A Patricinha e o Lobisomem escrita por elizabeth beans


Capítulo 2
Capítulo 1 - O mais novo fim.


Notas iniciais do capítulo

Recaptulando e introduzindo a historia no contexto da saga!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/39819/chapter/2

1- O mais novo FIM



 


 


 TRECHO do cap 8 de “Amanhecer”, Livro 2, Jacob.


 


“... Quil olhou as pedras examinando-as. Pegou quatro pedras de diferentes tons de verde e as estendeu para ela.


-         Acertei?


-         Ééééé!


-         Qual delas?


-         Tooooooodinhas!


Ela pôs as mãos em concha e ele colocou as quatro pedrinhas nelas. Claire riu e de imediato bateu na cabeça dele com as pedras. Ele encolheu-se teatralmente, ficou de pé e começou a voltar para o estacionamento. Provavelmente temendo que ela se resfriasse com as roupas molhadas. Ele era pior do que qualquer mãe paranóica e superprotetora.


-         Desculpe se eu estava pressionando demais antes, cara, sobre a historia da garota. – eu disse.


-         Não, tudo bem. – disse Quil. – É que me pegou de surpresa. Eu não tinha pensado nisso.


-         Aposto que ela iria entender. Sabe como é, quando estiver adulta. Não iria ficar zangada por você ter vivido um pouco enquanto ela estava de fraldas.


-         Não, eu sei. Tenho certeza de que entenderia isso.


-         Mas não vai fazer, vai? – supus.


-         Eu não vejo. – disse ele em voz baixa. – Nem consigo imaginar. Eu simplesmente não... vejo ninguém dessa maneira. Não percebo mais as garotas, sabia? Não vejo mais os rostos delas.


-         Junte isso à tiara e a maquiagem e talvez Claire vá ter um tipo diferente de competição com que se preocupar.


Quil riu e mandou beijos para mim.


-         Está disponível na sexta, Jacob?


-         Vai esperando. – eu disse, depois fiz uma careta. – É, acho que estou.


Ele hesitou por um segundo e disse:


-         Já pensou em namorar?


Suspirei. Acho que mereci essa.


-         Sabe de uma coisa, Jake? Talvez você devesse pensar em viver um pouco.


Ele não disse isso como piada. A voz era solidária. O que piorava tudo.


-         Eu também não as vejo, Quil. Não vejo os rostos delas.


Quil também suspirou.”    


 


 


 


 


 


 (...)


 


-         Preciso levar ela pra casa ou vai acabar pegando um resfriado.


Como eu disse antes. Superprotetor e Paranóico.


-         Te vejo depois Jacob.


-         Claro, claro. – respondi sem energia.


-         Chaaau,Tio Jay. – Claire abanava a mãozinha.


-         Tchau criança.


Voltei para a praia e continuei andando, devagar demais, tentando me concentrar nos sons do mar, indo e vindo, em coisas simples, pra não precisar encarar o interior da minha própria cabeça, que tava um verdadeiro cáus.


Depois de um tempo ouvi chamarem o meu nome, reconheci a voz, era Paul. Quem sabe tinha vindo me dar o troco, finalmente? Mas não pareceu isso quando me chamou outra vez, sua voz era seria, seria até demais. Me obriguei a virar na direção do chamado.


-         Acabou de chegar essa carta pra você, cara. – ele me estendeu um envelope branco e comum. – Eu achei que iria querer abrir isso logo. – disse e olhou pra baixo meio sem-graça. 


Então Paul, a quem eu tinha acabado de fraturar o nariz veio correndo atraz de mim pra me entregar uma carta, que até para o cérebro minúsculo dele, pareceu importante e ainda por cima sem fazer nenhum comentário ou piada, e ficou até mesmo constrangido com isso?


 


Eu só tinha um palpite.


 


Parecia que minha espera por noticias tinha chego ao fim, de fato.


 


Arranquei o envelope de suas mãos com um pouco de violência. Ele não reclamou e foi-se embora bem rápido deixando eu e aquele pedaço estúpido de papel a sós.


 


Foi essa a melhor maneira que ela encontrou pra se despedir, então.


 


No remetente, ela não usou seu nome de casada. Seria a falta de costume ou uma tentativa de não me magoar mais? Conhecendo Bella como conhecia, a segunda opção, certamente.


 


O endereço da postagem era uma região no Alasca, baixa população e sem sol, o que me fazia acreditar que ela usara o seu atual endereço, ou pelo menos, de um lugar onde eu poderia encontra-la se a procurasse. Porque ela entregou sua posição assim tão fácil? Talvez confiasse demais que eu não acabaria com sua nova vida perfeita. Não estragaria tudo pra ela como ela estragou pra mim – pensei amargamente.


Me sentei na nossa arvore. Talvez por puro masoquismo, eu leria ali mesmo. À beira da floresta, um bom lugar se eu precisasse me transformar e correr depois que lesse aquilo;


Se bem que, Paul já deveria ter chegado em casa para espalhar a fofoca, o que me dizia que seria bem pior correr; com toda aquela pena e solidariedade de todos, prontos para me consolar. Eu não queria audiência para a minha dor.


Abri o envelope.


Dentro, apenas uma folha dobrada, tudo o que eu teria da mulher que eu amava tão desesperadamente. A letra era a mesma do bilhete que recebi a tempos atraz, pareciam séculos; na época ela tentava driblar o meu gelo, era quase irônico. Ver a letra familiar, no entanto, me confortou de alguma forma, quase como se houvesse algo da Bella que eu conheci naquela Bella nova.


 


 


 


 


Jacob,


 


Não sei exatamente como começar, meu amigo; e estou mandando uma carta, pois creio que não reconheceria minha nova voz. POR FAVOR, JACOB, CONTINUE LENDO!!!


Muita coisa aconteceu desde o casamento e a ultima vez que nos vimos, acredite, foram dois meses que valeram por muitos mais, dois meses que valeram por nove, mais precisamente. Acho que encontrei por onde começar, afinal.


 


Eu tive um bebê, Jake. Ele é lindo e perfeito, é metade-humano e tem os meus antigos olhos castanhos, os cachos de Charlie, mas a cor é cobre como os de Edward. Apelidamos ele de E.J., acho que isso dá uma dica do nome, não é mesmo? Admito que não é muito criativo. O meu pequeno Edward Jacob, meu filhinho tão amado. Ele me deu algum trabalho com seu crescimento super acelerado e sua gestação de um mês e meio. Ele é um milagre, a coisa mais impressionante da minha vida nada comum e é por isso que tomei a liberdade de batiza-lo com o nome dos dois homens mais importantes da minha vida.


 


Foi um parto muito difícil Jake, me transformar foi REALMENTE necessário para salvar a minha vida. Era a eternidade ou a morte para mim, nós fizemos a escolha. Não sei se preferia que eu estivesse morta, como uma vez você me disse, mas espero realmente que essa informação faça alguma diferença, principalmente quanto aos outros garotos e Sam, eu e os Cullen não queremos desrespeitar o tratado e não pretendíamos quebrá-lo. É importante para nós mantermos essa aliança mesmo que não voltemos a Forks (Estamos nesse endereço que está na carta, com a família de Tanya, temporariamente). Acredito que enquanto você lê a carta, Carlisle esteja entrando em contato com Sam para reatar os laços entre os lobos e os Cullen; ele leva um bilhete meu assinado de próprio punho e meu apelo para não ser a causadora de uma guerra.


 


Ah, Jake, meu Jake, meu melhor amigo. Eu vou sentir tanto a sua falta. Você está com um pedaço de mim aí com você, permanentemente. Espero que um dia possa me perdoar, de coração, por todo o mal que te causei. E então me dou ao direito de sonhar mais ainda e esperar que possamos reatar nossa amizade em algum lugar no futuro.


De todo o meu ser, Jacob, eu desejo que possa ser feliz e encontrar alguém que vai cura-lo como um dia um certo garoto lindo e muito bom me curou.


 


Tenho bons pressentimentos Jake, apesar de não ser nenhuma Alice, coisas boas acontecerão para você.


 


Com amor e para sempre.


 


Bella  


 


 


 


 


Algumas lagrimas estúpidas caiam manchando o papel enquanto eu o dobrava, amassando sem cuidado e enfiando no envelope. Contive a vontade de rasga-lo ou atirar no mar. Um filho? No final, parece que até mesmo isso aquela sanguessuga asquerosa havia conseguido dar a ela. E que idéia estúpida era aquela de enfiar o meu nome no meio do nome da aberraçãozinha? Só poderia ter vindo da Bella mesmo. Devia estar dando mamadeira com sangue pro monstro e se sentindo super realizada. A mãe do ano.


 


Eu precisava apagar por algumas horas e decidir o que fazer da minha vida agora, porque parecia que eu realmente não tinha mais escolhas fáceis. Seria quase impossível Sam se meter em uma missão até o Alasca para atacar os Cullen na casa de outras sanguessugas aliados deles, se a própria Bella – traidora - tinha mandado uma carta pessoal assinada; aquela era a vontade dela, seu maldito LIVRE ARBITRIO.


Eu ainda poderia ir sozinho, claro, pegar o sanguessuga desprevenido, dei uma risada sem humor quando lembrei que a vidente deles não poderia alerta-lo, eu era um ponto cego.


Talvez eu fizesse isso, no momento, muito me agradava. Mas agora eu precisava dormir, mesmo sabendo que teria pesadelos, seria ainda melhor do que me transformar e ouvir todos em minha mente. Fui pra casa com pressa como se tivesse hora marcada pra deitar na minha cama. Desmaiei assim que fechei a porta do quarto. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*******************************************************
LEIAM tb. "The drug of love" - A historia de Jacob e Renesmee - minha outra fic!!! ^^