Capitulo 15 - Reencontro problemático

(...)

Os chapéus de palha se separaram para que todos pudesse fazer o que precisassem na ilha e ficou combinado de se encontrarem ao pôr do sol, quando, segundo o velho, o parque fica mais bonito iluminado pelas luzes noturnas e fogos de artificio.

Chopper foi comprar os medicamentos necessários para o caso de uma emergência; Robin, como sempre, seguiu imediatamente para a livraria esperando encontrar algo que ainda não tenha lido; Usopp e Franky foram comprar coisas para suas próximas invenções que decidiram fazer juntos combinando seus talentos.

Luffy foi comprar carne e dar uma volta pela cidade atrás de algo interessante, Nami foi com ele com a intenção de usá-lo de burro de carga para suas compras na volta (Ou talvez ela estivesse tomando cuidado para não deixa-lo se aproximar de uma certa shichibukai que estava vagando em algum lugar daquela ilha).

Sanji, deprimido por não poder ajudar nenhuma das ladys do navio com suas compras, foi comprar os suprimentos necessários para saciar a fome de um certo capitão até a próxima ilha; Zoro e Brook ficaram tomando conta do Sunny, mas em algum momento o espadachim decidiu ir para a cidade também deixando o esqueleto sozinho no barco.

(...)

—Namiii, por que eu preciso ir com você? — Luffy choramingava curvando os lábios em um beicinho.

—Eu preciso de alguém para carregar as minhas compras. — A ruiva retrucou quase imediatamente.

Ele continuou choramingando atrás dela.

—Por que não pediu para o Sanji?

—Sanji-kun precisa comprar comida, você é o único que não ia fazer nada que preste por ai. — Nami finalmente se virou para o capitão deixando seus lábios se curvarem num sorriso malicioso. — Ou prefere morrer de fome?

O moreno abaixou a cabeça em desanimo.

—Isso vai ser chatoooo. - Queixou-se parando no meio do caminho.

A navegadora parou ao seu lado e ofereceu-lhe um sorriso doce.

—Olhe pelo lado bom, — Ela colocou a mão em seu ombro. — podemos tomar sorvete depois. — Nami podia ver um sorriso radiante se formar no rosto de Luffy no exato momento em que mencionou o sorvete.

(...)

Luffy estava completamente entediado enquanto Nami provava meio mundo de roupas na décima loja que eles estavam visitando nas últimas horas. Como Sanji aguentava isso em toda santa ilha na qual a paravam?

Ele estava se perguntando para onde ia tanta roupa quando Nami saiu do vestiário feminino com um vestido preto sem estampa que ia até pouco depois do joelho, suas pernas estavam cobertas por uma meia-calça e os pés por um salto, ambos da mesma cor do vestido, sobre os ombros, para não ficar tudo da mesma cor, encontrava-se uma pluma rosa. (Roupa da Nami em Strong world XD)

Ela colocou uma mexa do longo cabelo laranja para trás fitando Luffy por um segundo esperando que ele dissesse algo, mas o moreno parecia nem mesmo tê-la notado.

Ela fingiu tossir na tentativa de chamar sua atenção.

— O que você acha, Luffy?

—Hm, legal. — Luffy responde sem nem olhar para o rosto de Nami, apenas continuou fitando o braço da cadeira e passando o dedo levemente pela parte felpuda, estava completamente entediado depois de passar a tarde dizendo para a navegadora como ela estava nas roupas.

—Vamos lá, Luffy, você nem mesmo olhou para mim. — Nami colocou a mão sobre o queixo e as bochechas dele puxando o rosto dele em sua direção forçando-o a olhar para ela.

—Isso está chato, Nami. — Luffy retrucou com biquinho forçado pela mão da navegadora esmagando a boca dele entre as bochechas.

O garoto de borracha olhou para a ruiva com aqueles grandes olhos de cachorrinho como se dissesse “Por favor, vamos tomar sorvete”.

Roupas nunca foram sua praia, ele certamente não era nenhum mestre da moda, nem perto disso, por que tinha que ajudar Nami com as compras? Por que tinha que dizer sua opinião sobre cada roupa que ela provava se ambos sabiam que ela ficaria linda com todas elas?

Nami estava começando a corar com aqueles olhos negros grandes fitando-a daquele jeito, ainda mais com aquela proximidade, ela estava inclinada sobre o corpo dele que estava jogado na cadeira, sua mão encostada no rosto dele que estava a centímetros de distância do dela.

Droga, aquele idiota estava a afetando demais, ela era a “Gata Ladra”, a mulher que passou anos trabalhando para tritões para salvar sua ilha, aquela que manipulava todos os homens e roubava tudo que eles tinham sem dó, aquela que nunca sentiu nem mesmo atração por ninguém.

Está certo que Arlong e sua tripulação não eram nem um pouco atraentes, além de serem donos de seu ódio por ter matado sua mãe, mas nenhum dos piratas ou aldeões que viu durante seus anos no mar em busca de dinheiro nunca lhe interessaram. Por que Luffy era diferente?

Normalmente ela quem manipulava e não ao contrário, por que aquele borrachudo idiota a deixava daquele jeito?

Nami não podia deixá-lo levar a melhor sobre ela assim, tinha uma reputação para defender, já tinha sido rejeitada uma vez, não precisava que isso acontecesse de novo, com esse pensamento, virou o rosto e saiu de perto do capitão, o que, na verdade, o deixou bastante confuso e foi em direção ao vestiário novamente.

—Luffy, — A ruiva chamou friamente. — vou colocar minhas roupas e já vamos. Ele tinha feito algo errado?

—Eu gostei do vestido, Nami. — Tentou aliviar inocentemente e depois ofereceu-lhe um sorriso, mas ela adentrou no vestiário sem dizer nada.

[...]

—São 50 mil berries, senhorita. — Disse a atendente loira oferecendo a navegadora um sorriso.

—Tão caro? Não me daria um desconto de 40 mil berries? — Nami retrucou dando um sorriso amarelo em resposta.

—Desculpa, senhorita, não posso fazer isso, essas são peças de roupa de alta qualidade, não posso lhe dar um desconto tão alto.

—Ok, ok. — A mulher estava feliz que não teria que discutir com a cliente, mas claro que estava enganada e aquela ruiva não desistiria tão facilmente. — 20 mil berries então?

—Não — A atendente estava agora forçando um sorriso. — senhorita.

—30 mil berries ou nada.

A discussão continuou por alguns longos minutos para o chapéu de palha até que a loira finalmente desistiu e a navegadora saiu vitoriosa pagando apenas 15 mil berries por tudo.

—Ne Nami, você está brava comigo? — Luffy indagou inocente para a companheira enquanto pegava suas sacolas.

—Não.

A resposta da ruiva foi tão seca e fria que só fez o chapéu de palha acreditar ainda mais fortemente que ela estava, de fato, brava com ele.

O capitão chegou um pouco mais perto.

—Tem certeza?

—Tenho, Luffy.

O rosto dele ficou um pouco mais próximo enquanto a olhava fixamente nos olhos.

—Mesmo?

—Sim, Luffy. — Isso já estava a irritando.

Agora os narizes estavam quase colados.

—Não está me parecendo isso... — Suor já começava a cair de seu rosto, sentia seu rosto ardendo novamente - isso estava ficando cada vez mais frequente - e inconscientemente começava a morder a parte inferior de seus lábios.

—E-esta t-tudo certo, Luffy. — Ela colocou a mão sobre o peito dele empurrando o relutante levemente para uma distância “segura” dela enquanto se repreendia mentalmente por gaguejar daquele jeito.

O borrachudo estranhou um pouco, mas quando viu uma mulher e uma criança passando na rua tomando sorvete, ele esqueceu completamente de tudo.

—Né Nami, podemos tomar sorvete agora? — Luffy deixou um grande sorriso tomar conta de seu rosto.

(...)

Luffy tinha agarrado a mão de Nami, assim como as compras e correu para a primeira sorveteria que encontrou naquela cidade. Ele agia como uma criança hiperativa pulando de um lado para o outro pedindo a sobremesa gelada para a mãe, no caso, Nami.

—Fique quieto, Luffy. — Reclamou a ruiva dando-lhe um belo soco na nuca.

O garoto finalmente ficou parado enquanto esfregava o galo que se formava em sua cabeça e resmungava coisas incompreensíveis.

—O que vão querer meus jovens? — Indagou a atendente de cabelos brancos e olhar gentil enquanto fazia um gesto com as mãos lhes apresentando os vários sabores de sorvetes disponíveis.

—Hm... Eu vou querer esse, por favor. — Nami apontou para o sorvete de cor alaranjada.

—Eu quero de chocolate, limão, flocos, quero de milho e esse, esse também parece bom e aquele e o outro também — Luffy começou animadamente a apontar para todos os sabores ali.

—Fufufu, seu namorado é bem animado, né? — A mulher riu timidamente referindo-se a Luffy para Nami que imediatamente sentiu o sangue correndo pelas bochechas.

—E-ele não é meu namorado.

—Ah me desculpe, eu pensei que...

—Tudo bem. — Nami lhe oferece um pequeno sorriso enquanto tentava cobrir as bochechas rosadas.

(...)

Depois de pegar o sorvete os caminharam um pouco antes de voltar para o Sunny e nada de muito interessante aconteceu, embora Nami estivesse sentido que ia e algo bem ruim.

Tentava não pensar muito no assunto, estava se divertindo muito com seu capitão infantil, mesmo se não admitisse.

Agora estava finalmente no convés do navio e a sensação se tornava pior, oh, já estavam todos lá, talvez se preparando para a noite.

Luffy estava indo para a cozinha para atormentar o cozinheiros lhe pedindo carne, mesmo que tivesse acabado de tomar sorvete, e Nami estava o seguindo quando ouviram gritos clamando pelo capitão.

─Luffy! – E lá estava Boa Hancock correndo em direção à embarcação enfeitada com a imagem de um majestoso leão em sua proa.