A Patricinha e o Lobisomem escrita por elizabeth beans


Capítulo 13
Capítulo 12 - Bad News




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Bad News

 

 

Amelie P.O.V.

 

 

- Troglodita, como você ousa? - eu me segurava para não voar no pescoço dele, tanta era a minha raiva. - Não viu que eu estava ocupada?

 

- Cale a boca e deixe de ser mimada e inútil, Srtª Weelow. Eu não vim até aqui pra vigiar suas ficadas! - Ele olhou nos meus olhos e gritou de volta parecendo tão furioso quanto eu.

 

Agora eu vi merda! Não foi ele que saiu arrastado de uma maneira ridícula na frente de todos os seus conhecidos. Não foi ele que acabou de ter a reputação arruinada.

 

- Imbecil, quem é você pra me mandar calar a boca, seu ... seu... seu... - e eu não terminei de dizer nada, porque antes que eu dissesse qualquer coisa mais, ele me pegou de jeito e me imprensou na parede de tijolinhos vermelhos, fazendo minhas costas protestarem e a minha pouca consciência sumir de vez com o beijo furioso que ele me deu.

 

Estava perdida no beijo dele, como sempre fiquei, alias. Isso era vergonhoso. Jake descolou os lábios dos meus quando eu já ia abrindo minha boca pra ele.

 

- Você queria beijar não é? Então beija! - ele disse sibilante e cretino, seu halito pregado em mim. Eu devia juntar todas as minhas forças pra bater nele com tudo, mas só consegui agarrar sua nuca e beija-lo de volta.

 

Que se dane a Trace Vadia , que se dane minha reputação e o maldito lugar onde eu me exilava agora. Se fosse com Jacob Black eu iria até o inferno! E claro, o melhor de tudo, eu estava tecnicamente bêbada e poderia alegar um litro de vodka no sistema para ter agido dessa forma.

 

Meu salto não dava conta de nossas alturas , como sempre; ele era alto demais. Jake me imprensava e minhas costas protestavam enquanto minha língua enlouquecia na dele, eu ia sentindo aquele corpo quente demais, perto demais do meu. O vento gelado no meu micro vestido não era nada.

 

Ele passou as mãos embaixo da minha cocha me erguendo com facilidade, eu ajudei, engatando minhas pernas em seu quadril pra facilitar nossa proximidade, ficando praticamente semi nua naquele beco. Minhas mãos foram pra camisa dele e entraram por baixo arranhando com minhas unhas poderosas, modéstia a parte, todo aquele tanquinho definido que eu já tivera o prazer de ver à luz do dia.

 

Senti aquelas mãos enormes na minha cintura e nas minhas cochas, me sustentando sem problemas e deslizando em mim, fazendo com que eu gemesse por entre seus lábios grudados aos meus com fúria. Seu dedão roçou a seda da minha tanga La Perla e eu estremeci abrindo mais ainda as minhas pernas, perdendo qualquer noção, descendo minhas mãos pra me vingar da provocação. E foi ai que tudo parou.

 

- Agora que você ganhou o que queria nós já podemos ir. - ele disse todo arrogante. Enquanto eu estava excitada, ofegante e descabelada, ele parecia não ter feito absolutamente nada. Quase como se saísse de uma igreja.

 

- Seu filho de uma...

 

- Olha o que vai dizer, mocinha! - ele tapou minha boca e meus olhos se ejetaram.

 

- Seth. - ele chamou e um garoto índio apareceu logo depois ao nosso lado. Jacob ainda mantinha uma mão nas minhas costas me apoiando. Eu o olhava com muita raiva e sentia uma vontade inexplicável de chorar, que eu controlava com força.

 

- Meu nome é Seth. - O garoto se apresentou tentando ser educado. Não via razão para descontar minhas frustrações nele.

 

- Amelie. - estendi a minha mão.

 

- Vamos logo, Jared já deve ter chegado ao ponto de encontro. - Jacob disse muito serio, dessa vez.

 

Alguma coisa nos olhos dele quando voltou-se para me olhar me impediu de continuar gritando. Me resignei a ir com eles. Aquele desgraçado, esfarrapado e prepotente iria pagar muito caro pela gracinha. Como se eu fosse mesmo deixar ELE fazer alguma coisa comigo ali naquele lugar horroroso, ou numa suíte do Plaza que fosse. Canalha!

 

 

 

Jacob P.O.V.

 

Quase perdi a cabeça naquele beco.

 

Aquela garota me deixava louco, de insanidade mesmo, não era só um modo de se dizer. Ela estava bêbada e poderia jogar isso na minha cara como desculpa, mesmo assim eu não resisti. Eu não facilitava nada pra mim mesmo. Parecia que a cada dia eu dava um jeito de piorar as coisas. O que aconteceu com aquela rotina amena em que eu tinha me enfiado? O que aconteceu com meu estado de zumbi e toda a minha raiva contida por conta da Bella? Eu nem sabia mais porque tinha tanta raiva da Bella, desde que a herdeira desequilibrada entrou na minha vida, eu simplesmente não era mais como o mesmo.

 

Como se aos poucos eu retomasse minha vida, uma coisa que eu não tinha antes; que me foi tomado. Olhei para Mily pelo retrovisor, só para me deparar com aquela cara de cu que ela fazia sempre que estava fula comigo. Parece que realmente a irritei a pegando daquele jeito, ou teria sido por que eu a larguei? Seth tentava manter uma conversa amigável com ela, que por sua vez não cooperava. Pobre garoto.

 

Meu vidro estava aberto, Jared afundava o pé no acelerador do carro roubado correndo como um desesperado e inconseqüente. Alguem precisava lembra-lo de que havia uma humana presente e se ele capotasse o carro, ela poderia não se dar muito bem.

 

E novamente eu me perguntei o que estava acontecendo comigo. Logo eu que era chegado numa velocidade, quase brigando com Jared por passar dos 140 por hora. Louco. Muito louco.

 

Faltava pouco agora, logo estaríamos na porta da casa da Kim.

 

 

 

Kim P.O.V.

 

Eu nem tinha mais o que pedir aos deuses de tanta oração que já tinha feito. Estava ali, sentada no sofá de frente pra minha mãe, meu pai e a Tia do Sam, Marta.

 

Estava morrendo de vergonha como nunca na vida por ter ajudado Amelie a mentir para seu responsável e sair por ai no mundo, sabe-se lá Deus pra onde. Quer dizer, ela me deu o numero do celular dela e me deu o nome do lugar em Seatle onde supostamente estaria. Eu só esperava que o nome do lugar fosse valido já que o celular dela não atendeu nenhuma das cinqüenta chamadas que eu fiz antes de confessar minha participação na fuga dela e implorar ao Jared que a achasse.

 

Por falar em Jared, ele estava demorando tanto. Ai como eu esperava de todo o coração que aquilo não se estendesse por muito mais tempo. O clima estava tão pesado. Minha mãe me lançou olhares terríveis e eu poderia esperar por uma bronca daquelas assim que Marta fosse embora.

 

Marta, no entanto, nem prestou atenção na minha participação como cúmplice. Ela parecia em parte acostumada com a conduta da patroa e em parte desgostosa por ela ainda continuar agindo dessa maneira. Sua expressão era severa e angustiada e eu mal podia olha-la, tanto era meu remorso de ter sido cúmplice daquela louca da Amelie.

 

Claro, eu ouvi tudo quando ela contou a minha mãe o porque de aparecer no meio da noite na minha casa, procurando pela patroa dela, que supostamente estava lá, quando esta não atendeu seu celular.

 

- Foi o avião do Sr. Weelow, parece que não respondeu aos contatos de radio e saiu do radar a mais de oito horas. As autoridades precisam esperar 24 horas para oficializar o desaparecimento e começar as buscas, mas o advogado da família já contratou um pessoal particular pra procura-los. Eu nem sei como vou dizer isso a Srtª Amelie e aquela garota irresponsável ainda me faz uma dessas...

 

Dava pra ver na voz dela, que mesmo demonstrando irritação com a garota, na verdade, ela estava era muito preocupada. Era uma raiva movida apenas pelo medo de que algo realmente serio pudesse acontecer com Mily enquanto a família viva aquela situação alarmante, que nem ao menos era de seu conhecimento.

 

Tive pena de Marta, porque cabia a ela contar a Amelie, e tive pena de Amelie porque, afinal, eram os pais dela e isso, de acidente aéreo, não era nenhuma simplicidade. Sempre acabava em grande tragedia.

 

Foi com alivio que ouvi um carro virar a minha rua ruidosamente e todos se levantarem para espera-los na varanda.

 

 

Amelie P.O.V.

 

Eu comecei a entender tudo muito bem, quando agente chegou na frente da casa da Kim, que eu só reconheci como tal por ver ela na varanda, junto com outras duas pessoas de meia idade que se pareciam com ela.

 

O carro parou totalmente e eu vi mais alguem saindo da varanda, e esse alguem era nada mais nada menos que Marta.

 

Eu ia matar Jacob Black e ia fazer isso umas três vezes, no minimo. Aquele imbecil iria virar bife na minha mão. Depois eu dava um trato na Kim incompetente.

A essa altura, depois da gracinha dele lá no beco, eu já tinha soado quase todo o álcool do meu sistema e me sentia exausta mais muito consciente pra saber que estava as portas da maior bronca da minha existência. E se da ultima vez que eu aprontei fui mandada pra esse buraco eu só imaginava pra onde é que meus pais me mandariam dessa vez. Algum lugar na africa, com guerra civil e fome era meu maior palpite.

 

Não tinha mesmo amigos nesse mundo. A santinha da Kim me entregou na maior e ainda mandou toda essa patota junto do namorado dela só pra que minha humilhação tivesse publico. Eu odiava todos eles e quando encarei ela e seus olhos estavam úmidos de lagrimas que ela continha tive mais raiva ainda. Aquela idiota que eu quase considerei como amiga, tinha me traído igualzinha a vadia da Trace.

 

- Amelie. - ela falou antes que Marta pudesse começar o sermão. Eu virei a cara.

 

- Mily, me perdoa por dizer onde você estava ... você precisava saber, era importante... - ela tentava falar com a voz tropega enquanto eu a ignorava o melhor que podia.

 

Mas espera aí, Marta ainda não tinha dito nada, na verdade, ela encarava os pés e quando me fitou eu vi apenas carinho em seu olhar. Quase como se ela estivesse sentindo... PENA. Fiquei estática e me esqueci de odiar Kim, me esqueci até de onde estava.

 

- O que aconteceu? - Exigi dela na minha voz mais autoritária. Comecei a ser tomada por pânico de verdade.

 

- Vamos pra casa, querida, eu preciso conversar com você sobre um assunto serio... - ela estava tentando ser civilizada e pouco me fitava nos olhos enquanto dizia aquilo. Esperto da parte dela porque eu conhecia Marta bem o suficiente pra ler a gravidade daquilo em seu olhar. Mesmo assim, não me importei e interrompi.

 

- Sem mais delongas Marta, desembucha. - Mandei de novo, controlando minha voz que tremia agora. - Desembucha! - disse com mais força. Senti a mão quente de Jacob em meu braço. Me esquivei imediatamente, indo até Marta e balançando ela pelos ombros. Então ela me olhou, seus olhos estavam baixos e desolados.

 

- São os seus... pais! - E eu não ouvi mais nada.

 

 

 

 

Jacob P.O.V.

 

 

Ela desabou na hora, assim que Marta citou os pais dela eu vi suas pernas dobrarem e corri pra não deixa-la ir ao chão.

 

Foi tão difícil ver ela daquele jeito, parece que me doía fisicamente. Eu disse que tinha ficado louco!

 

Enquanto Marta continha as lagrimas e tentava ser ainda mais forte na presença das outras pessoas, agradecendo a Kim e aos pais dela, ao Jared, Seth e à mim, por tê-la encontrado e trazido a salvo, eu me sentia ainda pior.

 

Ela ali inerte nos meus braços. Eu podia ouvir seu coração martelando; sentia sua respiração fraca mas constante, porem duvidava que ela fosse acordar tão cedo.

 

Marta me disse que era melhor que ela descansasse e obviamente me ofereci pra leva-la até em casa. Jared dirigiu até a casa delas no carro roubado pra só depois devolve-lo.

 

Os outros seguiram seu caminho e eu, não sabia, sinceramente se conseguiria deixa-la. Esperava ansiosamente que Marta se esquecesse de mim em meio aos problemas para que eu pudesse ficar com ela, da mesma forma como fiquei quando a achei na floresta, mas isso não durou muito.

 

- Pode ir descansar agora, meu filho. Ela vai acordar confusa e vai precisar de espaço pra receber a noticia. Alem do mais, os advogados do pai dela estarão aqui pela manhã e eu vou precisar atende-los. - ela falava enquanto ajeitava Mily na cama.

 

- Claro, Claro. - eu meneei minha cabeça, concordando com ela apenas superficialmente. - Se precisar de qualquer coisa... - ainda tinha esperanças de que ela me pedisse pra ficar. Já estava até me envergonhando disso.

 

- Claro, querido! Você é um ótimo amigo para a minha Amelie e ela vai precisar muito de seus amigos. Amanhã, quem sabe! Depois que o choque passar. - ela me conduziu até a porta.

 

Enquanto ficava lá fora, olhando para onde ela agora descansava por intermédio de um desmaio, me lembrei de que nem ao menos sabia o que tinha acontecido de fato. Liguei para o Jared, ele saberia e poderia me por a par de tudo.

 

Eu estaria mesmo aqui para ela, para ajudar no que fosse possível. Ela era mimadinha, irresponsável e inconseqüente mas tinha um grande coração, isso eu pude ver desde cedo nela. E claro, tinha mais uma coisa com a qual eu ainda lutava, mesmo sabendo ser agora uma batalha perdida: Eu a amava!

 

 


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Notas finais do capítulo

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Leitoras (es) queridas (os), Eu agradesço a paciencia de quem acompanha minhas historias, prometo que as ferias estão proximas e como minha faculdade dá três meses de descanso merecido, com certeza eu estarei terminando todas as minhas fics nesse fim de ano. Se não posto mais é pq realmente não tem como! milhões de beijossss e obrigada ^^