Inopino escrita por Roberta Matzenbacher


Capítulo 19
Capítulo dezenove


Notas iniciais do capítulo

Olá, lindas! Felizes em me ver?

Eu disse que ia postar este capítulo logo na segunda-feira, não pensem que me esqueci, mas fiquei um pouco chocada quando vi que só tinha 4 reviews até esse dia. Me deu um desânimo e aí eu resolvi esperar um pouco mais... Bom, não deu muito certo, mas pelo menos mais pessoas apareceram! Também, eu não estava lá com muita vontade de fazer nada. Deu que não postei e fim. Vocês podem ter ficado chateadas e tal, sei lá, mas pelo menos estou aqui agora, não é? uhaush.

Enfim.

Eu não sei o que falar direito sobre este capítulo. Fiquei em um impasse, ora pensando que estava bom, ora pensando que estava uma droga. Vou deixar a cargo de vocês que me digam, ok?

Por isso, sem mais delongas, vamos à sequência!

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/398105/chapter/19

Capítulo dezenove

Não dei nem uma chance à Clara de me responder, desligando o aparelho às pressas e circulando desembestado pelo quarto à procura de minhas roupas. Mal tive tempo de vesti-las e passar uma água no rosto antes de correr a toda velocidade na direção do dormitório. Meus passos pareciam se arrastar mais do que o normal, mas, quando finalmente atravessei as portas principais, percebi que era apenas uma impressão causada por minha angústia. E assim que dei de cara com a expressão aflita de Rose, dei-me conta de que isso não era um exagero meu.

– Lissa. – Eu disse a ela, que assentiu de imediato.

Não perdemos tempo ao seguir para o dormitório Moroi. Eu nem sequer olhei para os lados ou dei qualquer explicação à inspetora dali, apenas percebi que ela estava em nosso encalço quando Rose voltou a falar, indicando que Lissa estava no banheiro do alojamento feminino.

– Ela está muito perturbada. – Explicou Rose, barrando a entrada de Diana assim que ela fizera menção de segui-la. Seus olhos pousaram em mim. – Deixe-me falar com ela sozinha primeiro.

Assenti com a cabeça.

– Está bem. Dê a elas um minuto.

Observamos enquanto Rose abria a porta devagar e chamava por Lissa. Um soluço alto denunciou sua presença, mas meus olhos ansiosos não puderam captar de onde apenas pela pequena fresta ainda aberta. Quando ela se fechou por completo, então, bloqueando nossa visão do que acontecia ali dentro, uma sensação sufocante que misturava ansiedade e medo me tomou.

Seja qual fosse o problema, não era como o das outras vezes.

– Guardião Belikov, você não acha isso um pouco insensato? – Disse a inspetora. Suas feições retorcidas pela dúvida. – Deixar que Rose cuide de tudo sem a nossa supervisão não me parece uma boa ideia. Se a princesa estiver passando mal, como vamos ajudar?

– Primeiro precisamos saber o que houve. – Respondi sem me abalar. Eu confiava em minha aluna melhor do que ninguém e sabia que, quando se tratava de sua protegida, ela lidaria com qualquer coisa. – Lissa confia em Rose. E ela é melhor opção do que nós para ajuda-la.

Diana não pareceu gostar muito do argumento, mas resolveu não protestar, o que foi um alívio. Eu não conseguia controlar a vontade de saber o que se passava ali dentro. Lembranças da expressão preocupada de Rose me vinham à mente a todo o instante, alertando-me para o pior. Poderia ser absolutamente qualquer coisa, e eu não sabia se estava preparado para enfrentar algo assim.

Com ela sempre tão focada na segurança e no bem estar de Lissa, fazia-me esquecer que, em momentos como este, minha presença também era crucial para a resolução de seus problemas. No entanto, não podia negar que a cumplicidade das duas me afetava. Ao aceitar a guarda da princesa Dragomir, detalhes técnicos foram as únicas coisas que se passaram pela minha mente, mas agora que eu me encontrava em uma situação completamente diferente, mais pessoal, estava apavorado. Para piorar, ainda havia o olhar impaciente da inspetora, que apenas fazia com que isso se intensificasse.

Rendido pela pressão, bati à porta sem muita confiança.

– Rose? – Chamei.

Só um minuto! – Ela respondeu com urgência. Franzi meu cenho de imediato.

– O que é isso? – Diana exclamou, suas mãos levantadas em indignação. – O que está acontecendo lá dentro? Por que elas estão demorando tanto?

– Se eu soubesse, diria a você. – Notei o tom repressivo em minhas palavras antes mesmo de perceber que estava irritado com a atitude da inspetora. Surpreso pela minha reação, respirei fundo para me acalmar. – Nós precisamos ser pacientes. Lissa vem sofrendo muitos traumas subsequentes. Pode querer apenas conversar ou…

Ela me olhou enviesado.

– Você acha que poderia ser… Aquilo outra vez?

– Não sei. É possível.

– Mas isso não… – Ela parecia inconformada com algo, mas, logo que olhou para a porta fechada outra vez, irritou-se. – Por que elas demoram tanto?

Eu permaneci em silêncio, esperando. Não estava com nenhuma vontade de ouvir os lamentos de uma inspetora a beira da histeria. Só que Rose não parecia colaborar para meu sossego. A cada minuto que se passava no maior silêncio e sem nenhuma resposta, mais angustiado eu ficava. Pensamentos terríveis me tomavam, suposições malucas e completamente improváveis, de repente, passaram a fazer total lógica em meu cérebro.

Admito que foi até um alívio quando a paciência de Diana explodiu.

– Nós estamos entrando. – Ela anunciou em voz alta, já abrindo a porta e dando espaço para minha passagem.

Não perdi mais tempo. Entrei em um rompante, meus músculos tencionados e meus olhos sondando cada canto do ambiente com avidez. Havia um cheiro forte de ferrugem no ar, o que me confundiu. Olhei para Lissa na mesma hora, apavorando-me ao constatar que seu rosto e cabelos estavam cobertos por manchas vermelho-sangue.

– Não é meu sangue. – Ela disse, apressada. – É do… É do coelho.

Franzi as sobrancelhas, sem entender.

– Que coelho? – Perguntei.

Com as mãos tremendo, ela apontou para a lata de lixo que estava dentro de um dos boxes. O cheiro forte emanava dali.

– Eu o limpei. Para que Natalie não o visse.

Aquilo não explicava muito, mas, mesmo assim, aproximei-me hesitante do local indicado por Lissa. Rose, aparentemente com a mesma curiosidade que eu, seguiu meus passos até nos darmos de cara com a cena horrenda que ali nos esperava. Ela automaticamente recuou, enojada, mas eu permaneci encarando aquele amontoado de sangue e papel revirado por mais alguns instantes. Se aquilo fora um coelho algum dia, eu não via sequer uma semelhança.

Com o nariz coçando devido ao mau odor, aproximei-me de Lissa e me abaixei a sua frente para que nossos olhos se encontrassem. Examinei-a com cuidado antes de entregar-lhe alguns lenços de papel e pedir, com a voz suave:

– Conte-me o que aconteceu.

Ela respirou fundo, como se a lembrança a apavorasse.

– Eu voltei para o quarto uma hora atrás. E ele estava lá. Bem no meio do chão. Rasgado ao meio. Era como se ele tivesse... Explodido. – Ela fungou, esfregando o nariz com força. Parecia prestes a chorar outra vez. – Eu não quis que Natalie descobrisse, não quis apavorá-la... Então eu... Eu limpei tudo. Depois não consegui mais... Não consegui mais voltar para o quarto…

Ela não pôde mais falar. Seu pranto se iniciou intenso, carregado de uma dor notável. Seus ombros miúdos se sacudiam com fervor e pareciam querer se encolher em direção ao centro dela mesma. Olhando-a daquele jeito, tão frágil, tão perturbada, senti o medo de outrora me tomar novamente. Eu não estava acostumado a lidar com esse tipo de situação, e vê-la chorando apenas me deixava mais impotente.

Sempre lidei com pessoas sérias e profissionais demais, sempre prendi meus sentimentos e os escondi das vistas dos outros, tanto que não tinha a menor ideia do que fazer ou dizer a ela. Busquei o olhar de Rose como que para me sugerir um caminho, mas ela encarava Lissa com uma expressão distante e pensativa, tão ou mais desolada do que a própria Moroi.

– Ninguém deveria poder entrar nestes quartos! – Exclamou a Diana. Eu me esquecera por completo de sua presença. – Como isso está acontecendo?

– Você sabe quem fez isso? – Perguntei à Lissa, minha voz afetada pela sua dor.

Para minha surpresa, ela colocou a mão no bolço de sua calça e tirou de lá um pedaço de papel amassado. Ele estava cheio de sangue, o que tornava a leitura um pouco difícil, mas ainda assim consegui entender a mensagem que ali estava escrita.

Eu sei o que você é. Você não vai sobreviver por muito tempo se ficar aqui. Vou cuidar disso. Vá embora agora. É o único jeito de você sobreviver a isso.

Choque percorreu meu corpo. Durante todo aquele tempo, tentei encontrar o motivo que as levara a fugir da Academia dois anos atrás, mas jamais imaginei que fosse isto. Então, haviam ameaças dirigidas unicamente à princesa? Mas quem as teria feito? Quem seria tão doentio a ponto de estraçalhar animais inocentes simplesmente para impor medo em uma pessoa tão doce?

Subitamente, momentos de diálogo entre Rose e Kirova me vieram à mente. Ela dissera que Lissa estivera em perigo, assegurara sua proteção durante todo o tempo afastadas, pois o risco não estava fora, mas sim dentro de St. Vladimir. Apesar de não fazer sentido algum, ainda assim permaneci na retaguarda, sondando pistas, pesquisando sobre os poderes de Lissa. Meu instinto e o de Alberta estiveram corretos, afinal. A situação era muito mais grave do que qualquer um imaginou.

Diana, que estivera em silêncio durante todo aquele tempo, provavelmente enfrentando as mesmas reações que o restante de nós, logo teve sua expressão alterada para uma firme determinação.

– Vou chamar Ellen.

A ideia de chamá-la não me agradava muito, mas eu não poderia fazer nada para impedir. Olhei para Lissa mais uma vez e em seguida disse:

– Diga a ela que estaremos na clínica. – Mesmo não estando ferida, só a ideia de deixar minha protegida em um ambiente tão maculado me enojava. Eu não queria que mais nada acontecesse a ela, e o centro médico me pareceu o lugar mais seguro que pude pensar. – Você precisa se deitar.

Lissa permaneceu no mesmo lugar, parecendo estar paralisada pelo choque. Por isso, Rose logo tratou de enlaçar seus braços ao redor dela, ajudando-a a se levantar com tamanha gentileza que me perturbou.

– Venha, Liss. – Sussurrou ela. – Vamos sair daqui.

Lentamente, seguimos em direção ao centro médico da Academia. Lissa ainda parecia atordoada, mas conseguiu chegar até lá sem mais transtornos. Fiquei surpreso ao encontrar apenas uma enfermeira, já que, geralmente, eram dois médicos que ficavam de plantão durante a noite. Porém, quando ela se ofereceu para chamar algum deles, recusei. Não havia necessidade disso, afinal ela não estava ferida. Ao menos não externamente.

– Ela só precisa descansar. – Eu expliquei.

Pareceu levar uma eternidade até que Lissa estivesse acomodada e em segurança em uma das macas. No entanto, seu momento de paz não durou muito. Ela havia acabado de fechar os olhos quando Kirova irrompeu pelas portas como um verdadeiro furacão – seguida de perto por Alberta e mais dois guardiões que eu não tive vontade de identificar. A diretora lançou uma série de perguntas à princesa e quem mais encontrasse pelo caminho, mas foi barrada das respostas por Rose, que se colocou a frente de Lissa como um escudo protetor. Sua expressão era feroz e decidida.

– Deixem que ela durma em paz! – Gritou, impaciente. – Vocês não veem que ela não quer falar sobre isso? Deixem que ela descanse um pouco mais antes de interrogá-la!

Kirova a encarou com desprezo.

– Srta. Hathaway, você está saindo dos trilhos, como sempre. Eu nem sei o que está fazendo aqui.

Normalmente, eu não veria problemas em insistir nos interrogatórios, mas Lissa já estava esgotada pelos acontecimentos recentes. Eu não poderia permitir que Kirova agisse de modo tão leviano quando não fizera nada para que esta segunda tragédia transcorresse. Se ela quisesse aquele caso resolvido, que esperasse até a manhã seguinte.

– Diretora, poderíamos conversar por um minuto? – Eu perguntei. Ela apenas assentiu, acompanhando-me até o lado de fora com impaciência.

– Espero que entenda, Belikov, que há coisas mais importantes no momento do que as implicâncias infantis de Rose. – Cuspiu, ríspida. – Ela está terminantemente proibida de desrespeitar qualquer regra, mas, para minha surpresa, aparece em todos os lugares onde há confusão.

– Foi graças ao aviso de Rose que soubemos do estado de Lissa. – Eu revidei. – Você não pode negar que sem ela a situação poderia estar bem pior do que no momento atual.

– Sim. Admito que esse laço seja importante, ninguém está duvidando disso. Mas a ajuda que ela prestou terminou no momento em que lhe relatou o ocorrido. – Ela exclamou impacientemente, como se fosse algo óbvio. – Deveria estar em seu dormitório há muito tempo.

– Não acho que isso seja verdade. Lissa confia em Rose, se sente segura com ela. Em um momento difícil como aquele, o apoio de Rose foi fundamental para que a princesa nos contasse o que aconteceu.

Os olhos de Kirova faiscaram.

– Ainda não vejo a razão para deixa-la ficar com Lissa na clínica. A princesa já está calma, pelo que vejo, e relatou tudo o que precisava. Não há necessidade de uma segurança particular.

Com isso, minha paciência se esgotou.

– Seria preciso lembrá-la de que Rose, agora, é responsabilidade minha? Eu sou o seu mentor. – Acusei, mantendo minhas palavras firmes. – Se ela está aqui, significa que teve minha permissão para tal. Lissa precisa de Rose ao seu lado. Ainda mais quando há uma ameaça tão iminente à espreita. – Então, eu retirei do bolso de meu casaco o papel que recebera da princesa minutos atrás, estendendo-o a Ellen. – Acredito que temos assuntos mais importantes a tratar do que simples infrações de um castigo.

Ela suspirou longamente ao ler a ameaça impressa no papel.

– Certo. – Foi a única coisa que disse enquanto virava as costas e caminhava de volta em direção à clínica. Eu segui seus passos rapidamente, duvidoso do que ela faria a seguir. – Você pode ficar com Lissa alguns instantes. – Anunciou, para minha surpresa. – Vamos pedir aos zeladores que limpem e inspecionem o banheiro e o seu quarto, Srta. Dragomir. E depois, pela manhã, discutiremos a situação.

– Não acorde Natalie. – Lissa pediu. – Não quero assustá-la. Eu já limpei tudo no quarto.

Ellen a encarou, temerosa. Não soube decifrar o que se passou em sua mente naquele momento. A enfermeira perguntou a Lissa se ela gostaria de beber ou comer algo, mas ela negou. Não havia mais nada a fazer ali, a não ser deixá-las descansar, então, fomos calmamente para o lado de fora, fechando a porta calmamente ao passarmos.

– Pobrezinha. – Murmurou Diana. – Uma atitude brutal como essa é um pecado lastimável. O culpado deveria ser punido seriamente pelo que fez.

– Isso se encontrarmos o culpado. – Retorquiu Kirova com uma expressão carrancuda. – Eu vou providenciar a equipe de limpeza e amanhã discutiremos melhor sobre o caso. Estão todos dispensados por hoje. Boa noite.

Vi cada um deles se distanciar para diferentes direções sob a luz do amanhecer, mas permaneci parado no mesmo lugar. Eu não queria voltar para o dormitório e dormir. Na verdade, esse era o meu último pensamento para aquele momento. Por isso, comecei a dar a volta pelo campus, como se estivesse fazendo uma ronda diária. Eu precisava pensar. Tudo estava estranho demais, havia tantas perguntas girando em minha mente, mas nenhuma delas tinha resposta. Quem era a pessoa responsável pelos animais mortos e bilhetes contendo ameaças? Essa pessoa trabalhava sozinha ou existia mais alguém? Ela era um estudante da Academia? E quais eram os seus interesses em fazer Lissa fugir outra vez?

Bem, eu ficava um pouco aliviado ao saber pelo menos uma resposta: a pessoa era sim estudante da Academia, e, certamente, odiava a princesa. Mas por quê? Eu não conseguia entender. Depois de todo o meu estudo sobre a ligação psíquica que ela compartilhava com Rose, descobrindo que fora necessária uma grande fatalidade para o laço se formar e que elas estariam conectadas para sempre, eu pensei que seria capaz de desvendar ao menos uma parte da charada. Alberta e eu descobríramos muitas coisas suspeitas: o estranho ataque dos psi-hounds – que eram comandados, exclusivamente, pelos Moroi –, as insinuações ao elemento espírito, há tanto tempo considerado um mito e, por último, a revelação de que o maníaco em questão sabia de tudo sobre seu segredo.

O que ele ou ela queria, no entanto, permanecia um mistério.

– Guardião Belikov? – Era Alberta.

Virei-me em sua direção e a observei parar ao meu lado.

– Você sabe o que isso significa, não sabe? – Ela perguntou. – O responsável quer que a princesa se entregue a qualquer custo, não vai parar até isso acontecer. Se ao menos soubéssemos o que ele ou ela quer.

Engraçado como eu havia me feito a mesma pergunta.

– E como está se saindo com Natalie? – Desviei o assunto, sem querer entrar nestes méritos. – Conseguiu alguma coisa?

Ela suspirou.

– Não. – Lamentou. – Perdi seu rastro em um determinado momento do jantar. Se ela for realmente a pessoa que está fazendo essas atrocidades, está agindo com esperteza, mais até do que antes.

– Me desculpe, mas eu não consigo parar de achar que tem um furo nessa lógica. O que Lissa possui de tão importante que poderia interessar Natalie? Elas não são colegas de quarto há semanas?

Isso pareceu pega-la de surpresa.

– Bom... Isso é. Mas não sobrou quase nenhum outro suspeito. Eu chequei as câmeras de segurança mais vezes do que posso me lembrar, risquei os nomes de qualquer possível desafeto da princesa, reuni o máximo de motivos pelos quais ele ou ela poderia estar querendo… Bem. – Ela suspirou longamente. – De qualquer forma, eu não quero tomar muito mais do seu tempo. Você deve estar cansado – todos estamos. Preciso pensar nisso com calma. – Ela fez uma pausa, sua expressão se iluminando. – O lado bom foi ver Ellen finalmente dar atenção ao que aconteceu. Quem sabe agora eu não possa plantar a semente da dúvida?

Não consegui conter um sorriso.

– É. Quem sabe?

Ao notar que sua animação era visível, ela também sorriu, encabulada.

– Tudo bem, acho que vou indo. Boa noite, Belikov.

– Boa noite. – Respondi.

Com as mãos nos bolsos, observei-a se afastar até que seu vulto sumisse de minhas vistas. Permaneci naquela posição durante longos minutos, sem realmente pensar em nada, minha mente aérea e distante. Eu sabia que a única coisa que nos faria acabar com aquilo era descobrir o que aquela pessoa queria, mas, enquanto Alberta estivesse cega em suas suposições sobre Natalie, seria difícil descobrir o que era.

Cansado de revirar o assunto e tomado por uma exaustão repentina, decidi que o melhor era tentar dormir um pouco para recuperar as energias. Mais tarde trataríamos do assunto com calma e eu precisaria estar atento. Fui em direção ao dormitório dos guardiões, passando por Ricky e seu costumeiro sono profundo, e indo diretamente até meu quarto, onde, rapidamente, vesti minhas calças de pijama e deitei sob os lençóis macios, dormindo instantaneamente.

Participem do meu grupo!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Era isso por hoje, pessoal. Espero que o fim de ano não os impeça de compartilhar seus pensamentos deste capítulo, uhsuahs. Sempre é válido relembrar a importância de se deixar um review, mesmo que a autora pareça uma bandida cruel que não posta logo, hahaha. Vou ficar no aguardo, sim?

Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Inopino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.