam.

 

Essa boa coisa no meio de todo aquele caus não fez com que eu me acalmasse, tão pouco. Decidi por fim que esperaria por Jacob em sua casa, já que era possível ele continuar com a palhaçada de “Você deve ir embora com sua mãe”, o que talvez fizesse com que ele nem sequer viesse me ver outra vez, ainda hoje.

 

Me pus a caminho depois de avisar à Marta onde estava indo. Não era uma caminhada longa e eu talvez me distraísse pelo caminho. Não me importava de estar testando a competência do solado de minhas galochas Chanel. Eu aprendera que há coisas mais importantes na vida do que se estragar um par de calçados de trezentos dólares.

 

Billy não estava em nenhum lugar a vista e a casa como sempre, permanecia aberta, com a porta apenas fechada e sem tranca. Agradeci pelo calor revigorante assim que passei pela pequena sala e fui logo me encaminhando para o quarto do Jake. O pensamento de me jogar nos lençóis baratos e impregnados com seu delicioso cheiro me fez sorrir ao invés de refugar como era de se esperar pela parte do “lençóis baratos”.

 

Abri a porta com um meio sorriso idiota no rosto que eu podia reconhecer que tinha mesmo que não estivesse olhando para um espelho. Mas não foi só o quarto semi-bagunçado do meu Lobo que eu achei ao abrir aquela porta.

 

Havia uma mulher de pé, gloriosa como uma estatua grega, logo junto a janela. Ela se virou para mim no exato instante em que pus os pés naquele quarto e eu soube, também naquele mesmo instante, que a beleza dela estava longe de ser humana.

 

 

 

Bella Cullen POV

 

 

Eu precisava vê-lo. Precisava pedir desculpas ao meu melhor amigo por ter envolvido ele e sua família, mesmo que indiretamente, nos meus problemas. Sabia que era proibido cruzar a fronteira agora que eu me tornara vampira e sabia que era muito provável que Jake nem sequer me reconhecesse mas eu precisava tentar.

 

Edward não sabia que eu estava aqui. Ele teria descordado totalmente.

 

Sai de casa com o proposito de visitar Charlie e de fato visitei, mas eu sabia que não faria só isso. E cá estava eu, no quarto de Jacob, esperando que ele retornasse, envolta em completo silencio para não ser descoberta.

 

O cheiro de seu quarto era desagradável, como ferrugem e cachorro molhado. E mesmo enquanto corria pela mata pude sentir os outros Lobos, igualmente desagradáveis ao meu olfato. Finalmente entendera todo o antagonismo de minha nova família quanto a isso.

 

Comecei a imaginar quanto tempo ele demoraria para voltar e se era realmente a coisa certa a se fazer, esse encontro com ele, por baixo dos panos. Pensei também em meu pequeno E.J. me esperando em casa e em toda a Guerra que nos atingiria dali a um mês. A incerteza de poder vê-lo crescer em paz, seguro e normal como qualquer outra criança. Me ferindo como uma chaga aberta. Porque meu filho era tão amável e inofensivo quanto uma criança mortal e ele não merecia estar no meio de toda essa luta irracional por poder.

 

De repente um cheiro doce e muito humano me atingiu. Eu era controlada, senti a garganta queimar e o veneno se acumular em minha boca mas eu nunca machucaria um ser humano.

 

Fui percebendo aos poucos que o cheiro era misto e não parecia tão apetitoso quando vinha misturado com o cheiro dos Lobo. Agradeci por isso.

 

Me perguntei durante os passos lentos demais do humano, quem ele seria. Então ouvi mais um coração bater e fiquei assutada por não ouvir outro par de pés se movendo. O “quem seria?” cresceu ainda mais e eu me preparei para sumir de vista quando fui pega desprevenida pela porta que se abriu inteira revelando, finalmente, de quem se tratava.

 

A primeira vista, tudo foi explicado, ao mesmo tempo em que outras questões foram se formando com urgência em meu cérebro super rápido de recém-criada.

 

Uma garota pouco mais alta que eu, de cabelos castanho-claros e ondulados com grandes olhos cinzentos e uma barriguinha de inicio de gravidez me fitava com o que poderia ser descrito claramente como medo e admiração. Quem era ela e o que estaria fazendo no quarto de Jake, eram as primeiras perguntas que eu faria. No entanto, mesmo humana, a garota foi mais rápida.

 

- Quem é você? O que quer aqui? - sua voz soou tremula mas seu nariz estava em pé e ela tinha muito porte.

 

Algo no jeito como protegeu a barriga e me encarou firme, dizia que ela sabia exatamente o que eu era mesmo que a ruga interrogativa em sua tez revelasse que não me conhecia, assim como eu não a conhecia.

 

Eu já ia devolvendo a mesma pergunta à ela quando mais uma brisa nos atingiu e eu pude sentir mais de seu cheiro. O cheiro humano estava quase todo sobrepujado pelo cheiro daquele quarto. E então eu percebi que não era apenas o cheiro dos Lobos nela. Ela tinha o cheiro de Jacob, como se ele estivesse em toda parte, como se fizesse parte dela.

 

 

Amelie POV

 

 

A vampira não me respondeu quando perguntei quem ela era. Comecei a sentir ainda mais medo. Na verdade, nem ao menos sei onde arranjei coragem para perguntar mas achei que era uma boa maneira de iniciar o filme de terror já que sair correndo era meio clichê demais.

 

- Você tem o cheiro de Jacob em você! - ela falou depois de um tempo, me observando como se seu olhar pudesse me dissecar.

 

A forma como ela falou, quase me desafiando a descordar dela, fez com que eu perdesse qualquer receio e me enchesse de uma certa ira por aquela vampira estranha que estava no quarto do meu namorado especulando sobre como eu cheirava ou não, então eu nem vi quando retruquei:

 

- Eu tenho muito mais que o cheiro dele em mim. Eu tenho um filho dele na barriga e acho que você não vai querer esperar até que ele chegue e te veja aqui porque ele pode ser bastante super-protetor e não é muito fã da sua especie...

 

Eu tagarelei nervosa demais para prestar atenção a tudo o que dizia. Depressa demais para realizar que ela realmente citara o nome de Jacob e que fizera isso de uma forma onde ficava claro que ela o conhecia.

 

- Quem é você? - perguntei com menos medo e mais espectativa do que nunca.

 

Porque eu temia que ela fosse repetir um nome que eu já ouvira Jacob chamar. Um nome do qual não falávamos e do qual ninguém nunca dizia nada. O nome da mulher que deve ter atormentado realmente o meu lobo para ter marcado ele de forma tão profunda.

 

Então a vampira tentou parecer simpática quando falou, exatamente o que eu não precisava ouvir.

 

- Desculpe se te assustei. Eu sou Isabella Cullen, mas pode me chamar de Bella!

 

E de repente tudo em que eu podia pensar era: “Como esses sanguessugas são bonitos” e “Como ela é magra” e em como eu estava cada dia mais horrorosa com a gravidez e que Jake iria realmente querer que eu sumisse agora que a tal Bella voltara para sua vida e que mesmo com a tal da impressão eu duvidava muito que fosse convence-lo a ficar comigo quando ele poderia ter aquela estatua grega anti rugas e com uma cintura fina em sua frente.

 

Claro, ela era uma vampira e ele era um lobisomem e eu já tinha entendido que eles eram especies inimigas, mas quem liga? Eu tinha visto um monte de filmes onde a caçadora acaba se apaixonando pela caça e esse tipo de coisa. Quer dizer, parecia bastante possível acontecer ali já que tudo era quase tão irreal e irracional quanto o cinema.

 

Me sentei na cama de Jake e toquei minha barriga como se quisesse assegurar o meu filho de que tudo daria certo quando eu só conseguia me sentir insegura e cheia de vontade de chorar até que minhas lagrimas acabassem. Porque Jake tinha que ter me entregado a minha mãe mais cedo. Ele me deixou toda vulnerável aos hormônios de gravidez e agora eu estava enlouquecendo.

 

A vampira continuava lá. Eu achei que aquela era uma especie um pouco mais inteligente. Será que ela não podia ao menos esperar que Jake se livrasse de mim antes de começar com seu plano para roubar meu namorado.

 

Será que não ouviu eu dizer que estava gravida?

 

Que vadia.

 

 

 

 

 

Jacob POV

 

 

Logo depois que Sam deu a reunião do bando por encerrada, eu só pensava em Amelie. Vê-la era minha primeira preocupação. Me assegurar de que ela não estaria magoada entendendo tudo errado como ela certamente estava.

 

Os caras do bando pensavam em um lugar para onde mandar todas as garotas e Makah era a melhor solução por enquanto. Quando Paul sugeriu que Rach fosse para o Hawaii com Rebeca todos fiaram encantados com a possibilidade de manda-las para o mais longe possível mas Sam colocou todos nós com os pés no chão ao dizer que deveríamos fazer algumas contas antes de considerarmos uma viagem dessa. Não sairia barato, nada barato.

 

O sanguessuga firmou conosco um pacto de proteção mutua e correu em seguida para o seu calabouço ou seja lá o que ele chamava de casa para avisar seu clã de que teríamos uma luta. Ninguém estava feliz em recorrer a essa ajuda e mesmo assim ninguém teve coragem de protestar. Não com todas as garotas gravidas e todo o nosso medo de não conhecermos nossos filhos. O orgulho não tem vez quando tudo o que você quer é poder ver o seu imprinting de novo.

 

Todos queriam muito sobreviver e Bella me dera um panorama desanimador demais para que estivéssemos confiantes. Teríamos de encontrar um meio de cooperar com os Cullens, com Oliver e com qualquer vampiro que se privasse de sangue humano e quisesse nos ajudar.

 

Passei pelo quarto de Amelie e entrei pela janela como sempre fazia mas ela não estava lá. Marta me disse minutos depois que eu a encontraria em minha casa. Ela devia estar realmente aflita. Eu não poderia assusta-la contando-lhe a verdade. Ela certamente se recusaria a ir embora com as outras mulheres ou com sua mãe ela precisava ir. Tinha de estar segura.

 

Quando circundei minha casa meu coração acelerou-se ainda mais no medo. Captei um cheiro indiscutível. Havia um vampiro por ali. Eu tremi e precisei me concentrar com todas as minhas forças para não me transformar antes de saber o que estava acontecendo.

 

Ouvi a voz de Amelie quando ela perguntou ao visitante quem ele era e tive orgulho de como segura ela pareceu por mais que sua voz tenha tremido ligeiramente. Minha garota era corajosa.

 

Corri para meu quarto ainda tremendo como uma vara de bambu e completamente agradecido por ter chegado a tempo de salva-la de quem fosse que a estava ameaçando, mas sofri um bom choque quando ouvi a voz de sinos dizer:

-Desculpe se te assustei. Eu sou Isabella Cullen, mas pode me chamar de Bella!”

 

O que ela estava fazendo ali, afinal? Ela não sabia que era proibida de ultrapassar a fronteira depois que fosse um deles? O que Bella ainda queria comigo para estar em meu quarto intimidando minha mulher?

 

Pulei a janela a tempo de encontrar os olhos tristes de minha Mily, sentada displicentemente em minha cama e pude fitar a vampira em desagrado.

 

Bella me olhou com olhos humanos demais quando eu fui até a minha mulher e a puxei para um abraço sussurrando em seu ouvido que tudo ficaria bem.

 

Amelie POV

 

 

Assim que Jake apareceu e me abraçou, todas as minhas duvidas e ânsias foram embora como um mal estar matinal. Toda aquela baboseira de que eu teria de ir com minha mãe e todo o drama de estar finalmente conhecendo a tal Bella, que para meu azar era bastante bonita, deram lugar a uma calma e uma paz conhecidas de quando eu estava perto o suficiente do meu amor para sentir como se nada fosse nos separar de fato, nunca.

 

- O que faz aqui? Sabe que não é permitido aos Cullen atravessar nossa fronteira. É o tratado e ele ainda está de pé! - Jake falou de forma áspera à mulher e certamente não parecia muito inclinado a voltar correndo para ela e me largar gravida. Relaxei ainda mais em seu abraço.

 

- Desculpe Jake, mas eu precisava vir. Precisava me desculpar por tudo e lhe dizer que eu... - e então ela balançou sua cabeça de um jeito bobo e apenas sorriu amarelo. - Quer saber, esquece... Eu devo aproveitar que estou aqui para dizer que nós estamos nos instalando na cidade e Carlisle entrará em contacto com Sam assim que possível. Eu desejo que você seja feliz Jake, apesar de tudo nós precisamos ter esperança. Eu não voltarei aqui, eu prometo e... - ela olhou para mim quando disse isso. - Parabéns pelo bebê!

 

Depois a vampira se virou e eu não entendi como simplesmente desapareceu já que ela se foi antes que eu piscasse os olhos. Seres estranhos...

 

Me separei de Jacob me recompondo. Ele teria de ouvir uma hora ou outra, então achei melhor o enfrentar o quanto antes. Eu me cansara de estar no limbo, cheia de incertezas por tudo o que deveria ser certo. O fitei de queixo erguido e me controlei para não por as mãos na cintura em um velho e horroroso gesto quando disse:

 

- Minha mãe acha que vou com ela amanha e você não é nem idiota de achar que eu vou! Então Jacob Black, faça o favor de ir abrindo essa sua boca grande porque eu quero uma explicação detalhada de como e porque você está agindo como um idiota desde o começo desse maldito dia. - e retomei meu folego ao perceber que o perdera na pressa e na raiva.

 

Jake me olhou um tanto assustado, o tom de comando em minha voz deve te-lo alarmado já que ele claramente esperava por uma mulher às lagrimas. Ele devia me conhecer melhor para saber que não era tão fácil me enganar ou fazer-me de boba.

 

- Vamos, diga o que tem que dizer. - eu voltei a pressionar quando ele, lerdo, nada disse. - Eu estou ganhando rugas aqui!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Como sempre, desculpem pela demora, mas eu realmente não pude postar antes: espero que entendam e não desistam
Muito obrigada por cada review... Minhas leitoras são as melhores ... SUPER amo vcs meninas e responderei cada um separadamente como sempre !!!

Estamos mesmo na reta final da historia e falta pouco, o que fará com que eu ponha prioridade nessa historia para lhes dar um desfecho o mais rapido possivel *_*

milhões de beijinhos e comentem o que acharam, sempRE


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