Ocean Wide escrita por Pih Chan


Capítulo 2
Capítulo 2 - Nami sequestrada? Que comece a nova aventura!


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews! Fico muito feliz! *u*
Esse capitulo saiu bem rápido, espero que gostem XD
Espero não estar fugindo muito da personalidade dos personagens x_x



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Capitulo 2 - Nami sequestrada? Que comece a nova aventura!

Pov Nami

Depois de alguns incontáveis minutos fitando o prato a minha frente, retorno ao mundo e com o raciocínio lento daquele instante demoro ao perceber que não havia mais comida em meu prato até então cheio.

“Luffy...!” foi a primeira coisa que me vinha a cabeça.

Poderia socá-lo, mas não estava com vontade e nem fome, então apenas sai dirigindo-me novamente aos aposentos femininos sem soltar uma única palavra ou som, deveria ter disfarçado o mínimo possível, pois agora não tinha só a suspeita de Robin, mas como de todos que ali presentes.

Depois de olhar ao redor algumas vezes para ter certeza que minha companheira de quarto não estava por perto - e nem mesmo um de seus "olhos sobressalentes" - e então finalmente pego o eternal pose até então escondido, fitei-o por alguns segundos.

Estava apontando para uma direção diferente desda última vez, isso só podia significar uma coisa: saímos do curso. Por que demorei tanto para perceber?

Jogo a “bússola” novamente entre minhas coisas tomando cuidado para que não fosse facilmente encontrada por qualquer um que entrasse e corro para fora para avisar os outros.

—PESSOAL! SAIMOS DO CURSO! — Esse céu... Só poderia significar uma coisa... — FURACÃO!

—Para que lado Nami? — A voz infantil do capitão vinha em minha direção parando ao meu lado.

—Para... — Consulto meu Log pose procurando a agulha que menos se mexia.

Luffy fita atentamente então as três agulhas. Paraliso ao perceber a grande merda que eu fiz. Oh Nami, qual é o seu problema hoje?

—Vamos para essa! Parece divertida! Shishishi! — Luffy se anima pulando como uma criança agitada.

Por que eu o deixei ver as agulhas? Por que Nami? Por quê?

—NÃO! NÃO! NÃ... — Meu protesto apenas dura tempo suficiente para eu me lembrar com quem estou falando, certamente não fazia sentido discutir com alguém como Luffy. — ... Porque ainda tento? Você não vai desistir mesmo. –Suspiro.

—Shishishi. — Um sorriso ilumina o rosto do garoto de chapéu de palha na minha frente.

Agora observando novamente o log pose em meu pulso, minha mente rapidamente me lembra da imperatriz pirata, a direção era a mesma, do que adiantou meu esforço até agora? E por que isso me deixa tão nervosa?

—Luffy! Espera! — Impulsos estavam me controlando novamente, eu certamente não estou bem hoje, talvez seja melhor consultar Chopper mais tarde. — Essa agulha nem está se mexendo tanto, olha, — Aponto para a última agulha. — essa está chacoalhando bem mais!

—Você tem razão! Yosh! Vamos lá então! — Ele grita com os olhos brilhando mais que o normal.

—Namiiiiiiiiiiiii! — A voz esganiçada de Usopp atinge meu ouvido fazendo-me virar-me para ele, o narigudo continua uma expressão de medo estampada por sua cara, além de suas pernas finas tremendo. – O que você está fazendo?

“Estou me fazendo exatamente a mesma pergunta, amigo.” Esse é meu único pensamento no momento, porém minha voz não parecia querer sair.

(...)

Depois de virar o navio para a próxima ilha, enfrentamos alguns obstáculos como mudanças constantes no clima e correnteza e até um rei dos mares, mas conseguimos escapar, até entrarmos na zona climática de uma ilha, então fui para o quarto descansar visto que agora as coisas deviam se acalmar.

Com minha cama tão quente e aconchegante, acabo dormindo antes mesmo do jantar o qual não iria nem que estivesse acordada no momento.

(...)

—OLHA LÁ! UMA ILHA! — Sou acordada pelos gritos exagerados de Luffy.

Aportaríamos em alguns minutos, então acho melhor já manter-me pronta, porque assim que o navio aportasse não haveria tempo antes do capitão pular desenfreado pela borda no navio e alguém teria de estar lá para segurá-lo e tirar na sorte quem seria obrigado a tomar conta dele.

Um rápido banho quente foi necessário antes de trocar meu habitual biquíni, por algo mais quente, afinal, essa parecia ser um tipo de ilha de outono. Uma blusa amarela com mangas e capuz que cobria parcialmente meu short rosa e um sapato qualquer foi minha escolha.

O tempo foi o suficiente para estarmos próximos de aportar, graças a Franky que havia assumido o leme em minha ausência.

Estava de manhã, a julgar pela posição do sol, ainda era bastante cedo, a hora do café da manhã parecia bastante distante, porém a julgar pelo cheiro, Sanji havia resolvido adiantar as coisas, provavelmente por não aguentar mais ouvir Luffy reclamando de fome.

(...)

A refeição não poderia simplesmente seguir de forma normal, afinal, somos os piratas do chapéu de palha, a tripulação que conta com um garoto de borracha; um espadachim sem senso de direção; um narigudo mentiroso; um médico que é uma rena falante; um cozinheiro pervertido; um esqueleto com adorador de calcinhas e um ciborgue. Nico Robin, essa certamente era a única normal do bando, mas eu não mudaria nenhum deles.

Sanji e Zoro tiveram várias de suas brigas rotineiras e Luffy, como sempre, roubou a comida de todos que estavam na mesa.

Usopp contava para o crédulo médico histórias fictícias– para não dizer "mentiras"– sobre suas aventuras na Calm Belt e era recebido por olhos brilhantes por parte da pequena rena que de vez em quando soltava um “Ohh, você é tão legal Usopp”.

Brook importunava a mim e a Robin com suas perguntas típicas e piadas de caveira. Franky dançava e fazia posições estranhas sempre que tinha chance.

Tudo conforme a definição de normal da nossa anticonvencional tripulação pirata.

Pouco tempo depois da sempre deliciosa refeição matinal - não poderíamos esperar menos de Sanji - atracamos na nova ilha, agora pensando bem, isso tinha sido mais rápido do que eu esperava.

Checo o log pose mais um vez apenas para descobrir que nenhuma agulha apontava para cá, estávamos novamente numa ilha sem campo magnético, como Punk Hazard. Isso era mesmo uma boa ideia?

Fito o lugar com preocupação por um segundo antes de ser obrigada a parar pela impaciência de Luffy ao querer descer ali de uma vez. Era um tipo de pântano com o tom predominante de verde musgo, não parecia ser habitado.

O ar era úmido e nem precisava adentrar ali para saber que estava lotado com todo tipo de mosquito e pernilongo. O chão estava coberto por lodo - oh, usar sapatos bonitos não tinha sido uma boa escolha no final das contas - e raízes de árvore.

—Vamos tirar no palitinho quem vai com esse idiota. — Aponto para Luffy, que não parecia se importar, estava bastante ocupado contendo sua animação para a “nova aventura”.

Todos já estavam acostumados com a situação que se repetia toda vez que parávamos em alguma ilha, então apenas estendo a mão deixando que cada um puxe um palito.

Sanji, Zoro e eu somos os sortudos que teriam de bancar as babás do Luffy para que ele não fizesse besteira, de novo.

Usopp tentava mascarar seu visível alivio por não ser escolhido enquanto os olhos de Luffy brilhavam ao imaginar o que encontraríamos no local desconhecido, mas esperava Sanji pegar os lanches que havia deixado pronto para os que fossem sair do navio.

—Aqui seu chá, Robin-chwan, — Os olhos de Sanji se transformavam em corações enquanto entregava a bebida para a arqueóloga. — deixei alguns doces prontos só para você na cozinha para o caso de você sentir fome enquanto eu estiver fora, minha deusa.

Isso pareceu incomodar Zoro de alguma forma, talvez seja apenas minha perspectiva da situação, mas o espadachim parecia bastante nervoso quando gritou:

—Cala a boca e vem logo ero-cook. — Ouvi o som do riso tímido de Robin abafado por sua mão que cobria seus lábios.

—Você disse alguma coisa marimo de merda? — Sanji imediatamente muda suas feições correndo na direção de Zoro.

—O que você ouviu, sobrancelha de alvo, agora pare com essa idiotice e vamos de uma vez.

—Quer brigar, marimo? — Sanji levantou a perna preparando-se para o chute enquanto Zoro sacou suas espadas como se dissesse “Cai dentro, ero-cook”.

—PAREM VOCÊS DOIS! — Aparto a briga socando as cabeças de ambos.

—Nami-swan é linda quando está com raiva. — Ouço a voz melosa de Sanji comentar do chão onde o mesmo tinha corações nos olhos e um grande galo da cabeça.

—Yosh! Vamos lá! — Luffy grita correndo para dentro do pântano com um enorme sorriso estampado no rosto, daqueles que só ele sabe dar.

Corro atrás dele esperando que os dois idiotas nos seguissem, mas então lembro que um não simplesmente consegue andar em linha reta e o outro ficaria perdendo tempo brigando com o espadachim.

—VENHAM LOGO VOCÊS DOIS! — Grito já bastante distante.

—Siiimmmmm Nami-swan! — O loiro então deixa Zoro para atrás correndo até nós, isso me preocupava, pois o espadachim era do tipo que mesmo que dessemos as mãos e fossemos andando ao seu lado, ele ainda daqui um jeito de ir na direção errada.

(...)

Andamos mais um pouco até estarmos completamente rodeados pelo pântano, agora absolutamente não havia modo de ver o Sunny para onde quer que olhássemos. Me esforço para tentar guardar o caminho de volta fazendo um mapa imaginário em minha cabeça, mas com Luffy correndo tão rápido e eu tendo que acompanhá-lo ficava difícil.

Peço para que Sanji-kun ficasse de olho em Zoro para eu não ter que me preocupar, mas eles insistiam em brigar incessantemente fazendo-me repensar minha escolha.

Continuando a caminhar sobre o chão que agora estava submerso por alguns poucos centímetros por água esverdeada misturada com lodo o que ao mesmo tempo me dava nojo e me permitia descansar já que Luffy perdia suas forças na água, mesmo que pouca.

Noto algumas plantas verde se juntando embaixo d’água formando algo, era impedida de ver claramente o que acontecia por causa do esverdeado do líquido, mas não iria enfiar minha cabeça ali para isso.

—Luffy, vem ver isso. — Praticamente sussurro intrigada.

—O que foi Nami? — O moreno vinha em minha direção com um sorriso bobo de orelha a orelha.

Quando ele finalmente chega ao meu lado, algo o acerta nem me dando tempo de explicar o que havia visto, era um tipo de braço feito com algas verde e gosmento que arremessara Luffy para longe.

Então da água que ficava pouco abaixo de meus joelhos surge o “dono do braço”, devia ter uns 11 metros de altura, feito completamente de plantas aquáticas que se juntavam entrelaçando-se entre si, estava coberto com o líquido verde e lodo, o formato similar a de um humano, mas não parecia ser um.

—Luffy! — Foi a única coisa que consegui pensar com o choque. — Que coisa é essa?

Parecia ter sido acertado no estomago e arremessado contra uma árvore que desabou com o impacto. Às vezes, eu agradeço por Luffy ser de borracha, ele provavelmente já teria morrido numa dessas a muito tempo atrás se não fosse por esse detalhe, mas graças a gomu gomu no mi, ele quase não era afetado por essas coisas, mal tive tempo de me preocupar e ele já estava de pé voltando a luta.

Ele estava vermelho e parecia haver vapor saindo dele quando o ouço dizer “Gear Second”, depois disso, meus olhos simplesmente não conseguiam acompanhar a luta.

Zoro e Sanji chegaram para ajudar logo depois.

—Nami, cuidado! — Ouço o grito de Luffy, mas ainda assim não conseguia vê-lo. Ele diz outra coisa, mas não entendo exatamente, então apenas presumo ser o nome do golpe que ele usava no momento pelo simples fato de, mesmo não o enxergando, pude ver o monstro sendo acertado.

Aqueles três sempre estiveram bem acima do nível de força de um humano normal, mas depois desses dois anos eles definitivamente haviam se tornado monstros. Começo a questionar-me se treinei o suficiente.

Luffy aparece perto de mim com a língua de fora aparentando estar bastante cansado, por um momento me lembro de Thriller Bark quando percebemos como essas técnicas pareciam prejudica-lo. Pergunto-me se ele poderia ter achado a solução para isso durante esses dois anos.

O monstro se decepava no ar voltando a ser apenas plantas de tom esverdeado se espalhado pela água, por um segundo me sinto culpada por não ter ajudado, mas todos pareciam bem, então não havia porque me culpar por isso.

—Nami! — Luffy corre em minha direção tentando me alertar de algum perigo, mas não havia nada perto de mim.

Julgando por suas expressões, Zoro e Sanji parecem perceber algo também.

Sinto algo entrelaçar-se em minha perna puxando-me para algum lugar antes que Luffy pudesse chegar. Ele esticava sua mão tentado ajudar-me enquanto eu era arrastada por aquele lodo nojento.

Plantas surgiam envolta do espadachim e do loiro que pareciam ter dificuldade em contra-atacar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Reviews? Eu não mordo, até um "Legal" me deixa bem feliz *u*