POV Logan.

O clima em nossas vidas estava diferente desde que Pietro partiu. Mas de uns dois dias pra cá, para alegria de todos nós, Karla já sorria com mais intensidade, conversava e até brincava conosco, nos deixando bem aliviados.

E vê-la assim confesso que me sinto melhor, pois ver alguém que você gosta sofrendo não é nada fácil!

- Ei Logan! – ouço Karla me chamar na cozinha de seu apartamento. – Você poderia ir com o James na padaria aqui pertinho? – assenti positivamente e ela sorriu pra mim. Até que saí junto com James.

MINUTOS DEPOIS chegamos ao nosso destino e fui direto à parte de doces, para levar pra Karla e pra mim, é claro! Mas de repente alguém esbarra em mim sem querer.

- Desculpa! – ao me virar para ver quem era me deparo com Taylor, que por sinal estava muito linda, usando um short jeans com uma blusinha vermelha. – Logan? Que bom te reencontrar. – ela sorriu ao ver que era eu e logo em seguida Jennifer se aproxima de mim também.

- Oi Logan! – disse ela e do nada vejo James aparecendo e cumprimentando-a. Enquanto eu direcionei minha atenção somente para Taylor.

- Você mora por aqui? – perguntei rapidamente e me sentei com ela em uma mesa. Ah! A Karla vai ter que esperar. Eu não posso perder a oportunidade de falar com a garota que tem mexido com os meus pensamentos.

- Sim! Estou morando em um prédio aqui próximo. – ela respondeu e acabei descobrindo que era o mesmo em que Karla morava. – E você? Pra quem são esses doces todos?

- Ah! É para uma amiga minha e para mim. – ao falar isso ela sorriu. – Inclusive ela deve estar se pergunta por que estamos demorando. Então, o que acha de ir com a gente? – ela assentiu positivamente e se levantou em seguida junto a mim, passando nossas coisas no caixa e chamando James e Jennifer que também conversavam.

DEPOIS de mais um tempo, voltamos ao prédio e percebendo que James estava conversando com Jennifer, resolvi tomar coragem e...

- Ah, Taylor! Você tem planos para hoje? – perguntei do nada e ela me olhou com um sorriso no rosto, balançando a cabeça em negativo. – Você gostaria de passear comigo? – ela me olhou brevemente e ficou pensativa.

- Eu adoraria! Agora pode ser umas 19hs? Porque eu tenho que terminar de arrumar o apartamento junto com a Jenni. – assenti positivamente e ela riu. – Jenni, vamos! Tchau Logan. – ela completou e em seguida sua amiga se aproximou, me dando tchau e subindo logo depois. Enquanto James se aproxima de mim, dizendo.

- Não acredito que as reencontramos! – assenti e ele continuou. – É melhor subirmos antes que a Karla queira nos matar! – concordei com ele.

- Ainda bem que trouxe doces, porque se não estávamos fritos! – eu disse e James começou a rir, até subirmos em seguida. Mas em minha cabeça não saia à ideia de que mais tarde eu sairia com a Taylor.

xx

Assim que começou a anoitecer James foi para sua casa junto com Logan que iria se arrumar para o seu encontro com Taylor, enquanto Carlos foi passear com Andressa. Já Karla ficou com Kauet, Karol e Kendall assistindo filmes de desenhos. E Kendall estava muito feliz por ver Karla sorrindo novamente.

POV Kendall.

Não foi doloroso só para a Karla a perda do Pietro, pois ele realmente era um homem de qualidades admiráveis. Mas eu não aguentava mais vê-la triste pelos cantos, embora isso fosse “normal”. Só que agora eu percebo que a minha Karla está de volta. E isso me deixa completamente feliz!

- Papai, vamos ao parquinho? – perguntou Kauet e eu olhei para Karla, que assentiu. – A Karolzinha também quer ir! – olhei para sua irmãzinha e ela concordou com a cabeça.

- Tá certo filho. Agora, vamos nos arrumar e ir, pois já está de noite e não quero voltar com vocês muito tarde! – falei e em seguida fui arrumá-lo, enquanto Karla foi arrumar Karol.

QUASE UMA HORA depois eu apareço com Kauet e encontro Karol na sala. Até ver Karla, que estava completamente linda usando um vestidinho florido com uma jaquetinha jeans por cima.

- V-vamos? – falei gaguejando e Karla sorriu concordando, até que saímos em seguida. No entanto, eu percebi que Karla trazia com ela alguns papéis, mas esperei chegarmos ao parque para perguntar.

MINUTOS DEPOIS nós chegamos lá e logo Kauet saiu com Karolzinha para brincar no balançador. Enquanto eu me aproximei de Karla e a abracei.

- Você está com o seu violão no carro? – ela me perguntou e eu assenti positivamente. – Pode pegar? Eu fico olhando eles! – concordei e fui até o carro pegando o violão, mas logo voltei e me sentei ao seu lado.

- Posso saber o porquê de ter pedido pra pegar meu violão? – perguntei e Karla me entregou os papéis que seguravam, com a cifra de uma música.

- Toca pra mim? – ela me pediu com aquela voz meiga e eu concordei imediatamente. – Enquanto você toca eu canto! – gostei da ideia e ajeitei os papéis próximos a mim, até começar a tocá-la.

Não consigo olhar no fundo dos seus olhos,
E enxergar as coisas que me deixam no ar, deixam no ar.
As várias fases, estações que me levam com o vento.
E o pensamento bem devagar...
Outra vez, eu tive que fugir.
Eu tive que correr, pra não me entregar.
As loucuras que me levam até você.
Me fazem esquecer, que eu não posso chorar.

A forma em que ela cantava era totalmente encantadora. Quer dizer, ela em si é um encanto e muito linda. Então percebi que era um dueto e cantei junto com ela.

Olhe bem no fundo dos meus olhos.
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar.
O universo conspira a nosso favor.
A consequência do destino é o amor, pra sempre vou te amar.

Eu sabia que sempre ia amá-la. Pode passar anos e anos, ela sempre será a dona do meu coração. Quem realmente faz meu coração bater mais forte.

- É só você agora! – ela disse e eu cantei um último trecho da música.

Mas talvez, você não entenda.
Essa coisa de fazer o mundo acreditar.
Que meu amor, não será passageiro.
Te amarei de janeiro a janeiro.
Até o mundo acabar.

- Não tenha dúvidas que eu te amarei de janeiro a janeiro, até o mundo acabar! – ela me disse, me fazendo dar um sorriso e em seguida selar nossos lábios. Sentir o beijo da Karla depois de tanto tempo era realmente muito importante pra mim.

- Mamãe, papai! – gritou Kauet correndo em nossa direção e sem a Karolzinha. – Aquela mulher ali pegou a Karol! – olhei rapidamente e percebi que Katarina segurava Karol em seus braços, fazendo Karla se levantar imediatamente que nem um furacão. Só que para minha tristeza, Katarina não estava sozinha. Ela estava com Pérola, que há muito tempo eu não via.

- Kendall e Karla. Quanto tempo não é? – disse Katarina um pouco sarcástica. – Maninha você não falou pra Karol que ela tinha outra irmã? – senti uma raiva no olhar de Karla, que tomou a Karol dos braços dela. – Você quer tomar sorvete com a gente?

- CLARO QUE NÃO! – Karla respondeu rapidamente, sem deixar Karol dizer algo. – O que você quer Katarina? Você nunca se importou com ela e agora quer dar uma de “irmãzinha amorosa”? Desculpa, mas isso não me entra!

- Calma Karla. Lembra-se que as crianças estão aqui! – falei pegando no ombro dela que segurava a mão de Karol, enquanto eu segurava a de Kauet. – E Katarina, por favor, não provoca. Deixe-as em paz!

- Claro que sim! Mas, me digam uma coisa: quem é esse garotinho? – perguntou Katarina, com um sorriso assustador no rosto.

- É o meu filho! – a respondi. – Meu filho e da Karla! – completei e Karla me olhou parecendo mais calma. – Nos dá licença que nós já vamos!

- Não vai nem me dizer um oi? – perguntou Pérola e eu a olhei. – Saiba que ainda estou te esperando de volta!

- Por favor, vamos embora daqui! – Karla me pediu já com a voz falha e eu concordei. Mas quando estávamos saindo, Katarina puxou o braço de Karla.

- Isso não acabou aqui, maninha! E se prepara, pois eu e o papai estamos prestes a fazer algo que nem passa pela a sua cabeça. – Karla se soltou dela e eu confesso que fiquei assustado com o que ela disse.

- Por que vocês não me esquecem? Garanto, é bem melhor pra vocês! – Karla a respondeu e eu peguei em sua mão em seguida, saindo dali. Mas enquanto caminhávamos até o carro dava para escutar as risadas altas de Katarina e Pérola, o que me deixou bastante preocupado.

Sinceramente, nem passa pela minha cabeça o que a Katarina e o seu pai vão fazer. Mas de uma coisa eu tenho certeza: coisa boa não é!